Quem sou eu? escrita por Secret Andy


Capítulo 18
Capítulo Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Ideias, ideias, muitas ideias :3



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No dia seguinte, acordei onze horas da manhã batendo a cabeça na porta de meu quarto.

Tive que fazer uma mala muito improvisada com apenas o que eu precisava, e minha mãe teve que colocar um curativo em minha testa, ela estava sangrando tanto que minha testa parecia uma cachoeira de sangue.

Meus pais fizeram questão de me levarem de carro até o local combinado onde pegaríamos o ônibus de turismo para ir á Brisbane.

Ao chegar lá, vi uma multidão espalhada pela calçada em frente á um prédio, o ônibus estava estacionado em frente á multidão. Meu pai levou minha mala até o "porta-malas" do ônibus. Dava para ver Evan e Shailenne conversando com outros adolescente, provavelmente os amigos de Shailenne.

Evan foi o primeiro á me ver.

– Oi - Murmurei.

– Oi - Evan falou - Você está bem?

– Estou, mas se você quiser falar com meus pais, vai lá - Avisei distraída - É a sua chance.

– Você não irá me apresentar á eles? - Ele perguntou.

– Não - Respondi, me afastei e me sentei em um banco um pouco afastado. Eu não estava com vontade de ouvir a conversa entre Evan e meus pais.

Duas garotas de provavelmente minha idade se sentaram ao meu lado, uma delas era loira com olhos castanhos claros, cabelos até o cotovelo encaracolados com uma franjinha reta. A outra tinha cabelos negros lisos até os ombros com uma franja lateral, seus olhos eram castanhos escuros. As duas garotas eram muito bonitas, meu recalque atingiu o máximo com as duas.

– Oi - Disseram as duas em coro.

– Oi... - Respondi confusa - Eu conheço vocês?

As duas riram, elas me deram medo.

– Somos umas das convidadas de Shailenne - Disse a loira - Você é a Amethyst, não é? A namorada de Evan?

– Nossa é assim que me conhecem? - Eu disse - " Sabe a Amethyst? " " Amethyst? " " A namorada do Evan " " Ah, sim, sim ". É assim mesmo?

A de cabelos negros riu.

– Não, se preocupe, não é assim... - Ela explicou - Mas, é difícil alguém conquistar o Evan. Sei lá, quanto treinamento foi preciso?

– Treinamento? Sério?

Não, aquilo não era possível. Aquelas garotas que eu nem sabia o nome estarem falando comigo sobre aquilo.

– Para conseguir fazer ele gostar de você, ué - Disse a loira.

– Queridinha - Comecei - Eu não estava tentando.

As duas ficaram de boca aberta.

– Olha - Falei, fascinada com as duas - Posso primeiro saber o nome de vocês duas?

As duas simplesmente do nada ficaram neutras. Estranho.

– Sou Kailane - Disse a de cabelos escuros, ela apontou com o olhar para a loira - E essa é a Giselle. Garota ametista, você tem sorte, hein?

" Garota ametista... Hein?! " pensei.

– Duvido que seja sorte - Duvidou Giselle - Você é muito bonita.

– É verdade - Disse Kailane.

Fiquei quieta por alguns segundos.

– Só que não - Eu disse.

– Só que sim - Retrucou Shailenne se aproximando.

Suspirei alto.

– Parem de falar isto para me fazerem sentir melhor - Eu disse - Eu sei que isso é coisa que amiga faz.

– Estou lisonjeada - Giselle comentou - Acabamos de nos conhecer e você já nos considera amigas.

Bufei. Não que eu não gostasse delas, eu não gostava da conversa.

Nós todas ficamos um tempo em silêncio.

– Olha, Amethyst - Kailane quebrou o silêncio entre nós todas - Eu prevejo um anel em seu dedo.

Fiquei em silêncio por um minuto. De novo. Loucas. Todas continuaram a conversa e eu tentei ignorá-las.

Pensei no que Evan diria sobre tudo aquilo.

– Na verdade, Amethyst - Começou Kailane - Não prevejo o anel, já posso senti-lo em seu dedo.

Suspirei alto mais uma vez.

– É, né se não fosse por... - Começou Giselle, ela se interrompeu com uma expressão meio triste. Fiquei curiosa mas, não perguntei.

– Ah, tanto faz, Giselle - Shailenne falou contrariando a fala de Giselle - Esse anel no dedo de Amethyst está previsto com certeza!

– Meu deus - Reclamei - Parem com isso.

– Com o quê? - Perguntou Giselle.

Revirei os olhos e olhei para o outro lado.

– Alguém está bravinha, hein? - Tinha que ser Shailenne para dizer isso.

Resmunguei uma palavra desconhecida.

Eu sinceramente queria dar um tiro em todas elas. Menos Giselle, ela estava mais quieta em relação aquilo.

Pensar em outra coisa parecia a melhor opção, o problema era mesmo que eu não tinha mais nada para pensar, além daquilo tudo. Eu continuava acompanhando a conversa das garotas ao meu lado, e aquilo me deixava com raiva.

Depois de um tempo chamaram todos para entrar no ônibus, e entrei sem me despedir de meus pais, me senti meio culpada por isso. Mas, esqueci rápido.

No ônibus, senti uma mão em meu ombro, virei a cabeça e lá estava Kailane.

– Garota ametista - Disse ela - Você senta comigo.

Não pude protestar, ela tinha o meu ombro. Eu já quase nem tinha a minha cabeça.

Acabamos pegando um dos últimos lugares no fim do ônibus, Kailane logo me perguntou quando finalmente sentamos.

– O que aconteceu com a sua testa?

– Bati com a cara na porta - Respondi um pouco emburrada com isso - Uma das coisas mais idiotas que eu já havia feito em toda a minha vida.

Kailane riu.

– Não foi a mais idiotas de todas? - Ela perguntou curiosa.

– Não, não infelizmente - Respondi, com tom doente.

Ela ficou em silêncio por um segundo.

– Você está bem?

Coloquei a mão na testa, para sentir a temperatura.

– Estou... É a minha testa que ainda está doendo - Expliquei - Não é nada demais, não.

– Tem certeza? - Fiquei feliz com a preocupação de Kailane comigo - Esse curativo parece precisar ser trocado.

– Não, sério. Tudo bem.

– Se você diz - Kailane deu um ponto final em nossa conversa.

O resto da viagem foi um silêncio entre mim e Kailane, consegui dormir alguns minutos, não que a viagem durasse horas, ela durava pouco, mas era só eu ficar parada por alguns instantes, quieta, que eu dormia. Era por causa disso que eu sempre dormia na aula, independente da matéria, desde que não fosse Educação Física, Artes ou Ciências, essas eu não podia dormir nem com muita audácia guardada em mim.

Depois de um tempo, o ônibus parou na frente de um hotel.


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Notas finais do capítulo

Um ano para escrever isso, não reclamem >:c
Tá, desculpem.
Próximo capítulo : Muy loko.