Rotten Soul escrita por Sially


Capítulo 15
Os dois amuletos


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa!!
Demorei mas estou aqui. Tive várias provas nesse final de semestre que não me possibilitaram terminar esse capítulo mas finalmente está pronto XD
Estamos entrando em uma fase da história que na minha opinião é muito importante, porque sai da introdução e apresentação dos personagens para algo mais sólido e puro da história.
Espero que estejam gostando.
Gostaria de agradecer a quem comenta nos capítulos, vou guardar todos vocês em um potinho.
Boa leitura
Até as notas finais :)



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Narrador

— Droga, Leanne! - Exclamou Kaira entrando as pressas na casa da garota e a levando para seu quarto. 

Kaira colocou Leanne, que estava inconsciente, na cama. Pegou seu pulso qual continha a marca dos salezianos. A marca estava quente, quase como se pegasse fogo. Cintilava em preto e não em vermelho ou roxo como de costume. Kaira sabia que tinha algo de errado acontecendo e precisava descobrir o que era. 

Leanne abriu os olhos, de repente, que estavam completamente escuros inclusive na parte que deveria ser branca. Ela gritou. O toque que Christian deixara em sua alma queimava bem mais que o comum já que Kaira havia contido sua energia extra que camuflava a dor. 

— Leanne, pare quieta. - Leanne continuava a gritar e se debater. - Não me obrigue a te deixar inconsciente. - Kaira ameaçou tentando conter a garota. Kaira xingou e pegando o braço da garota, apertou a parte que juntava o ante braço com o resto do braço até Leanne perder a consciência. - Desculpe por isso, não posso usar magia em você agora. 

Kaira a cobriu com o cobertor que ficava aos pés da cama, pois precisava de algo que tivesse sua essência para realizar o encantamento. Assim, Leanne voltaria ao que era antes, como um backup do dia. Kaira esticou as mãos sobre o corpo estirado na cama e recitou o feitiço, então toda a magia feita ou recebida após Leanne ter usado esse cobertor pela ultima vez foram apagados do corpo dela inclusive sua memória; seu corpo reconhece sua essência presente no ambiente e revertem para a Leanne que esteve nesse mesmo ambiente pela última vez. 

Após realizar o encantamento, Kaira estava muito cansada. Era um feitiço longo e cansativo porque precisava fluir por todo o corpo da vítima. Além de ser um feitiço muito complicado de se fazer. Kaira levou anos para aprender e sua magia para esse tipo de encantamento era bem limitada - Ela se sentou no sofá da sala e acabou pegando no sono. 

— Kaira? - Sam abriu a porta da casa e a viu deitada em seu sofá. Correu até ela sem saber o que estava acontecendo, ao mesmo tempo ligou os pontos de Kaira a Leanne e correu para o quarto da filha para ver se estava bem. 

— Se eu fosse você não abriria essa porta - Sam parou antes de terminar de virar a maçaneta. 

— Por que? - Sam perguntou se voltando para Kaira qual estava sentada no sofá um pouco sonolenta.

— Longa história. Aceito um chá, muito obrigada. - Sam foi para a cozinha preparar. 

— O que está fazendo aqui, Kaira? - Sam perguntou objetivo.

— Fui salvar sua filha teimosa. - Kaira estalou o pescoço. Havia dormido por algumas horas. - Você fica uma gracinha com essa roupa de trabalho - Kaira debochou. Sam um pouco constrangido a advertiu com o olhar. - Apenas a verdade - Kaira riu erguendo os braços como se se rendesse. Sam levou o chá para Kaira e se sentou ao lado dela. 

— Eu fico preocupado em te ver aqui. Me lembra da época em que você trazia Alanis e sempre que isso acontecia nunca era uma boa notícia. 

— Eu sei. Me lembro bem das batalhas e de tantos feitiços de cura que precisei usar em Alanis. Não se preocupe, Leanne está bem. Só até acordar porque ai eu vou acabar com ela. - Kaira falou sutil - É uma pena que não vá lembrar, então não tem como culpá-la exatamente. - Ponderou - Complicado. - disse aquecendo os dedos ao redor da xícara quente de chá.

— O que ela fez? - Kaira suspirou, sabia o que Sam faria quando descobrisse.

— Saiu para enfrentar um demônio puro sozinha. - falou de uma vez.

— Ela o quê? - Sam arregalou os olhos - Como você a deixa fazer isso? Não era só treinamento de magia? Aliás, achei que essas coisas nem existiam mais, que fossem apenas mitos. 

— Em primeiro lugar, eu não mando nela, ela toma as próprias decisões, embora tenha alertado para não fazer isso. E sim, demônios puros existem. Antes fossem só mitos. E pior, estão adorando roubar almas. Não sabemos o porquê ainda, mas o conselho de Salém está tentando descobrir. 

— Não sabia que tinha voltado para o conselho. - comentou Sam.

— Nunca - Kaira riu - aqueles idiotas nunca vão me ter por mais que tentem. - Sam riu também. 

— Eu vou matar esse demônio. - Sam comentou após uma pausa.

— Não vai não - Kaira disse dando tapinhas nas costas de Sam - Você tá meio… - ela deu uma olhada nele - velho. 

— Olha quem fala. - Sam retrucou.

— Eu tenho um corpo de 35 e você? - Kaira fez a pergunta retórica. - De qualquer forma, Leanne poderia ter morrido hoje mas não morreu. Não sei se a parte saleziana a protegeu ou…

— Alanis. - Sam concluiu.

— Não, Alanis não teria como protegê-la daquilo. O demônio tocou em sua alma mas ela não queimou. - Kaira especulou - Algo maior veio de algum lugar dentro dela e expulsou o demônio assumindo o controle do corpo dela. 

— Como assim? Um demônio assumiu o corpo dela?

— Acho que não. Ela tem a marca que a protege. Seja o que for não parece muito bom. Preciso pesquisar melhor, tenho pensado em ir até Salém dar uma olhada em alguns livros.

— Você não pode, Kaira. - Sam disse rápido - e Leanne? E se alguém atacá-la?

— O Sam que eu conhecia sabia muito bem como enfrentar qualquer coisa. Parece que tirar o Winchester do nome tirou todo o… resto - Kaira fez piada. - Nem acredito que já cheguei a ter medo disso - Kaira deu um soco em Sam. Ele segurou a mão dela e fez um carinho suave. 

— Obrigada. - ele disse. Os dois trocaram olhares sinceros. Se lembravam de tudo o que haviam passado juntos. - por cuidar de Leanne. 

— Por nada. - ela sorriu. Cortando o clima que estava entre os dois continuou dizendo - Faz quanto tempo que Leanne usou a coberta dela?

— O que? - Sam estranhou a pergunta. 

— O cobertor dela, quando ela usou pela última vez?

— Essa noite, eu acho. - Sam deu de ombros. - Por quê?

— Você vai ter que explicar um dia todo para ela. - Sam continuou sem entender.

— Seus poderes do tempo voltaram? - Sam perguntou interessado começando a compreender.

— Não. Mas ainda consigo trapacear meu castigo um pouco - ela sorriu traiçoeira - só que eu me canso muito. O feitiço vai fazer o corpo de Leanne voltar para a última vez que ela usou a coberta, então você precisa explicar o dia de hoje. E não entre no quarto até ela sair de lá sozinha. Se você entrar e o feitiço ainda estiver funcionando, você também é afetado e eu não estou afim de cuidar de dois desmemoriados. 

— Como vou explicar para Leanne que você colocou um feitiço de tempo nela? - Sam perguntou.

— Já está mais do que na hora de você explicar bem mais do que isso. - Disse Kaira por fim e com um toque de lábios em um “selinho" ela se despediu. Não era um beijo, era uma troca de afeto que os dois tinham em memória aos tempos que passaram juntos.

Sam passou horas refletindo sobre o que diria para Leanne e sempre que decidia contar sobre sua vida de caçador algo o perturbava, não queria que a filha soubesse das coisas que fizera no passado, era um tanto quanto egoísta. Contar isso a ela poderia colocá-la em perigo, mais até do que ser uma saleziana como a mãe. Ele não apenas contaria seu passado mas colocaria implicitamente o “Winchester" de volta ao seu sobrenome.  

— Pai? - Leanne apareceu na sala sonolenta coçando os olhos - Já são 8pm, eu dormi todo esse tempo? - ela disse com embargo na voz - e.. - ela olhou para sua própria roupa - eu dormi de calça jeans? - Sam pigarreou tomando a decisão sobre o que diria.

— Eu… - Sam queria contar mas.. - Acho que você estava bem cansada ontem à noite, sai mais cedo para o trabalho e não quis te acordar, pelo menos você descansou bem - Leanne tinha confusão no olhar - Uma mulher chamada Kaira ligou. Pediu que ligasse de volta. - Sam mentiu e disfarçou vendo televisão. 

— Não acredito que dormi o dia todo… - Leanne pensou alto - Kaira!! Ai meu Deus, ela vai me matar. - Leanne saiu correndo colocando uma roupa de ginástica imaginando um milhão de formas de explicar a Kaira que dormira até muito mais tarde. - Pai, vou sair. - Sam ficou rígido, Kaira havia lhe alertado sobre o demônio que atacara Leanne e tinha medo que a filha saísse mas não podia negar sem um bom motivo e seu bom motivo revelaria sua identidade. 

— Não quer ficar em casa hoje, filha? - Sam perguntou 

— De jeito nenhum, se eu dormi o dia todo, a última coisa que vou fazer é ficar em casa. 

— Espera. - Sam disse se levantando e indo até Leanne - eu vou com você. - Leanne tentou enrolar o pai que já pegava o casaco.

— Não precisa, eu to bem. 

— Tem certeza? - Sam quis garantir e Leanne assentiu. - Tudo bem, então tome cuidado - ele disse com o coração apertado dando um beijo em sua testa. - quero você aqui antes das 10.

— Se não eu viro abóbora? - Leanne brincou e riu. Pegou o carro, passou na cafeteria pegou um café reforçado e foi até a casa de Kaira. Algo parecia muito estranho naquela história, ela não dormiria o dia todo por livre e espontânea vontade ou cansaço. 

Chegando na casa de Kaira, entrou sem bater. Assim que Leanne a viu juntou as mãos e começou a pedir desculpas por não ter comparecido ao treino. Kaira demorou alguns segundos até entender o que acontecia.

— Aquele filho da mãe… - Kaira xingou. - Não se preocupe Leanne. - Kaira respirou fundo pensando se contaria ou não. E no meio segundo em que decidia considerou não contar e esconder tudo sobre Christian mas no resto do segundo se lembrou que mesmo que Leanne não soubesse, o demônio saberia e isso seria vantagem para ele. Achou melhor contar. - Leanne, você não perdeu o treino. 

— Mas como.. - ela começou sem entender.

— Já não falei para não me interromper? - Kaira disse brava - Você não dormiu até agora, foi Christian. 

— Ah meu Deus… - Leanne começou a se desesperar caindo sentada no sofá da sala.

— Leanne! - Kaira a censurou e ela ficou quieta - Você, como uma garota estúpida e teimosa, foi enfrentar Christian e acabou se machucando. - Kaira desviou o olhar omitindo a parte em que Leanne têm sua alma tocada e a parte em que ela liberara uma explosão de poder em Christian. - Por sorte eu cheguei a tempo e te salvei. Para te curar precisei dar um “backup" na sua mente e corpo. Por isso você não se lembra de nada, seu corpo foi curado e igualado a quando você usou seu cobertor e esteve em seu quarto pela última vez que por sorte foi essa noite. 

— Feitiços de cura normalmente não são tão complicados assim - comentou Leanne.

— Pois é - Kaira tomou o cuidado para não falar que esse feitiço só é usado em emergências - foi uma luta intensa. Então tome cuidado porque por causa da sua burrice - Kaira deu um peteleco na cabeça de Leanne - ele já sabe que você é saleziana e pode tentar alguma coisa.

— Ou pode se afastar por medo de mim? - Leanne tentou sorrindo.

— Nem nos seus melhores sonhos, querida. - Kaira sorriu. - O que eu faço com você, Leanne?

— Me dá o seu perdão e vida que segue? - Leanne tentou de novo aliviar a situação.

— Ah, não seria tão fácil assim. - Kaira se virou e foi até a prateleira pegando um livro - Agora.. - disse Kaira tirando um saquinho de pano de dentro do livro - precisamos resolver seu probleminha caso Christian tente alguma coisa - Kaira tirou do saquinho um colar/amuleto com o rosto parecido a de um deus africano. - Era uma vez… - Kaira sorriu indicando que contaria uma história - um deus chamado Goibniu, era um deus celta, mestre da magia e das armas em geral, um grande ferreiro. - Kaira começou a contar - Um dia observando os humanos, um deles o interessou. Esse humano tinha muitas ideias que encantaram o deus e por isso ele se apaixonou. Goibniu sabia que era proibido se apaixonar por humanos e por isso usava diversos disfarces para se encontrarem. Para se reconhecerem, o deus, que era ferreiro e artesão, criou um colar com um pingente igual a esse - Kaira apontou para o colar que estava em sua mão sobre o tecido da pequena sacola que carregara o amuleto. Kaira tomava o cuidado de não tocar no colar. - só que de bronze - o que estava na mão de Kaira era prata - e sempre que o deus estivesse perto do humano, o colar brilharia. E assim eles se encontraram por anos para viver seu amor. Sabendo que o homem um dia morreria, o deus criou uma poção da imortalidade de anos e não de vida e o deu para o homem. Quando os outros deuses descobriram o que ele havia feito, prometeram ao deus que matariam o recém imortal. O deus com medo criou outro colar igual com o mesmo metal usado para, futuramente, criar as balas do Colt, conhece? - Kaira perguntou.

— Sim, meu pai já me contou histórias sobre essa arma quando eu era pequena, ela poderia destruir qualquer criatura sobrenatural. 

— Exato - Kaira confirmou - o deus criou, então, um segundo colar encantando-o para que o seu amante estivesse sempre protegido. Se alguma criatura tentasse chegar perto, o colar faria com que ela se esquecesse que aquele homem era imortal, passando despercebido, algo parecido com um desvio de atenção - Kaira tentou explicar melhor -  Por ser feito a partir do Colt, o mísero toque do metal na pele de uma criatura sobrenatural já era o suficiente para enfraquecê-lo. Muitos disseram que o colar era tão prejudicial quanto benéfico ao homem porque como enfraquecia criaturas sobrenaturais, o homem imortal, ao usar frequentemente, foi enfraquecendo e definhando. - Leanne observou atentamente o colar nas mãos de Kaira - Então é isso, esse é o colar. - Kaira entregou o colar para Leanne sem encostar no pingente - eu não posso encostar nisso porque sou cheia de magia, já você é metade humana e metade saleziana, estou na esperança do colar não te fazer mal. - Leanne o pegou com cuidado testando se não a afetaria.

— Então deuses existem? - Leanne concluiu.

— Podem até não existir mas a lenda dos dois amuletos é esse, se o amuleto existe… - Kaira deixou o resto da frase no ar.

— Mas e o homem? O deus? o que aconteceu? - Leanne quis saber.

— Não é importante, mas já que você quer tanto saber… Bom, toda vez que o homem tirava o colar de proteção para se encontrar com o deus alguma criatura o reconhecia. Chegou uma hora em que ele não podia mais tirar o colar sem quase morrer. Em seu último encontro, o homem viu como o deus se sacrificava enfrentando todos só para encontrá-lo e por isso devolveu o colar que brilhava pedindo que ele encontrasse outro homem para amar. Sem mais despedidas o homem recolocou o colar do Colt e sumiu. Entretanto, o deus havia criado os dois colares a partir de uma peça única por isso as duas peças sempre estavam se atraindo de alguma forma, afinal, se os dois colares fossem juntados poderia se tornar uma das balas do Colt destruindo qualquer criatura sobrenatural. O deus não queria existir em um mundo sem seu amor, então se suicidaria. Esse era o plano. - Kaira terminou a história - Antes que você pergunte, não sei mais o que aconteceu. É apenas uma das histórias contadas antes de dormir em Salém.

— Uau.. - Leanne pareceu impressionada. - Que incrível.. Essas história são reais, então? Ou apenas lendas?

— Olha, esse não é o ponto, o importante é que o colar existe e está aqui. Quero que use por algumas horas e observe se o colar faz efeito em você. Te enfraquece, eu digo. - Leanne assentiu segurando o colar com cuidado. 

— Não sinto nada. - Ela concluiu.

— Ótimo. - afirmou Kaira. - Use o colar. Lembre-se, com esse colar você vai estar invisível até para mim. - Leanne sorriu involuntariamente - Mas… eu sinto a energia saleziana emanando de você lá de fora. - Kaira riu maléfica.  - Pode esquecer qualquer tentativa de escapar de mim. - A garota bufou. 

Leanne bocejou e tirou a garrafa térmica de café da bolsa tomando um gole. Kaira observou atentamente. Já tinha uma ideia do que estava fazendo os poderes de Leanne se alterarem. 

Depois de alguns segundos, o colar queimou na mão de Leanne. 

— Ai!! - Leanne reclamou soltando o colar. - Esse negócio me queimou. 

— Tá vendo? Eu falo que não é pra você tomar essa porcaria que altera sua energia saleziana mas você acredita? Claro que não. - Kaira resmungou, embora saiba que o café não teria tanto efeito. Decidiu testar sua teoria. - Me dá essa garrafa.

Leanne hesitou antes de dar a ela. Kaira abriu a garrafa e cheirou o liquido. Estava com o cheiro normal. Kaira tinha um plano mais rústico para testar sua ideia, mas não queria chegar a esse ponto. Vendo que não tinha escolha decidiu colocar o plano em prática. 

— Toma. - Kaira mandou. 

— Oi? - Leanne estranhou.

— Toma todo esse café, agora! - Kaira disse mais autoritária - Está na hora de você aprender os efeitos disso, se não da forma boa, vamos pela pior. Agora, toma tudo, Leanne. - Leanne queria recusar mas conhecia Kaira, se recusasse seria pior. Tomou tudo, sentindo o gosto do café que tanto gostava. - Agora vamos. - Kaira chamou saindo da casa e adentrando na noite fria. - Como se sente?

— Bem. - disse Leanne hesitante. Quando se tratava de Kaira, tudo podia acontecer. Era impossível ler e premeditar as ações dessa mulher. - O que eu devo fazer?

  - Desviar, talvez. - Kaira disse antes de lançar uma bola de fogo produzida por sua magia que por muito pouco não pegou no cabelo de Leanne.

— Você está louca, Kaira? 

— Vamos! Lute comigo. Tem ousadia suficiente para enfrentar Christian mas não a mim? Estou começando a achar que o problema sou eu. - Kaira lançou mais duas bola de fogo. Conforme atacava e falava, Kaira andava mais para trás, se aproximando do lago congelado. Leanne tentou um encantamento de fogo mas tinha medo por causa da última vez que feriu Kaira. 

— Não quero te machucar. - Disse Leanne com medo. Kaira gargalhou.

— Ah, por favor, Leanne, você não consegue nem relar em mim. Dê seu melhor. - Kaira desafiou. Leanne tentava lembrar os feitiços que havia estudado e tentava pronunciá-los corretamente. - Acho que você precisa de um incentivo, será que seu pai ainda está acordado? - Kaira provocou. 

Leanne começou a sentir a energia se intensificar dentro de seu corpo. Kaira já próxima do lago, começou a andar de forma a trocar de lugar com Leanne enquanto atacava. Leanne estava, agora, de costas para o lago e de frente com Kaira. 

Kaira atacou várias bolas de fogo e dessa vez encantou as árvores em volta do lago para que se movimentassem a seu favor, atacando Leanne. A garota desviou das bolas de fogo mas não viu o galho da árvore que passava na altura de sua perna. Leanne caiu no chão e Kaira, usando a brecha, correu e começou um ataque corpo-a-corpo. 

— Vergonhoso, Leanne, não estou nem usando magia e você já está perdendo. - dizia Kaira enquanto socava o rosto de Leanne - Seu pai teria vergonha de te ver agora. - Kaira jogou. A mulher continuou socando a garota caída no chão que cada vez mais perdia o controle sobre sua energia e consciência. Leanne, em um movimento rápido tentou contra atacar proferindo um soco embaixo do queixo de Kaira, só que ela previu e segurou o pulso da menor, com o outro punho socou seu estômago. - Sua mãe teria vergonha de te ter como filha - Leanne se contorceu de dor e com essa última provocação de Kaira, ela perdeu o resto de auto controle que restara. Leanne liberou uma energia negra de seu corpo jogando Kaira para longe. 

Kaira se levantou rapidamente e sorriu com o sucesso de seu plano. Enquanto Leanne se levantava e já lançava feitiços de fogo incendiando toda a mata ao redor, Kaira correu para o encontro de Leanne e em um movimento rápido, reuniu toda sua força e usou o pé para bater no queixo da garota, de baixo para cima, de forma que ela voou e caiu direto no buraco causado pelas bolas de fogo de Kaira no lago congelado.

— Cesta! - Kaira concluiu. 


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?
Não é um final muito revelador como eu geralmente faço, nem teve tantas descobertas mas introduzi algumas coisas que serão usadas futuramente.
Cada parágrafo tem sua importância então não se distraiam
Não deixem de comentar, o que estão achando, façam críticas, elogios, o que quiserem. Vou adorar ler teorias e comentário no geral.
Obrigada por lerem.
Até o próximo capítulo.
Beijos
Xx



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