All About You escrita por selinakyles


Capítulo 11
Seu encanto.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindinhos, demorei (pra caramba) mas voltei.
Pelo menos dessa vez vocês não poderão reclamar muito do tamanho do capítulo, mas de qualquer forma, espero que não tenha ficado muito ruim, afinal, primeiro encontro oficial Snowbarry! Yey!
Aqui está o link da roupa da Caitlin, caso vocês queiram imaginar perfeitamente: http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2011/10/28/article-2054569-0E91A70200000578-512_224x648.jpg

Capítulo dedicado à Clever Girl e a Agent Bass que me deixaram recomendações LINDÍSSIMAS! De verdade meninas, vocês fizeram o meu mês. Espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo! Obrigada lindinhas.

Pode conter erros, por isso, perdoem. Divirtam-se!



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Capítulo onze – Seu encanto.



Barry sonhou que estava caindo. Uma queda livre e aterrorizante.

Não havia algo em que pudesse se segurar, nada de paraquedas. Apenas o ar fugindo de seus pulmões, seus membros paralisados conforme o vento soprava em seu rosto.

Cada célula de seu corpo parecia ter entrado em um estado progressivo de dormência. A sensação era aterrorizante, assustadora.

Foi quando seu tronco se curvou sobre sua cama e seus olhos se estalaram em meio seu pânico que finalmente ele pode ter certeza de que aquele pesadelo havia terminado. O suor escorrendo por sua pele, o peito ardendo conforme descia e subia em uma frequência anormal até mesmo para ele.


“Barry!” Joe chamou ao acender a luz do cômodo, alarmado pelos gritos do rapaz. “Calma, calma. Foi só um pesadelo, está tudo bem.”

O moreno se sentou na beirada da cama, pousando a mão sobre a perna do mais novo na tentativa de passar algum conforto. Faziam anos que aquilo não acontecia, que aqueles pesadelos haviam se cessado.

Joe entendia o motivo deles terem voltado. Melhor do que ninguém ele sabia o que o assassinato de sua mãe era um assunto de extrema fragilidade para Barry, e nas últimas semanas, descobrir o que eles haviam descoberto, com certeza, traria consequências. Já era de se esperar.

As pupilas dilatadas quase extinguiam o verde de suas íris, e tudo em sua frente era muito vago. Joe estava ali, mas o que Barry conseguia enxergar era apenas um imenso borrão, causado pelo desespero que até a pouco lhe assolava.

Não sentia tanto medo já há algum tempo.

Sua respiração voltava ao normal aos poucos, assim como sua visão. O homem que o criou ainda o encarava, a preocupação ressaltando as rugas que o tempo lhe presenteou. Joe sempre exalava tanta seriedade, talvez por essa razão ele ainda se sentisse tão protegido ao seu redor. Sua figura sempre tão forte muitas vezes fazia com que Barry esquecesse que ele já era um adulto de vinte e seis anos e não o garotinho que Joe West acolheu tão caridosamente em sua casa.

“Quer falar sobre isso?” A sobrancelha negra se arqueou, criando um leve franzido em sua testa.

Barry tomou o copo de água que sempre ficava em seu criado-mudo, um costume de anos que parecia nunca ficar velho. Os olhos esverdeados se estreitaram por alguns instantes enquanto o líquido descia por sua garganta.

“Acho que não tem muito o que falar, Joe.” A determinação expressada nos traços do mais novo trouxe vida as preocupações que sempre rondavam a cabeça do detetive. “Eu só vou me sentir verdadeiramente em paz quando Harrison Wells pagar pelo que fez a minha mãe e cumprir minha promessa ao meu pai.”

As íris escuras do West se suavizaram, complacentes.

Nas últimas semanas, tudo vinha sendo sobre descobrir a verdade por trás do homem na roupa amarela, o assassino de Nora Allen, o homem que merecia estar no lugar de Henry Allen naquela prisão todos esses anos, o maior inimigo de Barry e também seu maior pesadelo, o maior culpado por todas as desgraças em sua vida e que estava mais perto do que ele imaginava.

Bem, ele conseguia imaginar agora que a verdade havia sido descoberta. Lidar com a decepção, por outro lado, era algo que se tornava cada dia mais difícil ao ter que conviver com aquele homem desprezível qual ele havia aprendido a admirar e confiar.

Harrison Wells era uma farsa, e a verdade nunca foi tão assustadora.

Joe sabia o quanto tudo aquilo estava sendo difícil para ele. Joe West o conhecia como a palma de sua mão, e em momentos como esse, Barry não sabia dizer se isso era algo bom ou ruim.

“Tenha paciência, tudo vai se resolver. Estamos perto, Barry, muito perto.”

O peso sobre seus ombros poderia muito bem afundá-lo naquela escuridão irredutível que Barry se encontrava toda vez que ele mergulhava fundo demais em seu passado, desenterrando emoções e memórias que deveriam ficar onde estavam.

Mas dessa vez, felizmente, Joe sabia que isso não voltaria a acontecer. Estava perseverante de que o garoto vulnerável, o rapaz dedicado, e o homem admirável que havia se tornado já não mais se permitiria perder a cabeça com aquela fixação. Barry Allen havia crescido nesses últimos meses desde que se tornou um verdadeiro herói, desde que passou a salvar vidas e sentir o verdadeiro sentimento de dever cumprido, desde que ele havia se apaixonado perdidamente pela sua companheira de equipe e médica pessoal.

Ele desejava, silenciosamente, que Caitlin Snow completasse aquela parte de seu garoto que por todos esses anos foi um imenso vazio. Queria verdadeiramente que a ilusão que Barry criou de Iris em sua mente fosse substituída pela autenticidade do amor verdadeiro. Joe desejava nada além de felicidade para o garotinho vulnerável que ele viu se tronar o homem altruísta que hoje salva vidas sem pedir nada em troca.

“Eu sei.” Barry replicou. “E acredite, isso me traz um pouco de paz. Mas ao mesmo tempo, não consigo deixar de pensar que ele pode estar em qualquer lugar, fazendo mal a alguém.”

Ele direcionou os olhos esverdeados para o relógio despertador ao lado de sua cama, três e quarenta e três da manhã. A ansiedade se alastrou por seu peito ao lembrar que havia uma grande noite a ser planejada mais tarde, naquele mesmo dia. Somente aquele pensamento tirava de si todo aquele estresse, amenizava o peso em seus ombros e em seu coração.

O vislumbre daquele rosto, aquele sorriso, o fazia sorrir e trazia esperanças de que tudo ficaria bem.

Joe assistiu os lábios do jovem se curvarem timidamente, já imaginando o que se passava naquela cabeça.

“Bem, logo tudo isso terá terminado e você vai poder trazer Caitlin para jantar aqui em casa como manda o figurino.”

As bochechas de Barry adotaram um tom claro de vermelho, e Joe riu ao encontrar os olhos confusos do mais novo.

“O que? Você realmente achou que eu não sabia? Pensei que soubesse que Iris não consegue segurar a língua dentro da boca.” O moreno deu dois tapinhas na perna do Allen, o sorriso se alargando ao mostrar os dentes perfeitos. “É bom te ver assim, tão… revigorado, cheio de vida. E principalmente, compreendendo verdadeiramente seu coração.”

“Ela me faz bem, Joe.” Barry desviou o olhar acanhado, se ajeitando novamente sob suas cobertas.

“Eu sei, eu vejo.” O detetive respondeu, já se levantando e indo em direção a porta. “E não tem nada que me deixe mais satisfeito.”

E com um último vislumbre do rosto já tranquilo de Barry Allen, Joe apagou a luz e encostou a porta. Não contendo a sensação de dever cumprido que acalentava seu coração.


***


O relógio em seu pulso marcavam oito e meia conforme seus olhos vasculhavam por todo o restaurante, inquietos.

Barry já não conseguia controlar as ondas de ansiedade e nervosismo que passavam por cada parte de seu corpo, se alojando na boca de seu estômago e o deixando zonzo. Quem poderia culpá-lo por ambicionar uma noite perfeita?

Aquele não era apenas um primeiro encontro, era seu primeiro encontro com a mulher de seus sonhos. E quando levantou seu olhar para a entrada do restaurante, ele pode sentir seu coração parar por uma fração de segundos em seu peito.

Caitlin Snow era mesmo uma mulher bela. Tão formosa que Barry as vezes se recusava acreditar que em algum momento ela estivesse a sua altura, tão inteligente e extraordinária que só ressaltava o quanto ele era sortudo por ter oportunidade de chamá-la de sua.

As íris esverdeadas brilhavam em admiração ao estudar cada curva de daquele corpo sendo revelada pelo vestido lápis vinho, entrando em contraste com a pele leitosa. Os lábios destacados pelo batom vermelho se abriram assim que seus olhos amendoados se encontraram com os dele, mostrando os dentes perfeitos.

Foi ao ouvir a voz dela já tão perto que ele saiu de seu transe, fechando os lábios que se entreabriam sem que ele sequer percebesse, umedecendo-os. Barry se levantou de súbito, o barulho de sua cadeira se arrastando sobre o piso ecoando por todo o local, recebendo alguns olhares reprovadores em réplica.

Caitlin riu baixo, notando o óbvio nervosismo de seu namorado. Barry Allen sabia como correr milhares de quilômetros em segundos, mas obviamente não sabia muito bem como lidar com nervosismo.

Ele envolveu a morena em seus braços, o perfume floral abraçando seus sentidos como de costume. Os Loboutins pretos impediam que a diferença de altura fosse impertinente, trazendo o olhar dela na mesma direção do seu ao se afastarem.

E oh, o brilho naqueles olhos era algo que ele gostaria de guardar. Assim como aquele momento e todos os que eles ainda teriam dali pra frente. Aquele era apenas o começo de uma longa jornada ao lado dela, o topo de uma lista imensurável de acontecimentos que ele certamente gostaria de guardar em sua memória.

Assim com cada detalhe das expressões dela já estavam guardadas em seu coração.

“Você está nervoso.” Caitlin atestou ao se sentar na cadeira que Barry havia puxado para ela, assistindo-o voltar para seu lugar.

Os lábios se repuxaram em um sorriso tímido e cantineiro, ao mesmo tempo alegre por saber o quanto ela é boa em lê-lo como um livro aberto.

“Talvez eu esteja.” Ele deu de ombros, levantando os olhos verdes do cardápio em suas mãos para prendê-los nos amendoados que refletiam o divertimento da doutora diante da situação.

“Talvez não tenha motivos para estar.” Caitlin sorriu singela, depositando sua mão gelada sobre a quente de Barry, sentindo um leve choque devido o contato.

Fogo e gelo, foi o pensamento que logo ela tentou tirar de sua mente.

“Você gosta desse restaurante?” Barry mudou de assunto, avaliando as expressões da mulher a sua frente a espera de que elas fossem denunciá-la.

E bem, Caitlin poderia ser convincente quando queria, mas não com Barry. Assim como ela aprendera a lê-lo como um livro aberto, ele também conhecia cada mínimo detalhe de suas reações.

O leve franzido que surgiu entre as sobrancelhas escuras a denunciou.

“Fancy's? Eu adoro.” Ela sorriu amarelo e Barry suspirou.

“Eu sabia que deveria ter pedido ajuda ao Cisco.” O moreno passou a mão pelo rosto, decepcionado consigo mesmo por ter pensado que conseguiria planejar a noite perfeita sem ajuda.

Doce ilusão, Barry Allen.

“Ei, ei.” A morena segurou seus pulsos, forçando-o a encará-la. “Olhe para mim, Barry. Não importa aonde seja, aonde iremos ou o que faremos no nosso primeiro encontro. Só por ser nosso, por estarmos juntos, já faz dele algo extremamente especial.”

“Foi aqui que ele te trouxe, não é? Era aqui que vocês vinham quando jantavam juntos?” O nervosismo que antes se refletia no mar esverdeado que eram aqueles olhos agora havia dado lugar a outro tipo de sentimento, um mais gentil, mais compreensivo.

Ele havia errado sim, mas foi tentando acertar. Caitlin reconhecia seu esforço e ainda mais sua boa vontade, mas entrar naquele assunto ainda era bastante complicado. Abrir a ferida logo em seu primeiro encontro oficial com Barry não era bem uma ideia brilhante.

No entanto, aquele ainda era Barry. E ninguém a entendia melhor do que o homem que havia roubado seu coração da forma mais sorrateira e imprudente.

“Nós viemos aqui na noite anterior ao acidente com o acelerador de partículas.” Caitlin começou, já não tão perturbada quanto costumava ficar ao reviver aquelas lembranças em sua cabeça. “Começamos a planejar para onde iríamos em nossa lua de mel, e o assunto se prolongou até o dia seguinte. Ronnie amava a pizza daqui, costumava dizer que é a melhor de Central City.”

Barry apertou as mãos pequenas e frágeis em suas próprias, aquecendo-as. Ele não se importava em tocar naquele assunto, ao contrário, gostava de pensar que ela não tinha restrições quanto a ele. Não queria que em momento algum, Caitlin sequer cogitasse que ela não pudesse conversar com ele.

Afinal, a conexão entre eles vai muito além de seu relacionamento. É fundada na mais pura amizade e na mais repleta compreensão.

“Bem, eu tenho uma ideia melhor.”

O moreno sorriu abertamente ao se levantar, arrumando seu casaco e assistindo a mulher a sua frente fazer o mesmo com o cenho levemente franzido em confusão. Ele envolveu seus dedos nos dela, puxando-a para fora do restaurante e em direção ao outro lado da calçada, andando mais uma quadra e meia antes de pararem sob o grande letreiro em luzes neon.

“Nada melhor do que um lugar familiar para um primeiro encontro.” Barry disse e o rosto de Caitlin se contorceu em uma careta de reprovação.

“The Press Box, Barry? Sério?” A indignação da morena fez com que o riso melodioso do rapaz escapasse pelos lábios rosados. “Você poderia ter, pelo menos, me pagado um jantar antes de me trazer para um bar que só me traz más lembranças, Mr. Allen.”

Barry trombou seu ombro com o dela ao abrir a porta do bar com o sorriso travesso deixando suas bochechas dormentes, e Caitlin apenas riu ao revirar os olhos.

“O que aconteceu com ‘não importa aonde iremos’, Dra. Snow?” Barry arqueou a sobrancelha ironicamente, aguardando a resposta da morena ao puxar a cadeira para que ela se sentasse. “Da última vez que estivemos aqui, não tinha noite do karaokê.”

Barry se sentou de frente para ela, já pedindo para que o garçom abrisse a conta e trouxesse um gin para ele e um sex on the beach para Caitlin.

“Se a ressaca do dia seguinte não tivesse sido ruim o suficiente, talvez eu me lembrasse desse detalhe.” O tom rabugento em sua voz fez com que Barry sorrisse novamente ao se relembrar aquele dia.

Caitlin Snow totalmente bêbada e Felicity o ajudando a carregá-la até um táxi. Se lembrava perfeitamente dela também ter dito que gostava dele do jeito que ele era em uma declaração quase adorável. Talvez tenha começado ali, talvez tenha começado desde o primeiro momento em que ele a abraçou, Barry não saberia dizer.

O sentimento foi sorrateiro, vertiginoso. Se apossou de todo seu ser antes mesmo que ele pudesse relutar, tomando-o da forma mais avassaladora.

Porém, ele não gostaria de fosse de outra forma. Ele gostava assim, do incondicional.

“É noite do karaokê.” Barry comentou, bebericando o gin que o garçom depositara a pouco sobre sua mesa.

Caitlin assentiu ao concordar, fazendo uma expressão adorável ao olhá-lo sob seus longos cílios e sugar o conteúdo de seu drink por meio de seu canudo enfeitado com um pequeno guarda-chuva.

“E isso quer dizer…?” Perguntou, dando espaço para que ele completasse sua sentença. As íris estupidamente esverdeadas a encaravam sob o efeito da leve iluminação do recinto, cheias de significados.

“Quer dizer que nós subiremos naquele palco.”

O riso de Caitlin ecoou, se cessando assim que percebeu que o homem a sua frente a encarava com o rosto sem vestígio algum de brincadeira.


“Você está falando sério?”

“Seríssimo.”

“Mas eu não sei cantar, Barry.” Choramingou, o lábio inferior se curvando em um biquinho.

Oh céus, aquilo não poderia ser sério. Ela poderia ser mais encantadora?

Barry hesitou por alguns instantes, se deixando levar pela sensação que embalava seu coração ao admirá-la, recompondo-se em seguida ao envolver sua mão na dela e puxá-la em direção ao palco, onde um senhor de mais ou menos sessenta anos descia já um pouco bêbado.

“Barry!” Caitlin tentou de soltar, falhando miseravelmente. “Barry, eu não sei cantar!”

O moreno parou abruptamente na entrada no palco, se virando para encará-la. Apertou um pouco mais sua mão na dela ao segurá-la perto de seu peito. A proximidade dava a ela a oportunidade de visualizar as nuances de verde daqueles olhos, os mesmos que a analisavam com tanto carinho que fazia seu coração flutuar em seu peito.

“Cait, eu estarei lá em cima com você.” Barry sorriu gentilmente ao levantar sua mão livre para acariciar as maçãs rosadas da Snow. “Acha mesmo que eu canto bem? Relaxa, deixa fluir e vamos nos divertir. É nosso primeiro encontro, temos que fazer algo a ser lembrado. Quem disse que Snowbarry não pode ser um casal divertido?”

O sorriso que se iluminou no rosto de Caitlin se refletiu no rosto do rapaz, e em um ímpeto, ele a beijou. Os lábios avermelhados se moldavam aos seus, fazendo com que o arrepio familiar percorresse por sua espinha.

Barry se afastou assim que ouviu os primeiros acordes de Summer Nights, e dessa vez foi Caitlin que o puxou pela mão e subiu até o palco, entregando a ele o microfone com a empolgação cintilando no castanho de seus olhos.

“Eu não faço as coisas pela metade, Allen. Vamos detonar esse lugar.” O tom risonho fez com que Barry risse nasalado. Fazia tão pouco tempo que eles haviam chegado e ela já havia sido capaz de ficar levemente alterada.

“Cait, seja uma boa garota.” Ele riu, assistindo uma Caitlin Snow bastante solta ao seu lado, pronta para começar os primeiros versos da canção.

“Prepare-se!”

Summer loving had me a blast
Summer loving happened so fast

I met a girl crazy for me
Met a boy cute as can be

E era em momento como aqueles que ele não se cansava de admirá-la, tão natural, tão simples, tão solta e tão… Caitlin. Barry se apaixonava mais e mais pela dona dos mais belos olhos castanhos que já vira em sua vida, e talvez ele não demonstrasse, mas aquilo o assustava.

Assustava pensar que algum mal pudesse acontecer a ela, assustava a dimensão daquele sentimento e a sensação avassaladora que ele lhe trazia, assustava a forma como ele simplesmente não conseguia desviar seus olhos dela.

Havia uma tempestade pela frente, um inimigo e tantas decepções que a preocupação e o medo as vezes o paralisava. Quando ele pensava em todas as possibilidades, todos os riscos e na crueldade sem limites de Harrison Wells, seu coração doía como se fosse arrancado de seu peito.

Contudo, ele não estava mais sozinho. Não havia mais jeito de se afundar na escuridão, porque diferente de todos aqueles anos, Barry Allen agora tinha luz em sua vida. O brilho que ninguém - nem mesmo Iris – fora capaz de lhe proporcionar.

Olhando para a mulher que agora dançava e cantava junto da música como uma adolescente sem preocupação alguma, lhe colocando sob seu feitiço como a mais poderosa das feiticeiras, ele tinha uma única certeza:

Amá-la era como uma queda livre, sufocante e agradável. Um paradoxo sem fim.

E se fosse um sonho, desse Barry não tinha intenção alguma de acordar.


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Notas finais do capítulo

Oremos!

Finalmenteeee eu desempaquei esse capítulo, acredito que todos vocês estiveram bastante apreensivos com toda a espera. Não se aflijam, mamãe demora mas ela aparece. E claro que eu tenho que aparecer com um capítulo cheio de fofurice pra vocês depois daquele último episódio terrível. Quanta breguisse WA, meu Deus, ninguém merece.

Bem, eu reformulei a cena do 1x12 e a fiz do jeito que se encaixasse no nível atual do relacionamento Snowbarry aqui em AAY. Algumas pessoas estão perguntando se eu seguirei a série, se Ronnie vai aparecer, se vai ter o beijo do 1x19... Eu tenho sim intenção de seguir a série (tanto que introduzi um pouco dos problemas atuais com o Wells), e provavelmente vocês verão algumas semelhanças ou as cenas reformuladas como essas. Não tenho a intenção de trazer o Ronnie, talvez mais pra frente, mas não sei. Por enquanto ele permanece morto - ou melhor dizendo, desaparecido.

Novamente, agradeço às meninas pela recomendações e aos meus leitores fiéis que estão sempre perdendo uns minutinhos de seu tempo pra me deixar um comentário! Vocês são maravilhosos, obrigada. Isso realmente me ajuda, considerando que não tá sendo fácil escrever com a faculdade sugando a minha alma.

Anyway, espero que tenham aproveitado bastante o feriado, lindinhos!

O de sempre: dicas? Sugestões? Críticas? Dúvidas? Comentem!
Façam essa autora que vos fala feliz, uh? Quem sabe vocês não serão tombados pelo próximo capítulo? Hahaha.

Beijinhos!
Mamãe ama vocês.