Do not be a princess. escrita por Haane


Capítulo 17
Fancy Dress ball


Notas iniciais do capítulo

Essa menina da foto é Zara quando era criança. Odeio esteriotizar meus personagens, prefiro que vocês o imaginem da forma que quiserem, mas acho que essa foto não revela tanto assim. De qualquer forma boa leitura :)



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Depois de transportar meu pai com segurança para o palácio, eu ainda estava em choque. Como assim meu pai um mendigo ? O Rei Henri, conhecido por sua bondade e preocupação infinita por Ganzer. Tanto que foi capaz de por as filhas para se casarem que as mesmas nem conheciam só pelo bem-estar de seus súditos. Não posso nem descrever como ele fica diferente com toda essa barba e em baixo de uma camada densa de sujeira

Estava eu, Amy, Erick, Rei Adam e a Rainha Raquel espalhados em uma das salas de reunião. Eu batia o pé inúmeras e pequenas vezes e depois parava. Tentei controlar minha ansiedade, mas minhas tutoras diziam que isso é falta de educação. Após não sei quantos séculos meu pai voltou parecendo meu pai. Em suas roupas finas, barba feita, seus cabelos da mesma cor que os meus estavam perfeitamente alinhados e um leve aroma de eucalipto alcançou minhas narinas. Corri para abraçá-lo. Sussurrei um pedido de desculpas quase que inaudível e ele afagou meus cabelos. Mais tarde pediria novamente de uma forma digna.

– Rei Henri, pode nos explicar o que houve ? - Perguntou Erick tentando não ressaltar sua curiosidade.

– Bem, os rebeldes me pegaram. - Ele disse com a voz embargada. Parecia com trauma ou medo de falar sobre o assunto. O que aconteceu ? - Eles me levaram até uma cidade do interior chamada Ortanze. Haviam muitos prisioneiros, ao que parece os rebeldes ditam as regras por lá. Foi uma semana temendo pela minha família, até que um dos geradores explodiu. Todas as celas foram abertas e as luzes apagadas. Fugi à tempo. Peguei algumas kritas* e um ônibus que me deixou no centro. Eu não consegui arranjar algo para fazer e acabei nas ruas do jeito que vocês estavam vendo. Fiquei nessa em torno de um mês, até minha querida me achar. - Meu pai terminou beijando minha mão.

– Os rebeldes mandam em Ortanze ? Preciso pesquisar mais à fundo sobre isso. - Disse o rei Adam se dirigindo à porta e chamando o filho e a esposa. - Seja bem-vindo novamente.

Eu e Amy o abraçamos, nesse momento meu rosto se desfez em lágrimas. Eu não tinha me dado conta de como ele faz falta na minha vida. Minha mãe deve estar tão feliz, o brilho do seu sorriso voltará e é isso que importa.

– Sabe, eu vi as pessoas nas ruas... - Começou meu pai olhando para o nada. - Elas pareciam felizes na maioria das vezes com suas decisões. E, Zara como Amélia está se saindo nas aulas ?

– Ela está ótima. A tutora Luna só tem elogios para ela. - Sorri empolgada para Amy, que sorriu de volta constrangida.

– Pois então, se você consegue aprender. O seu namorado ou ficante, não sei como vocês jovens chamam, vai aprender também. Mas antes quero conversar com ele, saber se é um rapaz de bem para ficar com minha filha.

O rosto de Amélia se iluminou. Juro, eu nunca tinha a visto assim antes, pareceu que ela tinha ganhado na loteria. Mas deve ser isso mesmo ! Ela vai poder ficar com Ash. Na mesma hora que percebi isso sorri deliberadamente. Em um pulo Amy abraçou meu pai e agradeceu inúmeras vezes.

– Preciso avisar isso pra ele ! - Ela disse e saiu correndo como um jato.

– Hum... Pai eu queria falar com você. - Me sentei ao seu lado.

– Sim ? - Ele atendeu hesitante.

– Me desculpe pela nossa última briga. E-Eu me arrependi muito depois disso. Eu não devia ter falado aquelas coisas para o senhor. - Escondi o rosto nas mãos.

– Zara, eu estou orgulhoso. - Afirmou com o mesmo tom de voz da minha mãe.

– Está ? - Perguntei voltando minha atenção para ele confusa.

– Sim, eu vi o seu vídeo bem, aquilo foi... Uau. - Ele sorriu. - Nunca tive tanta certeza na vida de que você nasceu para ser rainha. A forma como pareceu não se abalar e a firmeza em sua voz. Sem contar quando foi pedi para que Amy ficasse com o namorado, aquilo também foi digno de aprovação. Você estava certa o tempo todo. E eu estava cego, obrigado por me fazer voltar a enxergar.

Acho que minha expressão no momento deve ser como a de Amy. Adoro quando meu pai me aprova, quer dizer que fiz a coisa certa. Sempre tenho certeza disso depois que ele dá dua resposta. Ele telefonou para a minha mãe que parecia estar als prantos. Fui para meu quarto.

Eu estou vendo um programa de sobrevivência qualquer na floresta, depois daquele dia e do ataque dos rebeldes, decidi que gostaria de aprender técnicas de sobrevivência. Sabe que você pode comer casca de árvore ? Bom, eu pelo menos não. Erick bateu em minha porta hesitante e depois entrou.

– Minhas primas estão vindo para cá. E eu vim perguntar, o que acha de um baile na sexta feira ? Sabe... Pra comemorar a volta do seu pai.

– Sexta ? - Perguntei nervosa, meus olhos quase saíram de órbita. - Mas estamos na quarta. Como eu vou preparar tudo ?

– Minha mãe gostaria de ver como você se sai nisso, então eu achei que seria bom um baile.

Concordei. Tudo bem, eu posso fazer isso. Afinal, fui treinada corretamente para organizar uma festa. Apesar de ser muito chato eu preciso mostrar meu potencial para os unyanos. E não há nada melhor que um baile. Bom talvez eu convide os rebeldes.

– O que os rebeldes estão fazendo ? - Perguntei.

– Bom, ao que parece nas cidades pequenas eles estão tomando o controle.

– Mande mais guardas e delegacias para lá. Se os rebeldes estão como miliantes e tomando o controle da situação, temos que agir e rápido. - Eu disse tentando me manter calma. Erick pareceu surpreso.

– Isso é genial. - Ele sorriu abertamente e me deu um beijo na testa. - Obrigada e boa noite.

Fiquei feliz por poder participar de algo aqui em Unya. Preciso entrar em contato com os rebeldes para saber o que eles querem. Mas antes, preciso fazer uma pesquisa com o povo de Unya


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Notas finais do capítulo

*Kritas - Moeda se Unya
Genteee comentem o que acharam e suas sugestões. As vezes eu n incluo a sua sugestão no próximo capitulo, mas posso incluí-lá no futuro. Dêem também críticas construtivas. Um beijo e até amanhã