Alleine In Die Nacht escrita por Maty


Capítulo 5
Capítulo 5 - Saindo de casa




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-Muito bem, se é o que você quer... Eu vou sair. Vou fingir te esquecer! Vou sorrir e dizer pra todo mundo que você já é passado! Todos vão pensar que você já não me faz falta! È isso que você quer?! Já que eu não posso mais viver com você, então vai me obrigar a viver uma mentira?! – soquei a pia com força, e mesmo assim estava tão fraco que mal consegui sentir a pedra fria vibrar. – Então que seja. Idiota!!

 

    Escovei os dentes, cambaleei até o quarto e abri o guarda roupa abarrotado de roupas. A voz havia cessado, para meu alívio. Coloquei jeans pretos e uma blusa com detalhes metálicos, calcei as botas francesas que foram as últimas que comprei e ainda não tivera a chance de usar. Arrumei meu cabelo e fiz uma maquiagem simples, lápis e sombra preta na parte de baixo e de cima dos olhos.

 

-Espero que isso o deixe satisfeito. – sussurrei para a voz dentro de minha cabeça, agarrei o celular, chamando Gustav e Georg para virem até em casa.

 

    Peguei a bolsa preta Gucci pendurada na parte de trás da minha porta e enfiei a carteira, meu celular e Ipod dentro dela. Procurei por um óculos de sol, acabei por pegar o maior que achei na esperança dele esconder as olheiras e o cansaço que marcavam meu rosto, e desci as escadas. Mamãe, papai e Gordon me olharam assustados.

 

-Eu vou sair com Georg e Gustav. Tudo bem?

 

-Claro, querido! – mamãe pareceu animada. – Eu vou pedir para David chamar os seguranças. – correu até o telefone.

 

- Tem certeza disso? Não parece muito disposto. – papai apoiou sua mão pesada em meu ombro me olhando com preocupação. Sorri. Nós mal nos falamos desde a separação, mas ele ainda parecia me conhecer extraordinariamente bem.

 

-Eu não estou, mas não posso ficar aqui dentro para sempre, certo? – ele sorriu e me abraçou.

 

-Estou orgulhoso de você, sei que é difícil, mas você tem sido forte e valente.

 

-Obrigado. – disse, apesar de achar aquilo uma grande mentira.

 

-David está mandando os seguranças, devem chegar em alguns minutos. – mamãe disse. – O que vocês pretendem fazer?

 

-Talvez compras... Não tenho fome, e não tem mais nenhum lugar que queira visitar. – disse e os três adultos ao meu redor concordaram com a cabeça. Esperamos em um silêncio desconfortável pela chegada de Georg, Gustav e os seguranças. Sabia que eles me analisavam cuidadosamente se questionando sobre minha disposição, ou minha razão de estar fazendo aquilo.

 

-Chegamos! Está pronto? – Georg entrou seguido de Gustav, ambos pesadamente agasalhados. – Os seguranças já estão lá na frente.

 

   Dirigimos até a minha loja favorita em Hamburg, sendo seguidos por paparazzis todo o caminho. Eles ficavam do lado de fora de casa desde que Tom morreu esperando por notícias minhas. A Van estacionou em frente á vitrine impecavelmente limpa exibindo suas roupas de inverno, esperamos os seguranças descerem a prepararem uma pequena barreira para passarmos.

 

     O ambiente morno e agradável da loja entrava em contraste com o vento frio e ar seco que havia do lado de fora, me permiti relaxar um pouco ao caminhar até a arara mais próxima enquanto uma legião de fotógrafos, curiosos e fãs se aglomeravam em frente á vitrine. Georg e Gustav deram uma rápida olhada e então se sentaram nas poltronas do lugar. Sabia que eles não queriam estar ali, só vieram por que eu pedi e sentiram pena.

 

-Já? Nem olharam direito! – exclamei enquanto observava cabide por cabide. Por alguma razão o ar faltava em meu pulmão, e pronunciar aquelas poucas palavras me pareceu mais difícil do que o normal. Levei a mão á minha testa e sequei o suor frio que a molhava.

 

-Já não tenho espaço para mais nada em meu guarda roupa, Cindy vive reclamando. – Georg sorriu ao falar da namorada.

 

-E quanto a você, Gustav? – a voz mal saiu de minha garganta, me agarrei á jaqueta á minha frente com força para evitar despencar no chão. Fechei os olhos. O que diabos havia de errado comigo dessa vez?

 

-Bill, você está bem, cara? – Gustav correu até mim, preocupado. Pegou em meus ombros e me virou de frente para ele.

 

-Eu... – lutei para abrir os olhos, a imagem de Gustav era distorcida e confusa. Tudo ao meu redor girava a uma velocidade alucinante. – Eu quero ir para casa.

  

     Nos despedimos da atendente e abrimos a porta de vidro atordoados com a onda de gritos e perguntas que nos foi lançado. Avançamos na direção do carro, cercados por seguranças, que apesar de estarem fazendo seu melhor eram empurrados violentamente em nossa direção. Vacilei em meus passos, me sentia sufocado.

 

-Bill! Qual o problema?! – Georg, que estava atrás de mim, perguntou.

 

-Eu estou bem. – disse, me recompondo. Avancei mais alguns passos e fui obrigado a parar novamente quando a tontura me acertou com mais intensidade. Busquei apoio em um dos seguranças, respirando fundo, sequei o suor que descia pelo meu rosto tão gélido quanto o inverno de Hamburg.

 

         “ Bill! Como está lidando com a morte de seu irmão?! ”

         “ Vai continuar com a banda?! “

           Quais foram suas últimas palavras?! “

         “ Algum último desejo?! “

 

-Faça eles pararem! – era a voz dele de novo em minha cabeça. Gritava irritado dessa vez. Parecia tão atordoado quanto eu, o caminho até o carro parecia não acabar nunca.

 

-Georg. – chamei me virando para olhá-lo de frente. – Me ajude... Eu vou... – antes que pudesse finalizar meu pedido de ajuda, minhas pernas pareceram desistir de suportar meu peso e despenquei ao chão em meio ao caos.

 

-Bill! – senti as mãos grosseiras de Georg tocando meu rosto, os gritos ao meu redor iam lentamente se tornando sussurros. – Alguém chame uma ambulância!

 

-Vocês precisam afastá-los! – Gustav exclamou para os seguranças ao nosso redor. – Todo mundo se afaste!!!

 

     Em pouco tempo senti o ar menos abafado, o que não pareceu aliviar minha dificuldade de respirar. Tentei sem sucesso abrir meus olhos ou pronunciar alguma coisa. Podia-se ouvir a sirene da ambulância se aproximando.

 

-Fraco! Você que deveria ter morrido no meu lugar! Não consegue fazer nada direito! Olhe só para sua situação!

 

" Como você queria que estivesse minha situação? Já não tenho você ao meu lado. "  me limitei a pensar, na esperança de que ele pudesse me ouvir e entender. " Eu realmente desejava ter morrido em seu lugar, você merece estar vivo! Não eu! "

 

 -Ridículo! Eu sempre fui mais forte! Você sempre foi frágil e fraco! Veja só! Nem ao menos consegue se manter em pé sozinho por mais de uma hora!! 

 

 " Não tenho forças sem você "  

 

    Apesar de estar desmaiado, será que eu ainda era capaz de chorar? 


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Notas finais do capítulo

Bleergh!
título e capítulo de merda!
xP
não gosto de nenhum dos dois!
hasduhasudsha

mas precisava postar de qualquer jeito, entããão...
só me sinto mau por não ter achado um título melhor!
Prometo me esforçar mais da próxima vez!


espero que gostem!
e deixem reviews!