Carmilla’s special

Pois é, não era tão ruim assim namorar uma vampira. Na verdade, era bem legal. Eu achei que seria muito mais perigoso e assustador, mas depois daquele primeiro beijo, eu senti meu corpo derreter sobre o toque dela... Senti seus caninos pontudos cutucarem meus lábios levemente, e quando passei minha língua em um deles um fogo se ascendeu dentro de mim. Sério, nunca achei que me sentiria assim. Tudo o que eu queria era me moldar ao corpo dela e nunca mais sair. Todos os meus músculos relaxaram e soltei um suspiro que eu nem sabia que estava segurando.

- Posso me acostumar com isso, Creampuff.

Eu ri. Os olhos dela tinham um brilho divertido. Eu queria ficar com essa mulher pra sempre. Puxei seu rosto de volta pro meu e logo nossas línguas estavam juntas de novo. Gostoso, era tudo o que eu podia pensar. Senti Carmilla dar um passo à frente, me guiando para sua cama. Por mais clichê que possa ter parecido, meu coração saltou quando senti meus joelhos baterem na beirada, mas me deixei deitar e pude sentir a delícia de ter o corpo dela sobre o meu. Eu não sei o que é verdade ou não sobre vampiros da TV, mas ela era quente e macia. Não sei como ela conseguia manter seu peso em cima de mim já que sentia uma de suas mãos em meus quadris e outra em minhas costelas. Soltei outro suspiro. Quando ela mordeu meu lábio inferior, meu gemido surpreendeu nós duas. Nunca mais eu queria sair dali.

Depois do meu gemido as coisas ficaram mais quentes e suas mãos muito mais urgentes. Todo o lugar onde elas estavam pegava fogo e eu me senti inconscientemente rebolar de baixo dela. Rebolar? Eu nunca havia feito nada do tipo. Minhas respirações saiam pesadas e entrecortadas e tudo era urgência. Eu pensei “Porque não?” e logo minhas próprias mãos estavam apertando a bunda dela. Os gemidos dela eram algo entre miados e rosnados, super sexy. Aquela calça de couro nunca me pareceu melhor apesar de eu firmemente manter minha posição contra os maus tratos de animais indefesos.

Quando seu joelho caiu entre minhas pernas eu ouvi uma sirene de alerta na minha cabeça.

- Espera...

- Desculpa... – ela disse sem olhar nos meus olhos. Não era que eu quisesse parar... Mas eu nunca tinha feito nada do tipo, e isso me assustou.

- Não! Claro que não, você não precisa pedir desculpas... só precisa... ser um pouco paciente, eu acho.

-Ah... virgens... – Claro, era obvio com meus olhos largos como pires brilhando de espanto.

- Isso é um problema? – Falei do jeito mais desafiador que consegui, mas aposto que pra ela eu não passava de um gatinho assustado. Seus olhos brilharam com malícia.

- Não, jamais... – E sorriu. Um sorriso fofo, que me fez sorrir também.

Minha nova namorada vampira então começou a esfregar seu nariz no meu, e não pude segurar a gargalhada.