The Banshee Voices escrita por Calaveras Pack


Capítulo 1
Perdas e Danos




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Scott McCall

Era relativamente meia-noite, eu estava no telhado da residência dos Argent’s, o clima se mantinha intensamente frio, mas nada mais importava naquele instante. Pus meu corpo em repouso e deitei ali mesmo, totalmente alongado em meio às lembranças daquele lugar, olhando a lua e as estrelas cintilantes que transformavam o céu em um cenário gracioso, porém triste.

Meus braços procuravam ansiosamente algo em que se acomodar, mas não havia nada ali que me trouxe-se o conforto que eu necessitava no momento, a não ser a flecha quebrada que eu tinha encontrado na pior noite da minha vida e uma foto qualquer minha e da Allison, ambas em minhas mãos. Assim que direcionei meu olhar de volta aos objetos presentes no meu palmo, meus olhos estremeceram, cedendo às lágrimas que fluíram sem descanso. Um forte vento fresco transitou entre as curvas do meu rosto, trazendo consigo novamente a atmosfera melancólica, bordada em sintonia com o perceptível som aprazível que os galhos das árvores proferiam ao serem sacudidos pela brisa.

Perdido. Era assim que eu me sentia. Não sabia pra onde ir, o que fazer, não sabia o por quê de tudo ter acontecido, nem o destino que iria herdar depois que eu superasse aquela perda, isto é, se eu realmente superasse aquela tragédia algum dia. O único sentimento que foi possível experimentar tinha sido a intuição de que parte de mim tinha ido embora, todo o meu mundo tinha ido por água baixo e o que antes jazia em meu peito tinha sido substituído por uma dor intensa e sem fim.

Rendi-me ao cansaço, deixando minha visão descansar. Pouco a pouco todos os meus sentidos foram se reduzindo, até que nada mais podia ser sentido.

Minha consciência ressurgiu vagarosamente, graças aos vários estrondos manifestados por alguma coisa que se movia dentro da casa. Vagarosamente, retirei o meu celular do bolso e executei uma olhadela ao mesmo, meus olhos e pálpebras ainda ardentes das lágrimas que manaram dali, fizeram com que o ato de enxergar se tornasse difícil e desconfortável. Com dificuldades, percebi que eram exatamente 03:00 horas da madrugada.

Deixei meu corpo descair do telhado, aterrissando de forma atrapalhada no solo e machucando parcamente o pé direito. Caminhei em passos lentos até a porta da frente, me apoiei na mesma e a abri, infiltrando-me nas sombras que estavam impregnadas por todos os lados.

Me esforcei para alterar a pupila dos meus olhos, com a intenção de poder enxergar melhor o local, porém minha visão de alfa estava falha. Um novo ruído pôde ser ouvido, aproveitei para seguir o caminho pelo qual ele era proferido e acabei sendo levado até a cozinha.

Tentava não fazer barulho, mas findei pisando em algum objeto quebradiço. Em algum minuto houve uma rápida movimentação vindo para minha direção, nesse momento corri até as escadas que se encontravam na sala. De novo, tentei sentir qualquer coisa que pudesse-me ajudar a saber quem ou o que estava me seguindo, mas eu não conseguia, talvez por estar muito abalado até de mais para se importar com qualquer coisa.

– Quem está aí? – Gritei com ferocidade. - Quer saber? Eu não me importo! Nada mais importa, nada. – Sussurrei pra mim mesmo e sucumbi as lágrimas, novamente.

Sentei-me em um dos degraus, apoiando minha cabeça em meus joelhos e braços, pensativo. Eu queria fazer a coisa certa, queria ajudar as outras pessoas, mas aquele momento não me favorecia. Se não consegui salvar nem minha própria alcatéia, nem o amor da minha vida, quem se asseguraria que eu poderia lidar com qualquer outra coisa?

– Eu a perdi... eu não pud... – Meus cochichos foram interrompidos por uma voz grave e masculina que se sobrepôs a minha. – Scott? – Então levantei minha cabeça, surpreso por que o sujeito sabia meu nome. O homem estava de pé na minha frente, possibilitando que eu consegui-se ver seu rosto e sua silhueta e fiquei mais abismado ainda ao perceber que eu o conhecia, muito bem, na verdade.

– Chris? – Chamei por seu nome, desconfiado.

– Sim, sou eu. – Ele pressionou os dedos contra um interruptor, ligando todas as luzes da sala. Logo após, estendeu as mãos para mim e eu fiz o mesmo, me erguendo dali. – Enxugue suas lágrimas, Scott. Poupe-as para amanhã.

– Como você consegue não chorar?

– Eu perdi muitas pessoas, Scott. Eu choro sim, as vezes, mas não como antes. – Redirecionei meu olhar para os seus olhos, estavam vazios, mas continham uma energia tão sábia... – Mas isso não faz eu amá-la menos, minha filha foi a coisa mais feliz que já aconteceu em minha vida. Eu sou grato por ter sido seu pai e você também deveria ser grato por tê-la conhecido. – Refleti aquelas palavras por algum tempo e cheguei a conclusão que ele estava certo.

– Pode ter certeza que eu sou! Allison me ensinou muitas coisas que ninguém nunca poderá apagar da minha vida. Mas ainda me cedo ás lágrimas, não consigo controlar. – Ele me olhou, era perceptível seu orgulho.

– Enfim, você não está esquecendo alguém? Acha mesmo que eu voltaria sozinho?

– Isaac?! – Enxuguei as lágrimas - Onde ele está? – Questionei enquanto andava em direção a porta de entrada, a procura do garoto. Chris estava logo atrás de mim.

Ao chegar a fachada do domicílio pude avistar a sombra de dois garotos no chão , um eu supus que fosse o Isaac, mas tive uma maior surpresa ao reconhecer o outro; era Danny. Ele estava caído, quase que inconsciente, sua camisa regata estava parcialmente rasgada e grandes ferimentos de arranhões haviam sido espalhados por todo seu corpo.

– Me ajudem a leva-lo para dentro, ele está ferido! – Isaac clamou.

Stiles Stilinski

Eu poderia dizer que acordei em uma manhã cinzenta... Se eu ao menos tivesse dormido. Meu quarto todo estava infestado com o cheiro da garrafa de café que eu bebia toda vez que minhas pálpebras ameaçavam se fechar. Eu não queria dormir, eu não tinha esse direito.

Minhas mãos tremeram, talvez pela quantidade de cafeína ingerida ou talvez por outro motivo. A morte dos meus amigos. Se bem que uma podia ser ex-namorada do meu melhor amigo e um podia ser o quase namorado da garota por quem eu tinha uma queda. Mas nada disso mudava o fato: Eu era culpado pela morte deles. E não importava quantas vezes Scott ligasse no meu celular ou pedisse para o meu pai ligar da delegacia para o telefone de casa a cada cinco minutos.

Eu não iria aquele enterro. Do que adiantava ir lá, chorar e lamentar a morte dos meus amigos se isso não os trouxesse de volta? Uma vida sem Allison, uma vida sem Aiden, alguém ao menos podia imaginar como seria? Bem, agora teríamos que imaginar.

Eu não queria ir até o cemitério de Beacon Hills e ler por trás de todas aquelas expressões de conhecidos das últimas semanas, dava até pra adivinhar suas palavras. “Não foi sua culpa”, eles diriam, “Você estava possuído por um espirito maligno de mil anos”, eles insistiriam. Como era fácil falar para eles que não tinham uma ligação com o espírito.

Mesmo depois de tudo, eu ainda tinha flashes da conexão com o Nogitsune. Eu conseguia ver o rosto pálido de Allison antes de ela der seu ultimo suspiro. Ainda conseguia ouvir o grito estridente de Lydia quando ela berrou e chorou o nome da melhor amiga em meu ouvido inconsciente. Sem falar Aiden. Minha mente projetava sem parar a imagem de seus olhos piscando antes de ele cair pelo veneno da espada do Oni, e depois balbuciando até a morte ao lado de seu irmão gêmeo, Ethan.

Eu era o culpado, não importava o que eles dissessem. Tinha sido fraco o bastante para deixar o Nogitsune entrar e fazer o inferno em nossas vidas. Se eu fosse forte como o Scott, como o Isaac, como... Como... o Derek... Talvez nada daquilo tivesse acontecido. Mas aconteceu e não tinha mais como voltar atrás. Allison e Aiden morreram enquanto todos nós continuamos respirando. E eu não consigo deixar de ver a injustiça nessa frase.

“- Ei.” – uma voz chamou abruptamente.

Virei-me de encontro a ela e, quando dei por mim, meus olhos pousaram na janela do meu quarto.Uma criatura de estatura mediana com cabelos loiros cacheados grandes chamou minha atenção.

Por um segundo achei que fosse Malia, mas seus olhos eram de um tom azul assustadoramente lindo. Apesar de todo o rosto ser lindo, o que mais chamou minha atenção foi o sorriso estampado. Parecia até mesmo sarcástico.

“- Quem diabos...” – parei em minhas palavras. – “Quem é você?”.

Ela riu, um som que se superou acima de qualquer som na casa ou na rua. Nem mesmo consegui ouvir minha própria respiração.

“- E o que esta fazendo na minha janela?” – perguntei tentando não soar nervoso.

Em uma cidade como aquelas, não era um sinal muito bom uma garota loira com sorriso petulante aparecer na sua janela.

“- E isso importa?” – ela questionou, descendo da janela e andando lentamente na minha direção.

“- Eu não sei” – dei de ombros. – “Importa?” – meu tom de pergunta era carregado de sarcasmo. Algo que eu me gabava, mas algo que eu também usava para esconder minha dor.

“- Bom, se eu dissesse que sim...” – seu tom era brincalhão e cauteloso ao mesmo tempo. “- Acreditaria em mim?”

“- Não.” – bufei, beirando com toda minha sinceridade na frase.

Ela sorriu educadamente, mas vi um lampejo de inteligência em seus olhos.

“- E se eu dissesse que poderia consertar todos os seus problemas?”

Dei de ombros, mas na verdade por um segundo aquela frase fez minha garganta se fechar. Era exatamente o que eu precisava naquele momento.

“- E se eu dissesse que poderia trazer seus amigos de volta?”

Cambaleei para trás, mas ela apenas aguardou eu me recuperar do choque enquanto me avaliava com o olhar.

“- É bom que me de uma resposta logo, Stiles” – ela avisou com um olhar. “A oferta não vai ficar aberta para sempre.”

Antes que eu pudesse pensar ou reagir, a garota sumiu do nada, levando uma forte brisa consigo mesma pela janela. Eu apenas pisquei chocado, apenas pensando em uma coisa: Não me lembro de ter dito meu nome a ela.

Lydia Martin

A manhã acordou triste, todos só conseguíamos pensar nas pessoas que perdemos dias atrás. Perdemos a Allison, o Aiden. Grandes ícones do nosso pack.

O dia estava com cheiro de morte, tudo que eu queria fazer era me aprofundar na minha cama, tentar levantar só me deixava mais triste.

Porque? Porque dessa vez eu levantaria para ver eles colocarem minha amiga a sete palmos do chão, enterrarem meu quase "namorado" sem nem ao menos saberem um sobrenome, sem nem ao menos ter mais do que o nosso pack lá. Ele não tinha família, ele só tinha um irmão, ele só tinha o nosso pack.

E quanto ao Chris? Perdeu a família inteira, ele era o que sobrou dos Argents, uma família de caçadores que surgiu há muitos séculos, tudo que sobrou para o Chris foi um lobisomem que ele decidiu "adotar".

Troquei de roupa, peguei o vestido preto que usei no funeral de Kate, o mesmo que decidi usar sempre que alguém do Pack morrer, ele é o símbolo da morte, ele é o grande ícone fúnebre. Além disso, escolhi uma pequena bolsa vermelha, um batom vermelho sangue e óculos escuros que completavam meu visual.

Meu rosto estava inchado, pois chorei o máximo que pude e a única coisa que foi capaz de me acalmar tinha sido uma ilusão, um sonho que eu tive com a Allison. Ela estava junto com Aiden e juntos eles repetiam:

–I'm Okay. A frase que marcou a morte de ambos.

Eu ainda estava muito cansada, perseguir um espírito negro que se alimenta de dor, não é fácil. Ainda mais quando se é refém dele. Se ele ainda estivesse entre nós, e não preso na caixa, ele estaria estupidamente feliz, não só teria a minha dor, teria a de um pack inteiro.

Apliquei uma conferida no espelho, antes de finalmente encarar a realidade, saí do meu quarto e dei de cara com a minha mãe, que não poupava esforços em tentar me animar. Eram tantas frases de superação vindas dela que daria para escrever um livro de auto-ajuda. Antes de sair ela me disse:

–"Eu sei que vai ser difícil, sei que vai ficar muitas madrugadas chorando. Mas seja forte com tudo isso, nós aprenderemos à ignorar tudo aquilo que nos fez mal e dessa forma seremos sobreviventes.” - Sorriu.

–Obrigado. - Agradeci e forcei um sorriso.

Fui até a garagem, abri as portas do porshe prata, e fiquei sentada pensando antes que pudesse liga-lo e ir em direção ao cemitério de Beacon Hills, onde com certeza estaria repleto de repórteres importunando a vida alheia.

Tudo que conseguia pensar era que de alguma forma parecia que ela sabia, parecia que a qualquer hora ela abriria a porta do meu quarto e diria: "Finalmente você está demonstrando ser uma Martin". Mas era impossível que ela soubesse que nos últimos meses eu fui, mordida, esfolada, seqüestrada e ainda ressuscitei o vilão.

Após cinco minutos pensando decidi ir em direção ao cemitério, onde meus amigos já me aguardavam, não pude deixar de olhar a feição de cada um, os rostos inchados, olhares vazios e tristes, caminhei em direção a eles, dei um abraço em cada um. Mas estava faltando alguém e não pude deixar de perguntar.

–Scott, onde está o Stiles?

–Ele não virá.- Ele disse e pude notar o tom de decepção em sua voz

–Como assim, ele não virá?- Perguntei surpresa.

–Essa não é a hora para perguntas Lydia.

–Tudo bem.

Ouvimos tiros ao longe, os olhos de Scott deram pequenos lapsos de um tom vermelho rubro, uma mistura do castanho de seus olhos com o vermelho que ele conquistará durante a visita dos Alphas a Beacon Hills, eu puxei de leve a blusa de Chris para que ele visse Scott. Ele o viu e então sussurrou.

–São caçadores, é um tributo...

–Tudo bem, se eles não machucarem ninguém. - Scott disse sério.

–Geralmente as pessoas não matam em tributos, Scott. -Disse só pela idéia de mais uma morte passar em minha mente.

Scott olhava para Isaac, como se estivesse irritado em pensar o tempo que perdeu abrindo mão de sua amada, não só para protegê-la, como para a felicidade dela. Mal sabia ele que ela iria atrás de outros lobisomem, mal sabia ele que ela mudaria um geração inteira.

Ouvimos os discursos de todos os presentes, os que mais me chocaram dentre eles foram o do Sr. Argent e do Scott. Sr. Argent disse "A vida tem sempre um novo ciclo, um novo recomeço, novos padrões. Minha filha morreu como heroína, ela morreu para salvar os amigos. Ela deu a vida por eles, chegou a minha vez de retribuir seus atos..." e então ele se calou, foi a vez de Scott "Sabe quando fala o amor, à voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia, era assim que você fazia eu me sentir, me perdia em teus olhos, me embriagava de tua voz, e tropeçava em seu amor e agora você se foi, minha âncora, aquela que pendia meus pés ao chão, aquela que com um toque fazia com que eu entrasse em devaneios..." e então foi minha vez:

“ - Porque se afastar de algo ou de alguém doí tanto, porque sempre tem que haver despedidas. As vezes em momentos de tremenda paz lágrimas rolam em minha face, sem ao menos eu ter controle sobre elas, uma dor estranha surge em meu peito, um nó se forma em minha garganta e uma sensação de ter perdido algo que você ama muito cai como um enorme peso em minha alma. A esse ponto a dor é inevitável talvez seja o amor que eu tenha por tal coisa, mas a dificuldade de me afastar e ficar sem aquilo que te alegra, que te faz rir e suspirar todos os dias um dia pode ir sem mais nem menos pode entristecer até os mais fortes dos guerreiros. Você é, e sempre será minha guerreira Allison.” -Disse em lágrimas.

E então antes de tudo se encerrar, como uma promessa dissemos juntos e de mãos dadas: -"Nous protégeons ceux qui ne peuvent pas se protéger eux-mêmes".

Nesse momento folhas saíram dançando com o vento como se tivéssemos evocado uma força desconhecida, mas então eu pude ouvir em meio ao vento:

–Obrigado!- Era a voz em coro de Alisson e Aiden e foi ai que desatei a chorar

Derek Hale

Com todas essas mortes nos últimos dias, as coisas ficaram um pouco fora de ordem. Scott estava triste demais com o óbito do seu grande amor e Chris com a morte de sua filha. Depois do falecimento de Erica e Boyd ninguém imaginava ou esperava que duas terríveis mortes poderiam chegar para abalar as coisas mais ainda.

Todos se encontravam no enterro de Allison e por mais que eu não fosse próximo dela, fui por solidariedade a Pack. Lydia chorava ao lado de Scott, que por sua vez não escondia sua infelicidade.

Quando o enterro terminou, uma “chuva” de balas apontadas para o céu ocorreu. Fui embora sem me despedir. Ainda estava confuso com o sonho que eu tive e com isso fui até minha antiga casa.

Ao chegar lá fiquei no andar de baixo, porém ouvi um barulho que me fazia acreditar que eu não estava sozinho ali. Fui até o andar de cima da casa e ao chegar lá fui em direção ao último quarto. Ao abrir a porta fiquei surpreso com o que eu vi.

– Stiles? O chamei mas ele nem se querer fez menção de se virar.

– O que faz aqui Stiles? – perguntei novamente e ele se virou.

Seu rosto e olhos estavam vermelhos por conta do choro. Ele me encarava e não entendia os motivos dele estar ali.

– Foi tudo culpa minha. – ele disse.

– O que foi culpa sua?

– As mortes! – ele disse e se virou de novo para a janela. – Foram tudo culpa minha!

– E você ainda não respondeu minha pergunta! O que faz aqui?

Ele se virou novamente mas sem as lágrimas em seus olhos. Stiles tomou uma postura ereta.

– Precisava ficar sozinho, mas deveria lembrar que você estaria aqui. Afinal você adora vir para cá. – ele disse e passou por mim, saindo do quarto.

– Stiles. – suspirei

– O que?

– Não foi culpa sua! – ele fez uma cara de surpreso, como se não tivesse entendido o porque deu ter falado isso. Na verdade, nem eu sabia o porque de ter falado isso.

– Obrigado. – ele disse e se virou novamente.

Mas eu ainda precisava falar com ele, por isso fui atrás e segurei seu braço o virando para mim. Porém nossos rostos ficaram muito próximos. Stiles respirava pesadamente e olhava no fundo de meus olhos. Suspirei pesadamente e soltei seu braço, me afastando do mesmo.

– Preciso falar com você. – disse e ele me encarou.

– Sobre? – ele disse voltando a sua respiração normal.

– Como sabemos quando estamos sonhando? – perguntei a ele.

– Bom, geralmente nos sonhos nós temos um dedo a mais. – ele disse e me mostrou sua mão.

Sua mão continha 6 dedos, um a mais que o normal. Se antes eu desconfiava agora eu tinha certeza, tudo não passava de um mero sonho aonde eu não conseguia acordar.

Até que ouvi um som de algo sendo aberto brutalmente. Acordei sem blusa e completamente soado. Assustado pelo barulho, sai da cama somente de cueca Box preta e fui em direção até a porta da frente.

Não acreditei no que vi, não poderia ser. Ela estava morta.

– Kate? – perguntei enquanto piscava os olhos ainda desacreditando em tudo aquilo

– Sentiu minha falta, amor? – ela disse.


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