Catarina e Petruchio escrita por Cristina Fontes


Capítulo 24
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Boa noite e boa leitura!



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Catarina entra na cozinha com um ar cansado.
Se senta no banco, apoia o cotovelo a na mesa e o rosto na mão.

“Então dona Catarina, eles dormiram?”

“Sim Neca, finalmente dormiram…”-Ela responde, olhando pra a empregada.

“Catarina você está com uma cara de cansaço!”-Comenta Mimosa.

“E como que eu podia estar, cuidar de dois bebes não é fácil…”-Ela diz, cruzando a perna, mole, sonolenta.

“Nessas semanas eles vão chorar um pouco, é normal.”-Afirma Mimosa.

“Mas…”-Diz Catarina bocejando novamente e continua.

“Mas eu não sabia que era tanto."

"Mas depois eles crescem e isso passa."-Diz Mimosa animada.

Catarina não responde, concentrava sim, em manter os olhos abertos. Queria comer alguma coisa, mas o sono fala mais alto.

"Eu como depois... agora preciso descansar, vou tirar uma pestana enquanto eles dormem também."- Se levanta com preguiça e sai da cozinha.

Neca e Mimosa continuam em seus afazeres.

Entretanto no galpão de queijos...

Petruchio fazia os queijos e tal como Catarina, bocejava constantemente.

"Mas senhor Petruchio, o senhor não anda dormindo direito de noite?"-Pergunta Calixto.

"Arre égua Calixto, quem que consegue dormir com dois nêne chorando... a noite toda..."

"Ave.. mas eles chora tanto assim?"

"Calixto se vê memo que ocê nunca que cuido de nêne."

"É cuidar eu só cuidei de Lindinha, mas quando eu peguei ela pa cria ela já tava crescidinha sabe..."

"E o que é que é que me importa a idade que você pegou Lindnha pa criar."-Ele responde.

"Ave... eu só tava contando meu Deus do céu... Mas escuta senhor Petruchio, esses meninos deve chorar muito memo, pa deixar o senhor sem dormir... logo o senhor que dorme feito um touro"

"Olha lá o que ocê diz que eu não sou jumento que nem ocê, pa dormi feito animal!"

"Arre égua, o que eu fiz pra o senho me ofender desse jeito! Mas o senhor merece! Merece não dormir de noite! Que isso deve ter sido as caveira que mandou, pra castigar o senhor!"

"Não fala das caveira Calixto!"-Ele grita sério.

"O senhor me desculpe mas vou falar sim, vou falar que eu ainda morro com isso preso nas minha goela."

"Calixto !"-Ele grita.

"As caveiras do seu pai mais as caveira de se sua mãe ade tar sem dormir de preocupação e arrependimento de terem deixado um filho pobre e mal agradecido como o senhor..."

" Já avisei Calixto, não fala das caveira, e muito menos dos meus filhos que não foram mandado por assombração não..."

Enquanto fabricavam os queijos, continuavam discutindo...

...

Mais tarde, de madrugada...

Uma das crianças começa a chorar. Catarina ouve e acorda afastando o cabelo bagunçado do rosto e chama Petruchio.

“Petruchio! Petruchio!”

Ele não responde.

“Petruchio, acorda!! Acorda! É a sua vez!”-Ela diz, abanado ele.

“Acorda seu grosseirão, é sua vez, vai ter que levantar…”-Ela diz já a beira de um ataque de nervos, batendo com o travesseiro nele, enquanto um deles continuava chorando.

Ele finalmente desperta.

“Acorde, vamos é a sua vez de ir lá ver eles.”-Ela diz.

“Arre égua…”-Ele diz bocejando.

“Mas Catarina eu já fui lá, agora é a sua vez de…”

Ela nem quer saber do que ele diz, tapa o rosto com o manta antes que ele pudesse acabar a frase e volta a dormir.

O único remédio para ele, se queria voltar a dormir descansadamente, era se levantar e ver o que eles tinham, já que Catarina tinha apagado completamente.

Ele se levanta a muito custo, seu corpo pesava como uma pedra e seus olhos entre abertos, pediam para se fechar.

Laurinha dormia, era Julinho que chorava.

Petruchio pega uma mantinha que tinha perto do berço do menino, o envolve nessa mesma manta e pega cuidadosamente nele.

“O quê? O que é que é que foi Petruchinho? Deixa o papai dormi, deixa.”-Ele suplicava ensonado.

Mas ele continuava chorando sem parar.

Petruchio coloca o filho perto do seu ombro e começa a bater levemente nas costas dele, tal como Catarina havia dito pra fazer.

Depois massageia a barriga dele, voltou a coloca-lo perto do ombro e continuou batendo nas costinhas dele.

Ele foi se aclamando. Petruchio se senta na cadeira de balanço sem parar de bater no mesmo local vagarosamente.

Já depois de parar de chorar Petruchio tenta adormece-lo, pega a chupeta e coloca na boca dele, com via Catarina fazer, mas não dava resultado, ele jogava a chupeta fora da boca e continuava acordado falando em sua linguagem de bêbe, abrindo e fechando as mãos e colocando-as na boca.

Quem acabou por adormecer foi Petruchio, mas Julinho continua entretido e bem acordado.

Minutos de pois, mais uma intensa secessão de choro proporcionada por Julinho acorda Catarina.

Todos aqueles despertares a meio da noite já se tornavam dolorosos, mal podia esperar para poder dormir uma noite inteira sem ser interrompida.

“Petruchio, é a sua vez acorda.”-Ela sussurra se jogando para o lado pensando que iria chocar com o corpo dele, mas se assusta ao deparar-se com a cama vazia.

Se levanta sentando-se na cama... logo vê Petruchio dormindo na cadeira com o menino no colo.

Sai da cama, vai até eles, pega o menino dos braços de Petruchio e assim, ele para logo de chorar.


“Petruchio! Petruchio.”-Ela chama mais uma vez batendo na perna dele, para que ele acordasse.
“Ham.. o que foi Catarina?”-Ele diz, sem abrir os olhos cruzando os braços se acomodando.
“Acorde ou vai dormir ai a noite toda?”-Reponde, espreitando Laurinha pra ver se não tinha acordado também.

Ele abre os olhos confuso.

“Ai Petruchio você tem um sono pesado… podia passar um comboio em cima em cima de você que você continuava dormindo.”-Ela diz com o olhos entre abertos cansada.

Ele volta a fechar os olhos. Ela puxa a camisa dele.

"Anda! Venha levante-se!"-Ela insistia, pois não queria que ele dormisse ali, podia ficar com uma dor de costas enorme, mas também e principalmente porque odiava dormir longe dele.

Ele se levanta.

Ela segue novamente para cama com seu filho no colo. Se encosta na cabeceira. Ele a segue e senta do lado dela preparando-se para dormir.

“Petruchio? Você não se vai deitar pois não…”-Ela pergunta com ar cansado e com uma voz carinhosa.

Ele esfrega os olhos, sem entender a pergunta dela.

“Me abraça.”-Ela pede docemente, com o menino no colo.

Ele estava morrendo de sono, mas não resistia àqueles pedidos e àquele jeito meigo de Catarina.

Sorri e passa a mão nas costas dela trazendo-lhe para mais perto de si.
Ela se encosta no peito dele, encolhendo as pernas.

Estava muito cansada e especialmente naquele momento, queria sentir-se acompanhada e acariciada pelo seu marido.

Ela abre seu robe, tira uma das mangas, depois desce o a alça de sua camisa de noite e começa amamentar o menino.

“Ele só adormece assim, senão vai ficar acordado a noite toda.”-Ela sussurra, pensando que Petruchio nem estava ouvindo nem vendo o que ela fazia, pensava que ele tinha dormido.

Mas Petruchio afaga carinhosamente seu ombro desnudo, ela olha pra ele, que ao contrário do que pensava, observando-a e escutava-a atentamente.

Ela sorri, aproxima sua boca da dele e ele a beija.

"Meu favo de mel."-Ele diz carinhoso.

Ela encosta o rosto no peito dele e adormece enquanto o menino continuava mamando.

Petruchio acaricia o braço com o qual Catarina pegava o menino, depois adormece também. Mais tarde ela acorda, chama Petruchio, que vai colocar o menino, agora já adormecido, de novo no berço.

Catarina se deita, logo em seguida Petruchio se deita abraçam-a, enquanto ela se vestia.

"Você já viu que sou sempre eu que vou lá?"-Ele pergunta, beijando o pescoço dela.

Ela se vira de costas pra ele, se deitando de lado, ele coloca mão na cintura dela e traz pra perto de si.

"Como assim é sempre você? Eu também vou lá mas você tá dormindo e não vê..."-Ela responde.

"Tá querendo se armar em esperta comigo... mas eu não me importo, se é pra minha mulherzinha descansar, eu não me importo...”-Ele diz, ela sorri ainda acabado de vestir o robe, movendo o olhar para o lado sem mexer o rosto.

"Porque você tá me agarrando desse jeito Julião Petruchio? É impressionante pra safadeza você não tem sono, vá vamos dormir..."-Ele diz tentando manter a postura.

Ele num movimento inesperado, coloca as mão na base de sua barriga e puxa-a contra suas virilhas.

"Golpe baixo!"-Ela pensa perdendo a respiração.

Ele sobe a roupa dela, á medida que beijava seu pescoço, ela começa a respirar profundamente, fica tremula. Ele sobe a mão até aos seios dela, tocando-os delicadamente. Catarina franze a testa, entreabre a boca, sentindo-se impotente e incapaz de parar.

Seu corpo pedia aquilo, seu corpo explodia naquele desejo ha muito insaciado.

Se vira de frente pra ele, entrelaçando suas pernas nas dele.
Seu olhar vago e possuído pelo desejo encontra o dele da mesma maneira.
Ela respira novamente, aproxima-se dele e beija-o, ele a pressiona contra o seu corpo, apertando seus glúteos.

Ela abre os olhos, á media que o beijo cessava. Eles trocam olhares novamente.
Ele percorre as mãos até aos seios acariciando-os novamente e ela volta a beija-lo. Ambos estavam perdendo a cabeça.

Ele a vira de costas novamente, continua abraçando e acariciando o corpo dela ainda ressentido do parto, colocando as mãos por dentro da roupa dela.

"Petruchio... assim eu não vou resistir…”-Ela diz baixo com voz de menina, fechando os olhos, serrando os punhos visivelmente extasiada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capitulo? Até Domingo! ;)



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