Soundless Voice escrita por YuiSama


Capítulo 1
Soundless Voice


Notas iniciais do capítulo

Há quanto tempo!!!!!!!!! ehehe
Eu voltei com mais uma one do meu OTP :3
É muito dramática a fic u.u Nem sei como eu consegui a escrever '-' mas em fim kkkk
Desculpem pelos erros, se encontrarem algum por favor avisem-me por mensagem privada para eu corrigir! Eu estive a ver e não encontrei nada, pode ter escapado muitas coisas aos meu olhos u.u kkk
Esta fic é baseada nesta musica, eu amei ela :D https://www.youtube.com/watch?v=zdD9aq4u2Nk
É para ler com ela u.u mas só se quiserem xD
Espero realmente que gostem ^^
Dei o meu melhor a escrever!



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O concerto está prestes a começar, eu estou sentado nesta cadeira fria, numa noite gelada e sem estrelas, numa noite onde a neve cai suavemente, como na noite que tu partis-te.

– A neve é tão branca e solitária, lembra-me tanto aquele dia... – sussurrei para mim com este pensamento que destruía me por dentro, logo em seguida tossia de forma absurda. Acho que estou constipado, mas nada de grave.

Normalmente fico sempre mais alegre quando é um dia de concerto, fico sempre contente ao ver os sorrisos dos meus fãs e da alegria que consigo transmitir para eles, mas em especial o teu sorriso que abrias para mim antes de eu subir ao palco. Desejavas-me boa sorte, mas e agora? Quem é que me vai dar esse sorriso? Quem é que vai segurar a minha mão para me dar confiança? Quem?... A resposta é, simplesmente, ninguém.

– Syo, porque me deixas-te sozinho? – perguntei para mim enquanto observava a neve a cair pela janela do meu camarim, em seguida tossi novamente, mas a tosse parecia que estava cada vez pior. Doía bastante a tossir, mas ir a um medico não vou, não depois disto tudo.

Faz duas semanas, só duas semanas que parecem ter demorado anos! Não, parecem seculos! Doí tanto acordar todas as manhas sem ter o calor do teu corpo ao meu lado. Doí tanto não sentir o teu cheiro na minha cama. Doí tanto não ter quem critique me por ser péssimo na cozinha, lembro-me quando dizias que irias morrer intoxicado com a minha comida... bons tempo. Realmente doí já não poder mexer nos teus cabelos louros, não ver os teus olhos azuis brilhantes, o teu sorriso alegre, os teus lábios rosados... simplesmente tudo.

Aqui estou eu, sozinho, sem ti, a espera que os meus colegas de banda chamarem-me para ir cantar. Sou uma simples casca do que já fui, estou vazio, nunca pensei que ficaria assim.

– Fazes-me tanta falta... – sussurrei novamente, senti uma simples lagrima cair na qual limpei rapidamente.

A voz já não saí como antes, as poucas palavras que falo são pequenos sus suros e perguntas que faço a ti, das quais sei que não vou ter resposta. Já não consigo falar com os outros, não consigo, simplesmente as palavras não saiam...

A minha voz está muda.

– Ai-Ai está na altura de tu ires cantar, os fãs esperam-te! – o Reiji entrou de repente, falava de maneira animada como sempre, desviei os meus olhos da janela e levantei-me indo em direção a porta passando por ela sem falar nada.

Passo a passo, vou em direção ao palco, a tosse apareceu novamente mas ainda mais seca, cada vez pior, via o Reiji a olhar para mim preocupado, mas nem dei tempo para ele falar alguma coisa pois fui logo em direção as escadas. Estou quase a subir as escadas por completo, até que olhei para trás com esperança que ele estivesse lá a olhar para mim com um sorriso com os polegares levantados a dizer “Dá o teu melhor! Tu consegues!” ... mas não estava lá ninguém, suspirei desanimado e subi ao palco totalmente.

O publico gritava e eu analisava tudo até ao minimo detalhe com os meus olhos vazios, a procura de o ver no publico, mas ele também não estava lá, suspirei e fui em direção ao piano. Sentei-me coloquei as mãos sobre ele.

– Está musica é dedicada a uma pessoa muito especial que acabei por perder a algum tempo... – sussurrei ao microfone deixando as pessoas mais atentas as minhas palavras. – Espero que ela ouça tudo o que tenho a dizer... com esta minha voz muda... – falei por final sem nunca revelar o nome do meu chibi que tanto amo e que partiu.

Voz Muda

Na noite em que todos os lugares,

Estão em um silencio mortal

A neve cai

em minha mão,eu seguro

a neve cai e derrete em um momento

que vida transitória.

A minha voz começou a suar de maneira diferente e as minhas mãos se moviam com mestria sobre o teclado. O cenário mudou, a neve começou a cair com mais força mas ao mesmo tempo suavemente, assim fazendo-me lembrar ainda mais daquela noite em que te perdi, pois a vida é transitória...

a neve é como uma pilha de luz

sem som

você a junta e sorri

como minha voz esta soando agora?´

mesmo se eu responder,você não consegue ouvir

nada mais.

Eu sentia a musica, cada palavras e cada sentimento dela, porque simplesmente era o que eu estava a sentir. Lembro-me daquele dia... tu tinhas o dia livre do trabalho e querias ir brincar na neve pois estava a um dia branco, lembro me do teu sorriso, lembro-me dos teus lábios e lembro-me dos teus olhos brilhantes de tanta alegria.

Me diga que você sente dor

Me diga se você esta solitária

eu vou te encontrar em qualquer lugar.

Queria saber isto tudo, queria tanto saber. Se estás a sentir dor manda-me um sinal que eu ajudo-te, se estás sozinho eu vou ter contigo agora mesmo, largo tudo se for preciso! Eu faço tudo por ti... Como naquele dia que fiz um boneco de nevo só para te ver sorrir, quando cancelei tudo o que tinha para esse dia para o passar contigo, quando quase dei a minha vida por ti... como me arrependo de não a ter dado.

por favor não me deixe sozinho

por favor,eu te imploro,não estamos

compartilhando uma só alma?

A minha voz continuava a cantar e os meus dedos se mexiam automaticamente pelo teclado, mas a minha mente estava naquele dia. Lembro-me que numa brincadeira te pedi para ficares comigo para sempre para nunca me deixares sozinho, apesar de ser uma brincadeira, eu realmente queria que fizesses isso... e tu tornaste essa brincadeira numa promessa. Então porque deixas-te-me sozinho?

enquanto a neve se empilha

você vai desaparecendo

eu não consigo fazer nada alem de te segurar firme

A neve caia cada vez mais naquele dia, mas tu só sorrias com isso apesar de estares a tremer de frio, com os lábios roxos e as mãos geladas, eu lembro-me de ter tentado te levar para casa novamente mas tu não querias. Acabamos por ter uma discussão nada agradável, até que tu quase cais-te na neve inconsciente, a tremer de frio, e a unica coisa que eu fiz foi impedir que caísses completamente naquela neve gelada. Fiquei tão preocupado que ainda sinto aquele sentimento terrível na garganta que se espalha pelo corpo todo.

se possível,só mais uma vez

me deixe ouvir sua voz

mais uma vez, só mais uma vez

chame meu nome...

As lagrimas começaram a cair de maneira devagar, o publico estava aos gritos, parecia que ouviam as minhas palavras mas ao mesmo tempo não... mas isso era de esperar, pois a minha voz está muda. Naquele dia, tu ficas-te inconsciente, pensava eu, mas tu não reagias a nada de nada. Eu gritei e implorei para acordares, mas os teus olhos mantinham-se fechados, pedi para falares o meu nome, pedi para falares qualquer coisa... Mas os teus lábios permaneceram fechados.

seus olhos vazios estão fora de foco

eu vejo uma gota neles

Eu levei-te ao hospital, no meu carro, naquele dia. A neve na qual brincávamos a pouco tempo tornou-se um grande obstaculo, mas nada me iria fazer parar, especialmente quando sussurras-te o meu nome com a mão no peito, deixando uma simples lagrima cair. Não eu simplesmente não poderia desistir naquele dia! Infelizmente, tudo já tinha sido previsto... nada poderia ser feito.

nesse mundo cinzento

tudo é sem emoção

exceto pela neve

O Tempo ficava cada vez mais cinzento, as nuvens o cobriam cada vez mais o céu, tudo parecia que perdia a cor, tudo perdia o seu brilho aos poucos, tudo perdia a cor exceto a neve que mantinha no seu tom branco... Mas isto era aos meu olhos, pois não tinha o teu sorriso para iluminar aquele local.

você esta ficante fria

sua voz se foi

nós nem podemos derreter ou ao outro como um só.

me escute,sorria para mim de novo

não tendo mais lagrimas

não posso te derreter

com elas...

Frio, neste palco no qual canto esta canção, as minhas lagrimas lavam-me a face, está frio, foi como tu ficas-te naquele dia. Cada vez mais gelado, já não falavas, já não me ouvias, já não sorrias, queria tanto puder te abraças naquele momento, mas eles não deixaram. Hoje pensava que já não pudia chorar mais, mas tu mostras-te que ainda tenho muito que derramar.

se possível

leve minha voz embora

e a de para a minha pessoa preciosa

se eu vou ser deixado

num mundo sem você

me deixe

desaparecer

com você

Quando me deram a noticia, naquele hospital, que tu já não estavas mais comigo, as palavras se foram junto com o meu coração. Eu disse que queria ficar eternamente ao teu lado, pensei em ir junto contigo naquele momentos, mas eles não deixaram novamente... Porque eu tenho de aguentar viver sem ti se eu não consigo?

eu te amo,mas

estou incapacitado de te dizer

nosso mundo

esta alcançando

o fim

Amo-te tanto, mas já não te o posso dizer. Lembro-me de ficar ao pé da tua campa durante vários dias e noites, sem sair de lá uma unica vez, realmente esses dias foram bastante gelados, mas fiquei lá, contigo perguntando “Porque não me contas-te antes? Poderíamos ter passado mais tempo juntos! Poderíamos ter arranjado uma solução juntos! Poderíamos... Poderíamos... Nós poderíamos ficar juntos. ” . Vi o mundo ficar em pedaços, naquele momento simplesmente soube que o meu mundo, o nosso mundo estava no fim.

por mais forte que eu grite

nem sua voz nem você irão voltar

a neve vira tempestade

eu te imploro por favor não pare de cair

e me leve para longe com ela

A neve continuava a cair durante o concerto, trazendo as lembranças daquele dia com mais força, fazendo com que me lembrasse da tempestade daquele dia, dos meus gritos, das minhas lagrimas... Mas a minha voz já não te alcançava, ela se tornou muda, não foi? Se estas a ouvir esta musica por favor manda um sinal, Por Favor!

deixe tudo desaparecer

com minha voz miserável,deixe tudo...

branco.

As minhas lagrimas escorriam pela face, as minhas mãos tremiam por cima das teclas do piano e o frio só aumentava. A musica terminou e fiquei a espera do sinal, esperei sentado naquele banco, mas nada veio, envolvi os meus braços no meu corpo e chorei bastante.

Ouvi as pessoas no publico a gritar de entusiasmo, ouvi aplausos, mas ao mesmo tempo não ouvia nada, parecia uma estatua congelada... Até que senti alguém a me abraçar por trás e um sussurro foi falado ao meu ouvido suavemente...

“A tua voz ainda alcança-me...”

Cai da cadeira na qual estava sentado na frente do piano, a minha tosse apareceu novamente só que desta vez não conseguia parar, parecia que tinha a garganta a arder. Deixei as minhas lagrimas cair livremente, enquanto o mundo escurecia, ouvia os gritos dos meus colegas de banda e dos fãs, mas agora já não dava mais.

– Ai aguenta! Mantem os olhos abertos! – O albino gritava enquanto tentava me securer, mas isso já não importa.

Eu finalmente soube a resposta, finalmente pode saber que ele me ouviu até aos últimos momentos, que ouviu os meus gritos de desespero, as minhas perguntas, que ouviu a minha musica, isso para mim era o mais importante... Aquele duvida era o que ainda me prendia a este mundo, e eu sabia que só neste mundo é que eu teria a resposta.

Ele ouviu, até mesmo, está minha voz muda.

O mundo começou a ficar cada vez mais escuro, senti os meus pulmões arderem com horrível dor neles, eles imploravam por ar, mas eu não conseguia lhes conceder isso, uma tosse apareceu e com ela veio junto sangue. Mais tosse e mais sangue, até que tudo ficou escuro.

Tudo estava destorcido no meio da escuridão, sabia que aquele era o final, e não me arrependia que fosse agora. Não sei muito bem o que aconteceu depois mas sei que as minhas ultimas palavras foram:

Eu te amo, Syo Kurusu.

Noutro lugar, depois de 1 semana...

A banda Quartet Night estava a recuperar da perda do seu colega de banda, mais conhecido como Ai Mikaze, ele era o irmãozinho mais novo para eles, estavam tão abalados que desmarcaram os seus compromissos para as próximas 5 semanas.

Estavam todos sentados numa sala onde era só iluminada pela pequena janela.

– Aquele azulado realmente faz falta. – o albino disse aquilo da boca para fora enquanto se ajeitava no sofá, tendo no seu rosto um sorriso amargo.

– Tens rasão, Ran-Ran... Sinto muito a falta do Ai-Ai-chan. – o Reiji falou amargamente enquanto acabava de fazer o lanche.

– Mas eu me pergunto se não foi assim melhor. – Argumentou o Camus seriamente enquanto analisava um papeis, Reiji ao ouvir aquilo deixou cair um copo no chão e o Ranmaru perplexo.

– Como podes dizer isso? Ele era nosso amigo! Era nosso irmão! Estivemos sempre juntos! Confiávamos tudo um nos outros, com um sorriso no rosto! Era tudo alegre, nos divertíamos sempre, nunca mas nunca nos traímos uns aos outros! Era mais que uma banda! Nós eramos uma família! Eu... – O Reiji gritava com o Camus desesperadamente enquanto as lagrimas começavam cair pelos olhos, quando estava prestes a atirar com uma jarra de flores no Camus o albino se levantou rapidamente o impedindo.

– Acalma-te Reiji! – Ele tirou a jarra das mãos dele e o abraçou, deixando ele deitar tudo cá para fora, pois todos ali tinham estado a ser fortes, porem todos temos os nossos momentos de fraqueza. – Mas pensando bem o que o Camus disse tem um fundo de rasão...- ele sussurrou baixo, mas o de olhos cinza ouviu, assim logo esse se afastou dele e ia para começar logo a gritar, no entanto foi interrompido mais uma vez. – Ouve primeiro! Depois fala... – O Ranmaru afirmou muito seriamente.

– Bem, como eu estava a dizer. – O Camus voltou a falar. – O Ai já não era o mesmo de antes, ele era simplesmente uma casca do que já fora. Ele ficou gravemente ferido psicologicamente depois da morte do Syo, mas o que o ferio mesmo foi que o Syo já tinha os dias contados mas não lhe falou nada. Eu acho que ele ficou a pensar que se ele tivesse lhe dito que poderiam arranjado uma solução, ou talvez ele tenha se sentido um inútil por não ter conseguido ter feito nada, no em tando pode ter sido as duas coisas. – O Camus falava bastante serio e frio, deixando o Reiji espantado não só pela atitude mas também pelas palavras dele, pois elas eram totalmente verdade.

– Mas... – Ele tentou dizer alguma coisa, mas já não tinha palavras. Sendo assim o Camus continuo a falar.

– Ele ficou vazio, sem motivos para continuar aqui, lembram quando o impedimos de ele cometer suicídio? Pois, ele disse que só queria ir ter com ele, que já não aguentava mais, ficou bem claro que realmente ele já não aguentava. Alem que sabem do que o Ai morreu? – O Camus perguntava seriamente enquanto nos mostrava, os papeis do Hospital mostrando o motivo da morte dele.

– Não pode ser?! – Falaram o Reiji e o Ranmaru ao mesmo tempo completamente espantados.

– Mas pelos vistos pode... – Camus afirmou. – Eu também me surpreendi, mas até tem lógica, ele estava bastante debilitado naquelas 3 semanas, não comia direito, não se protegia do frio, não tinha cuidado com sigo próprio, se não fossemos nós a mandar ele se ir lavar e comer duvido que ele iria o fazer. Então com as defesas tão em baixo ele ainda passava praticamente todos os dias ao pé da campa do chibi, e o tempo estava horrível naqueles dias, muita chuva, vento, neve, mas logo a seguir poderia estar calor que parecia verão.Ele como não se protegia disso acabou com ficar assim doente.

– Mas dai a ter pneumonia é demais não? – Perguntou o Ranmaru a olhar espantado ainda para os papeis.

– Na verdade, até que sim, muito poucas pessoas morrem disso, com medicamentos até que se resolve facilmente, mas como ele nem deve ter ligado para isso e continuou daquela maneira intensiva ele ficou com pneumonia. Como não tratou no momento e o tempo só ia piorando acabou por adoecer sem dar conta, achando provavelmente que seria um simples tosse. – O Camus terminou o seu raciocínio de maneira seria.

– Então era por causa disso que ele tinha aquela tosse horrível?! – perguntou do de olhos cinza admirado.

– Sim. – respondeu Camus.

– Eu bem que o avisei para ir ao medico, mas só de eu ter falado no Hospital ele se recusou completamente a entrar dentro de um ou até mesmo ver um medico a frente. - o albino pensou em voz alta.

– Provavelmente deve ter ficado traumatizado, perder uma pessoa num Hospital enquanto era um medico a tentar salvar a vida dele, não deve ser fácil. – falou Reiji para o ar com um sorriso amargo nos lábios enquanto uma lagrima solitária passava pelo rosto.

Ninguém se atrevia a falar nada, tinha sido um choque descobrir a causa da morte do Ai naquele preciso momento, mas era melhor ser naquele momento do que mais tarde, no ponto de visto o Camus. Ate que o Ranmaru olha com mais atenção para os papeis e se admira bastante.

– Mas de acordo estes dados ele provavelmente teria morrido pouco antes daquele dia! Então como? – perguntou completamente confuso.

– Quando uma pessoa tem ainda uma coisa a fazer, pode nos pregar muitas surpresas. – falou o Reiji com um sorriso doce nos lábios.

– É... – sussurrou o Camus desanimado, até poderia mesmo se dizer que triste, a primeira vez que ele se tinha mostrado triste até agora, afinal até aos mais durões a perda de um irmão magoua, e não é pouco.

Noutro lugar, muito longe...

Estava deitado num grande campo verde a sombra da unica arvore que existia naquele sitio, soprava uma brisa fresca, um sol brilhante e um céu perfeitamente azul sem nuvens.

Eu estava confortável e eu nunca mais queria acordar, até que senti uma mão tocar nos meus cabelos suavemente, uma mão que eu tanto reconhecia. Fui para tentar mexer a minha cabeça mas apercebi-me que estava sobre as pernas de uma pessoa, essas pernas pertenciam a pessoa que tinha aquela mão.

– Syo... – abri os meus olhos lentamente e encarei para cima e dei de caras com um par de olhos azuis carinhosos.

Eu levei a minha mão até ao rosto dessa pessoa para ter a certeza que era ele e que não estava a alucinar, quando toquei no rosto dele e o senti, não evitei um sorriso de felicidade, ele estava realmente ali! Eu fiz um carinho com a minha mão no sua face, vi ele a corar levemente e a inclinar a sua cabeça para a minha mão fechando os olhos como se tivesse a aproveita-lo ao máximo.

– Syo eu... – fui interrompido por ele com um dedo nos meus lábios, ele simplesmente balançou a cabeça como se disse para não falar, então mantive-me calado a aproveitar aquilo.

Mantivemos-nos em silêncio por bastante tempo só aproveitando aquele momento, havia momentos que eu queria falar mas ele não deixava, parecia que ele queria ser a primeira pessoa de nós a falar, porem não falou nada até agora.

– Desculpa Ai-chan... – ele finalmente falou estas duas simples palavras que me fizeram sentir mal.

– Não digas isso Syo. – disse agarrando a mão dele tirando a cabeça do seu colo o encarando seriamente. Reparei em pequenas lagrimas nos cantos dos seus olhos.

– Eu tive tantas saudades tuas. Eu estive sempre a te esperar aqui! Sempre! Eu ouvia cada palavra, cada grito, cada suplica, até mesmo a tua canção. Eu não te abandonei momento algum, estive sempre contigo! Só me deu mais força para te esperar, pois eu tinha de te ajudar de alguma forma! Eu consegui sempre ouvir a tua voz, até mesmo quando ela não saia. – o Syo me abraçou desesperadamente e começou a chorar enquanto falava contra o meu peito de maneira descontrolada.

Cada palavra que ele dizia uma lagrima escorria do meu rosto, os meus braços o apertaram contra bem num abraço bastante carinhoso e recheado de lagrimas.Então quer dizer que eu não fui um inútil para ele? Quer dizer que ele me ouviu não foi? Quer dizer... que ele nunca me abandonou?!

– Eu amo-te tanto Syo, tu nem sabes quanto. – eu sussurrei ao seu ouvido de forma arranjada e carinhosa.

– Eu também te amo Ai-chan! Mesmo muito! – falou bem alto de forma chorosa mas carinhosa.

– Bem, acho que está na hora de ir. – falou ele enquanto limpava e se desfazia daquele abraços. Ele avançou um passos e me estendeu a mão para mim.

– Sim, acho que sim. – Afirmei sorrindo. Peguei na mão dele e seguiu, para qualquer sitio para onde ele me levasse, pois...

Eu o amo.

Eu pensava que estava sozinho depois de ele partir, pensei que mais ninguém poderia me entender, pensei que mais ninguém poderia realmente ouvir os meus gritos as minhas suplicas ou até mesmo a minha voz, porem no final o Syo nunca me abandonou, ele nunca me deixou sozinho, e foi o único capaz de me ouvir e sentir os meus sentimentos. Ele foi o único capaz de ouvir a minha...

...Soundless Voice...


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Notas finais do capítulo

Aqui está! Espero que tenham gostado!!!!!!!!!!
Comentem por favor! Pode ser bom ou mau, mas por favor comentem!!!!!!!!!! kkkk
Já viram Haikyuu!! ?? Eu acabei de ver a pouco e sinceramente amei! Provavelmente a próxima one que farei sera desse anime :3
Para quem não viu recomendo u.u
Até a próxima! Bjs ;*



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