Coração Dividido escrita por Cigano


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! como o primeiro capítulo é sempre mais a introdução do ambiente, vamos começar a conhecer um pouco mais dos personagens, e do começo de tudo. Boa leitura, e espero comentários pfvor.
=D



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Seguindo pela floresta de Álfheim pulando os galhos no topo das árvores, Radathra ainda imaginava como seria conhecer o povo do oceano na cidade de Atlântida, e também se questionou o motivo de querer tanto ir. Enquanto chegava mais perto de casa, Rada sentiu que estava sendo seguida e observada por olhos élficos como os dela.

Imediatamente como já tinha feito milhares de vezes, falou algumas palavras no idioma élfico, e do nada um enorme arco longo de um vermelho escarlate surgiu em suas mãos junto com a aljava em suas costas, e ficou invisível com mais um feitiço e esperou que quem a seguisse se revelar. Parou, e esperou silenciosa no alto da árvore para observar. Mais alguns passos, uma tossida, e mais alguns passos fazendo barulho. Quem estava a sua procura apareceu num raio em que sua visão poderia observar melhor. Era um elfo como ela, e estava com as roupas da guarda real, junto de um arco de prata que significava que eram os guardas do palácio de carvalho. Os guardas pessoais de seu pai eram armados com arcos dourados e brilhantes e tinham a precisão mais mortal quase comparada com o deus que os criou Frey. Os guardas dos arcos dourados eram chamados, de os sete mestres do ar, e foram eles junto ao rei os sobreviventes da última guerra que ocorreu há muito tempo atrás. Os sete mestres ensinaram a todos os outros Elfos jovens o que sabem hoje, incluindo ela mesma que era um prodígio. O arco de prata que a estava caçando, significava que seu pai tinha descoberto sua pequena fuga, e estaria furioso quando ela chegasse em casa. Ela sabia o que aconteceria com o pobre infeliz do guarda de prata se chegasse em casa sem ela, e teve pena. Resolveu como última diversão que teria naquele dia com um suspiro, aparecer de surpresa atrás dele para ver sua reação. Como a tradição mandava, ela conjurou sua pequena coroa de louros e fios dourados e pôs em sua cabeça, o que a marcava como um membro da casa real. Apesar de não ser muito necessário pôs todos conheciam a bela princesa dos Elfos do cabelo escarlate.

Desceu silenciosamente, e se posicionou atrás do guarda de prata que estava com a cara franzida de desagrado por procura-la. Retirou o disfarce mantendo o arco rubro, e falou assustando o homem de leve.

– Procurando por mim guarda de prata? – disse Radathra fazendo com que o elfo girasse em seu calcanhar numa velocidade que a surpreendeu inicialmente, mas que para ela não foi difícil acompanhar com o arco que usou para bloquear a flecha antes que ele disparasse.

– Por Frey, senhora Rada. Por um minuto quase que lhe espeto com a flecha. – disse o guarda assustado, e ainda assim encantado com a forma bela e mortal da princesa que tinha sido capaz de deter sua flecha com seu arco rubro.

– Me desculpe meu amigo. Qual o seu nome? – perguntou Rada curiosa.

– Sou Wen minha senhora. Discípulo do grande senhor do ar Melan. – disse Wen curvando-se diante da bela princesa. Ele desde pequeno admirava a senhora Rada encantado. Como todos os Elfos tem vida muito longa, sua adolescência só chega quando se completa 100 anos. Antes disso, é considerado um bebê até uns 50 anos, e uma criança crescida aos 90. Ele já era um adulto, pois tinha 200 anos que pisava na terra. Quando a última guerra acabou, ele tinha acabado de nascer. Ele acompanhou a infância da senhora Rada como todos os outros que a amaram no mesmo minuto que a antiga rainha deu a luz e desapareceu em seguida. Uma bela menina elfa de cabelos vermelhos como o magma, ou sangue, de olhos azuis esverdeados como o mar. Com o passar do tempo, suas habilidades foram surgindo pouco a pouco, tornando-a digna de receber treinamento dos sete arcos dourados. Mesmo na família real, seus irmãos tinham recebido treinamento de apenas 1 arco dourado, e o mais velho de 2. Mas a senhora Rada impressionou a todos os mestres do ar com seu talento de gênio para a arte, que foi escolhida e treinada por todos os Sete que eram velhos generais de guerra abençoados por Frey.

– Hm certo Wen. – disse Radathra meio incomodada com o olhar de Wen que a olhava com admiração e se ela não estivesse enganada desejo? Wen era um rapaz muito bonito e forte. Cabelos loiros curtos e repicados, com olhos verdes de peridoto, orelhas pontudas na bela face máscula e viril. Sua constituição era magra como era a sua raça, mas muito forte e definida que se notava ao longe pela sua roupa que lhe moldava tudo.

– Meu pai está me procurando não é? – perguntou Rada vendo o olhar de admiração sumir para ficar um de receio e de dever.

– Sim, minha senhora. O rei está um pouco... Nervoso desde que percebeu que a senhora não estava dentro do palácio de carvalho. – disse Wen.

Com um suspiro resignado, Rada acompanhou Wen pulando pelas árvores para retornar ao seu “cativeiro” que ela chama de casa, para o carrasco que era seu pai ouvir algum tipo de sermão como ele sempre fazia toda santa vez.

Ao chegar aos belos portões de carvalho entalhados com belas heras e louros, os guardas de prata fizeram uma reverência e a deixaram entrar. Seguiu a longa escadaria circular que ficava num grande tronco de carvalho onde ficava a sala do rei. Ao chegar às portas, bateu de leve e ao ouvir um irritado entre, deu um suspiro e entrou encontrando o pai olhando para ela com os dedos da mão batucando de leve em seu trono por causa de seu mal humor. Como descrever o rei? Era a perfeição masculina que todos os súditos de Álfheim admiravam e tentavam no mínimo chegar aos pés de sua beleza radiante e glamorosa. Tinha longos cabelos loiros arruivados que se estendia até o meio das costas. Uma mecha estava trançada ao redor da cabeça para firmar os fios que eram muito lisos e sedosos que escorregavam facilmente. Seus olhos eram lindos com uma mistura de azul turquesa com o tom esverdeado do mar, sendo o único desde o primeiro rei Elfo a possuir. Seu rosto era de um formato masculino perfeito com uma barba rala que faziam sua boca provocante e sexy, enlouquecer muitas Elfas que suspiravam com sua simples respiração quando passava pelo reino. Seu corpo era maior do que os outros homens do reino, sendo enorme e muito musculoso e sarado, coisa que na maior parte do tempo não se via por sempre usar suas vestes reais. Sua coroa feita de madeira de carvalho dourada completava sua beleza estonteante. Seu pai era um homem muito bonito, porém agora aqueles belos olhos estavam profundamente irritados com ela.

– Vejo que finalmente achou a sua casa hein, Rada? – perguntou o rei acidamente.

– Papai, pelo amor de Frey. Eu não saí do reino, estava apenas olhando o mar. Deuses. Porque eu sou a única que tem que ficar presa aqui como se fosse um animal enjaulado o resto da vida, sem poder ao menos explorar a terra que herdarei num futuro distante? – disse Radathra com a raiva surgindo.

Theraradel suspirou ao ouvir sua filha rebelde usando aquele argumento mais uma vez, quando a mandava buscar. Em certa parte ele concordava com ela a respeito de mantê-la presa, mas era por medo pela sua segurança que ele temia. Se descobrissem o segredo de seu nascimento ela estaria em perigo, e um grande mal poderia retornar uma vez mais para Rowin. E principalmente que ele não suportaria perder um de seus 3 filhos, principalmente sua pequena princesa escarlate que o fazia muito lembrar da mãe.

– Minha filha, eu já expliquei a você varias e varias vezes ao longo destes 100 anos quando chegou à adolescência. O mundo é muito perigoso para nós Elfos estarmos xeretando em terras que não simpatizam muito conosco. Quando você for adulta entenderá melhor que o mal desse mundo ainda existe, apesar do rei mago ter caído. – disse Theraradel a sua filha que estremeceu ao ouvir o nome do tirano. Observou-a chegar perto dele, e ele a pegou num abraço e pôs em seu colo como fazia quando ainda era um bebê.

– Mas papai, apesar do meu irmão mais velho ser o próximo na linha de sucessão, eu um dia terei que ser a rainha não é? – perguntou Rada confortável nos braços do pai que tinha se acalmado um pouco.

– Sim, minha princesinha você herdará todo o reino quando eu e seu irmão não estivermos mais aqui. Mas não se preocupe que não vai acontecer tão cedo, de que eu, o grande herói da história morrer e ir para os braços de Frey. – disse Theraradel orgulhosamente fazendo com que Rada começasse a rir, trazendo um sorriso a seus lábios.

– Pai? – disse Radathra timidamente. Theraradel sabia o que ela ia perguntar, mas teve paciência e criou coragem para responder o que se seguiria.

– Sim, meu bem? – disse Theraradel com a cabeça da filha aninhada em seu pescoço.

– Poderia me falar da mamãe? Eu sei que você não gosta que se toque no assunto, mas como sou a única dos seus filhos que não se lembra da mãe, só posso saber por você. – perguntou Rada timidamente.

– Está bem. Sua mãe era uma mulher extremamente bela e sedutora. Assim como você tinha belos cabelos vermelhos cacheados até as costas. Sua pele dourada brilhava ao sol, como se fosse banhada a ouro. Seus olhos eram iguais aos seus. Um azul brilhante e belo que capturava que o encarasse. Seu corpo era a coisa mais bela que eu já tinha visto. Assim que a vi me apaixonei, e ficamos juntos. Poucos meses depois ela deu a luz você e por motivos que não posso revelar agora, ela partiu me deixando com a preciosidade que está agora nos meus braços. – disse Theraradel emocionado ao lembrar e deu um beijo em sua filha que começava a fechar os olhos de sono.

– Devia ser uma mulher fascinante. Qual o nome dela? – perguntou Radathra antes de adormecer.

– Aurora. – disse Theraradel para a filha que assentiu, bocejou e fechou os olhos caindo no sono. Ele a observou. Aquela criatura tão pequena se comparado a ele, que junto de seus irmãos eram a vida e morte para ele. Sofreu ao pensar no que ela enfrentaria num futuro próximo quando o mal retornasse como tinha previsto há muito tempo quando ela nasceu. Com cuidado para não acordá-la, levou-a em seus braços, e a pôs na cama em seu quarto que ficava no mesmo corredor da sala do trono. Cobriu-a com o lençol de seda, lhe deu um beijo na testa e saiu do quarto sem fazer nenhum ruído quando a porta se fechou.


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Notas finais do capítulo

Eae curtiram?
Deixem suas opniões que ficarei encantado em ler, e responder. =D



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