Alleine In Die Nacht escrita por Maty


Capítulo 31
Capítulo 31 - Até mais, irmãozinho




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-Bill... – mamãe deixou uma lágrima escorrer ao me observar caminhar até o carro segurando a minha mala, curado.

 

    Estava lá também papai e Gordon. Abracei os dois, o mais forte que consegui. O pesadelo havia acabado, eu estava curado, podia seguir em frente, podia sorrir e parar de olhar para trás. Todo o sofrimento que a dor de perder o Tom me trouxe, apesar de ainda estar lá, escondido em algum lugar, já não me afetava como antes. Agora eu era novamente o Bill. O Bill sem o Tom, mas o Bill que vive pelos dois de agora em diante.

 

    Coloquei a mala no porta malas, e segui até a porta do carro. Do lado de dentro todos já estavam prontos para partir, mas eu permaneci mais alguns segundos parado do lado de fora do carro antes de entrar. Olhei para a construção que marcara a minha vida para sempre. Lá dentro estavam amigos que eu deixava para trás, estavam memórias importantes, estava a pessoa mais preciosa para mim naquele momento. Em meu peito repleto de diferentes emoções e sentimentos eu senti um aperto. Talvez fosse sentir falta daquele lugar.

 

-Querido, o que está esperando? Entre logo que está frio! – mamãe exclamou, eu sorri e adentrei o carro fechando a porta.

 

-Prontos? – Gordon encheu o peito de ar, soltando- o em seguida com força e um sorriso. Estavam todos tão felizes.

 

    O carro acelerou e eu, como uma criança, me virei no banco e olhei para trás através do vidro para o Hospital que se distanciava de mim. Eu estava deixando não só o Hospital para trás, estava deixando o sofrimento, deixando o Tom que me fazia sofrer. Estava deixando toda uma passagem da minha vida. Eu havia oficialmente superado a perda dele. Estava pronto para deixá-lo, e seguir sozinho de agora em diante.

 

    Ia ser difícil, eu sabia disso. Ia ter que me acostumar com a sensação de ter sempre algo faltando, ia ter que lutar minhas próprias batalhas sem o apoio que eu julgavam indispensável... Caminhar sozinho parecia uma tarefa árdua e assustadora, mas em algum lugar eu sentia que eu ia ficar bem. Sabia que conseguiria.

 

    Meu coração acelerou e uma lágrima, dessa vez de felicidade e saudade, escorreu. Eu podia jurar que o havia visto ali, parado em frente á porta da clínica. Tom usava suas roupas largas típicas dele, tinhas as mãos nos bolsos das enormes calças e uma jaqueta cafona que eu sempre odiei, era como se estivesse me provocando, como sempre fazia. Seu rosto que olhava para baixo mirou o carro, e olhou diretamente para mim. Por trás de seus olhos tristes e repletos de saudades, idênticos aos meus, ele sorriu.

 

     “ Nós vamos ficar bem. “ foram as exatas palavras que sua boca desenhou e que foram imediatamente compreendidas pelo meu coração. “ Até mais, irmãozinho. “ ele disse, antes que sua imagem se tornasse distante demais para que eu pudesse ver com clareza, eu sorri, assim como ele fazia e sua imagem sumiu.

 

-Até mais... – sussurrei.

 

-O que? – mamãe olhou para mim. Voltei a me sentar direito no banco e a abracei.

 

-Eu te amo! – exclamei e ela sorriu, remexendo e bagunçando meus cabelos com suas mãos. Mania de mãe.

 

-E então, Bill?! O que pretende fazer agora?! – Gordon perguntou me olhando pelo retrovisor. Papai olhou para trás do banco da frente e sorriu.

 

    Enfiei a mão no bolso e tirei de lá o pequeno papel com o endereço de meu próximo destino.

 

 [flashback]

 

-Bill! – Genevieve correu em minha direção me abraçando forte. – Sei que você não vai querer voltar para esse lugar, mas eu apreciaria muito se aparecesse mesmo assim para me ver um dia... Sabe que se tornou muito especial, você é simplesmente diferente de qualquer outro paciente que já passou por aqui.

 

-Eu vou voltar. – sorrimos os dois.

 

-Tome, não mostre para ninguém. Esse é o meu presente de despedida. – ela sussurrou depositando um pequeno papel em minha mão. – Tentei ignorar até agora, mas sei o quanto você ama a Arabella. Eu acredito que sem você aqui ela não será feliz... – sorriu somente com o canto de seus lábios. – È o endereço da irmã dela lá em Sidney. Faça bom uso.

 

[flashback/]

 

-Eu tenho uma viajem para fazer.  – respondi. – Parto para Sidney amanhã mesmo.


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Notas finais do capítulo

próximo capítulo:

" Uma mulher, que segurava em seus braços uma criança de pelo menos 2 anos, abriu a porta. A semelhança tirou o meu fôlego por alguns segundos, e fez a saudade que eu sentia de Arabella triplicar de tamanho. "

" -Posso ajudar? – ela franziu o cenho me medindo cuidadosamente. Eu usava calças justas cinzas com botas pretas e uma blusa básica de um tom de cinza um pouco mais escuro que o da calça, retirei os óculos de sol e sorri.

—Você é a Malinda? – estendi a mão. – Bill Kaulitz. "



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