Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 7
Capítulo 7: Ad Domum




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Estava vermelho e com ódio, se aquele cara chegasse perto dela de novo não hesitaria em lhe dar um soco. Lithos seguia o leonino calada, sabia que quando ele estava com raiva qualquer palavra seria o estopim. Abaixou a cabeça, passando a pensar no cavaleiro. Realmente ele era lindo e parecia ser muito certo em suas atitudes, um verdadeiro cavaleiro de Atena.

- Shaka tome conta dela. – disse o leonino. – não quero ninguém se aproximando.

- Mas eu não quero sentar... – tentou protestar.

- Vai ficar sentada aí. – disse enérgico.

Lithos ia retrucar, mas Shaka a impediu.

- Que bom que vai me fazer companhia. – disse.

A grega concordou.

- Tudo bem.

Aioria se afastou juntando a Aldebaran e Mu.

- Aioria é um grosso! – protestou. – não estava fazendo nada de mais.

- Ele é ciumento Lithos.

- Eu não estava fazendo nada demais. Ah nem...

- Povinho ciumento hein? – Kárdia aproximou. – achei que ele fosse bater no Sísifo.

- Estão vendo? Todo mundo viu. – fechou a cara emburrada.

- Você dança muito bem Lithos. – disse Kárdia. – no seu tempo também tem estes festivais?

- Tinha, mas depois das guerras tornaram-se inviáveis.

- É uma pena. – disse Shaka. – eram interessantes.

- Por que você fica de olhos fechados? – o escorpião o fitava curioso.

- Acumular cosmo.

- Não precisa ficar assim aqui. – bufou. – não temos batalhas, só aqueles treinos chatos.

- Isso é bom. – disse Lithos. – guerras são tão destrutivas.

- Quero ação, se soubesse que só treinaria tinha virado um soldado, eles fazem mais que nós.

- A vida não é só batalhas Kárdia.

- Essa vida é muito sem graça. Não tem ninguém para torturar.

Shaka não pode deixar de rir. Ao contrario de Miro, aquele escorpião só gostava de batalhas, coisas da idade dele. Não muito longe o escorpião do futuro olhava-os. Não estava gostando da conversa de Shaka com o rival. Normalmente o virginiano perdia a paciência com ele, mas parecia que o do "passado" estava se divertindo, ele ate sorria!

- Vou quebrar a cara dele.

- Não vai nada. – disse Kamus fitando o trio.

- Shaka nunca sorriu para mim e para aquela aranha de parede é só alegria.

- Aranha de parede? – estranhou.

- Aquelas aranhas de pernas finas que com uma chinelada morre.

- Está com ciúmes?

- Claro que não! Só quero justiça.

- Kárdia não tem culpa de Shaka simpatizar com ele. Talvez o problema é de ascendência.

Miro o olhou frio.

- Também acho. Não é atoa que eu e Dégel nos damos tão bem!

- Acha que eu importo? Não vou precisar de escutar suas asneiras. Kárdia tem assuntos mais interessantes.

O aquariano saiu de perto dele reunindo ao grupo. Miro os fitava com ódio. Parecia que os três se divertiam com o rival de signo.

- Vou quebrar a cara dele.

Em outro ponto....

Sísifo estava sentado num canto, não gostara da forma que Aioria tinha tratado Lithos.

- A noite está agradável. – era Regulus sentando ao lado dele fitando a multidão dançar.

- Está.

- Aioria ficou com raiva.

- Sem motivo. Era apenas uma dança.

- Não foi o que ele entendeu.

- É um imaturo.

Regulus não disse mais nada.

- Vamos ficar ate a festa acabar?

- Não. O santuário ficou tempo demais sozinho. Procure pelos outros e diga que daqui a pouco vamos embora. – levantou. – vou procurar por Lara.

- Tudo bem.

Depois de dançar com Áurea, Afrodite resolveu se sentar, procurou por um lugar achando perto de Athina e Selinsa, mal sabia que um par de olhos castanhos o fitava com ódio.

- Posso me sentar aqui?

- Claro. – respondeu Selinsa.

Seguiu alguns minutos de silencio. Athina olhava o cavaleiro discretamente, ele era muito semelhante a Albafica, ate o cheiro de rosas era parecido mas havia algo diferente. Albafica era distante e ele parecia ser mais extrovertido.

- Obrigada pela rosa. – disse quebrando o silencio.

- Não foi nada. – sorriu. – Athina não é?

- Sim senhor.

- Não me chame de senhor, não sou tão velho assim. – riu.

- Tudo bem. – sorriu de volta. – o senhor... quero dizer você, dança muito bem.

- Obrigado. Vocês duas também são habilidosas.

Logo os três começaram uma animada conversa sobre o olhar atento do pisciano do passado. Albafica mais de longe estava incomodado, não bastasse aquele intruso em sua casa, ele ainda havia lhe dado uma rosa e agora conversava com ela e pior ele a tocava. Sentia o peito oprimido, novamente aquela sensação de impotência. Era claro que Athina acabaria se aproximando do pisciano e a tendência era se tornarem amigos e...

Balançou a cabeça tentava se livrar de tais pensamentos. Levantou saindo discretamente, iria embora para o santuário.

Na roda, Afrodite notou o pisciano ir embora.

- Já está indo embora. – disse.

Athina voltou o olhar para onde Dite olhava. Viu o cavaleiro passando em meio a multidão.

- Está voltando para Peixes.... – murmurou.

Em outro ponto...

Saga procurava pelo irmão, conhecendo-o sabia que estava aprontando. Encontrou-o na barraca de comidas típicas.

- Menos mal... – suspirou aliviado. – pare comer.

- Já experimentou isso? É muito bom.

- Vamos embora Kanon. – Saga o pegou pelo colarinho.

- Você é um chato.

Quando os dois se viraram depararam com Lara vindo em suas direções. Os dois pararam na hora. A sacerdotisa trajava trajes normais, mas não menos bela.

Notando que era observada olhou na direção deparando com dois pares de olhos verdes. Engoliu a seco. Por instantes sua mente viajou para um tempo distante, quando era apenas uma aspirante e treinava junto com o aspirante cavaleiro de gêmeos. Os cabelos azuis, o mesmo porte, mas o olhar... era mesclado. Dissipou tais pensamentos, os tempos eram outros e hoje tinham rumos diferentes.

- Boa noite. – disse aproximando.

- Boa noite. – disseram ao mesmo tempo.

- Estão se divertindo?

- Muito. – Kanon respondeu primeiro. – a festa está belíssima.

- Que bom. Se me derem licença preciso ver como esta tudo.

- Tem toda. – Kanon lhe deu passagem. Saga apenas afastou.

A uma distancia considerável....

- Que mulherão!

- Kanon....

- Vai dizer que não acha?

- Não precisa dizer nesses termos.

- Alem de linda é....- deu um suspiro. – vamos embora. Como Aldebaran fala: "muito areia para meu caminhão."

Desta vez era Kanon que arrastava outro gêmeo.

A festa continuou ainda por algumas horas, obedecendo às ordens de Sísifo voltaram para o santuário. Kárdia e Lithos conversando animadamente. Provocando ciúmes em Sísifo, Áurea e Dite deixando certo ariano de cabelos esverdeados ressabiado. Miro e Kamus separados não trocaram nenhuma palavra. Regulus tentava acalmar Aioria e os demais conversavam entre si.

A noite seguiu tranqüila para todos, mal sabiam que o santuário seria sacudido com uma nova chegada...

 

X.x.X.x.X.x.X


O dia ainda não tinha clareado e estrelas ainda enfeitavam o céu. Momento propício para uma leitura. A passos lentos o homem a frente dos oitenta e oito cavaleiros trilhava o caminho para a região sagrada de Star Hill. Sabia que as visões de Lara não apontavam um possível inimigo, mas era melhor se precaver. Parou diante da grande porta de carvalho e lentamente a abriu. Apenas o barulho das dobradiças era ouvido. Fechou a porta atrás de si. Fracos raios solares que despontavam no céu iluminavam fracamente o local. Do lado esquerdo de quem entrava havia uma tocha. O mestre a pegou encostando-a num local, logo varias tochas entorno da sala acenderam revelando o altar no ponto central. Ao colocar a tocha novamente lugar, sentiu seu cosmo reagir, estranhou, mas ficou ainda mais perturbado ao ver ao lado do altar doze urnas de armaduras incluindo uma de prata.

- O que elas fazem aqui?

Aproximou, reparando que dez delas pertenciam as de outro e uma era desconhecida.

- Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Escorpião, Capricórnio, Aquário e Peixes... e essa? – notou que ela tinha o símbolo de Poisedon. – será que é a armadura do Kanon?

Mas o que deixou ainda mais perplexo foi encontrar um pouco adiante uma jovem.

- Zeus.

Sage correu ate ela ajoelhando.

- Ei você.... – notou que a jovem não usava mascara e a julgar pelas roupas... – a 14° pessoa.

De forma delicada a pegou no colo e usando sua telecinese a levou mais as armaduras para o templo. A essa altura todos estavam convocados.

Mu e Shion tomavam café quando sentiram o cosmo do mestre. Rapidamente abandonaram o recinto.

Hasgard e Deba estavam na mesma situação, rumaram para o templo.

Em Gêmeos, Saga precisou jogar Kanon no chão para acordá-lo, depois de muitas ameaças os dois subiram.

Em Câncer Manigold tinha trancado o canceriano no banheiro seguindo para o templo, MM derrubou a porta a pontapés, jurando vingança contra ele.

Regulus e Aioria acordaram assustados e a pressas subiram deixando Lithos sem entender.

Os virginianos já estavam na porta do templo há muito tempo. Dohko tomava café e rapidamente atendeu ao pedido do mestre.

Em Escorpião, Kárdia e Miro dormiam como pedras.

Sísifo era outro que rumava para o templo, assim com El Cid que largou Shura para trás.

Em Aquário tanto Dégel quanto Kamus já estavam de pé e não demoraram a subir.

Afrodite e Albafica saíram praticamente juntos e Lara como estava no templo, já estava no salão.

Na porta...

- Será que aconteceu alguma coisa? – Regulus esfregava os olhos.

- Para o mestre nos chamar tão cedo. – Saga estava preocupado. – hum... cadê o Miro?

- Dormindo. – Kamus resmungou. – não tem responsabilidade? Se fosse uma guerra nem saberia o que o acertou.

- Kárdia também não está aqui. – disse Hasgard.

- Pode deixar que cuido do Miro. – Shaka deu um sorriso.

Os dourados estremeceram, Shaka sorrindo? Aquilo era mal, muito mal.

- Cinco minutos e ele estará aqui. – elevou o cosmo. – quer que ele traga o Kárdia?

- Por favor. – pediu Dégel.

Em escorpião...

Miro estava no oitavo sono e não acordaria se Shaka não intercedesse. Dormia tranquilamente quando deu um grito acordando.

- Foi um sonho....

- "Esteja aqui agora e traga o Kárdia ou trato do sonho ser verdade."

Rapidamente o escorpião levantou e praticamente arrastou o outro que veio protestando.

Na porta do templo ficaram surpreso por vê-los em cinco minutos.

- Pronto. – o virginiano deu as costas. – podemos entrar.

Só esperaram Shaka entrar...

- O que ele fez? – indagou MM.

- De Buda não tem nada. – Miro mostrou a língua. - Parece um juiz do submundo.

- O que ele fez?

- Fez uma ilusão. Tirou o sentido da fala e me trancou no meio de um bando de mulher pervertida e feia. Shaka me paga.

Caíram na gargalhada, claro só os dourados que entendiam o motivo de tanta raiva.

- Provoca mais o Shaka. – Shura tocou no ombro dele. – ele não esquece.... – olhou discretamente para Hasgard. – aquilo ali só tem santidade no nome.

- Já chega. – Saga tomou a frente. – vamos entrar.

Hasgard que havia percebido o olhar não se intimidou.

No salão, Sage sentado no trono os aguardava, Lara estava ao lado dele, trajando sua armadura e usando mascara.

- Nos chamou mestre? – Shion fez uma reverencia seguida pelos outros.

- Sim. Cavaleiros do futuro poderiam se aproximar?

Estranharam mas obedeceram.

- Lara, por favor.

A amazona abriu a cortina que havia do lado, doze urnas apareceram.

- AS ARMADURAS? – exclamaram os onze.

- O que elas fazem aqui? – Mu fitou o mestre.

- As encontrei em Star Hill.

Sage começou a contar o ocorrido. Minutos antes, em outra ala...

Sentiu a cabeça rodar, aos poucos os olhos foram abrindo, a principio não soube identificar onde estava, mas a julgar pelas colunas em mármore branco percebeu que estava no santuário. A mente estava obscura e só se lembrava de ter ido atrás de Shina.

Fitou a janela vendo que era manha.

- Será que dormir aqui? – olhou para si. – ainda estou de vestido? O que aconteceu?

Ergueu o corpo sentindo uma leve vertigem tendo que se apoiar em um móvel. Então reparou direito: estava no templo de Atena.

- O que aconteceu?

Segurando nas paredes abriu a porta ganhando o corredor, sentiu cosmos conhecidos e foi para lá que se dirigiu. Enquanto isso....

- Será que foram transportadas junto conosco? – era a duvida de todos.

- Não estávamos de armadura na hora. – disse Deba.

- Então como…

- Não foi só isso. – o mestre calou-se pensando na melhor maneira de contar sobre o outro detalhe.

Aos poucos foi aproximando do salão do grande mestre, já podia ouvir vozes. Quando chegou na porta...

- Aioria...

Escutando uma voz fraca todos os olhares dirigiram-se para a direção.

- MARIN??

Antes que a amazona pudesse dizer algo sentiu as pernas bambearem, num movimento rápido Aioria a segurou.

- Marin você esta bem?

- Estou, só um pouco tonta.

- Vem.

O cavaleiro a conduziu ate perto dos outros sobre os olhares atentos dos cavaleiros.

- Marin você está bem? – Miro aproximou.

- Estou. O que fazem aqui? – olhou para todos. – cadê Aiolos, Atena...

- A encontrei perto das armaduras. – disse Sage observando a jovem.

- Marin? – Saga a fitou achando tudo estranho. – o que houve com você?

- Não lembro muito bem. Sei que estava indo atrás da Shina e ....minha mente está turva. – passou a mão pelos cabelos. – quem são essas pessoas?

- Viu Cronos no templo? – indagou Shaka.

- Cronos? O titã Cronos??

- Ele mesmo. – respondeu Shura. – ele apareceu no templo e nos jogou um feitiço, estamos em 1740.

- O que?

Kamus contou rapidamente o que aconteceu.

- Então, Áurea, Lithos, eu....mas por que eu?

- Boa pergunta. – disse Kanon. – Cronos surtou.

- Esqueceu que me salvou e a Lithos daqueles servos dos titãs?

-Verdade....

- Então fechou as quatorze pessoas. – disse Mu.

- Se viemos para o passado... – olhou ao redor.

- Marin, esse é Sage o mestre atual. – Deba apontou. – Lara, amazona de Taça e os cavaleiros de ouro dessa época.

Marin olhou um por um na vez do ariano...

- Shion?! – levou a mão a boca.

- Ele mesmo. – Aioria tampou a boca dela antes que dissesse algo. – e aquele é Dohko. Estamos em 1740...

A amazona concordou ainda estupefata.

- É um prazer conhecê-la senhorita Marin. – disse Dégel no seu habitual tom cortês.

- Igualmente. Marin, amazona de Águia.

- Uma amazona?? – gritaram perplexos.

Tudo que viram foram os onze cavaleiros mais o mestre virarem o rosto. Se não fosse grave, a cena seria cômica.

- O que foi....? – perguntou inocentemente.

- Agora é tarde. – disse Lara aproximando. – sou amazona de taça.

Marin fitou a face dela, ela usava mascara.

- Zeus. – levou as mãos ao rosto. – esqueci... quero dizer....

- Já viram seu rosto mesmo. – Lara queria rir da cara deles, mas não podia.

- É que Atena aboliu o uso de mascaras e aí...

Mais atrás Miro caia na risada.

- Para de rir Miro. – Mu o cutucou.

- Estava me lembrando do Seiya e da Shina. Era cômico.

- Não tem graça. – disse Shion cortando-os, mas sem olhar para a ruiva. – Atena pode ter abolido em seu tempo, mas não no nosso. Poderia providenciar uma mascara?

Marin arqueou a sobrancelha, apesar de está novo, continuava com a mesma seriedade.

- Desculpe.

- Venha comigo Marin, vou providenciar uma para você.

Lara a conduziu para dentro, só abriram os olhos ao ver que ela tinha ido.

- Se soubesse... – disse o mestre. – a armadura de prata pertence a ela.

- Mestre nós vimos o rosto dela. – disse Regulus apreensivo.

- Talvez se ela não usar a armadura....

- E... vai pedir a toa. – disse MM – Marin não vai aceitar.

- Isso é verdade. – Aioria concordou. – orgulhosa do jeito que é, prefere morrer a deixar a armadura.

- Não devemos nos preocupar com isso. – disse Asmita. – e sim com a volta de vocês, tem que concentrar nisso.

Com exceção de Kárdia e Dégel, os demais cavaleiros, não gostaram do comentário do virginiano.

- Você professa outra religião não entende nossas tradições. – disse Hasgard.

- Entendo, tanto que fiquei de olhos fechados. – ironizou.

O taurino cerrou o pulso e só não partiu para cima dele porque Dohko o segurou.

- Senhores, por favor. – tudo que Sage não queria era brigas. – vamos fazer como Lara. Nas batalhas ela usa a mascara.

Acataram.

- Aioria, Lithos ficara junto com Marin na ala destinada a Lara.

- Sim senhor.

- Mas mestre.. – Regulus pronunciou. – ela cozinha tão bem....

- Como pode dizer isto? – Shion o olhou torto.

- É que não comeram da comida dela.... é ótima...

- Tudo bem.... mas Marin terá que ficar aqui.

- Como quiser – respondeu a própria, devidamente com o rosto coberto. – perdoe a minha infração.

- Não foi sua culpa. Estão dispensados.

Asmita foi o primeiro a dar as costas, achava aquilo tudo desnecessário.

- "Preocupam-se com rosto de uma reles amazona... infantis..."

Os cavaleiros ficaram um pouco mais tratando do treino, os demais saíram parando a porta do templo.

- Precisamos voltar. – disse a amazona. – Atena corre perigo.

- Sabemos disso Marin. – disse Shaka. – não se lembra mesmo do que lhe aconteceu?

- Não. Onde está Lithos e Áurea?

- Estão em Leão. Mas creio que o mestre mandará a Áurea subir.

- Acredito que sim.

- Foi impressão minha ou eles não se dão bem com o virginiano?

- Observou bem. – disse Afrodite. – a religião dele incomoda.

- Budismo? – olhou para Shaka.

- Sim amazona. Não nos preocupemos com isso. Precisamos descobrir como você veio para aqui, nossas armaduras e como vamos voltar para o presente.

- Enquanto isso estamos presos nesse lugar.... – MM bocejou. – vamos ter que treinar?

- Claro. – Aioria estralou o punho. – não se metam com o sagitariano.

- Nem com o canceriano. – disse MM. – ele me paga.

Shaka deu um leve sorriso quase imperceptível, mas alguém percebeu.

- Já descontou tudo em mim. – Miro protestou. – vê se me erra.

- Você não será meu adversário. – Shaka olhava para Deba e é claro que todos entenderam.

- Desde quando ficou vingativo? – Saga não reconhecia o cavaleiro.

- Deixa ele maninho. Quero ver um touro perder os chifres.

- Do que estão falando? – Marin os fitava sem entender.

- Da luta do século. – Shura deu um largo sorriso.

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Lithos ao ver Marin assustou-se, pois não esperava encontrá-la.

- Cronos trouxe todo o santuário para o passado. – disse Áurea. – ele é maluco.

- Maluco é pouco. – Kanon comentou. – não entendo o que estou fazendo aqui.

- Vai ficar aqui conosco Marin?

- Não Lithos. Vou ficar no templo com a amazona de Taça, creio que você também Áurea.

- Eu quero ficar aqui.

- São ordens. – disse Aioria. – é melhor obedecer. Lithos só vai ficar porque Regulus pediu.

- Ele pediu? – indagou a grega. – ele é tão fofo.

- Ele é tão fofo.... – Aioria disse com desdém. – fique sabendo que ele pediu para você ficar porque cozinha, só isso.

- Por isso ele é fofo, reconhece meus dotes, não é como certas pessoas....

- Você cozinha mal mesmo.

- Bom já chega. – Deba entrou no meio antes que virasse uma discussão. – é melhor irmos treinar.

- Há algum lugar reservado para amazonas?

- Não sabemos. – respondeu Afrodite. – talvez Lara saiba.

- Vou ate lá então.

- E nós vamos para o treino. – Shura, Shaka, Mu desciam as escadas.

- Eu e Áurea vamos ate a casa da Athina. Ela nos convidou.

- Não demora! – Aioria a olhou feio.

Separaram com cada um tomando seu rumo.

Marin subia as doze casas, não havia tanta diferença entre o santuário do futuro com o do passado. Parando a porta do templo pensava se era prudente entrar, lembrou-se de uma passagem que dava aos fundos do templo, se eram o mesmo, a porta estaria lá. Sem dificuldades entrou e pouco tempo depois encontrou Lara conversando com alguém no corredor. A julgar pelas roupas deveria ser alguém ligado ao grande mestre.

- Bom dia. – cumprimentou.

- Oi Marin, deixe eu te apresentar. Esse é Hakurei o cavaleiro de Altar. – Lara virou-se para ele. – Marin amazona de Águia.

- É um prazer. – disse o lemuriano.

- Igualmente. – reparou em suas feições. – por acaso é gêmeo do mestre?

- Sou mais bonito. – sorriu. – somos sim.

- Algum problema Marin?

- Não, só gostaria de saber se há algum lugar reservado aos treinos das amazonas.

- Essa época é um pouco complicado... estamos sem amazonas, com exceção minha e de Selinsa que ainda é uma aprendiz. Bom, eu preciso me exercitar... espere aqui vou buscar minha armadura, aproveito e convido Selinsa, ela deve se sentir um pouco deslocada.

Lara deixou-os.

- O senhor é o mestre de Shion.

- Isso mesmo. Como ele é no futuro?

- Não muito diferente de agora. É um grande mestre e todos têm muito respeito por ele.

- Shion reúne qualidades de grande mestre. Apesar da pouca idade é extremamente responsável. Ele escolheu algum sucessor?

- Ainda não, mas provavelmente será Aiolos o cavaleiro de Sagitário.

- Prontinho. – Lara já trajava sua armadura. – vamos?

- Sim. Foi um prazer conhecê-lo.

- Espero que aproveite a estadia.

As duas saíram.

- O que te preocupa meu irmão? – o cavaleiro olhou em direção ao final do corredor.

- Muitas coisas. – a passos lentos Sage em vinha em sua direção.

- A 14° pessoa não é um inimigo, não é bom sinal?

- Não sei....o que me preocupa foram as armaduras terem vindo para essa Era.

- Por quê?

- Não sabemos direito o que aconteceu com ela. - referia-se a Marin.

- Não acha que um provável inimigo tenha vindo para cá, acha?

- Não tenho certeza, mas... precisamos encontrar um meio de mandá-los de volta, ate porque a guerra santa se aproxima.

- Vantagem para nós, teremos mais cavaleiros de ouro.

- Mudança na historia Hakurei. O simples fatos deles estarem aqui esta alterando o curso das coisas, se por acaso acontecer alguma coisa a algum deles, o futuro será reescrito. Não podem existir vinte e dois cavaleiros de ouro.

O mestre de Jamiel ponderou, Sage tinha razão.

 

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Quando os dourados chegaram ao Coliseu já encontraram os cavaleiros treinando, como no dia anterior eles retiraram para um lugar mais num fundo esperando a sua vez de treinarem. Instantes depois Lara chegava à companhia de Marin.

- Senhor Hasgard. A Selinsa, por favor. Ela vai treinar conosco.

- Tudo bem Lara. Selinsa!

- Sim mestre. – a discípula aproximou correndo.

- Vai treinar hoje com a Lara.

- Sim senhor.

As três atravessaram o Coliseu ganhando uma parte lateral.

- Selinsa, essa é Marin, uma amazona de prata. Ela também veio do futuro.

- Prazer.

- Prazer.

- Bom, primeiro quero ver como está seu nível. Marin pode batalhar contra ela?

- Claro.

Selinsa engoliu a seco, não lutara com alguém de nível mais alto.

- Você é capaz. – disse Lara. – use todo seu poder.

- Sim.

Começaram. A aspirante aplicava uma seqüência de chutes e socos o que era facilmente defendido por Marin. Lara, afastada observava as duas. Hasgard estava fazendo um bom trabalho com a garota e se continuasse nesse ritmo ela seria uma grande amazona. Marin também não ficava atrás, tinha um grande cosmo e uma boa habilidade em batalha. Dez minutos depois as duas tinha encerrado.

- Muito bem Selinsa.

- Obrigada senhorita Lara.

- Bom, agora... lembra daquele treinamento mental que fizemos meses atrás?

- Sim.

- Faça os agora enquanto eu treino com a Marin.

- Tudo bem.

A garota se afastou, sentando embaixo de uma arvore.

- Muito bem Marin não hesite em me atacar.

- Como quiser. – sorriu, notara que Lara tinha um grande poder sendo interessante este combate.

Não muito longe dali tanto os dourados quanto os cavaleiros notaram os cosmos diferentes dirigindo para o local onde sentiam.

- Marin não perde tempo. – disse Deba sentando para ver o combate.

- Será interessante ver as duas. – MM sentou ao lado do taurino, logo todos tinham sentado para observar a luta.

- Fazia tempo que não via a Larinha treinar. – Manigold sentou.

- As funções dela são outras. – disse El Cid.

- Nada que uma boa luta para apreciar. – Dohko também se sentou. – ainda veremos o nível da amiguinha deles.

- É. – Hasgard sentou.

O único que não assistia a luta era Asmita que continuava na arena do Coliseu.

- "Que bobagem." – sentou formando sua posição de meditação.

Na arena lateral o combate seguia. Lara tinha o cosmo ligeiramente maior do que Marin, mas a amazona do futuro tinha maior habilidade em combate o deixava empatado.

Saga e Kanon não tiravam os olhos de Lara.

- "Ela luta muito bem." - pensou Kanon.

- "É uma grande amazona." – Saga.

- Essa Lara é bem forte. – disse Afrodite.

- O nível dela é altíssimo, quase de ouro. – Kamus comentou. – não é atoa que é amazona de Taça.

Shaka também observava o combate, mas parou de olhá-lo ao ver um pouco afastado, Selinsa. Ela estava sentada e quieta, de certo fazendo algum exercício mental.

O virginiano abriu os olhos para vê-la melhor. Discretamente elevou seu cosmo, para saber que tipo de treinamento ela se submetia.

Debaixo da arvore a aspirante estava concentrada, tudo ia bem quando começou a sentir um cosmo cálido em torno de si. Procurou voltar a se concentrar, mas o cosmo não deixava.

- "De quem é esse cosmo....?"

Abriu os olhos, notando que todos os cavaleiros assistiam a luta de Lara e Marin, contudo percebeu que um deles a olhava. Quando seus olhos se encontraram a face ruborizou.

- "Ele.. logo ele..." – abaixou o rosto.

Shaka percebeu que ela havia notado sua presença, voltando a fechar os olhos e concentrar na luta das amazonas.

Na arena principal, Asmita seguia com sua meditação, contudo resolveu assistir a luta. Era uma oportunidade de ver o nível de Lara. Sentou um pouco mais afastado dos demais vendo a amazona de águia de frente.

- "Não luta tão mal. – pensou, passando a reparar na amazona. Não era alta, mas extremamente ágil, os cabelos vermelho sangue estavam presos por um rabo. A mascara era semelhante a de Lara. – preocupação tola com o rosto. E ainda por cima arrogante." – era o único que não viu o rosto dela, passando a imaginá-lo. A pele deveria ser clara, os olhos talvez azuis, não deveria ser feia.

O cavaleiro já a fitava diretamente analisando cada movimento dela.

O combate seguia para o final, com as duas preparando seus ataques mais fortes.

- Lampejo da Águia!

- Água Sagrada!

Os dois golpes chocaram-se, contudo Lara levou ligeira vantagem. Marin foi arrastada, mas não com ferimentos.

- Você é excepcional. – Lara foi ate ela estendo-lhe a mão.

- Seu nível é altíssimo. – a segurou. – foi muito bom lutar com você.

- Você tem experiência em batalhas. Isso é bom.

- Talvez se aumentar seu cosmo fique do nível dela.

As duas olharam para onde escutaram a voz: era Asmita.

Marin fitou a figura que surgia na sua frente. Roupas indianas, o cabelo loiro tremulando ao vento, os olhos cerrados, a feição imponente e firme. O cosmo grandioso.

- "Divino." – pensou.

- Tem grande força.

A voz suave e firme.

- Obrigada.

- Mas ainda precisa treinar muito. – deu um sorriso desdenhoso. – as amazonas do futuro são fracas.

- O mesmo digo para o representante da constelação de Virgem. – não deixaria barato. - Só tem pose.

- "Bem feito." – Hasgard e mais alguns comemoraram.

- Uma opinião de uma simples amazona.

- Cuidado com o que fala.

Aioria aproximava com a expressão raivosa.

- Esqueço que é um cavaleiro.

- "Quebra a cara dele." – Manigold torcia para a confusão.

Asmita mantinha sua pose desdenhosa.

- Não precisa Aioria. Determinadas frases não devem ser levadas em consideração. – tirou a mascara revelando seu rosto. – simplesmente por ter uma armadura de ouro não significa que pode vencer e por eu usar uma mascara não quer dizer que sou inferior.

Asmita que mantinha uma postura austera aos pouco foi perdendo-a. O cavaleiro com os outros sentidos aguçados, sentia a respiração descompassada dela, o cheiro suave que vinha dos cabelos, o cosmo ainda elevado.

- Aceito o seu desafio quando quiser.

Deu as costas indo para a arena principal.

- Acho melhor vocês irem. – disse Lara achando tudo muito estranho.

Dispersaram com cada um voltando ao seu treino.

Hasgard saia na companhia de Dohko quando foi parado por Shaka.

- Podemos terminar nossa luta?

- Claro. – o taurino sorriu, desta vez daria mais que um soco nele.

Outra luta que surgiria era entre os cancerianos.

- Vou devolver o que me fez hoje.

- Se conseguir... Mascara da Morte... – zombou.

- Vou quebrar todos os seus dentes.

Aioria seguia para onde estava Sísifo e Regulus parando a pouco deles.

- Vamos treinar Aioria? – indagou o leão menor.

- Pensei em convidar seu mestre. – Aioria fitava o sagitariano de modo felino.

Regulus o fitou para voltar o olhar para Sísifo, que mantinha a expressão serena.

- Aceito o convite. Treine com outro Regulus. – tocou no ombro do pupilo.

- Sim. – afastou-se, aquela luta seria perigosa.

Para evitar mais confusões Afrodite afastou-se de Albafica, desde das primeiras horas da manha o pisciano de orbes castanhas o olhava de maneira torta.

- Que tal revezarmos? – sugeriu Kárdia de olhos fixos em Miro.

- Ate que você pensa. – o escorpião estralava os dedos. – prepare-se.

O clima entre todos estava tenso.

E as duplas ficaram assim: Aioria x Sísifo, Shaka x Hasgard, MM x Manigold, Miro x Kárdia, Kamus x Dégel, Aldebaran x Shion, Shura x Regulus, Mu x Albafica, Saga x Asmita, Kanon x Dohko e Afrodite x El Cid.

Era para ser um treino normal, mas não era o que estava acontecendo, o que fez com que Lara, Selinsa, Marin e os dois discípulos de Hasgard sentassem na arquibancada para assistirem. Os dois cancerianos não pouparam energias atacando-se com vontade. O mesmo podia se dizer de El Cid e Afrodite. Parecia que o capricorniano tinha tomado as dores do amigo descontando tudo no pobre pisciano. Deba passava mau lençóis com Shion. Mu conhecendo o segredo de Albafica tomou mais cuidado. Dohko não poupou forças contra Kanon e Saga tinha certa dificuldade em aproximar do virginiano. Kamus e Dégel eram os únicos que pareciam se divertir e a luta seguia empatada.

Apesar da força empregada, eram as lutas mais brandas, pois as três ultimas duplas....

 

------Miro x Kárdia------


O cosmo de Miro e Kárdia queimavam ao redor. Já tinham partido para o ataque corpo a corpo o que provocara diversos hematomas em ambos, mas ainda não estavam satisfeitos.

- Parece que seu veneno, não mata nem formiga. – Kárdia provocou.

- Você nem tem. É uma imitação de escorpião. Imitação barata.

- Eu vou quebrar a sua cara!

- Experimenta. – sorriu cinicamente.

Kárdia partiu para cima dele, contudo...

- Restrição.

- Como... – Kárdia tentava se mexer, mas estava paralisado. – o que fez?

- Deixando a imitação paradinha. – zombou.

- Idiota. – ralhou os dentes.

- Agora é minha vez.

Numa velocidade altíssima Miro partiu para cima dele e sem que esperasse deu-lhe um soco no estomago. Kárdia recuou a metros, caindo de joelhos.

- Merda. – cuspiu sangue.

- Por que não volta para casa? Ou pede ajuda para o Kamus? Ele vai vim correndo socorrê-lo.

- E viria mesmo. – sorriu. – é meu amigo. Só que com você não vai acontecer. Você vai cair e ele não vai te ajudar. – levantou elevando seu cosmo. – Antares Incandescente!

- Burro! Conheço seus ataques.

Miro foi para se defender, entretanto, não era um "Antares" comum, o cavaleiro sentiu uma pequena dor vindo perto do coração.

- Ai... – caiu de joelhos, vendo o pequeno orifício.

- Não conhece meus ataques. – trazia um grande sorriso. – foi perto do coração da próxima.... – elevou a mão direita, mostrando a unha avermelhada.

 

------Shaka x Hasgard--------


A principio os dois apenas se analisavam. Hasgard apesar de lembrar das palavras de Shura, não estava preocupado com a "possível" vingança por parte do dourado. Na arena Selinsa observava a luta atentamente.

- Eu começo ou você? – Hasgard desfez sua postura.

- Tanto faz.

- Que seja.

Partiu para cima dele, dando-lhe socos rápidos e eficientes. Havia notado que o combate físico não era o ponto forte de Shaka e exploraria isso ao maximo. Realmente Shaka desviava com pouca destreza e ate levou alguns socos no rosto, o ultimo foi no estomago, o que o fez arrastar.

- Tem a força do Aldebaran.

- Então já apanhou dele.

- Não foi isso que eu disse.

- É igual ao Asmita com essa postura superior. Se achando os mais poderosos...No fim....

- Nossa religião o incomoda.

- Não imagina o quanto.

Disparou uma quantidade de energia. Ao acertar Shaka houve uma grande explosão.

Na arquibancada Selinsa levantou assustada, com certeza o virginiano tinha machucado.

Os dourados sabiam que aquilo não era nada e a julgar pelas atitudes de Shaka ele não deixaria barato.

- Como eu imaginei. – o touro trazia um fino sorriso nos lábios. – no final...

Aldebaran e Shion tinham parado a luta.

- Hasgard não o subestime....

Shion que fitava a batalha ao escutar olhou para o adversário.

- O que disse?

- Hasgard está brincando com fogo. Shaka não é o tipo de pessoa boa para se provocar. Você pode parar a luta?

- Não posso interromper. – disse sem ter muita certeza de suas palavras ainda mais quando viu a expressão preocupada do taurino.

De volta a batalha....

O sorriso de Hasgard foi sumindo assim como a cortina de poeira ia dissipando revelando o intacto cavaleiro.

- Meu golpe....

- Foi muito bom, mas fraco. Aldebaran é mais forte que você.

- Não me rotule.

Partiu para cima dele, mas desta vez não o atingiu uma vez sequer.

- Para onde foi sua fortaleza, cavaleiro de touro?

- Cala a boca herege.

Hasgard preparava um soco, Shaka segurou com a mão.

- Minha vez.

Num movimento rápido, o virginiano deu lhe uma seqüência de socos e chutes, fazendo recuar drasticamente.

- Não vou me prolongar muito. – elevou o cosmo. – Invocação dos espíritos elementais.

Vários espíritos surgiram indo em direção a Hasgard, com o impacto houve uma grande explosão.

- Mestre!

- Hasgard! – ate Lara preocupara-se devido ao cosmo do virginiano.

As batalhas que aconteciam simultaneamente, pararam, de menos Aioria e Sísifo, ao sentirem a explosão de cosmo.

- Ele é poderoso. – disse Regulus.

- E não usou nem 30 por cento da força. – Shura fitava a luta.

- Trinta? – indagou surpreso.

- Shaka pode matar todo mundo.

Na arquibancada Selinsa olhava os dois apreensiva.

- Temperamental esse virginiano. – Lara comentou.

- Shaka é uma boa pessoa, desde que não o provoque. Ele pode ser bem cruel.

O coração da aspirante apertou.

A cortina de fumaça aos poucos foi dissipando, o estado de Hasgard não era bom. Estava de joelhos com vários machucados. Respirava com dificuldade.

- Cretino... – murmurou entre os dentes.

- Não nos trate diferente, somos cavaleiros de Atena.

- Será?

- Uma coisa que não pode duvidar de mim é minha lealdade a Atena. – abriu os olhos, aquela desconfiança já o estava irritando. – se continuar duvidando disso terei que dá um jeito.

Elevou mais uma vez o cosmo, mas desta vez o impacto seria maior.

- Rendição...

- PARE!

O cosmo do virginiano cessou na hora. Hasgard virou o rosto.

- Selinsa?

A pupila vinha correndo em sua direção.

- Mestre, o senhor está bem? – ajoelhou ao lado dele.

- Estou. Não se preocupe. – não tirou os olhos de Shaka.

O dourado esqueceu completamente do cavaleiro, só olhava para a futura amazona.

Selinsa acompanhou o olhar do mestre fitando-o. Mesmo com a mascara Shaka percebeu o olhar de raiva dela.

- Mostre sua força para os inimigos. – disse feroz, - não contra um cavaleiro de Atena.

Shaka engoliu a seco.

- Vamos mestre.

Hasgard surpreso pelas palavras da pupila concordou. Seguiriam para a enfermaria se não sentisse uma grande explosão de cosmo perto deles.

Todos os olhares da arena dirigiram para lá, porem voltemos minutos antes, no começo da disputa.

Aioria e Sísifo se encaravam, o leonino trazia uma expressão raivosa enquanto a do cavaleiro era tranqüila.

- Deveria ter o respeito.

- Nós apenas dançamos, o que há de errado nisso?

- Tudo, mas chega de conversas é melhor treinarmos.

O dourado nem terminou a frase partindo para cima de Sísifo. Apesar da agilidade do leonino, o cavaleiro desviava com destreza, a ponto de continuar com os braços cruzados e aquilo estava irritando o dourado. Num ataque mais feroz, Aioria lhe aplicou um chute, Sísifo bloqueou.

- Por que não luta a sério? – Aioria recuou.

- Estou lutando. – disse.

- Idiota.

Novamente partiu para cima dele, desta vez, porem conseguiu acertar alguns chutes e socos.

- Vamos lutar a sério.

O dourado elevou seu cosmo. Já que estavam no Coliseu, lutando contra um cavaleiro não pouparia esforços.

- Cápsula do Poder.

Disparou. Uma poderosa descarga elétrica partiu para cima de Sísifo que continuou parado.

- "Idiota vai se ferir." – o leonino trazia um fino sorriso nos lábios.

- "Ingênuo."

O cavaleiro tomou postura de defesa e usado as mãos e um pouco de cosmo, parou o golpe de Aioria.

- Como??

- Sou o mestre de Regulus. Conheço seus ataques.

Aioria não desistiu lançando desta vez o "Relâmpago de Plasma". Sísifo novamente o parou.

- Já disse que é inútil, deveria saber disso. – dizia de maneira calma. – não sei por que ficou tão chateado por ter dançado com Lithos. Foi uma coisa normal, entre amigos, mas se quer levar para o outro lado infelizmente terei que reagir.

- Já deveria ter feito isso.

- Pois então....

O cosmo do sagitariano começou a fluir de maneira lenta. Não tinha intenção de machucar Aioria, nem se mostrar superior a ele, só queria que ele percebesse que aquele tipo de discussão não levaria a nada.

- Impulso de Luz de Quiron.

Provocou uma grande rajada de vento, Aioria tentou se defender, contudo o poder de Sísifo foi superior, o dourado foi jogado contra a arquibancada de maneira violenta.

- A luta terminou.

No meio das pedras o leão levantou, estava ferido, mas nada que fosse grave.

- Não chega nem aos pés do meu irmão. – disse limpando um filete de sangue que escorria pelo quanto esquerdo da boca. – Sagitário está mal representado.

- Não me obrigue a usar a força em você.

- Já lutei com pessoas mais fortes.

- Não estamos aqui para medir poderes Aioria. Sua geração ou a minha tem o seu valor como cavaleiros, mas se quer levar isso ate o fim aceitarei. Não pouparei forças.

- Realmente. – levantou. – e devo reconsiderar por ser um cavaleiro de ouro, mas só vou avisar uma coisa: se chegar perto da minha irmã novamente, não terei compaixão.

- Não vou ignorá-la porque você quer. Marin, Lithos e Áurea no momento que chegaram aqui passaram a ser minhas amigas. Não tenho o porquê de evitá-las, principalmente a Lithos. Está sendo infantil Aioria. Pior que o Regulus. Agindo feito um adolescente enciumado. Nem parece um cavaleiro de ouro.

- Vem com esse sermão todo. – riu. – não pode falar nada, nem achou Atena.

Sísifo engoliu a seco. Realmente culpava-se por ainda não ter encontrado a reencarnação da deusa.

- Ainda não tive sorte. – murmurou.

- Não é sorte. – deu um sorriso irônico. – competência. – Aioria sabia ser bem cruel quando estava irritado. – e para isso vou te mostrar o tão fraco você é.

- Pare Aioria.

- Está com medo?

- Não me obrigue.

- Está com medo. Não é atoa que a Lithos se apaixonou pelo irmão. Ela sabe escolher.

Sísifo tentou controlar-se, mas ao ouvir aquilo.....

O cosmo dos dois acederam rapidamente.

Sendo mais rápido, Aioria disparou o Invocação de Fótons, mesmo sabendo que era errado usar essa técnica numa luta normal. Sísifo que estava prestes a atacar parou ao ver pontos luminosos ao redor de si. Com a explosão do cosmo do leonino, todos os olhares dirigiram para eles.

- Pare Aioria! – gritou Kamus.

- Ele ficou doido? – Shura o fitava incrédulo.

Aioria ignorou o pedido do aquariano, daria uma lição em Sísifo.

- Aceleração de Fótons.

Os fótons começaram a se mover mais rápido e penetrar no corpo do sagitariano.

- Que ardor...

- Aioria pare imediatamente. – a voz de Saga fez presente, sabia que aquilo poderia matar o defensor da nona casa.

- Aioria! – Marin queria impedi-lo.

Apesar de necessitar uma grande quantidade de cosmo, o leão estava disposto a ir ate o final, estava cego de raiva e nem se importava que o alvo seria um cavaleiro.

Sísifo sentia o corpo todo arder ao mesmo tempo que começava a paralisar.

- "Preciso pará-lo." – elevou seu cosmo.

Com dificuldade cerrou o pulso direito.

- "Me perdoe Lithos, mas vou ter que pará-lo a força."

O cosmo aumentou consideravelmente. Os cavaleiros que conheciam o poder do sagitário tinham a certeza que Aioria sairia muito ferido.

- Temos que pará-los. – disse Dégel. – eles vão se matar.

- Essa é a idéia. – MM esboçava um pequeno sorriso. – se Aioria disparar a terceira fase, Sísifo ta frito e se ele disparar seu ataque no leão, será morte na certa, pois ele está com a guarda baixa.

- Luta emocionante. – Manigold sentou no chão.

- Como vocês dois conseguem ser assim... – Afrodite os olhava incrédulos.

- Eles que começaram.

- Explosão de Fótons!

- Fecha da Justiça.

O ataque de Aioria foi ligeiramente mais rápido atingido Sísifo provocando-lhe uma grande dor, contudo segundos depois o dourado recebia diversas flechas no corpo.

- Ficaram loucos?? – Shion olhava perplexo.

- Eles vão se matar.

Para a surpresa deles ouve uma grande explosão. Aioria caiu em meio as pedras bastante ferido enquanto Sísifo caiu no meio da arena igualmente ferido, mas ambos vivos.

- O que... – era o que todos se perguntavam.

Uma terceira forca tinha conseguido consumir com os dois golpes antes que eles fossem fatais.

Lara que assistia tudo abismada, ao sentir o terceiro cosmo levou um susto.

- Não pode ser.... – as palavras simplesmente saíram. Aos poucos foi retirando a mascara deixando os orbes azuis aparecerem.

- Esse cosmo.... – murmurou Regulus.

Saga levantou a mão pegando algo no ar.

- Um ponto negro...

Aos poucos a cortina de poeira foi abaixando revelando que alguém estava ali, a principio tinham uma leve desconfiança, mas aquele cosmo, a alteração no tempo espaço e as longas madeixas azuis e lisas não deixavam duvidas.

- Deuteros.... – o nome escapou dos lábios de Lara.

Parado de braços cruzados, com a urna da armadura nas costas, Deuteros trazia uma expressão fria.

- Vocês estão levando o treino muito a serio. –andou de maneira despreocupada ate Saga. – a chave.

O geminiano do futuro o fitou surpreso, pegando a chave no bolso.

- Obrigado. – o cavaleiro a guardou.

A expressão de Deuteros era gélida, quase tão fria quanto a de Kamus. O geminiano desviou o olhar passando a fitar Kanon.

- Não sabia que no futuro existem dois guardiões de gêmeos.

- Na verdade sou um marina. Kanon, dragão marinho.

- Interessante. Poseidon e Atena aliados.

- É...

- De certo ela também é do futuro. – seu olhar parou em Marin.

- Sim, amazona de Águia.

- Entendo. – fitou a figura ao lado, não esperava encontrá-la ali. – vou para casa.

Passou e o único que recebeu cumprimento foi Asmita.

- O treino acabou. – a voz autoritária de Shion ecoou pelo local.

Marin correu para perto de Aioria, sob o olhar atento de um cavaleiro.

- Aioria como você esta?

- Quebrado..... – seu estado não era bom, tinha fraturas, cortes, com o olho esquerdo fechado sangrando.

- Você perdeu o juízo? – Aldebaran o carregou nos ombros.

- Ai, tenha cuidado.

- Deveria acabar de te quebrar.

- Aioria. – Regulus apareceu. – tudo bem?

- Sim. Não se preocupe. Vá lá ver seu mestre.

Sísifo estava numa situação semelhante, fraturas somado a isso queimaduras.

- Como está? – Dohko o ajudou.

- Vivo. Ele é poderoso.

- Isso não pode ficar assim, o mestre tem que saber.

- Por horas não.

- Sísifo. – Regulus aproximou. – como está?

- Bem, não se preocupe.

- Leve-o para a enfermaria. – Lara parou diante do trio.

Mas não era só os dois que estavam necessitando de cuidados.

- É um idiota mesmo. – Shura ajudava Miro a se levantar.

- Não enche! – ainda sentia os efeitos do golpe.

- Vamos logo. – Kamus apoiou o braço do escorpião em si.

Kárdia estava sentado no chão, trazia um sorriso vitorioso nos lábios.

- Passou do limite. – Degel aproximou.

- Está com dó do seu amiguinho? – sorriu com escárnio. – vai lá cuidar dele.

Tentou levantar, mas sentiu o corpo dormente e muita dor na perna.

- "Ele conseguiu me ferir."

- Vamos para a enfermaria. – o aquariano foi para ajudá-lo.

- Vou sozinho. Isso não é nada.

Mancou, mas não pediu ajuda.

- Mestre é melhor ver seus ferimentos.

- Não foi nada Selinsa.

- Foi sim. Ele poderia ter te matado.

A fitou surpreso.

- Ele é extremamente forte, não é bom adversário a se ter. Precisa ser mais habilidoso do que ele. – fitava Shaka discretamente.

Hasgard ficou ainda mais surpreso, a pupila já conseguia avaliar o inimigo pelo cosmo, era sinal que conseguia armar estratégias de combate e analisar uma luta antes mesmo de começá-la.

Shaka retirou-se na companhia de Mu.

Fora os cavaleiros que foram para a enfermaria os demais voltaram para suas casas, os dourados fizeram o mesmo.

 

----Casa de Touro-----


Assim que souberam que o Mestre estava ferido Salo e Teone correram para a segunda casa.

- Mestre.

- Estou bem. – disse para não preocupá-los - não foi nada.

- Quem fez isso com o senhor? – Salo estava surpreso, Hasgard jamais perdia uma batalha.

- Shaka. – a voz de Selinsa saiu fria.

Todos notaram, mas ficaram em silencio. A garota ajoelhou diante do mestre, trazendo uma bacia com água, toalhas limpas e um pequeno vidro com liquido avermelhado.

- Não vai doer.

Os meninos queriam ajudar, mas aquilo era para mãos habilidosas. Selinsa mergulhou a toalha na água e limpou os ferimentos de Hasgard. O taurino permaneceu calado, apesar da pupila usar mascara percebia que seu rosto estava grave.

E estava mesmo. Enquanto fazia a limpeza, pensava no atrevimento do virginiano. Não tinha o porque dele ter feito aquilo e não deixaria barato. Vira que seu ponto fraco era o combate físico e ela tinha força suficiente para ao menos quebra-lhe um braço e era o que faria.

- Vai arder um pouco. – disse quebrando o silencio.

O touro sentiu um leve ardor, mas não esboçou.

- Por favor, mestre Aldebaran não treine hoje. Procure descansar.

- Sim.

- Salo e Teone cuidem dele, eu tenho que sair.

- Onde vai?

- Preciso ir a vila, não demoro.

Saiu deixando o taurino ressabiado.

 

----Casa de Leão-----


- Ai.

- Não reclama. – Marin puxou a orelha dele. – por que não usa seu cosmo?

- Por que prefiro que cuide de mim. – deu um sorriso lavado.

- Idiota. – deu um pedala nele.

- Ai Marin!

- Lithos vai ficar uma fera com você. –pegou a bacia com água indo para o banheiro.

- Não fiz nada.

- Claro que fez! – Deba apareceu na porta com alguns biscoitos na mão.

- Ei, isso é meu!

- Como se sente Aioria? – Mu sentou ao lado dele.

- Não foi nada. Ele não é tão forte assim.

- Aioria....

- Ele que provocou.

- Seu ciúme por Lithos é infantil. – o taurino terminava o ultimo biscoito.

- Que ciúmes? – Marin apareceu na porta.

- Ele acha que o sagitário está arrastando asa para ela. – Deba calou. – sagitário... asa.... faz sentindo.

- Besta. – Aioria o empurrou. - e não é nada disso. Só estou querendo protegê-la, dele e de qualquer um.

- Se fosse Miro, Kanon, MM ou Shura ate te dava razão, mas Sísifo? Ele é igual à Aiolos, jamais faria algo a ela.

- Não o compare ao meu irmão! – bradou.

- Pelo visto já está melhor. – o ariano levantou. – se precisar Marin nos chame.

- Claro.

- Se prepare. – Mu voltou a atenção para o leão. – o mestre vai ficar sabendo. Shion já foi contar.

- Xi.... Mestre Sage e Shion você está lascado. – Deba sorriu.

- Obrigado pelo companheirismo.

- Se precisar nos chame.

Os dois se retiraram.

- Eu não tenho medo.

- Pois deveria ter. Shion estava possesso e pelo jeito ele não mudou muito, então... prepare para as conseqüências.

 

------Casa de Escorpião-----


- AI!!!!!!

Miro deu um berro.

- Não foi nada seu fresco! – Afrodite ralhou.

- Doeu!

- Então porque não ficou quieto? Agora agüenta.

- Kamus... – olhou para o aquariano fazendo bico.

- Eu vou te colocar num esquife! Irresponsável!

- Foi ele que provocou!

- E você estava santamente no seu canto... sei... – Shura alfinetou, estava largado no sofá.

- Não se meta.

- Sabe que pode ter entrado numa enrascada. – disse Dite. – é claro que o Shion vai contar para o mestre Sage.

- Eu não tive culpa. Ai!!!

- Você só arranja problemas.... – Kamus suspirou. – quando não é mulher é sua implicância com o Kárdia.

- Ele é meu carma!

- Você também não é flor que se cheire. Alguma coisa disse para ele.

- Vai ficar defendendo ele? Pensei que fosse meu amigo.

- E sou, mas passou dos limites Miro. Vocês dois quase se mataram na arena.

O escorpião virou o rosto.

- Só me defendi.

- Bom, os ferimentos estão limpos. – Dite limpou a mão. - Vou para casa esperar o desfecho.

- O que será que o Shion vai fazer.... – Shura tentava imaginar a cena.

- Idiota! – Miro mandou uma almofada nele.

- Vamos indo Shura.

Afrodite o arrastou para fora.

- Fique no seu quarto. – disse Kamus de maneira fria.

- Onde vai?

- Ver como Kárdia está.

- Podia está morto... – sussurrou.

- Escutei.

- Vá olhar seu amiguinho. – fechou a cara. – aproveite e leve esses remedinhos para ele.

- Miro....

- Vai para o inferno Kamus! Vocês dois! Some.

Kamus saiu sem dizer nada, ultimamente não dava para conversar com ele.

- Idiotas....

 

----Enfermaria-----


Os dois cavaleiros estavam dispostos lado a lado. Sísifo tinha ferimentos mais graves.

- Jamais pensei que o sensato Sísifo perderia a cabeça. – Lara aplicava-lhe uma poção nas queimaduras. – confesso que fiquei surpresa.

O sagitariano continuou em silencio.

- Pensei que seria a guerra de mil dias, se Deuteros não tivesse chegado a essa hora estariam mortos.

- Por isso o mestre deve saber. – disse Dohko. – aquele cavaleiro...

- Aioria não é mal. – Regulus o defendeu. – é estourado, mas não é mal.

- Ele poderia ter matado todo mundo. – o libriano insistiu. – viu o poder dele?

- Nessa parte concordo com Dohko. – Dégel se pronunciou. – o poder dele é devastador.

Sísifo continuava em silencio, mergulhado em sua mente. No fundo sabia que Aioria fizera aquilo tudo por causa de Lithos, sabia o quanto um leonino poderia ser ciumento.

- Algo dói?

Tirando-os de seus devaneios olhou para Regulus que o fitava preocupado.

- Não. – sorriu depositando as mãos nas madeixas loiras. – estou bem.

- O que vai fazer a respeito? – indagou Dohko.

- Eu nada, pelo jeito que Shion ficou....

- Não me ignorem!!! – Kárdia gritou.

- E você seu irresponsável. – Lara aproximou. – o que aprontou?

- Eu não fiz nada!

- Te conheço. Não ia apanhar de graça.

- Eu não apanhei! E alias foi ele que provocou. Deveria ter acertado no coração.

- Kárdia... – Dégel murmurou.

- E ainda o defende?

- Não estou defendendo ninguém.

- Dá próxima vez, acabo com ele.

- Não vai fazer nada. – o aquariano o olhou sério. – já chega dessas suas implicâncias.

- É ele! Estou no meu templo sossegado, foi ele que veio para o passado.

- Hum... e por falar nisso... – Dohko voltou-se para a sacerdotisa. – não arrumou um jeito de mandá-los para o futuro?

- Ainda não. – passava uma pomada em Kárdia.

- Ai!

- Não reclama. – ralhou. – preciso consultar alguns livros.

- Não vejo a hora de você conseguir! Terei o maior prazer de chutar o traseiro daquele Miro!

Sísifo abaixou o rosto, se eles fossem embora, Lithos....

- Vou para Escorpião.

Dégel saía sobre o olhar perplexo do escorpião.

- O que vai fazer na minha casa?

- Ver como Miro está. Já volto. – acenou da porta.

- Eu acabo com ele! –Kárdia fechou a cara.

 

----Casa de Gêmeos-----


Deuteros assim que entrou em casa ficou surpreso, tudo estava ordem. Passou direto indo para o quarto. Tirou a chave do bolso, abrindo a porta de madeira.

- Devia ter entrado aqui da ultima vez.

Foi ate a janela abrindo-a. Logo o ar fresco preencheu o local e a luz do sol iluminou.

Era um quarto simples, uma velha cama, uma cômoda e um velho guarda roupa, uma coisa que não gostava era de luxo.

Colocou a armadura num canto deitando na cama. Não demorou muito para começar a espirrar.

- Porcaria de alergia. – levantou.

Saiu do quarto indo para o de hospede. Havia uma cama e um colchão e uma nítida separação: a cama estava arrumada assim como metade do quarto, o colchão? Havia colcha para todos os lados e roupas espalhadas na outra metade.

- Hum... pela cara, o organizado deve ser o Saga e o bagunceiro Kanon. Personalidades distintas.

Foi para a cozinha onde fez uma rápida refeição. Tinha que ir ao templo se apresentar ao mestre e acabar com a curiosidade de todos. Por que voltara sem avisar.

- E desta vez para ficar um bom tempo.

Sentiu dois cosmos se aproximarem. Ao fitar a porta viu os gêmeos.

- Obrigado por manter a casa limpa. Quase não fico aqui.

- Era o mínimo.

- Eu não sei seu nome. – disse Kanon.

- Deuteros. – respondeu sem fita-lo. - arrumar a cama faz bem.

Saga abafou o riso enquanto o irmão o olhava indignado.

- Foi uma brincadeira. – levantou. – fiquem a vontade, vou ao templo.

Parou diante dos dois observando-os. Notou que os dois tinham um grande poder, ao mesmo tempo um segredo.

- Ate logo. – passou por eles.

Saga e Kanon se olharam.

- "Cara estranho." – disse Kanon por cosmo.

- "Normal." – respondeu o outro, mas intrigado, notou que ele era diferente dos demais cavaleiros.


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Notas finais do capítulo

Ad Domum – Em casa



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