Refugiados escrita por Lara Campos


Capítulo 2
Capítulo 2 - Morfináceos


Notas iniciais do capítulo

Olá, galerinha. Está aí mais um capítulo, saindo do forninho e pronto para ser lido. Espero que gostem, que comentem e que deem sugestões, caso queiram.

Beijo, beijo e boa leitura!



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Os olhos de Katniss estavam tão calmos. Seu braço, largado sobre mim, parecia se render a um cansaço que durara dias. Eu, por outro lado, mal conseguia dormir. Ela estava ali, adormecida como um anjo, cabeça recostada em meu peito e sua mão direita envolvendo a mim num abraço terno. Suas bochechas rosadas apertavam minha pele devido ao peso de sua cabeça e, ali, onde ela adormecia, minhas sinapses pareciam em constante atividade.

Cada vez que sentia sua respiração quente tangenciar meu peito, um alívio tomava conta de mim. Por dentro, meus pensamentos inquietos ainda remetiam àquela cena em que eu havia saído de meu quarto para acalmá-la após um pesadelo, no trem para a Capital ou para os Distritos, ou mesmo em nossos aposentos antes dos Jogos. Snow e seus eficientes médicos-psicopatas haviam se assegurado de que essas lembranças, pinçadas de um extremo mais profundo de minha mente, viessem à tona a todo instante e se transformassem numa daquelas desculpas para que Katniss me enfraquecesse aos poucos, fazendo com que eu acreditasse que ela, de fato, precisava de mim.

E tal lembrança causava uma dor aguda em minha cabeça. Eu podia sentir, aos poucos, minhas têmporas vibrando, martelando no ritmo do meu coração e meus olhos forçados a se fechar para que eu não simplesmente me movesse bruscamente e retirasse dela o sono profundo em que se encontrava, recostada a mim. Consegui me controlar. Respiração ofegante, mas contida. Pupilas dilatadas e punhos cerrados. Eu sabia que amava Katniss. Eu tinha certeza de que ela estava ali porque também me amava, ao seu modo, e essa nossa primeira noite juntos de verdade era a prova de que mesmo refugiados de uma dor, poderíamos encontrar um no outro uma forma de arrancá-la de nosso peito devagar.

A noite caíra. As janelas um pouco abertas traziam consigo um vento ríspido, gelado e um céu arroxeado, tornando-se cada vez mais manso e sereno enquanto suas cores se transformavam. O laranja que eu adorava. A calma. Ali, na Aldeia dos Vitoriosos, poucos pássaros ainda sobrevoavam. Víamos de relance, por vezes, alguns tordos solitários, que logo eram espantados por urubus, os donos de um território ainda marcado pela devastação causada pela capital. Puxei o ar com um pouco mais de força e pude perceber Katniss se mexendo suavemente.

_É mais bonito ainda quando não estamos muito bem.

Katniss também olhava pela fresta na janela enquanto formava as primeiras palavras do nosso novo dia.

_Tudo parece mais bonito quando contrapõe o que estamos sentindo.

E isso era verdade. Até mesmo a cor quente acompanhando a frieza dos últimos dias escuros parecia contrapor nossos sentimentos, chamando-nos à vida, fazendo um convite ao pouco que nos restara de disposição para encarar um dia após o outro.

_A gente podia fazer algo diferente, hoje.

Katniss olhava para mim, desta vez, esboçando um leve entusiasmo meio surpreendente.

_Claro, mas… O que há de diferente hoje no nosso Distrito 12?

_A floresta.

Eu entendia que a floresta era o lugar de paz de Katniss. Talvez essa não seria uma atividade particularmente diferente para ela. Aquele entusiasmo se mostrava pelo fato de que ela queria me levar até lá. Por um momento me senti acuado, imaginando todas as vezes em que ela havia levado Gale. Era óbvio que lembranças atacariam em cheio, que talvez ela desistisse de me arrastar a certos pontos, talvez eles até tivessem um espaço só deles, um recanto dos dias felizes.

_Eu posso te ensinar a nadar.

Um sorriso escapou de meu rosto, de repente.

_Katniss, eu sei nadar.

_Sabe? Andou praticando na banheira da mansão?

_Pratiquei nos Jogos.

Por um instante nos calamos. Percebi as feições de Katniss franzindo e desconversei.

_Mas eu não recusaria algumas dicas novas.

Logo estávamos de pé. O relógio não marcava sequer 8:00 da manhã e Greasy Sae estava na cozinha, lavando algumas louças e o café da manhã estava posto à mesa.

_Bom dia, meus jovens.

Ela carregava um sorriso maternal em seus lábios e seus olhos também refletiam o que parecia ser um rastro de felicidade.

_Bom dia, Greasy Say - respondi com apreço e Katniss apenas sorriu timidamente para ela -.

Comemos rapidamente. Katniss havia guardado um pouco do pão com castanhas que eu havia preparado para ela no dia anterior e tomávamos uma xícara de chocolate quente, agora não mais tão raro em nosso distrito, uma vez que era Katniss, o rosto da revolução, a principal sobrevivente de Panem. Apesar de ainda considerada uma mentalmente desorientada por seu últimos atos.

Saímos rumo à cerca, agora um emaranhado de pedaços de madeira que afastava os predadores, e atravessamos rumo à floresta. Katniss foi me guiando aos poucos, puxando minha mão direita para que eu pudesse acompanhá-la, mas a viagem parecia mais longa do que eu esperava.

_Vamos chegar ao Distrito 13 e esse lago não vai aparecer.

Ela sorriu virando-se para mim. Eu podia sentir o julgamento em seus olhos, a tentativa de me dizer o quão frouxo eu estava sendo, mas ela apenas manteve seu rosto divertido ainda me puxando, sem dizer uma palavra. Chegamos ao lago, enfim, e Katniss soltou minha mão e retirou as botas.

_Vem. Ou você espera que eu te carregue?

Sorri sarcasticamente com um tom até divertido e acompanhei seu gesto, tirando também minhas botas. O dia havia esquentado. Era primavera, o Sol agraciava-nos com seu brilho forte e as flores em seus botões davam lugar a um arco-íris de pétalas.

Katniss, sem muito pudor, retirou sua blusa e estendeu sobre uma pedra grande no canto do lago. Fitei por um instante seu dorso, pálido como o gelo, e tive medo até de encostar, à medida que me aproximava mais dela.

_Você é…

Meus lábios se prenderam.

_Sou o que, Peeta? - ela sorria timidamente -.

_Você é linda.

Meio sem jeito, ela se virou para mim com os olhos ternos, pousou suas duas mãos em meus ombros e fechou os olhos. Aproximou-se e beijou minha boca.

_Vamos entrar.

Sem ao menos perceber, Katniss me agarrou e me jogou na água, ainda de roupa.

_Sua louca - sorri abertamente, dessa vez, numa felicidade que me parecia tão genuína que nem mais reconhecia aquele tipo de sentimento -.

_Sua lesma.

Retrucou ela, numa tentativa de me insultar pela demora em me locomover, pela demora em reagir e pela tolice em acreditar que ela não me pregaria uma peça a qualquer momento.

_Tira essa blusa. Não quero ter de cuidar da sua pneumonia mais tarde.

Retirei-a e joguei sobre a pedra em que Katniss deixara a sua. A água batia gelada em meu peito, apesar de o Sol nos queimar, e ela sequer parecia ter frio.

_Você não está tremendo, certo, Mellark?

_Um pouco - admiti como um fracote -.

Ela veio em minha direção abrindo os braços como uma mãe.

_Vem cá, meu bebêzão.

Aquilo era ridículo. Katniss me fazia parecer um frango em suas mãos. E eu o era. Por um instante meu sorriso se fechou, ao receber seu abraço jocoso e apertei minhas mãos ao redor de sua cintura. Com os olhos fechados, uma dor repentina martelava em minha cabeça e eu podia sentir um incômodo agudo na altura de minha testa.

_Peeta, está tudo bem? Peeta, fala comigo.

Katniss parecia desorientada ao me ver daquela forma, mas eu sequer podia distinguir as palavras em minha cabeça. Fechei ainda mais o aperto de meus dedos na lateral de seu corpo e eu tinha certeza de que aquilo não era mais tão natural.

_Peeta, por favor… diga alguma coisa. Peeta, você está me machucando…

E foi então, ao ouvir sua voz mostrando um claro tom de dor, que fui surpreendido por seus lábios tocando os meus. Katniss estava me beijando ao invés de se afastar ou me abater ali mesmo, sabendo com toda certeza do que ela era capaz. Suas mãos passaram a segurar meu rosto com força e sua boca deslizar com ferocidade sobre a minha.

A resposta de imediato fora uma liberação de um tipo de antídoto pronto em meu corpo, que se espalhou por cada centímetro de minha pele afagando minha dor e minha brutalidade ao tentar apertá-la. Katniss soltou meu rosto ao perceber que meus dedos não mais a prendiam e seu peito subia e descia, coberto até a metade pela água, enquanto seus olhos indicavam um desespero quase infantil.

_Eu pensei que ia te perder de novo. Eu jurei que ia ter perder de novo… de novo…

E ela continuava repetindo aquelas palavras com os olhos marejados ao me abraçar com todo o corpo, sem perceber que fora a responsável pela minha calma, pelo meu sossego.

_Graças a você - disse a ela, segurando seu rosto e pousando minha testa na sua.

Katniss não parecia entender muito bem. Talvez o lento não fosse eu, afinal de contas. Durante toda a noite ela permanecera em um completo torpor, como se seus movimentos estivessem sendo calados por uma dose cavalar de um morfináceo bem concentrado. E eu, agora, podia entender o porque daquela reação. Era como se esse antídoto que se espalhara em meu corpo rapidamente, a pouco, fosse causado por ela. Pelo seu toque. Seria clichê e até mesmo pouco real dizer que o amor curava nossas feridas. Não, nem isso ele podia fazer. E, ainda por cima, Katniss estava só começando a sentir algo por mim. Nada poderia ser tão forte quanto nossos traumas haviam sido. Só o que eu sabia era que alguma reação química homeostática provocava o equilíbrio em meu corpo a partir de seu toque. Algum líquido interno misterioso lubrificava minhas dores quando eu sentia seu beijo e quanto mais ela se aproximava, menos atormentado eu ficava.

_Eu te amo - Katniss tentava me confortar -.

_Você não precisa repetir isso como se fosse um bom dia - respondi um pouco ríspido demais -.

Ao perceber que seu rosto murchava, tentei reparar minha falta de delicadeza com um outro beijo. Mais daquela sensação boa se espalhava por mim e Katniss logo se aninhou ao meu corpo, prendendo-me pelas pernas. Seu peito subia e descia ainda mais rapidamente quando puxei-a para mim e ouvi um surpiro afagado pelo nosso beijo escapar de seus lábios.

_Eu não sei porque… - hesitou tentando respirar - mas quando você me toca tudo some.

Enfim, ela percebia. Fixei meus olhos nos seus profundamente e comecei a roçar minha boca na sua devagar, sem beijá-la. Sua respiração ficava cada vez mais forte enquanto eu provocava e seus olhos se amiudavam aos poucos. Deslizei uma de minhas mãos até o top que ela usava e passei-as por baixo deles, tomando seus seios para mim. Katniss não parecia saber como reagir, ainda, quando eu ousava tocá-la daquela maneira. Seus olhos apenas se fechavam, sua boca mantinha uma fresta minúscula entreaberta e suas mãos apertavam-me, onde quer que estivessem. Voltei a juntar minha boca à sua e a movimentar meus dedos suavemente massageando seus seios e ela interrompia nosso beijo a cada cinco segundos para puxar mais um pouco de ar.

Nem em meus sonhos mais completos eu conseguia sentir o quanto era maravilhoso ter Katniss daquela maneira. Seus cabelos negros molhados, seus olhos acinzentados perfurando os meus em uma entrega total, suas mãos suplicando por uma porta de saída de sua tensão, ao deixar marcas em minha pele. Aquilo era mais do que um sonho.

_Não dá mais pra gente ficar aqui… eu preciso de apoio, algo sólido...eu preciso…

Ela não conseguia muito bem conectar suas frases, suas palavras. Mas a necessidade que tinha, eu podia entender perfeitamente. Andei até a beira do lago levando Katniss presa a mim, com o peso de nossas calças molhadas acrescentado aos meus movimentos.

_Você quer voltar pra casa? - perguntei sem muito entusiasmo em esperar por tanto tempo -.

_Não, de jeito nenhum. Me solte.

Deixei-a no chão, nem nos preocupamos em pegar nossas camisetas e ela me arrastava para mais adentro, na floresta. Em menos de um minuto estávamos de frente a uma pequena construção, algo como um refúgio, que eu nem sequer sabia que existia.

_Como você…

_Isso aqui é meu - completou ela -.

Entramos no local. Uma casa de um cômodo só. Uma lareira a nossa frente, alguns pedaços de xícaras quebradas num dos cantos e dois lençóis meio maltrapilhos num dos outros. Katniss não fez questão de me apresentar o lugar, não se preocupou com explicações mais longas e nem com a bagunça. Apenas voltou a me beijar, agarrando-se ao meu pescoço, e segurei-a pela cintura, levantando seu corpo até que ele ficasse de novo preso ao meu. Eu simplesmente amava aquela posição. Aquele abraço que fazia com que eu pudesse surpreender Katniss com qualquer movimento.

Prensei-a contra a parede a a mantive ali, sem tocar os pés no chão, e segurando seu corpo com a compressão que aplicava contra ela. Sua boca ficava cada vez mais inquieta, suas mãos remexiam meus cabelos sem nenhum cuidado e eu podia sentir a excitação tomando conta de mim, à medida que o toque de nossas línguas se fazia mais urgente. Katniss arfava baixinho, apesar de não precisar manter aparências naquele meio do nada, e meu corpo ia e vinha ritimicamente, simulando, ainda em nossas roupas, uma investida.

Deixei que ela se soltasse de mim, ainda postada entre mim e a parede, e puxei seu top para cima, tirando-o. Katniss fez o mesmo com minhas calças, abaixando-se para puxá-las para baixo e logo em seguida, retirou as suas. Eu ainda tinha vergonha de me sentir tão vulnerável, tão pateticamente excitado à sua frente, pois quando fitava seu corpo nu, nada indicava que ela sentia tanto tesão quanto eu. Era idiotice, óbvio, pensar daquela maneira. Mas o mais idiota ainda era perceber que durante todos os meus anos dentro de casa, enfurnado com meus pais, sequer entendia de verdade como funcionava o corpo de uma mulher. E agora, que estava ali tentando conter o volume em minhas calças, sentia um desespero por não ter tido coragem de olhar para outras meninas. Por não ter desejado outra mulher e concretizado esse desejo antes de o dia de hoje.

_Peeta, você está pensando demais…

Katniss se mostrava impaciente, àquela altura, sabendo que podíamos muito bem passar daquele ponto num piscar de olhos, se eu ao menos tomasse a coragem. Foi então que decidi não mais me acovardar. Desci minha boca até seu pescoço, voltei ao seu rosto para mordiscar de leve seu queixo e me afastei. Puxei Katniss para mais perto de mim, separando-a da parede fria, e conduzi seu corpo até que ela se deitasse sobre os lençóis que estavam ali jogados. Continuei meu caminho, então, descendo minha boca, parando por alguns segundos em seu pescoço, distribuindo beijos de leve e recebendo em troca gemidos baixos e um procurar por ar cada vez mais urgente por parte dela. Postei-me entre suas pernas, movimentando meu corpo num vai-e-vem e sentindo uma resposta rápida de seu corpo ao também se movimentar contra mim, com a mesma frequência.

Katniss ficava ainda mais linda excitada. Passei de seu pescoço até seus seios, então, arrastando a ponta da língua, contornando-os alternadamente, enquanto seus gemidos ficavam mais altos e seu peito mais insurgente ao meu toque. Desci mais um pouco, distribuindo beijos por toda a extensão de sua barriga e quando finalmente cheguei ao seu sexo, parei.

_Peeta…

Ela já não aguentava mais ver meus olhos cheios de dúvidas. Eu ainda fazia parecer que não queria seu corpo tanto quanto seus olhos me queriam. Mas não era isso. Eu só desejava que fizesse tudo da maneira correta. Que ela sentisse tanto prazer quanto eu e também tinha medo de machucá-la. Isso era bem possível.

_Eu só não quero machucar você… - proferi meu medo em voz alta -.

Ela levantou seu corpo vindo em minha direção, beijou minha boca de leve e fechou os olhos.

_Nada me machuca mais - senti uma pontada no peito ao ouvir sua voz num pesar doloroso -.

Assenti, percebendo que mais uma vez trazíamos ao nosso refúgio da dor uma dose de luto e não pensei duas vezes ao retirar sua calcinha e encaixar meu rosto entre suas pernas, movimentando minha boca de acordo com a forma que sentia seu corpo reagir. Em poucos segundos, sua voz já preenchia o cômodo, não mais tímida, não mais tentando se esconder, e seus gemidos amplificavam minha vontade de me afundar cada vez mais ali, de prová-la até a última gota e de, enfim, ouvir meu nome ao fazê-lo.

Katniss começou a tremer aos poucos, suas pernas prendiam meu rosto de forma irregular e, repentinamente, seus dedos puxaram meu rosto para trás agarrados aos meus cabelos.

_Por favor… - dizia ela, e era só o que ela parecia saber repetir naqueles momentos -.

Seu olhar perdido, as ainda insistentes lágrimas em seu rosto e seus lábios intensamente avermelhados levaram meu rosto de volta à altura do seu, meu corpo a postar-se em seu encaixe e minha boca a beijar a sua várias vezes interruptamente. Respirei fundo, tentando decifrar o que seus olhos tentavam me dizer, apoiei meus cotovelos no chão, cada um de um lado do seu corpo e ajeitei meu quadril, entranhando-me em seu sexo e preenchendo-a aos poucos, à medida que suas unhas assinalavam que a dor de um novo movimento havia se dissipado, cravadas em minhas costas.

Katniss estava silenciosa. Um grito calado irrompido pelo pelo ar. Meus ouvidos captavam sua não-voz e reconheciam aquele sinal de alívio. Aquela demonstração de prazer. Meu corpo, também, inundado na vontade de preenchê-la, de ir e vir por o maior tempo que aguentasse, estava tomado por um êxtase quase pavoroso. Por um mar de calmaria que parecia regenerar os poucos neurônios que me sobraram. E quando, enfim, senti Katniss explodir de prazer apertando-me dentro dela, pude perceber que esse novo abraço se tornaria um vício.

Talvez uma salvação.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam desse capítulo? ^^



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