Hoje com certeza será um dia diferente, o Edward vai me levar ao colégio, e conseguirei finalmente mostrar ele para todo mundo, todos irão finalmente entender porque só tenho olhos para meu amor, não consigo imaginar meu mundo sem ele, nunca, jamais.

Estava feliz em saber que eu estava me arrumando para ele, então acabei que por usar algo diferente, como hoje não teria nada alem do convencional nas aulas, eu usaria uma mini saia, com um baby look na cor azul Royal, colocaria nos pés o meu all star de sempre, já que me recordei que ele sempre gostou de me ver simples, soltei meus cabelos, cacheados, que batiam na cintura, de meu corpo, realmente eu chamaria a atenção do meu querido amor.

Ele chegou com uma bicicleta e disse que era para eu subir, fiquei pensando como o faria de mini saia.

-Oi. Ele disse.

-Oi.

Beijamos-nos.

Do outro lado da rua apareceu um rapaz, que eu sinceramente não conhecia, mas claro como morava na casa de frente deveria se tratar de meu vizinho.

Edward o encarou, eu não entendi até olhar para o rapaz, o mesmo estava saindo com uma moto, deveria ter em torno de 18 ou 19 anos me acredito, um cabelo castanho claro quase puxando para dourado, pele clara, com o cabelo meio jogado para traz parecia um topete, mas tinha mais estilo, muito bem apanhado, do tipo galã de novela, com um jeans bem agarrado ao corpo definindo bastante suas pernas, uma camiseta, que definia bem seu peitoral e abdômen que eu julgava tratar-se do popular tanquinho, ele olhou diretamente em meus olhos a ponto de eu enrubescer, e então baixei a cabeça.

Então ele me puxou de uma maneira que considerei grosseira, mas não respondi apenas o olhei, dentro de seus olhos tive a impressão que dilataram, e ele encolhia os lábios, o deixando rígido quando finalmente falou comigo.

-Porque você olhou para ele?

-Eu não olhei, apenas acompanhei seu olhar.

-Você o achou bonito?

-Nossa! Que pergunta. Não eu nem mesmo gosto de homens bombados.

-Então você o olhou porque notou se porte físico.

-Claro que não. Para com isso Edward, se eu quisesse outra pessoa teria arrumado em Phoenix e não aqui concorda?

-Posso confiar em você?

-Claro!

-Ok. Vamos.

Ele me fez sentar no ferro que tem entre o banco e o guidão da bicicleta dele, e corria, não sei de onde saia tanta força, me levou ao colégio sem me dar uma palavra.

Quando chegamos à frente da escola que estava bastante cheia de alunos, ele me ajudou a descer me encostou-se ao muro, e me beijou de maneira que parecia que iria arrancar os lábios eu só escutava os sussurros dos outros alunos, e me perguntava mentalmente se ele não estava com vergonha daquilo, mas acho que não estava. Então finalmente me soltou.

-Eu volto. Espere-me.

-Tudo bem. Eu espero.

-Não quero que você olhe para ninguém que não seja eu.

-Ok. Mas eu não olhei para aquele cara.

-Eu confio em você. E não quero mais falar disso tudo bem?

-Esta bem.

Ele se foi fiquei olhando até ele virar a esquina. De repente o Eric veio ate mim, para conversarmos de nosso trabalho escolar, me passando algumas informações e as novidades.

-Então Bella, tenho algumas novidades para lhe dizer, nosso grupo como saiu a minha irmã Jess, então teríamos que colocar mais alguém, e nossa professora de literatura me sugeriu a Ângela, porque a mesma esta sozinha, pois estava afastada da escola na ultima semana.

-Mas, a Ângela é aquela garota que me odeia não é?

Ele sem graça me respondeu.

-É sim ela te detesta, mas não teve como recusar, é a professora que mais gostamos então...

Eu já estava atordoada com o que tinha acontecido comigo na ultima hora, então simplesmente acenei para ele, e balancei a cabeça, com um sinal de tudo bem.

Entramos na sala era a aula de literatura no primeiro horário, e a tal Ângela sentou-se conosco, fiquei em crise, mas me controlei.

Olhei para a Jess, e ela estava em outro grupo fiquei entristecida porque se não fosse minha sinceridade nada disso teria ocorrido, e estaríamos todos muito bem e felizes agora.

Então antes de falarmos do trabalho, começamos a conversar de coisas paralelas, e a Ângela quase não falava e claro eu não me atreveria, a falar com ela.

Então o Eric iniciou um dialogo entre nós, para tentar tirar a tensão.

-Então Ângela, você esta bem agora?

-Sim Eric muito bem obrigada não precisa de sua preocupação. E sorriu, pensei que poderia ser um sorriso amistoso entre eles, de cumplicidade.

Então Eric voltou-se para mim.

-E ai Bella o que foi aquela hostilidade lá fora do Edward com você?

-Não sei ele ficou nervoso porque um rapaz que mora em frente de casa olhou para nos dois, e disse que eu olhei para o rapaz.

-O Jacob? Ângela perguntou?

-Quem? Eu respondi.

-O Jake. É um dos meninos mais adorado, e desejado pelas meninas da cidade Bella. Disse o Eric.

-Ta. E daí? Eu não quero ele para mim, e nem justifica toda a hostilidade do Edward.

Dessa vez Ângela respondeu.

-Justifica sim, se ele te olhou esta interessado, já que ele não olha para ninguém na cidade. Nem mesmo para a menina que morava na sua casa antes de você. E me olhou com ar de rancor.

-Eu sinceramente não ligo para o que ele pensa Ângela, tenho meu namorado e o amo demais.

-Todas dizem isso.

Desisti de discutir.

-Vamos mudar de assunto pode ser? Eu pedi.

Ambos concordaram e voltamos às aulas.

Quando fui saindo da escola, Ângela veio correndo atrás de mim, gritando.

-BELLA! BELLA!

-Oi Ângela pode falar. Respondi de ma vontade, já contava com as grosserias dela.

-Desculpa. Não queria falar daquela maneira. Mas entenda. Não sabia que você era assim super de boa, pensei que era uma metida que veio de Phoenix, roubar meu lugar.

-Aff, por favor, lugar de que? Nem queria morar aqui, meus pais que me obrigaram.

-Mesmo assim pensei que você fosse uma ameaça, então quero uma trégua. Amigas? Quero te conhecer melhor pode ser? Estendeu a mão para mim.

-Ok. Amigas. Respondi com um sorriso no rosto já que a única amiga que eu tinha perdi.

Ele estava ali, me esperando na sua bicicleta, estava sorrindo para mim, quando me aproximei me deu um beijo todo apaixonado, e me entregou um bombom, mesmo eu não gostando de chocolate, pensei ser um ato romântico dele, e então aceitei de bom grado.

-Abra. Ele me pediu.

-Sim. Abri o papel.

Nele estava escrito a seguinte frase: - Você é minha vida, não vou te perder, e aconteça o que acontecer te amarei para todo o sempre, ou até quando vivermos. Eu suspirei, achei lindo o que estava escrito ali, ele escreveu de próprio punho com uma caneta esferográfica preta.

-O que achou?

-Lindo. Perfeito.

-Escrevi com todo meu amor.

-Obrigada. O beijei apaixonada.

Saímos e fomos direto para o estábulo, me lembrei dele daquele ano de 1994, quando ficamos sozinhos a primeira vez, então ele deixou a bicicleta de fora da cerca e me chamou para entrar na casinha. Ficamos sozinhos em torno de 2 horas, ate dar o horário de ele ter que ir para a escola, e ficamos trocando juras de amor, trocamos beijos, mas ele não fez nada para me deixar sem ar de novo dessa vez apenas ficamos ali, um acariciando o rosto do outro, ficamos nos olhando e imaginando como seria nosso futuro juntos.

Levou-me para casa e logo voltou apenas para um beijo e saiu correndo porque disse que estava atrasado para sua primeira aula, que era de inglês.

Era próximo das 23h45m quando fui me deitar, já estava com sono e o dia tinha sido muito cansativo, estava um calor terrível, não resisti e abri a janela, o céu estava estrelado parecia que sorria para mim a lua nova, que estava linda naquela noite, um ventinho entrou em meu quarto, quando dei por mim, vi um vulto e perguntei quem estava ali.

-Sou eu seu príncipe.

Eu sorri. Respondi com um sussurro.

-Você esta louco, ou bêbado?

-Os dois louco de amor, e embriagado de desejo.

-Como você pulou o portão, ele tem lanças.

-Quando quero algo viro um macaco. Sorriu.

-Nossa pula aqui dentro, vou trancar a porta.

Fui ate minha porta e a tranquei. Fechei a janela com todo aquele calor, mas queria ele ali comigo e ninguém poderia ver, já que minha janela dava para a rua.

-Estava com saudades e não conseguiria dormir, se não a visse.

-Estou com saudades, mas minha sanidade não permitiu pular janela. Sorri baixo para meus pais não ouvirem.

-Vem quero ficar perto de você bem juntinho e saber como é deitar com você em uma cama para quando nos casarmos.

Eu sorri com aquela sugestão, fiquei com vergonha, mas aceitei.

Ficamos ali mais uma vez trocando juras de amor, ate o galo cantar que foi quando ele pulou a janela e saiu de casa.