The Monster Inside Me escrita por Lina


Capítulo 6
Love is a fear that never dies.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Obrigada pelos comentários.
Boa leitura.



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–VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO. - Berrou, entrando na casa de Juliana.

Stef corou. Sabia que essa seria a reação da amiga.

–Eu… Me desculpa.

–Espera, espera… - perguntou Hanna do computador. - Stef, o que você fez?

Daiane sorriu vitoriosa, enquanto Stef mordia o lábio.

–Essa vadia contou para os meus pais que eu estava grávida. - falou furiosa. - E ainda por cima que eu abortei. Tudo isso por inveja.

–O QUE? - berrou. - Isso é mentira.

–NEGA! - Berrou mais alto. - NEGA QUE VOCÊ FOI ATÉ A MINHA CASA CONTAR PARA OS MEUS PAIS, POIS TEM INVEJA DA MINHA VIDA. NEGA, VAI.

Stef abaixou a cabeça, sentindo as lágrimas descerem em seu rosto.

–Eu… Tá, eu contei, mas não fiz por mal, eu só…

–Stef? - Luke virou para ela, o nojo em sua voz. - Você fez isso.

–EU SÓ QUERIA AJUDAR! - Gritou, já chorando.

–NINGUÉM PEDIU SUA AJUDA. - Gritou de volta Juliana.

–NINGUÉM PEDIU SUA OPINIÃO. - Gritou, sentindo as lágrimas aumentarem.

–Você fez isso pensando em você. Sabia o que meus pais fariam se soubessem e…

–E POR ISSO TINHA QUE ME MANDAR UMA MENSAGEM AMEAÇADORA?- Gritou já não se importando em controlar o tom de voz.

–E DEVIA TER ESCRITO MAIS. - Parou em frente à menina. - Eu juro Stefanie A. Jayer, minha vida vai ser um inferno a partir de agora. Mas a sua vai ser o demônio.

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–É sério, se esse cara não tivesse se matado, EU MATARIA.

–E eu te ajudava. Não acredito que caras bonitos pudessem ser capazes de fazer isso.

–Nossa! Grande feito que vocês fariam se matassem ele meninas, daí ambas passariam 20 anos na cadeia.

–Na verdade Luke, eu também ajudava. Ninguém faz a Stef sofrer e sai limpo da história.

O intervalo daquele dia se resumia nela. Stefanie Jayer. Sua mãe contou para todos os seus amigos o que acontecera, os quais ligaram para ela até ela atender e contar tudo o que acontecera. Stef ficara feliz pelos holofotes focarem nela uma vez.

Só uma vez.

–Gente, vocês são uns fofos. - falou com uma animação que não sabia que era dela.

Sim, ela estava feliz.

Sim, ela estava animada.

Monstro havia a deixado em paz um pouco, mas Stef sentira que não era o fim. Era apenas o início.

Mas ela estava disposta a lutar.

Por ela.

Por todos que disseram que a amavam.

Mas principalmente, por Harry.

“Voltei pra avisar que, se você sentir sentimentos, será todos forçados por mim. Qualquer coisa, qualquer coisa MESMO que você sentir, me agradeça depois”.

–Ah Stef, estamos sendo egoístas, como está? - perguntou Juliana, pegando sua mão. Hanna, Luke e Harry olharam para ela.

Hanna, Harry, Juliana e Luke querendo saber como ela, Stefanie Jayer estava.

Isso nunca acontecera com ela.

Nunca mesmo.

–Ah eu to… Meio apavorada, tenho que dormir de luz acesa e porta trancada, ás vezes com a TV ligada e, admito que em uma noite eu dormi com um urso, mas tirando isso tá tudo perfeito.

“Poxa Jayer, se quer mentir não coloque o ursinho Billy no meio, ele não tem culpa de você ser uma mentirosa patológica”.

Harry deu de ombros.

–Tirando o fato que você já dormia de luz acesa e TV ligada, tá tudo bem. E sempre imaginei que o ursinho Billy não era enfeite. - falou. Stef lançou-o um sorriso irônico e voltou a encarar a salada. Harry colocou a mão em seu ombro, o que fez a garota ter um arrepio interno, mas voltou a comer.

O intervalo passou normal, menos para Stef, já que seus amigos estavam dando atenção para ela. O monstro estava deixando tudo na vida dela em paz (na teoria), mas mesmo assim ela sentia que tinha algo a mais. Sabia que ele logo, logo chegaria para continuar seu trabalho e a impedir de ter compaixão alheia. Ela queria, porém, contar para Harry o que havia acontecido, mas o medo era mais forte do que tudo. Até por que, ela havia mandado matar uma pessoa e induzido outra a se matar.

Stef nem percebeu quando o sinal tocou, anunciando o fim da aula. Estava ocupada desenhando seu monstro, como ele deveria ser.

“Eu sou como você quiser docinho.”

Revirou os olhos. Bom de mais para ser verdade.

“Eu avisei, se você não quis me ouvir a culpa não é minha”.

‘O que você quer de novo monstro?’

Sentiu-se surpresa, mas percebeu que poderia falar com o monstro, mesmo em pensamento já que não seria normal falar sozinha em voz alta.

“Vencer. Apenas isso e nada mais.”

–Stef? - ouvi a voz de Luke a chamando. Ela levantou os olhos e percebeu que só seus amigos estavam na sala. Sorriu. - Meu Deus, VOCÊ desenhou isso?

O rosto de Stef corou. Será que eles achariam que ela estava ficando maluca?

“E eu repito, ficando?”.

–S-SIM, por quê?

Os olhos de Luke brilharam.

–Porque é perfeito talvez? Meu Deus, você é muito boa! - gritou. - Desde quando desenha bem?

Harry e Hanna se aproximaram.

–Uou. - notou Hanna- Impressionante.

–O que é? - perguntou Harry olhando o desenho mais de perto. O rosto de Stef ficou mais vermelho do que já estava.

Desde QUANDO ela desenhava bem?

–É… - coçou a cabeça. - Bem, é uma criatura mitológica assustadora… Que… Os antigos acreditavam que poderia…

“Não sabia que tinha esse poder de desenho, não é fofinha? Eu posso te fazer poder criar o mar.”.

Stef estranhou essas palavras, mas as ignorou.

Os três olharam confusos para ela.

–Um monstro. - guardou o material, fazendo seus amigos rirem pelo seu nervosismo imediato. - Harry, vamos logo? - falou nervosa. Harry riu de seu nervosismo e pegou-a pela mão.

–Vamos sim.

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–Por que estava tão nervosa quando vimos seu desenho? - perguntou Harry, parando em uma sinaleira.

–Ah, é um talento meu que eu queria deixar… Só pra mim. - respondeu envergonhada.

“Na verdade querido, é um talento que nem nossa querida Jayer pensava ter.”.

Harry fez beicinho e colocou a mão em sua coxa descoberta.

–Ow, que fofa. Não precisa ter vergonha, você desenha bem pra caralho.

Stefanie sorriu ao ouvir aquilo. E foi um sorriso verdadeiro, pela primeira vez em meses.

“Não pense que só por causa de um sorrisinho tudo vai acabar”.

–Vamos pra minha casa? - perguntou de uma forma fofa para Harry.

“Nossa, quem vê até acha que é meiga.”.

–Ah, seu quarto não é daqueles cheios de pôneis e arco-íris e florzinhas rosa ou pôsteres de famosos que não prestam? - perguntou debochado. Stef riu.

–Claro, e com fadas e pozinhos mágicos Harry. - respondeu no mesmo tom. - Ah, e muitos e muitos pôsteres de famosos da Teen Vogue.

Ambos riram e continuaram conversando, até o caminho da casa de Stef.

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–Nossa, que casa vazia! - notou ao entrar no quarto de Stef. A mesma lançou um sorriso malicioso.

–É meus pais trabalham e minha vó voltou pra casa dela quando o Jay foi embora. - falou dando de ombros.

Harry olhava para seu quarto, um tanto quanto surpreso.

–Simples, não?

Stef deu de ombros.

–Nada de pôneis ou fadas ou arco-íris? - notou. Ambos riram logo em seguida e sentaram-se no chão, um de frente para o outro. - Ah, e não sou fã de quase ninguém da Teen Vogue.

Ficaram em silêncio por um tempo, até Harry começar a falar de algum assunto. Stef ouvia atentamente até pensar em toda a sua vida.

E pela primeira vez, sentiu algo que nunca sentira na vida.

Sim, Stef o amava.

Por mais que quisesse negar.

Por mais que monstro quisesse fazê-la sentir ao contrário.

Ou não sentir nada.

“Sua bipolaridade não me fará desistir”.

Stefanie não conseguia viver sem ele, mesmo se quisesse. Doía nela pensar em viver sem ele.

Ela faria de tudo pra esse amor não morrer.

Faria o possível e o impossível.

Faria de tudo.

Desde que eles ficassem juntos.

Ambos se amavam.

E ambos não conseguiam viver um sem o outro.

Mas o mais importante…

Ela o amava.

“Força de vontade é tudo, mas duvido que você consiga.”.

–Stef… - falou olhando para ela. Antes de falar qualquer coisa, fez carinho em seu rosto. -Dane-se o que você vai responder depois, eu… Eu te amo. Muito. Como nunca amei ninguém na vida.

Stef sentiu os olhos lacrimejarem.

Colocou as mãos no rosto, mas infelizmente não sentiu nada.

Culpa ou remorso ou choro, nada.

“Opa.”.

Mas ela TINHA que falar.

Porra conhecia Harry desde que saiu do hospital. “Oi - essa - é - minha - filha - - três - meses - mais - nova - que - seu - filho - espero - que - eles - sejam - amigos”.

Ok, ela tinha feito as piores coisas que um ser humano poderia fazer.

Mas se ele realmente a amava como dizia?

Ele tinha que perdoá-la.

Ou ela nunca mais seria feliz novamente.

–Harry…

–Já sei, não podemos ficar juntos por algum motivo que você não quer me dizer. - falou em um tom de voz cansado. Stefanie riu.

–Posso continuar? - Harry assentiu. - Obrigada. Harry, essas foram às palavras mais lindas que eu já ouvi em toda a minha vida. Mas eu não sou a garota boazinha e meiga que você pensa que eu sou.

Harry riu.

–Meiga? Stef, sem ofensas, mas você não é meiga.

Stefanie revirou os olhos.

–Eu fiz muita coisa errada na vida Harry. E preciso saber se você está disposto a me perdoar.

O coração de Harry acelerou. Perdoar. O que será que Stef havia feito de tão mal? Neste momento, o coração de Harry parou. Ela não poderia ter feito o que ele pensava.

Mas e se? Ele seria capaz de perdoar?

–Eu te amo Harry. Muito. - falou. Um sorriso invadiu o rosto de Harry. Tocou a boca logo em seguida. Era daquela boca que aquelas palavras haviam saído?

“Essa realmente é difícil e extremamente bipolar… Mas duvido que essa consiga.”.

Revirou internamente os olhos com as palavras de monstro e continuou perdida em seus pensamentos.

Ela amava.

Ele a amava.

Eles se amavam.

E mesmo se Stef tivesse feito o que Harry pensava que ela havia feito, ele estava disposto a perdoá-la.

Ele a amava.

E estava disposto a perdoa-la.

–Stef, eu te amo. Muito. Não importa o que você fez. Se for pra isso dar certo, eu te perdoo até se você sei lá, tiver matado um panda.

Stefanie riu desse ultima parte. Harry sorriu.

–Antes de estarmos juntos como um casal, somos amigos. Melhores amigos. E eu vou te perdoar por qualquer coisa que você tiver feito.

Espera… Juntos como um casal?

–Até ter matado um panda?

Harry riu dessa última parte.

–Inclusive ter matado um panda.

Stef riu e Harry beijou sua testa.

–Ok, o que você fez?

Stef respirou fundo e fechou os olhos. Só iria abrir quando e se percebesse se Harry havia saído ou começado a gritar com ela ou até mesmo a bater.

Ela sabia que merecia.

E que estava arriscando tudo o que havia feito.

“A tempo de desistir Jayer… Invente que bateu seu carro, que bebeu demais e acabou desmaiando, que abortou ou que transou com alguém, a tempo de pular para trás. Não importa, você sabe que a verdade vai fazer seu melhor amigoficanteamorado te odiar, te denunciar para a polícia e você sabe muito bem que poderá ser presa. Você tem um futuro brilhante e…”

‘ME DEIXA PENSAR!’ Gritou internamente.

“Não entendeu que eu sou seus pensamentos? E que tudo que você sentir agora será uma criação minha?”.

Monstro estava certo.

Mas ela confiava em Harry.

Poderia ser um tiro no escuro, mas era o primeiro tijolo de sua muralha da China pessoal.

–Eu… - suspirou. A verdade era a única forma de ela começar a se libertar e mudar. Monstro estava errado. Ela mudaria se quisesse, e ela tinha força de vontade.

“Depois não chore perante o leite derramado, não sei como vocês humanos falam. Eu estarei aqui, rindo dele se ele te apoiar”.

– Eu mandei Jack Shermson matar a Daiane.


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Notas finais do capítulo

E então?