A Foto One-Shot escrita por Nano Breaker


Capítulo 1
A Foto


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma One-Shot, então não tem muito o que colocar de nota... Espero que gostem. Boa leitura.



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Cinco e meia da manhã e o despertador tocou. Thomas bateu no aparelho com força, esperando desligá-lo. Tudo o que fez foi derrubá-lo da cabeceira.

Beep - O aparelho fez, no chão.

- Droga! - Praguejou.

A maior parte de seus dias começava assim. Não só pelo fato de ter que acordar cedo, mas também por que era um adolescente em pleno ensino médio que acordava cedo para ir ao colégio.

Beep.

Tentou se levantar, mas a força gravitacional da cama o puxou para baixo. Sentou e, em menos de um segundo, se viu deitado embaixo das cobertas de novo. Thomas ouviu um barulho vindo de fora do quarto e a porta abriu, bruscamente.

Beep.

- Acorda logo, seu "dorminhão"!!! - Sua mãe, Wanessa, entrou no quarto, puxando os lençóis e jogando o filho no chão.

Beep - O aparelho fez, mais baixo, abafado pelos lençóis.

- Precisa isso, mãe?!

Beep.

- Sim!!! Esse Beep maldito acordou todos da casa!

Be- Pu... pu... - Thomas apertou o botão do despertador, desligando-o.

Wendy, sua irmã mais nova parou na frende da porta, coçando o olho com uma mão e arrastando o lençol com a outra, que também segurava um ursinho de pelúcia.

- O que houve?

- Nada não, filhinha - Wanessa falou, com um sorriso - Agora volte a dormir, ok? Não arraste mais o lençol...

- Ah... - Ela murmurou, antes de se dirigir de volta ao quarto e se jogar na cama, apagando em menos de um minuto.

Wanessa também voltou para o quarto. Thomas se vestiu, comeu um pote de cereal com leite desnatado e pegou sua mochila. Saiu de casa. A céu estava bonito e não havia muitos carros na rua. Os três quarteirões estavam calmos.

Quando chegou no colégio, foi direto para a sala de turma dele. Sempre chagava cedo, então era um dos primeiros. Prestou atenção na primeira aula, de filosofia, pois sempre gostou. Depois resolveu esquecer a escola. Durante o segundo e terceiro tempos, Thomas prestara mais atenção no gramado da escola, visível pela janela ao lado de sua carteira, do que na professora. Em um momento do terceiro tempo, notou que havia uma coisa, parecida com uma folha de papel jogada no gramado.

Quando o sinal do intervalo tocou, Thomas foi correndo para o gramado pegar o objeto. Quando o tinha em mãos, notou que era uma foto. A foto de uma menina, sorridente. A menina mais bonita que ele já tinha visto. Cabelos castanhos, levemente clareados, pele clara, olhos cor de mel e lábios suaves. Ela fazia um sinal com a mão esquerda. Algo como o número dois, ou "V" de vitória.

Thomas ficou encantado com a imagem da menina. Saiu pelo colégio perguntando se algum de seus colegas conhecia a bela menina. Sem sucesso... Ninguém a conhecia.

Passou o resto do dia no colégio, com a foto no bolso, sem prestar atenção nas aulas. Passou um tempo andando na rua, rodeando o quarteirão onde ficava o seu prédio e depois foi para casa. O dia seguiu normal e ele foi dormir.

No meio da noite, ele ouviu batidas na janela, seguidas de uma risada feminina. Olhou pela janela e podia jurar ter visto um vulto andando até o meio da rua. Quando abriu a janela, os barulhos cessaram e o vulto sumiu. Ele voltou a dormir.

Acordou no dia seguinte quase meio dia. Saiu correndo para a cozinha, jogou o cereal na mesa, pegou o leite, mas só depois de colocar no pote percebeu que não era o desnatado... Jogou o pote cheio na pia, pegou a mochila, passou pela sala, deu bom dia à mãe e à irmã e foi para a porta. Quando viu que ainda estava de cueca, praguejou e voltou para o quarto.

- Para que tanta pressa? - Gritou a mãe, da sala.

- Estou extremamente atrasado para o colégio.

- Ah, tá... Sabe que hoje é sábado, não? - Ela riu.

- Ah, sim, Hoje é... - Sua mente estalou - Droga... Terceira vez esse ano...

Wanessa e Wendy riam alto da cara de Thomas. Emburrado, terminou de se vestir e resolveu sair, levando a foto no bolso. Foi perguntando na vizinhança se os vizinhos conheciam a menina da foto, mas não conseguiu nada. Depois de passar horas falando com os vizinhos, voltou para casa, cansado. Dormiu sem jantar.

Mais uma vez, no meio da noite, foi privado de seu sono. As mesmas batidas na janela e a mesma risada feminina. Quando ele viu o vulto, não abriu a janela. Foi correndo atrás dele, sem esquecer da foto da menina.

Tudo aconteceu tão rápido... Quando ele percebeu, estava no meio da rua, ouvindo uma buzina que durou menos de um segundo. Atropelado por um carro, um 4x4, em alta velocidade, morreu na hora.

O motorista tentou socorrê-lo, mas não adiantou nada... O menino estava desfigurado e com um amassado enorme na cabeça, feito pelo capô do carro com o impacto. Além da coluna quebrada... O rosto bateu no chão com tanta força que não dava para reconhecê-lo... O motorista examinou o corpo. Encontrou uma folha em uma das mãos tortas e quebradas do menino. Ele pegou o objeto para avaliá-lo.

Quando o tinha em mãos, notou que era uma foto. A foto de uma menina, sorridente. A menina mais bonita que ele já tinha visto. Cabelos castanhos, levemente clareados, pele clara, olhos cor de mel e lábios suaves. Ela fazia um sinal com a mão esquerda. O que antes era um número dois, agora era um número três...


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