— Se percebeu que atrapalhou porque não meteu o pé logo? – Diz Lyon virando pra ele com um semblante sério.

Fala sério, nem em um encontro eu consigo ter paz. Gray tem que me seguir pra todo lugar que eu for e isso já está me tirando à paciência que eu não tenho com o mesmo.

— Sei lá, já parou pra olhar em volta? – Começa Gray – Sim, estamos em uma praça, e até onde eu saiba, ela é pública, sim?

— Larga mão de ser otário uma vez em tua vida Gray. Não percebe que está atrapalhando? Isso tudo é inveja ou o que? – Rebate o mesmo

Eu estou farta, pra mim já chega, eu vou pra minha casa e ficar de boa lá do que ver esses dois otários brigando. Um pede pro outro se tocar, mas a verdade é que nenhum dos dois se toca que estão fazendo um papel ridículo em frente a uma praça pública cheia de criancinhas que estão olhando pra nós horrorizadas e com medo.

— Pra mim já deu – Digo irritada – Olha Lyon, adorei o encontro e lamento muito por encostos e terceiros atrapalharem uma noite que deveria ser maravilhosa. E você, Fullbuster, vê se desencana do meu pé, me deixa em paz e some da minha vida. – Finalizo

— Qual é Juvia, eu te tiro dos braços desse pé rapado pra você se revoltar contra mim? – Diz Gray irônico.

Chego perto dele e viro um tapa em sua cara.

— Quem é você pra falar dele? Pois é Gray, você não é ninguém, aliás, consegue ser pior que Lyon, porque pelo menos ele sabe me tratar bem e me fazer feliz, diferente de você, então, por favor, me esquece.

— Mas Juvia...

— Vá pro inferno, Fullbuster! – Bravejo e lhe viro as costas.

— *-

Entrei na guilda e fui direto pro bar de Mira, me sentei ali e abaixei a cabeça.

— O que aconteceu Juvia? – Pergunta a mesma preocupada.

— Foi uma bosta Mira – Desabafo – Gray chegou lá e estragou tudo, eu me irritei, virei às costas pra Lyon, bati em Gray e fui pra casa. Eu nem sei o que deu em mim. Eu só queria ficar um pouco em paz.

A mesma me abraça pra tentar me consolar, mas esse dia só tende a piorar. E pra afundar mais ainda Gray chega à guilda agora e vem em direção a mim. Certeza que eu atirei pedra na Cruz pra merecer isso.

— Juvia, eu preciso conversar com você – Diz sério.

— Não temos nada pra conversar, pode dar meia volta Fullbuster.

— Será que dá pra parar de me chamar desse jeito?

— Te chamo do jeito que eu quiser e bem entender.

— Larga mão de ser infantil Juvia - Explode ele pra cima de mim – Qual é o problema de conversar comigo

— O problema é que você é um otário e eu não quero conversar com você – Grito empurrando ele.

— Saia daqui agora Gray. – Interfere Mira.

— Olha só, eu vim falar com a J-

— EU MANDEI VOCÊ SAIR GRAY. – Diz Mira alterada.

O mesmo se irrita, mas vira às costas, desistindo de enfrentar Mira.

— Não aguento mais isso – Digo baixinho.

— Vá pra casa Juvia, é melhor.

— E correr o perigo de trombar com aquele otário? Prefiro ficar aqui, obrigado.

— Então venha cá, me ajude a terminar de limpar isso aqui – A mesma me lança um sorriso que eu devolvo com a mesma intensidade.

— * -

— Baixinha isso é pra hoje ou pra nunca?

— Para de ser grosso Gajeel, já estou aqui, meu Deus.

— Você parou pra pensar que tá chovendo e que você quer ir pra biblioteca? Vai pegar um resfriado desse jeito. – Digo.

— Eu não me importo, eu vou e ponto! – Diz ela brava.

Pego a mesma e coloco como um saco de batatas por cima do meu ombro, e vou adentrando a casa dela novamente.

— Me bota no chão agora, eu vou pra biblioteca sim.

— Você não vai tampinha. Pode sentar a bunda naquele sofá e fazer o que bem entender, mas dessa casa – Que era dela – você não sai.

— E quem você acha que é pra mandar em mim? E ainda por cima no meu teto?

— Então vá Levy – Digo sério – Vá e fique doente, e ainda por cima sozinha, pois pode ter certeza que se passar dessa porta, eu não estarei mais contigo.

— Gajeel – Diz ela baixinho.

— Tchau Levy.

Viro em direção à porta, preparado para ir embora quando a mesma segura o meu pulso. Respiro fundo e viro pra ela tentando ser o menos grosso possível.

— O que você quer?

— Por favor, não vá. Desculpa, eu sei que fui estúpida, mas fica comigo – Ela pede baixinho e ruborizada.

A pego pela mão e me sento com ela no sofá – Você tem que ser menos idiota baixinha, ge-he.

— Cala boca e assiste Gajeel – Diz brava

Como eu amo essa garota desse jeito.

— * -

— Juvia, por favor, vamos conversar – Diz Gray pela milésima vez e é ignorado novamente.

Começo a andar em direção a minha casa. Precisava arrumá-la e tomar um banho e esquecer tudo e todos que estavam me perturbando nesses últimos dias.

— Por favor, Juvia...

— Caramba Fullbuster, fala. – Viro pra ele com um semblante sério.

— Me desculpa tá legal? – Ele começa – Eu estava passando pela praça e ir pra tua casa e peguei-te aos amassos com aquele cretino.

— E o que você tem a ver com isso Gray, me diz? Se eu quiser pegar fulano ou ciclano, quem é você pra dizer o contrário? – Digo brava – Você não manda em mim nem na minha vida, entenda isso. Eu te amava, ora, te amava pra caralho, mas VOCÊ não soube valorizar isso, então não adianta vir atrás de mim como se você fosse o príncipe encantado, pois você não é!

— Juvia você não entende – Diz ele triste.

— O que Gray, que raios eu não entendo? Porque nesses últimos dias a única coisa que eu tento fazer é tentar entender o porquê você ainda está atrás de mim sendo que há semanas você estava foda-se pra mim. Tento entender o que te fez perceber que eu te amava, e você diz pra mim que eu não entendo? Quer saber, tchau.

Viro às costas pra ele brava, porque quem não entende bolotas nenhuma é ele. Esse garoto só me tira do sério. Ele nunca faz algo bom. Só traz malefícios.

— Realmente, você não entende Juvia – Diz ele ficando de costas pra mim e olhando pro céu.

— O que eu não entendo Fullbuster, o que? – Digo pela última vez.

— É uma burra mesmo – Ele ri.

— O que disse? – Digo brava

— Você não entende que eu te amo, garota.