Regras Para Ser O Príncipe Encantado da Ino! escrita por LadyPumpkin


Capítulo 1
Capítulo Único - O Mundo É Dela!


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem gente? sz
Essa é uma fic pro amigo secreto do grupo Curtidores da SH/BR ;D
Eu tirei esse casal q nem curto KKKKKKKKKKKKKKKKK eu fiquei bem doida quando tirei ele, pq n tinha ideia do q ia fazer!
Acabou que eu fiz isso aqui, e eu espero que vc goste, Patrícia D;
N ficou tão engraçado quanto eu queria, mas acho q te arranca um sorriso KKKKKKKKKKKKK
Foi baseada em World Is Mine da Miku, o link tá lá nas notas finais ;D
Se n gostar, pode dizer LOL vcs tbm, povo q tão lendo sz

Boa Leitura!



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Regras Para Ser O Príncipe Encantado de Ino Yamanaka

Capítulo Único

Irritada, se movia de um lado para o outro, pisando com cada vez mais força no chão. O rabo-de-cavalo loiro, com cachos perfeitos nas pontas, ia de um lado para o outro. Parou no meio do caminho, cruzou os braços e bufou.

— Uau, você vai acabar quebrando esse piso, desse jeito – comentou Sakura, sua melhor amiga, jogada na cama enorme e cheia de almofadas da dona da casa. A Haruno havia acabado de tirar os olhos verdes perfeitos da revista de moda.

— Shino é um idiota! – gritou, jogando-se no chão de uma só vez, soprando irritada toda hora.

Estavam as duas no quarto de Ino, um quarto tão grande que podia dar dois apartamentos grandes inteiro e ainda sobrava um espaço. A Yamanaka tinha muito dinheiro só por que seu pai era um grande empresário, com floriculturas espalhadas por todo o país e até fora dele.

— Você tem certeza que não está reclamando de barriga cheia? – Sakura botou uma mecha do cabelo para trás da orelha, querendo ver a revista direito. Havia lançado uma nova coleção de verão e ela estava doida para comprar tudo.

Ino virou o rosto para a melhor amiga, movendo os lábios de um lado para o outro. Conheciam-se desde pequenas, e agora já tinham 14 anos, pois a rosada era filha do médico pessoal da família Yamanaka. Os Harunos eram, com certeza, tão ricos quanto eles.

— Tenho certeza que não comi nada recentemente. – Inflou uma das bochechas, tentando se lembrar. Estava num regime junto de Tenten, sua outra amiga, mas a morena não sabia que Ino já havia trapaceado várias vezes e comido vários docinhos. Sakura levantou os olhos outra vez, como se a perguntasse se estava falando sério.

— O que eu quis dizer é que – suspirou, não podia esperar grandes coisas da loira –, você tem certeza que ele já não é bom demais e você tem expectativas excessivas? – Sakura reuniu as melhores palavras, para ver se Ino lhe entendia.

— Não! – Bateu com força o pé no chão, olhando para Sakura como se ela tivesse dito “entrei no seu closet e peguei seu sapato favorito”. A expressão dela amoleceu alguns segundos depois, sob o olhar medroso (e engraçado) da amiga. – Quero dizer... Eu amo o Shino, ele é perfeito do jeito dele... Mas um cara, para mim, tem que ser perfeito também do meu jeito! – a rosada esperou por mais um momento para poder falar algo, então Ino continuou: - ele deve ser o meu príncipe encantado.

— Então... Porque você não diz isso para ele? – sugeriu Sakura, louca para que a “sessão conselho” terminasse e ela pudesse dar atenção à sua revista.

Os olhos de Ino brilharam, combinando com o laço de strass que prendia seu rabo de cavalo. Qualquer um acharia a resposta da rosada muito óbvia, mas Ino conseguia ver qualquer coisa como genial.

— Menina, eu te amo!

-

Naquele dia Shino colocou os óculos, pois estava muito ensolarado. Tudo bem que ele fazia isso todo dia – colocar os óculos de sol que Ino dizia ser muito careta –, mas ao menos agora tinha uma boa desculpa para isso. Ele entrava no colégio, onde tinha uma bolsa de 50%, normalmente, indo até onde Kiba estava. Porém alguns cochichos a mais do que o normal atrapalharam sua calmaria.

— Ih, cara, a Ino ter acordado cedo não é bom sinal... – Kiba comentou, olhando além do ombro do Aburame. Shino ergueu uma sobrancelha, meio escondida pelos óculos, afinal era impossível que a Yamanaka estivesse ali naquela hora. Ela dormia até tarde, mesmo que os criados não parassem de bater na sua porta. E se o faziam demais, ela até mesmo gritava e jogava suas almofadas neles.

Mas quando ele se virou, lá vinha ela, vestindo o uniforme e muitas joias diferentes, orelhas, pescoço e mãos e braços lotados de pedras que brilhavam mais que a própria limusine de onde ela saia. Shino antes até costumava pensar “está indo para a escola ou para um jantar num restaurante?”, mas ele tinha que admitir que adorava aquele jeito extravagante dela. Talvez fosse o que a diferencia das outras meninas, que se forçavam a serem quietas e nada chamativas.

— Bom dia, meu amor! – gritou ela, abrindo os braços e esperando que Shino a pegasse a rodopiasse por ai, provavelmente para se exibir para todo mundo. Ele nem sequer se aproximou.

— Bom dia, Ino. – Juntou as sobrancelhas. Ela fez um biquinho e olhos brilharam manhosos, o que significava que ela estava decepcionada com a frieza dele. – O que está fazendo tão cedo aqui?

Ambos viram a limusine arrancar, enquanto Ino estendia o braço com a bolsa, para que Shino carregasse. Odiava pegar qualquer tipo de peso. Ele apenas olhou o braço e não deu a mínima para isso. Aquilo só fez com que Ino se lembrasse da conversa que tivera com Sakura, no dia anterior. Cada dia se decepcionava um pouco mais, pois Shino não parecia nada com o que ela havia idealizado para si a vida toda.

— Eu precisava te entregar uma coisinha. – Voltou o braço, como se nunca tivesse o estendido, e meteu a mão no zíper aberto da bolsa lilás. Pareceu muito sacrificante achar o que procura em meios às maquiagens e cremes que carregava. Mas finalmente tirou o que quer que fosse, sob o olhar atento dos dois garotos. Estendeu para o namorado, que viu um envelope de carta, com vários corações desenhados com caneta e um adesivo prendendo sua ponta. – Abra quando estiver sozinho, tudo bem? – E lhe deu um selinho rápido, ficando na ponta dos pés para isso.

Shino fez algum barulho como “hã-hã” e ela se despediu, dando às costas.

— Oi para você também – Kiba falou, depois que a loira já tinha ido embora. A Yamanaka era uma das garotas mais ricas do colégio (apesar de todo mundo lá ser rico, ela era mais rica que a maioria) e só costumava falar com quem queria. Apesar disso, Kiba tinha que admitir que ela também a mais bonita, e se não tivesse aquela personalidade chata, ele com certeza tentaria algo com ela. Perguntava-se sempre como o amigo havia conseguido algo. – E então, você vai abrir? – falou com um sorriso curioso.

— Ela disse sozinho, Kiba. – Tirou os olhos da carta e olhou para o amigo, que só podia ver as lentes negras. Kiba revirou os olhos.

— Ótimo, ótimo, é bom saber como todo mundo dessa escola me adora – reclamou, jogando as mãos para cima. Foi só ver Hinata, que chegava em passos lentos e abraçando a bolsa de lado, que Kiba sumiu num zumbido, gritando o nome dela.

Shino não demorou a sair dali e ficar sozinho num canto do enorme pátio do colégio. Abriu o envelope e tirou de lá um papel cor de rosa, perfumado e com várias marcas de batom. Riu consigo mesmo; aquilo era tão típico dele que nem sabia como se impressionava. Mas tinha que confessar que estava muito ansioso para abrir; Ino não gostava de escrever, então quando escrevia algo ou era por que estava treinando assinaturas para cheques no futuro, ou porque era algo importante.

Ele realmente esperava que não tivesse apenas assinaturas lá dentro, quando abriu.

Querido, eu tenho um motivo muito importante para escrever isso aqui. Você tem ideia de como eu odeio cartas ou coisas escritas no geral, mas eu não vi outro meio de te falar o que quero falar.

Vou direto ao ponto:

Saiba que eu te amo muito. Muito mesmo, mesmo que a gente só tenha um mês de namoro. Eu me apaixonei por você à primeira vista e sei que contigo foi a mesma coisa – afinal, quem não se apaixona à primeira vista por mim? –, então quando você finalmente notou todos os meus olhares e se aproximou naquela festa, eu não podia estar mais feliz!

Mas, apesar de você ser maravilhoso e nosso relacionamento ir muito bem, existem alguns pontos que me incomodam muito em você. Você é perfeito, Shino, mas eu queria que você fosse duas vezes mais perfeito para mim, porque eu sou sua princesa! E você deveria me tratar dessa forma!

Por favor, não pense que eu sou egoísta, eu só queria que você me visse como sua pequena, como a única com quem você gostaria de estar, sim? Se eu for linda aos seus olhos e você demonstrar isso – com gestos, apenas falar não adianta de nada –, eu vou ser a garota mais sortuda do mundo!

Eu sei que me agradar é uma tarefa muito difícil, então aqui vão algumas regras que podem te ajudar (está vendo como sou gentil? Outras garotas apenas deixariam que você adivinhasse!) a ser meu príncipe encantado:

Regra 1 – Perceba Quando Eu Mudei O Meu Maravilhoso Cabelo.

Já era sábado, dois dias depois de Ino ter entregado sua carta brilhante. Só havia conseguido marcar com Shino naquele dia, pois ambos estiveram ocupados demais para se encontrarem – ele porque tinha que estudar para algumas provas, ela porque fizera um “bate-volta” para Paris.

Ela se perfumou, escolheu o melhor vestido que tinha, um sapato de grife e lá foi para dentro da limusine blindada. Linda até o último fio de cabelo, sorrindo como se fosse fazer compras. Com 14 anos, as únicas coisas que deixavam Ino feliz era encontrar o namorado, ganhar presentes ou ir ao shopping.

Era com que ele ter decorado aquela carta! Ino não passara tempo escrevendo com sua letra perfeita para nada. Se Shino pisasse na bola só uma vez, então ela saberia que ele realmente não era o príncipe encantado dela. Para a primeira regra, era bom ele notar o cabelo novo...

— Oi amor! – gritou erguendo os braços e entrando na lanchonete. Chamou atenção de algumas pessoas, mas com isso já estava acostumada. Quando Shino se levantou para cumprimentá-la, teve uma grande surpresa.

Ele usava uma camiseta branca com uma enorme foto dela estampada. Uma foto onde ela sorria e fazia uma pose fofinha. Juntou as sobrancelhas, chocada. Os braços caíram do lado do corpo logo depois. Algumas pessoas olhavam e comentavam sobre a menina estar justamente na camiseta dele. Ele era louco e psicótico?

Quando Ino achou que não podia ficar pior, Shino se ajoelhou e puxou a mão dela, lhe dando um beijo bem nas costas.

— Minha princesa número um de todo o mundo! – disse ele, enquanto ela sorria forçado e tentava puxar a mão, mas ele segurava muito forte. Ino movia os lábios, sem sair do sorriso, dizendo: “o que você tá fazendo?!”. – Eu te esperei por muitos minutos, mas esperaria por horas, venha, sente-se aqui!

E se levantou depressa, puxando a outra cadeira da mesa onde estava. Ino ainda tinha um ponto de interrogação na cabeça. Ela queria que ele a tratasse como uma princesa, mas não pensava que seria bem daquele jeito... Shino parecia um stalker louco.

— Querido, o que você tá fazendo? – murmurou quando ele se sentou, se arrumando na cadeira e esperando que as pessoas dali nunca soubessem seu nome. A combinação de camiseta com uma foto dela+óculos de sol+cabelo espetado o deixava meio... brega.

— Te tratando como você merece, meu amor! – Ela quase podia ver corações saindo da boca dele. Continuou perplexa, enquanto ele parecia analisá-la por debaixo dos óculos. – Você cortou o cabelo?

Ino se permitiu dar um sorriso, pegando nos fios presos no típico rabo de cavalo, toda orgulhosa. Adorava quando lhe elogiavam, e adorava ainda mais quando era ele lhe elogiando – a parte ruim é que Shino não costumava falar aquelas coisas.

— Oh, você notou? – Foram apenas alguns centímetros, então ela estava um tanto surpresa.

— QUEM FEZ ISSO COM O SEU CABELO?! – gritou ele, se levantando irratado. A boca de Ino se abriu em ‘o’. – CORTARAM SEU PRECIOSO CABELO!

— S-Shino, calma, foram só alguns centímetros... – Ela corou de vergonha, olhando para todos os lados. As pessoas tinham um ponto de interrogação enorme na cabeça.

— Eu não pude estar lá para te proteger! – Shino voltou a se sentar, cobrindo o rosto com as mãos e com a voz chorosa. A sobrancelha dela ficou arqueada, ele estava chorando?

— Me proteger...?

— Dos cabeleireiros! – Então tirou a mão do rosto e segurou as delas por cima da mesa.

— C-Calma... Foi só um pouco, nem dá para notar – insistiu, ainda achando o namorado muito exagerado. Ninguém conseguiria ver que ela tinha cortado. Ino engoliu em seco, com medo.

- Ninguém toca na minha princesa! – gritou outra vez, batendo a mão na mesa e fazendo dois copos pularem. Ino estava com cara de “certo, já podem mostrar as câmeras”. – Eu te juro, Ino, pelo nosso amor... Essa questão não vai ficar assim! Vingarei cada fio de cabelo seu, cada tesourada que deram nesses fios de ouro...

O alarme de breguice dela estava apitando todinho.

— Shino, realmente, isso não é necessá...

Até que ela tentou, mas foi interrompida.

— Mas, por enquanto, vamos te arranjar uma peruca. – Ao ver a boca dela despencar mais um pouco, Shino voltou atrás: - não que você não seja linda, você é maravilhosa até careca! – uma ideia brilhante passou por ele quando disse isso. Ela quase pode ver, ainda chocada, uma lâmpada se acender acima da cabeça dele. – É isso, vamos raspar o seu cabelo, ai ele pode crescer todo igual!

— Raspar... O QUÊ?

Regra 2 – Comente Sobre Meus Sapatos.

Sentou-se no banco da praça, respirando fundo. Havia acabado de convencer Shino,depois de ele arrastá-la por dois quarteirões procurando um salão de beleza, que ela não precisava raspar a cabeça. Ele ainda parecia indignado – mesmo que fosse difícil dizer isso, por causa da armação que tampava boa parte do rosto –, mas havia aceitado até que bem rápido. Agora ela se sentara para pegar um ar, havia corrido de salto e isso não era nem um pouco confortável.

— Você está bem, minha princesa? – Ino ergueu os olhos para ele, botando a mão na frente para tampar o sol. Tinha que confessar que o “minha princesa” ficava bem na voz dele, mas era bem estranho por que Shino não era desse tipo. E a camiseta com ela própria estampada, a encarando, só a deu arrepios.

Ela apenas assentiu, ainda respirando. Já ia pedir para que ele pagasse algum refrigerante, quando o olhar dele desceu pelo corpo dela até... Os pés. A boca de Shino se abriu em ‘o’ e Ino soube que lá vinha mais alguma coisa extremamente bizarra.

— Você está usando louboutins! – Exclamou, chocado e se abaixando para poder ver melhor.

Ino franziu o cenho, descendo o olhar e encontrando os saltos de sola vermelha. Como raios Shino sabia aquilo? Ele mal conseguia diferenciar sapatilha de sapatênis.

— Hã... É, é sim. Você gostou? – fosse como fosse, Ino não dispensaria um elogio.

— É da coleção passada. – Ele disse simplesmente, depois de analisar bem. Deu de ombros. – É verdade que tudo fica bem em você, mas não tinha algo desse verão não?

O queixo dela caiu. Shino lhe falando que seu sapato era da coleção passada?! Isso era algo cruel que só uma pessoa cruel e rica como Karin diria para alguém. Nunca na sua vida haviam a insultado daquela forma. Ino sentiu vontade de sentar e chorar! Ela sempre doava os sapatos de linhas passadas, mas se esquecera daquele e realmente confundira as coleções. Quem poderia dizer que aquela era linha primavera? Ela havia simplesmente esquecido de ver.

Ao ver a cara dela, Shino continuou:

— Mas eles combinam com você, minha princesa!

“Enfia o minha princesa no seu rêgo!” foi o que ela teve vontade de dizer, mas só ergueu os olhos e falou:

— Velhos e ultrapassados?

— Clássicos e elegantes, como todo louboutin.

Ino não sabia se achava bonito o jeito como ele falara ou estranho o fato de ele saber tanto sobre louboutins. Fez um biquinho e voltou a abaixar a cabeça. Shino se agachou e levantou o rosto dela com um dos dedos.

— Vamos lá, que tal você comprar a nova coleção da chanel?

— Eles estão com uma nova coleção? – ergueu a sobrancelha. Não havia visto nada sobre aquilo.

— Como você tá desatualizada...

Ah, ótimo. Seu próprio namorado sabia mais sobre sapatos do que ela. Ino já podia se matar.

Regra Número 3 – Concorde Com Tudo O Que Eu Digo.

Depois de eles entrarem na loja de sapatos e Shino começar a conversar sobre tecidos de animais em sapatos com uma vendedora e o quanto aquilo era errado, Ino “broxou” totalmente de qualquer compra e tentou arrastá-lo de lá.

Acabou que eles entraram num shopping ali perto. Ino viu um lugar onde comprar sorvete e sorriu, olhando para Shino.

— Me compra um sorvete? – Seus olhos brilhavam como os de uma criança. Ela tentava ignorar os olhares das pessoas na camiseta dele. Ainda tinha que pedir uma explicação sobre aquilo, mas isso podia esperar.

— Sim, minha princesa. – Ele procurou a carteira no bolso da calça. Ino ainda estava incomodada com aquele jeito dele de chamá-la, estava acostumada mais com um “Ino” seco, mas que ficava bom na boca dele.

— Você vai querer um também? – perguntou apenas por perguntar, esperando.

— Vou, minha princesa. – Certo, aquilo estava ficando chato. Mas antes que ela pudesse perguntar mais alguma coisa, Shino entrou na fila e uma atendente falou com ele. Eles se sentaram perto da praça de refeição, para comerem tranquilos, enquanto Ino começava a tagarelar como sempre.

— Vem cá, qual é a dessa camiseta? – falou, ainda com o sorvete na boca.

— É para mostrar para todo mundo que você é a única para mim... – Ele se inclinou mais na mesa, o sorvete no potinho quase sujando a camisa. Ino arqueou a sobrancelha fina, perguntando-se quando devia vomitar.

Aquilo não era chique, nem bonito, nem legal, nem sequer aceitável. Era só meio bizarro, concluiu ela.

— Certo, e que tal você tirar e queimar ela? – sugeriu, com um sorriso brincalhão no rosto. Esperava que aquilo não afetasse os sentimentos do namorado, que provavelmente havia um bom dinheiro pela imagem dela no tecido.

O rosto dele trancou. Shino se levantou como um robô, sob o olhar de pânico dela. “Por favor, não faça nenhuma loucura” era só o que Ino conseguia pensar. Antes que ela tivesse qualquer reação, ele tirou a camiseta e ficou com o tronco nu no meio da praça de alimentação.

Obviamente todas as pessoas olharam para ali. Largou a colher no potinho e fez movimentos com a mão, desesperada, pedindo para ele se vestir. Shino se ajoelhou na frente da onde ela estava sentada.

— Como quiser, minha princesa.

— Pelo amor de Deus, Shino, se veste – murmurou olhando para todos os lados. As pessoas não paravam de comentar baixinho, Ino já estava com medo que alguém chamasse um segurança.

— Ainda preciso cumprir outra ordem sua, minha princesa.

A loira estava à apenas um passo de explodir em desespero, mas Shino foi mais rápida, correndo para um dos fast-food. Ela se levantou, quase caindo dos saltos, tentando seguir a corrida dele.

— Shino, Shino, era brincadeira, meu amor, volta aqui! – gritava ela, choramingando.

As garçonetes se afastaram aos gritos quando ele pulou por cima do balcão de atendimento, indo até o grill e botando a camiseta sobre os hambúrgueres. Ino parou no lugar, assistindo tudo de olhos arregalados, assim como todos ali. Sua imagem na camiseta foi queimando, até que ela parecesse uma mancha preta de peruca loira.

Estapeou a própria testa.

-

Depois de Ino ouvir um discurso chato sobre como o seu pai não livraria Shino de todos os processos que ele levasse, ela resolveu chamá-lo para sair para algum lugar – mas primeiramente o Aburame iria até a casa dela, só para que essa checasse se estava tudo bem. Aproveitou-se disso para pedir alguma opinião sobre a própria roupa.

Ele sentou-se sobre a enorme cama de família dela – Sakura chamava assim, pois dizia que era muito grande para um “casal” – e esperou que Ino saísse do closet. Vestia algo colada, amarelo e lilás, com sapatos azuis que combinavam com os olhos de safira. Shino mediu-a de cima a baixo, parecendo ter vontade de dizer um “uau” que a deixou muito satisfeita. Infelizmente os óculos impediam que ela descobrisse mais sobre a expressão dele.

Tinha que confessar que pensar nele elogiando-a e paparicando-a a fez se esquecer de perguntar por que ele agira de forma tão louca alguns dias atrás. Concluiu sozinha que isso devia ser alguma mania de gente pobre, então era melhor não discutir muito. Vai que esse pessoal tinha uns surtos do nada e era normal entre eles?

Tentou não pensar nisso, apertando a barriga na frente do espelho.

— Acho que estou gorda! – reclamou em voz alta, olhando pelo espelho delicadamente para o namorado. Elogios a deixavam muito feliz, então ela esperava algo como “Não, que isso, você é maravilhosa, magra como uma modelo, você é tão magra que eu poderia te levantar com uma mão só”.

Mas, ao em vez disso, ela ouviu:

— Verdade, minha princesa.

Olhou-o incrédula.

— Você acabou de dizer isso mesmo? – perguntou, só para confirmar.

— Sim, minha princesa – disse como se não fosse nada demais. Ino se aproximou, já fazendo uma expressão dramática e se sentando do lado dele na cama.

— Ah, já que você pensa isso, é melhor a gente terminar... – choramingou, mesmo que na verdade não quisesse realmente dizer isso. Fez um beicinho fofo e esperou algo como “Terminar? Nunca! Nunca acharei alguém tão maravilhosa como você!”.

— Se é o que você quer, minha princesa...

O queixo de Ino quase tocou o colchão. Ela levantou irritada.

— Não, não é o que eu quero. Vamos logo esquecer esse assunto, melhor a gente sair!

E ouviu um “sim, minha princesa”, o que já estava deixando-a enjoada.

Regra Número 4 – Nunca Solte Minha Mão.

Tinha que confessar que havia achado muito fofinho o jeito como Shino pegara sua mão depois que eles chegaram ao centro da cidade. Mas agora, 30 minutos depois e com um calor de 28 graus, a mão dos dois já começava a soar e Ino estava achando aquilo levemente nojento. Ele pelo menos podia deixá-la secar a mão no tecido da saia, mas toda vez que ela tentava puxar mão, de forma delicada ou não, o braço dele acabava vindo junto.

Inflou as bochechas, sem conseguir se concentrar nas lojas por causa disso. Acabou vendo uma interessante, mas ao mesmo tempo Shino viu outra também, e quando os dois tentaram seguir para as lojas... Eram em lados diferentes e ambos foram puxados para trás, por causa das mãos.

— Ai! – gemeu Ino, que era delicada para qualquer tombozinho ou dor. – Amor, não é melhor a gente soltar as mãos?

— Não! – Ótimo, na única coisa que Ino precisava que ele concordasse, ele não concordava. Tinha um rosto obstinado. – Não posso soltar minha princesa nem por um minuto.

— Qual é, Shino, eu não sou uma criança. Nossas mãos estão grudentas. – Fez uma expressão de “por favor, me deixa ao menos secar ela”, mas isso não pareceu ter efeito nele.

Ino revirou os olhos e suspirou irritada. Não sabia de onde havia vindo todo aquele desejo doido dele de ficar perto dela, mas agora ela teria que lidar com isso, pelo bem do relacionamento. Visitaram a loja que ele queria ver e depois foram para a dela, que obviamente era de roupas. Ino teve muita vontade de fazer xixi por causa de um novo regime que estava fazendo, onde só podia se beber sucos de vegetais, então pediu para uma atendente lhe indicar onde era o banheiro.

Quando ela estava lá, porém, parou, olhando para o namorado.

— Hã... Shino, essa é uma boa hora para soltar minha mão.

— Não posso te soltar, minha princesa – falou, parecendo muito determinado.

Ino juntou as sobrancelhas para ele, puta da vida.

— Eu. Preciso. Usar. O. banheiro. – Ela estreitou os olhos, duas vezes mais determinada do que ele. Shino balançou a cabeça de um lado para o outro. “Sem chance”, Ino pode ler na expressão do garoto. – Então é assim...?

Ela abriu a porta do banheiro, entrou e a mão dele continuava lá, grudada na dela. Ino botou o pulso dele bem no batente e PÁ! Fechou a porta no pulso do safado.

Antes um namorado sem a mão do que dentro do banheiro com você.

Regra Número 5 – Arranje Um Cavalo Branco e Me Busque Na Escola.

Sim, essa regra é só porque eu os vi fazendo isso na TV. Boa sorte em arranjar o cavalo.

Era só mais um dia normal no colégio. Ino saia da escola ao lado de Sakura, reclamando sobre como Shino parecia esquisito nos últimos dias. Ele havia a visto com uma máscara de pepino e a achado bonita, o que era muito estranho. Nem ela própria, que se achava bonita até usando o banheiro, se achava bonita com uma máscara de pepino que fedia.

Sakura não prestava nem uma atenção, pois trocava mensagens com algum pretendente no seu novinho Iphone 6 dourado. Garotos eram mil vezes mais interessantes do que as reclamações de Ino.

Ino parou de andar até o portão quando, do nada, viu uma multidão que se formava ali. Arqueou a sobrancelha, que coisa havia naquele local que pudesse chamar mais atenção do que si própria? Quer dizer, aquelas pessoas deveriam perder tempo a reverenciando, não olhando qualquer outra coisa chamativa. Aproximou-se curiosa com Sakura logo atrás e, enquanto andava, sentia alguns olhares do tipo “eu preciso ver a reação dela”. Mau sinal. Estava acostumada com olhares de “eu preciso ser como ela”.

— Sai da frente, idiota – xingou, empurrando dois meninos. Sakura aproveitou o espaço que Ino abriu para passar também, sorrindo amarelo para os dois garotos. Acabou batendo nas costas da loira, que estava parada como uma estátua.

— Ino, o que foi? – perguntou, curiosa com o silêncio dos alunos e da amiga. Então deu um passo para o lado, para poder ver também. – AI MEU DEUS! – gritou e olhou chocada o que todos também assistiam.

Lá estava Shino – e só dava para reconhecer ele pelos óculos que saiam pelo buraco da roupa, assim como algumas partes do cabelo – vestido uma enorme fantasia de cavalo branco. Sim, havia até a cabeça do cavalo, saindo por cima da sua própria. Era um collant branco e constrangedor.

Ele se aproximou de Ino, que parecia um fantasma de tão pálida. As pessoas olhavam todas chocadas, algumas coradas de vergonha.

— Eu vim te buscar, minha princesa.

E Ino caiu dura no chão, tamanho o choque.

Regra Número 6 – Faça Muitos Doces Para Mim!

Você sabe quais são os meus favoritos. E ah, eu não sou gulosa, sei o que está pensando! Eu só como de vez em quando, ok? Quando estou ansiosa... Juro.

Ino piscou algumas vezes, tentando assimilar onde estava. Percebeu que se encontrava em seu próprio quarto, por causa das almofadas ao redor. Sentou-se, botando uma mão na testa e tentando se lembrar de por que estava ali. A imagem de Shino com uma ridícula fantasia de cavalo branco, com crina e tudo, lhe veio na mente e ela jurou que poderia desmaiar de novo.

Acabou se controlando, respirando com dificuldade e imaginando se todos da escola haviam visto aquilo. JESUS CRISTO! O que eles iam falar dela, pelo amor de Deus?

E mais: por que raios Shino havia se vestido daquele jeito?!

— EU PRECISO DE ALGUMA COISA DOCE AGORA MESMO! – gritou ainda em cima da cama. Uma veia pulsava na sua testa perfeita. Odiava com força aquela veia, mas ela insistia em aparecer todas as vezes que estava nervosa. E naquele dia, puta que pariu, naquele dia Ino queria pegar o creme hidratante de alguém e jogar romãs podres lá dentro! Essa com certeza era a coisa mais horrível que podia se fazer a alguém.

A sua voz devia ter soado tão forte em cada cômoda da casa, que logo havia uma criada desesperada ali dentro de seu quarto.

— O que foi, Senhorita Yamanaka? – ela perguntou trêmula, morrendo de medo de perder seu emprego.

— Eu quero alguma coisa doce agora mesmo! – resmungou irritada, procurando mais uma coisa. – E meu celular!

A mulher lhe entregou o celular que estava na outra cômoda e foi direto para a geladeira que havia dentro do quarto de Ino. Era quase uma mini-casa, por assim dizer. Então se aproximou da cama da loira com um pote em mãos e um sorriso no rosto.

— Seu namorado, o Senhor Shino, está lá embaixo. Ele mesmo preparou esses doces! – disse a criada, certa de que isso faria a Yamanaka se acalmar. A veia de Ino saltou duas vezes mais. Ino tomou ar, tentando se acalmar antes de perguntar, num tom baixo e meio ameaçador, mesmo que não fosse a criada quem ela queria matar:

— E como o meu maravilhoso namorado está vestido?

A outra engoliu em seco, assustada. Ino tinha um olhar mortal no rosto, como se dissesse “eu vou te demitir e a única coisa que você vai poder levar é sua dignidade. Ah não, eu vou pegar isso também”, e aquilo não era nada legal, nada legal.

— M-Muito adequadamente, eu diria, senhorita – murmurou assustada. Ino deixou o olhar e pôs um mais gentil no resto, só meio confuso.

—... Nada de cavalos?

A criada a olhou sem entender, mas achou melhor não questionar.

— Nada de cavalos! – garantiu.

— Ótimo. – Ino botou o pote de doces no colo. – Mande-o subir e ligue para minha massagista, tudo bem?

— S-Sim, senhorita. – E saiu, ainda trêmula, mas bem melhor do que antes.

Já sozinha, Ino respondeu Sakura por mensagem, dizendo que estava bem. Então abriu o potinho que estava nas coxas e olhou lá dentro. Havia um pudim – seu doce preferido – que parecia muito apetitoso lá dentro, além de alguns brigadeiros com granulados coloridos. Ao mesmo tempo em que pegou um pedaço do pudim, que sempre ficava na geladeira, escutou a porta se abrindo. Se era Shino que havia feito, provavelmente tinha gosto de amor!

Quando botou o pudim na boca, acabou cuspindo tudo em cima da cama.

— Que coisa horrorosa! – gemeu ela de nojo, puxando a coberta e passando na língua, querendo que aquele gosto saísse para sempre da sua existência.

Então ergueu os olhos e o viu entrando. Seus olhos se arregalaram; ele parecia um verdadeiro príncipe que havia saído dos contos de fada – ou de uma festa de debutante. Vestia até mesmo ombreiras dourados, que ficaram muito bem nele, calça branca e a parte de cima vermelha. Ino nem sentiu falta de uma coroa. Estava de boca aberta, mas finalmente era por um bom motivo, e não por alguma idiotice que ele havia feito.

— Uau! – falou, paralisada.

— Primeira reação boa desses dias. – Riu ele, se aproximando. Então tudo o que o moreno havia feito voltaram na cabeça dela e ela fechou a cara.

— O que vai fazer agora, me amarrar e me levar para longe? – questionou, irritada. Shino se sentou perto dela, olhando para o potinho. – E isso daqui tá horrível.

— Como foi ter o que você pediu? – ele rebateu com outra pergunta, arqueando a sobrancelha. Ino olhou sem entender, bem nos óculos dele. Podia ver os olhos através das lentes escuras.

— O que eu pedi...? - E do bolso da calça branca ele tirou um papel cheio de marcas de beijos e ainda muito perfumado. Ela olhou aquilo em silêncio, engolindo em seco. – A minha carta...

— Eu fiz tudo o que estava aqui. Satisfeita? – Havia um tom muito mais duro na voz dele, e disso ela não gostou nem um pouco. Shino parecia chateado, e ela acabou ficando também.

— Talvez eu tenha exagerado um pouco, mas... – Tentou, deixando o pote atrás de si e se aproximando mais dele na cama. O Aburame não moveu um centímetro. Quando reparou, já estava quase com o ombro encostando o dele. Sentou-se em cima das pernas e mordeu o lábio inferior.

— Um pouco? – rebateu outra vez, a voz chateada. Ino sentiu-se realmente mal pela primeira vez em meses.

— Eu só achei que... Bem... – Se perdeu, sem conseguir explicar.

— Você acha que eu não sou adequado para você, Ino, é isso.

— O quê?! Não, é claro que não! Só tem coisas com que eu sonho desde pequena, então eu pensei que talvez fosse bom para nossa relação...

Ele a calou com uma mão. Os rostos estavam próximos, mas ela não sentiu vontade de lhe dar um beijo. Falando em beijos, havia acabado de reparar que eles não haviam saído realmente do “selinho”. Sentiu sua pele corar quando pensou nisso. Era só o que faltava, estar corada com uma bobagem daquelas.

“Alô, alô, Ino, você não é a Hinata” disse para si mesma.

— Que talvez fosse bom para você! – corrigiu. A olhava fundo nos olhos, o que só a fazia mais culpada. – Eu me apaixonei por você. Do jeito que você é. Egoísta, mimada, chata, fresca, meio burra...

— Certo, eu já entendi – interrompeu-o com a voz abafada por causa da mão. Shino riu baixo.

—... Mas se você não pode fazer o mesmo, então não devemos ficar juntos. – E tirou a mão da boca dela, assistindo-a em silêncio. Ino não falou nada, mas suas íris tremiam e os lábios estavam entreabertos. Esperou, mas nenhum som veio.

Então se levantou com um suspiro desanimado. Se era assim que ela queria, assim teria que ser. No final, Ino acaba sempre tendo tudo o que desejava.

Parou na porta, já com a mão na maçaneta, e pensando ainda sobre a carta. Antes de abrir a maçaneta, porém, ele foi abraçado por trás. Ino afundou o rosto na capa vermelha que tinha cheiro de loja, apertando os dedos esguios no peitoral do garoto.

— N-Não vá embora, Shino – murmurou trêmula. Ino nunca tomava a iniciativa, eram sempre as outras pessoas que se arrependiam e iam até ela pedindo desculpas. Os dedos dela se apertaram ainda mais forte. – Me desculpe! Realmente, me desculpe! – implorou, fungando forte logo depois. Estava vermelha, mas graças a Deus ele não podia ver. – Eu sou apaixonada por você, quando me disse que ia embora, eu... Eu me senti muito mal.

Shino afastou os braços dela e se virou, segurando os pulsos finos e encarando o rosto corado, mas ainda muito bonito e com traços perfeitos, da namorada. Deu um sorriso muito pequeno, mas que Ino pode enxergar claramente sem a gola alta que ele costumava usar.

— Você sabe que é a minha princesa número 1 do mundo, não sabe?

— Eu não podia pedir príncipe melhor. – Sorriu de volta, sentindo-se muito quente e cheia de amor. Então ficou na ponta dos pés, percebendo que ele largara seus pulsos e segurava delicadamente em sua cintura. Botou as mãos uma em cada lado do rosto dele, se aproximando. – Talvez se você soubesse cozinhar...

E não o deixou responder, pois se aproveitou dos lábios masculinos, colocando os seus próprios por cima.

A princesa é quem deve mandar na relação!

Mas mesmo com tudo isso, saiba que eu te amo muito, muito, meu amor!

Com amor, carinho, beijos, abraços e Chanel Nº5,

Ino Yamanaka.”


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Notas finais do capítulo

Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=CqDsv3lT3zM

É mt difícil errar usando uma Ino patricinha como essa :P Chanel Nº5 é um perfume, pra quem n conhece ;D era o perfume da Marilyn Monroe.
A Ino combina bem com a música, né? LOL
O Shino ficou meio fora dele, mas releve, nunca escrevi nd com ele KKKKKKKKKKK desculpem os erros tbm, eu n revisei LOL

Espero q tenham gostado, e vc tbm, Patricia sz



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