Radioative escrita por Lola


Capítulo 1
I - Battle.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gosteeeeeeee!Não deixe de comentar, cupcake!o/xxPS: Recomendo ouvir ao som de Radioactive. É muito boa essa música x-x



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Battle

I’m wakin’ up, I fell it in my bones

Enought to make my systems blow

Welcome to the new age, to the new age, to the new age

I’m radioactive, radioactive

Eu e mais outros milhares de corpos pintados de vermelho, estávamos amontoados em um campo quase bonito demais para manchar de sangue.

Isso sim, eu penso. Isso sim é o apocalipse. A revolução. Os governantes e a Capital vão cair, vão tremer diante do poder dos renegados, dos subjugados, dos pobres, mas poderosos. Dos radioativos.

Owen chega com um megafone, pairando no ar, a poucos metros do chão. Ele grita: — Nós estamos acordando! Não conseguem sentir nos seus ossos? Isso não é suficiente para seu sistema explodir?! — a multidão berra em aprovação e tenho certeza de que Owen tem o ego nas alturas, agora. Todos estão berrando, batendo palmas, mostrando que estava presente e que queria justiça. — Nós — ele continua — somos radioativos! Todos podem sentir, então vamos mostrar a eles! Todos os sistemas vão cair, o Sol, senhoras e senhores, não morreu! E só quando isso acontecer, queridos, é que nós pararemos de lutar pela justiça e pelos nossos direitos! — ele para dramaticamente, as palmas cessam de novo e ele continua — Porque nós... NÓS SOMOS RADIOATIVOS! Bem vindos à nova era, senhoras e senhores.

Quando ele termina, tudo que se pode ouvir é o berro animado da multidão se agitando e das palmas. E era simplesmente isso, mesmo. Era o que todos nós éramos, de um jeito ou de outro. Radioatividade. Cada energia diferente vibrava e eu podia sentir aquilo me dando força e motivação.

Lyn estava ao meu lado e deu um sorriso, pousando a mão no meu ombro. Seus olhos se preenchiam lentamente com uma luz púrpura, enquanto ela se transformava numa besta negra gigante. Vários garotos desavisados quase viraram panquecas, esmagados pelas enormes patas de Lyn. Eu sorrio para o monstro e começo a sentir o poder, a energia, querendo se libertar. Eu deixo ir. Deixo o poder me tomar e me cegar, me dando visão.

Sim. Eu sentia como se pudesse sentir cada filamento do Universo, cada corpo vivo ali presente. E então, depressa como chegou, a sensação se vai, mas não o poder. Assim, levanto-me para o ar frio e seco da manhã e pairo a alguns metros do chão. Meus olhos ficam azuis, todo preenchido com a energia, assim como Lyn.

Owen me vê e flutua até mim, ainda segurando o megafone. Ele não vestia vermelho, como os outros. Nós fazíamos parte de uma “equipe de apoio”. Ele e eu vestíamos preto. Só mais três pessoas faziam parte da equipe: Jane, a garota forte; Castiel, a inteligência; e Bonnie, o nosso “jaguar humano”. Nós iríamos lutar com os campeões da Capital.

— Pronto, Ghost? — bato nas costas de Owen. Sempre achei divertido que o sobrenome dele tenha a ver com suas habilidades. Ele sorri e bate com o megafone na minha cabeça de leve. Os olhos de Owen eram prateados, justo como um bom fantasma deve ser.

— Eu nasci pronto, Clark... E você? — pergunta e eu sorrio mais abertamente, se é que era possível.

— Não poderia estar mais.

Mal as palavras saem da minha boca e uma trombeta soa ao longe, seguida de barulhos de uma esquadra de helicópteros. A Arena, onde seriam realizados os torneios. Cinco jovens se aproximam pelo lado oposto onde está reunido nosso exército. Os campeões da Capital, eu suponho. Atrás deles, um exército completamente uniformizado com as cores da bandeira à “Justiça” marcham em nossa direção.

Olho em volta pela última vez, sabendo que talvez nunca mais pudesse ver algum rosto conhecido de novo, de um jeito ou de outro. Aperto os olhos e preparo minha energia.

É hora da batalha.


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