Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 27
Os herdeiros - Parte final


Notas iniciais do capítulo

Comooooo é boooom escrever no computador e não no laptop! Bom, vamos lá. Como vocês estão gente? Eu estou na maior alegria do mundo. Alguém sabe o que tem quinta? Alguém sabe? O SHOW DO ED SHEERAN! To viajando para o Rio, alguma leitora é daí? Bom, para completar minha felicidae, a fic foi recomendada de novo! Mr Mayu, você me surpreendeu. Ela não é uma leitora que tinha se manifestado e então... buuum, recomendou a fic! Posso morrer de alegria agora? Não, por que tem mais! Obrigada a Trash por favoritar a fic, isso é muito importante! Okok, acho que agora já chega né? hahahah mas então... show do Ed... minha quinta recomendação... ai que emoção mais emocionante! AOS LEITORES NOVOS SEJAM BEM VINDOS, SEJAM SEMPRE ATIVOS. Gente, hoje eu estou um mucado tagarela. Acho que muitas de vocês vão querer me matar ao final do capitulo, por isso o ursinho já está pronto e o quarto do panico está sendo reabastecido. Em fim, espero que não me matem e que gostem. E me compreendam ~carinha inocente.
XOXO
— Detoni



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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." - Clarice Lispector.

— Existem três opções para a peça de teatro: Romeu e Julieta como era previsto no inicio do ano; as Brumas do rei Arthur que era o combinado ou a nova sugestão: chapeuzinho vermelho. - a professora de teatro de diz. Qual o nome dela mesmo? Acho que é alguma coisa com M. Em fim... Como assim?

— Professora! - Rosa diz se levantando de sua cadeira e encarando a professora furiosa. - você está brincando, certo? Quantas vezes mais você pretende mudar esse tema? - Rosa pergunta. Alexy puxa ela para baixo.

Ajeito meu braço melhor para que o fone encaixe no meu ouvido e volto a dar play na musica. Em geral eu presto atenção nas aulas, mas essa aula está perdida. Agora será uma aula entre a professora, a Rosa e o Alexy. Tiro meu tênis e apoio a cabeça contra a parede e só me detenho na hora de fazer perna de índio por que estou com a saia desse bendito uniforme. Viu por que eu prefiro pijama?

Amanhã os herdeiros que vieram do mundo inteiro estão indo embora. Na realidade, muitos deles já fora, como o Walter, a Hye Mi, o Shi Zhu com a Xian Qi e alguns outros que foram de madrugada. Porém, amanhã a Maud, Shi Yoo e os japoneses vão embora. Sentirei falta de jogar pôquer com alguém.

— Teresa Chase! - escuto alguém berrar e encaro a diretora.

— Sim. - digo de forma distraída desapoiando da parede.

— Perfeito, temos nossa protagonista. - a professora disse. Espera, o que?

— O que? - pergunto.

— A pedido do Castiel Sworis, você será a protagonista, independente da peça. - ela disse.

— Não serei. - digo.

— Acho que já é tarde para isso. Agora você já pode voltar a escutar sua música enquanto nós discutimos diversas formas de como te constranger. - essa professora ganhou meu ódio e meu respeito.

— Professora, a senhora sabe quando ocorrerá a divisão dos times da F4? - uma garota pergunta.

— Hoje, na parte da tarde. Haverá uma orientação e todos do ensino médio devem comparecer. Por isso não quero engraçadinhos faltando. - ela diz e por algum motivo me encara. Esse professora está apaixonada comigo, só pode. Como alguém consegue me olhar tanto em uma aula?

—_________*****__________

Na hora do almoço saio da sala de aula satisfeita com o coque frouxo que eu consegui fazer. Mas também saio pensando em coisas felizes como: em quanto tempo eu consigo matar o Castiel com uma faca de manteiga já que eles me proibiram de usar a afiada?

— Tessa! - Kentin berra no meu ouvido e quando ele apóia no meu ombro, meu lindo coque se desfaz. Novo pensamento: em quanto tempo eu mato o Kentin e o Castiel com uma faca de manteiga já que eles me proibiram de usar uma faca afiada?

— Quer morrer? - pergunto. - eu passei um horário para fazer aquele coque. - digo com raiva. Ele sorri e bagunça meu cabelo mais ainda.

— Eu preciso de fazer uma pergunta muito séria. - ele diz enquanto nos sentamos na mesa principal do refeitório onde o resto da F4 já estava vindo na nossa direção.

— Pergunte. - digo. Lysandre sorri enquanto se aproxima de nós e se senta ao meu lado. Sorrio para ele apoiando minhas pernas em sua coxa e ele gira os olhos.

— Se nós quatro fossemos seqüestrados e estivéssemos amarrados em um cômodo com uma bomba prestes a explodir e você tivesse exatos um minuto e meio para nos salvar, quem você desamarraria primeiro? - ele pergunta. Claro, até por que eu saio perguntando isso para as pessoas.

Me apoio contra a cadeira. Pergunta interessante, preciso pensar. Eu estou com o Lysandre, mas por mais que eu queira negar, sentimentos assim podem ser passageiros. O Castiel... bom, ele é um ótimo amigo e é verdade que eu fui má com ele. Armin... ele me deu meu primeiro beijo e é o amor da minha vida. Por fim, Kentin... um amigo para todas as horas. É isso, essa pergunta não quer que eu examine os lados emocionais. Lysandre é ágil já que é músico, mas é desatento demais na hora de desfazer nós. Castiel é impaciente demais. Armin é só um gamer sedentário.

— Você. - digo apontando para o Kentin.

— Viram? Ela entendeu a pergunta. Por favor, deixem ela vir para o meu time. - ele pede.

— E se eu morresse? - Lysandre pergunta. Eu ficaria arrasada, isso é óbvio. Faço um sorriso sarcástico para o Lysandre.

— Eu atrairia muita atenção em meu vestido preto de luto. - digo. Lysandre não consegue evitar rir, assim como todos na mesa. Passo o olhar pelo refeitório e encaro a mesa onde Rosa está sentada com Lexi, Alexy e Ana Clara. Em geral eu não sentava na mesa principal por que chamava muita atenção. Ninguém podia sentar aqui além da F4. E eu, obviamente, mas eu sou o centro do universo então que seja.

— Ah, o jantar hoje vai ser na minha casa. - Castiel diz.

— Por que? - pergunto.

— Por que o Lysandre está quase morrendo com tantas companhias na casa dele. - Armin diz e nós rimos. Lysandre passa a mão no meu cabelo e fico com a cabeça parada com medo que ele ache que qualquer movimento meu é uma rejeição.

— Eu até que estou gostando . - ele diz distraído. O sinal tocou e eles se encararam.

— Prontos para brincar com a escola? - Castiel pergunta.

— Eu não posso ficar de fora desses jogos não? - pergunto. Os quatro me encaram e começam a rir. Que lindo. Amo quando riem da minha cara.

— Lamento, mas você é nossa maior diversão. - Kentin diz.

Não adianta. A gente pode virar MAPS (melhores amigos para sempre), compartilharmos sutiãs e essas coisas... eles sempre vão continuar arrogantes. Se bem que eu gosto um pouquinho disso.

—_________*****__________

— Que alegria e oportuno ver todo o ensino médio reunido aqui! - a diretora disse se colocando no centro do grande salão onde havia um grande palco. Eu gosto da estrutura do grande salão. É um circulo enorme cercado por arquibancadas e no chão, um palco enorme que é isolado por um lago. Eu não sei por que eles chamam aqui de grande salão. Isso não é um salão. Mas deixa o povo. A diretora passa os olhos através das arquibancadas e seus olhos se encontram com os meus. Faço um joinha para ela e ela desvia o olhar rapidamente. Aposto que sou sua aluna favorita. - mas vocês não estão aqui para me ver. Por favor, senhor Sworis. A palavra é sua.

— Muito obrigada diretora. - Castiel diz se colocando de pé. - muitos de vocês não devem estar acostumados com os jogos da F4. Para esses calouros em minha instituição, gostaria que me escutassem com atenção. - ele diz naturalmente. Ele sorri sarcástico antes de continuar, o que me faz girar os olhos. - os jogos anuais são uma competição da qual nós dividimos vocês do ensino médio em quatro grupos, cada qual será liderado por um membro da F4.

"Esses jogos são uma tradição em nossa que se iniciou quando estávamos no primeiro ano. E agora que estamos nos terceiro, não poderemos garantir que continuaremos com ela durante a faculdade. O campeão do ano passado foi Kentin Ruiz. Para dividirmos os times, nós temos anotados aqui o nome de cada um de vocês e a cada momento um de nós sorteará um nome. Assim que seu nome for chamado você deve se dirigir a uma das saídas do grande salão sendo elas os números que falarei agora: Saída 1 - eu, Castiel Sworis. Saída 2 - Lysandre Parker. Saída 3 - Armin Prior. Saída 4 - Kentin Ruiz.

"Por favor, se algum de vocês me perguntar os números novamente, tomarei a liberdade de fingir que vocês não existem. Os jogos são divididos em todas as áreas com o objetivo de testar todas as habilidades. Desde o concurso de dança, jogo de paintball até a maneira de se vestir e esportes. Cada líder escolhe um sub líder, o qual será a principal passagem entre vocês e nós. No lado de fora de cada saída haverá um monitor esperando para que possamos todos nos conhecermos ainda hoje.

"A peça de teatro organizada pelo segundo ano, da qual o tema ainda não foi definido, será a abertura dos jogos para daqui a um mês. Nesse tempo, nós, líderes, treinaremos vocês para se tornarem os mais capazes possíveis. O tempo de uma prova para outra varia de atividade para atividade. Acho que assim encerro as explicações. Qualquer dúvida, por favor comuniquem aos sub líderes a serem designados. Agora peço aos meus companheiros que se levantem para que comecemos a fazer a divisão dos times. Alerto de uma vez que não é permitido trocas. Eu não dou a mínima para a amizade de vocês."

Assim que Castiel termina de falar o grande salão inteiro irrompe em aplausos e ele sorri. O F4 se levanta. Pela primeira vez consegui entender o porque deles serem tão adorados. Por mais que eles esnobassem as pessoas, eles ainda precisam fazer essas coisas para manter a imagem. Eles são os herdeiros.

— Como eu ganhei os jogos ano passado eu começarei o sorteio esse ano. - Kentin diz. Dois homens aparecem pela saída 1 com uma cápsula cheia de papeis e o grande salão inteiro fica em silencio enquanto eles colocam a cápsula no centro do palco e se retiram. Kentin da um passo para frente e pega um papel dentro da cápsula. - Samuel Jones. - ele diz. Um garoto magricelo do terceiro ano se levanta e ajeita os óculos antes de caminhar para saída 4.

— Melissa Mendes. - Lysandre diz em voz alta. Uma garota alta e bronzeada do primeiro ano se levanta do lado oposto ao meu do grande salão e sai pela saída 2.

— Ambre Percival . - Armin diz. Pobre Armin. Ele surpreendentemente mantém a expressão séria enquanto a garota se dirige para saída 3.

— Iane Louise. - Castiel diz. Uma garota morena de cabelos castanhos se levanta do meu lado, me fazendo dar um pulo. Assim, os primeiros sorteados caminham para seus portões.

Eu parei de prestar atenção. Nunca pensei que fossem ter tantos alunos no ensino médio da Sworis. Eu só voltava a prestar atenção quando escutava algum nome conhecido como Nathaniel que foi para o Kentin, Ana Clara e Alexy foram para o Lysandre, Lexi foi para o Armin e Rosa para o Castiel. O grande salão agora estava quase vazio e diversas vezes os membros do F4 me lançavam olhares na esperança de eu acabar caindo na equipe deles.

— Teresa Chase. - finalmente meu nome foi chamado. Castiel sorri para mim vitorioso enquanto joga o papel no chão, na pilha de nomes que ele havia sorteado. Um olhar decepcionado passa pelo rosto de Lysandre, mas me levanto rapidamente e caminho em direção ao portão de numero 1.

—_________*****__________

Eu estava prestes a entrar na casa de Castiel quando meu celular toca e eu desvio o caminho para o jardim. O visor mostra " Hórus mor possuído". Joseph Shane.

— Alô? - digo ao telefone.

— Teresa, eu estive pensando no que você disse sobre um encontro. Tem um lugar que o Lysandre gostava de ir quando ele era pequeno. Você acha que tem como você levá-lo? - Joseph pergunta. Suspiro.

— Apenas me passe o endereço por mensagem e eu o levarei. Joseph... - digo.

— Eu sei, você está confiando em mim. Obrigada. - ele diz e desliga. Seguro o telefone alguns segundos ainda enquanto o aperto com força tentando aliviar minha raiva.

— Tessa? - escuto alguém me chamar e me viro para Armin que está com um copo de wisky na porta da mansão. - está tudo bem?

— Sim. Já vou entrar. - digo e guardando o celular na bolsa e indo em direção à Armin.

—_________*****__________

— Teresa, você não se sente nem um pouquinho excitada ao ver o Lysandre de terno desse jeito? - Maud pergunta. Ué, mas o Lysandre não está sempre de terno?

— Ele sempre está de terno. - digo bebendo um pouco do meu vinho. Rosa ri.

— O que a Maud está dizendo é que você deveria tentar vê-lo com outros olhos. Tipo um olhar sexual. - a platinada diz. Viu? O mundo voltou a girar em torno do sexo. Talvez eu deva apenas perder a minha virgindade de uma vez e entrar para o maravilhoso (ou não) mundo pervertido.

— Tessa, então você é do meu time. - Castiel diz me fazendo dar um pulo. Ele não parece ter escutado nossa conversa, o que me da milhões de razões para agradecer a um ser místico.

— Eu também. - Rosa disse.

— Ah, sim, Rosalya. Isso me lembra. Você será a minha sub capitã. - Castiel diz. Espera, a Rosa? Eu poderia apostar tudo  que eu seria a sub capitã, não ela. Mas em fim, melhor assim. Mais tempo para fazer nada.

— Eu? - Rosa perguntou.

— Exatamente. Ah, Maud, você e o Shi Woo vão juntos para o aeroporto amanhã, certo? Me avise o horário para eu deixar o motorista pronto. - ele disse e se levantou.

— Claro. É realmente uma pena que sua irmã não esteve aqui, eu estava precisando conversar com ela. - Maud disse. Castiel acena de longe.

— Falarei para ela te visitar na Inglaterra. - ele diz e volta para a mesa onde os homens estavam. Sério, parece aquela divisão do grupo do bolinha e da luluzinha.

— Onde nós estavamos antes do tomate interromper? Ah, sim. Tessa você devia seduzir o Lysandre. - Rosa diz.

— Por que eu deveria? - digo mantendo a calma.

— Para fazer o seu namorado feliz. - Lexi diz encarando a mesa principal. Sigo o olhar dela e nessa mesma hora o Armin nos encara com seu costumeiro sorriso. Aceno para ele e ele acena com a cabeça.

— Me pergunto se você está falando comigo ou você mesma. - digo. - como eu seduzo alguém?

— Desde que eu te conheci espero que você faça essa pergunta. - Rosa diz com um orgulho contido. Giro os olhos. Que gente exagerada.

— Você precisa dar liberdades que você nunca tinha dado antes. - Maud diz. - pelo jeito como o Lysandre é tímido... guie a mão dele.

— Para seus seios, para tirar suas roupas.... -Rosa continua falando. Eu detesto esse tipo de conversa. É tão constrangedor... me levanto de uma vez. - o que foi? Exagerei?

— Não. Eu acho que vou aproveitar minha última noite de pôquer com meus amigos japoneses. -digo.

— Chama o Shi Woo para mim? Esse assunto me deixou intrigada. - Maud diz. Giro os olhos e vou para a mesa onde estão os homens.

—_________*****__________

Quando acordo, eu não estou no internato e não é claro ainda. Olho envolta para o familiar quarto no qual passei um mês. Estou na casa de Lysandre.

Cambaleio até a janela por causa do sono e checo às horas no meu celular: 3h0. Certo. Eu apaguei. Eu bebi tanto assim? Eu lembro que era jogar carta, beber, beber, jogar de novo, apostar, ganhar, perder, rir da pôquer face do povo e beijar o Lysandre e por fim, beber de novo.

Saio para fora do quarto e vejo Morf brincando com o bichinho de morder que o Lysandre comprou para ele. Me sento ao lado dele e Morf começa a lamber minha mão até que começo a fazer carinho em sua cabeça.

Eu estou na casa do meu namorado. Nós estamos sozinhos. E não está acontecendo nada romântico. Ah, droga, isso nunca me incomodou. Isso é tudo culpa daquelas duas mentes pervertidas, vulgo Rosa e Maud. Olha só o que elas está fazendo comigo.

" Eu acho que você deveria seduzir o Lysandre, Tessa"

Palavras de Rosa, desapareçam. Vão para o inferno ou voltem para garganta da Rosa. Encaro o caminho para o quarto de Lysandre e respiro fundo uma vez. Estou calma? Não. Respiro de novo. Melhorei? Lógico que não! Nota mental: levar faca afiada da casa de Lysandre amanhã. Já que eu não posso usar a do refeitório, levarei a minha mesma.

Caminho em direção ao quarto de Lysandre e a porta está entreaberta. Lysandre está em pé, sem camisa, encarando a janela. Ah, droga, eu juro que vou matar a Rosa e Maud por me fazerem pensar coisas que nunca me vieram à  mente antes. Tipo... como ele fica perfeito sem camisa. Tão... convidativo.

Me apoio contra o criado de Lysandre na pose mais sexy que consigo. Entreabro um pouco minhas pernas e jogo meu cabelo para frente do rosto, do jeito que eles me ensinaram a fazer quando fui posar para revista.

Porém a pessoa mais inteligente do mundo, eu, não lembrou que o criado tem rodinha e ele acabou arredando para trás e eu caí de bunda no chão. Lysandre da um pulo assustado e me encara.

— O que você está fazendo? - ele pergunta vindo na minha direção.

— Não, eu estou bem. - digo constrangida. Ai, está doendo. "Não perca o foco" a voz de Maud e Rosa ressoam na minha mente. Apoio contra as costas fazendo com que meu peito fique raspando em seu braço. - eu estou bem. - repito com uma voz arrastada igual eu vejo as pessoas falando quando querem seduzir alguém.

— Você bateu a cabeça? - Lysandre pergunta. Coloco a mão na minha cintura de forma que eu levante minha blusa até a metade da minha barriga.

— Não. Eu só tropecei. - digo. Lysandre encara minha barriga e depois seus olhos sobem para o meu rosto.

— Tessa, eu já disse que você não está gorda. - ele diz. Eu sou tão ruim assim? Vamos tentar indiretas.

— Nesse caso... você tem uma camisinha que me sirva melhor? - digo em tom sugestivo. Lysandre me encara como se eu estivesse louca.

— Tem certeza que está bem? - ele pergunta.

— Ah, droga, eu desisto. - digo e fico na ponta do pé colando meus lábios nos de Lysandre, pegando sua mão e colocando em baixo da minha camisa. Por favor, que amanhã eu não fique constrangida com isso.

— Tessa. - Lysandre diz tentando se afastar, mas logo ele volta a ficar em silêncio e retribui o beijo. Ele apertou minha cintura e medida que ia aprofundando o beijo foi chegando mais perto da parede. Com o pé ele empurrou o criado do mal contra a parede e me carrega para que eu me sente nele. Ele se separa ofegante de mim e me encara. - você tem certeza?

— Carpe Diem. - digo a expressão em latim para viva a vida. É tipo viva intensamente. E é exatamente isso que eu decidi fazer. Lysandre ri e volta a me beijar.

Quando seus lábio passam para o meu pescoço eu não assusto dessa vez. Ele começa a sugar enquanto aperta minha cintura ainda mais. Amanhã vai ficar roxo, mas eu posso muito bem cobrir.

— Não, talvez não seja a hora certa. -Lysandre diz se afastando de uma vez. Meu pescoço está pulsando assim como todo meu corpo, incluindo partes que eu nem pensava que pulsavam. Eu vou matar esse idiota.

— Droga, Lysandre, se eu digo que é, é. Eu sempre estou certa. - digo. Lysandre suspira e se afasta. Tudo bem. O que elas falaram mesmo? Seduza. Eu irei seduzir.

Tiro minha camisa e Lysandre arregala os olhos, mas não fala nada. Me aproximo dele e com toda a força de vontade que reúno, fico na ponta dos pés e sugo seu lábio inferior. Lysandre fica imobilizado enquanto continuo fazendo isso.

— Se quiser que eu pare, dessa vez eu realmente pararei. -digo em voz baixa. Lysandre continua em silêncio.

Volto a ficar na ponta do pé e dou um beijo no queixo dele e imitanto seu movimento anterior deslizo meus lábios para seu pescoço e me concentro em chupar.

— Chega. - Lysandre diz ofegante. Ele me afasta e percebo que seus olhos estão completamente negros. - eu não aguento mais. - ele diz e passa a mão por debaixo do meu joelho para me colocar na cama. - por favor, não se arrependa depois.

— Apenas os fracos vivem de arrependimentos. -digo. Ele sorri e prende os dedos na borda da minha calça de elástico enquanto volta a me beijar à medida que eu seguro sua mão e a conduzo até meus seios. Lysandre está ofegante, mas ainda vejo um pouco de duvida em seu olhar. Suspiro e o encaro. 

— Está tudo bem. Eu te amo, Lysandre.

— E eu te amo mais do que você possa acreditar. 

— Então demonstre isso de uma nova forma. - digo. Vejo a luxúria em seu olhar. Lysandre retira as mãos de meu seio para tocar meu rosto, com tanto cuidado que me sinto como se eu fosse uma boneca de porcelana. 

— Eu realmente te amo mais que tudo. Qualquer dor que você sinta, me avise imediatamente. - ele diz. O puxo contra mim para que finalmente possamos voltar a nos beijar. 

—_________*****__________

Estava quase na hora. Com o buquê de flores caindo a medida que eu corria eu percorro o aeroporto inteiro indo em direção a sala de embarque com Rosa (sedentária óbvio) logo atrás de mim. Enquanto corro, sinto que minhas pernas e minha barriga estão um pouco doloridas. Me pergunto se isso tem algo haver com ontem à noite, mas simplesmente ignoro esse pensamento momentaneo. 

— Maud! - berro assim que a vejo. Ela está sentada em sua mala enquanto conversa confortavelmente com Shi Yoo.

— Vocês não deveriam estar na aula? - ela pergunta.

— A gente fugiu. - digo dando de ombros.

— Os professores já estão acostumados com a Tessa fugindo. - Rosa acrescenta.

— Que fofas, vieram despedir da gente. - Shi Yoo disse.

— Sim... Shi Yoo, foi muito legal te conhecer, mas você pode me deixar conversar com a Maud um minuto? - peço. Ele sorri e me da um abraço esmagador.

— Espero te ver de novo, Tessa. - ele diz e bagunça o cabelo da Rosa antes de entrar na sala de embarque.

— Desembucha. - Maud diz.

— Eu decidi seguir os conselhos seu e da Rosa . -digo. Rosa ri e Maud arregala os olhos.

— Caramba... vocês... vocês... - ela começa.

— Sim. -digo. Maud dispara a rir.

— E como era o material dele? - ela pergunta e faz um sinal de pequeno com o dedo. Sinto meu rosto corar. Não. Nem pensar. Faço um sinal de grande com as mãos e as duas riem mais ainda. - Você deve estar dolorida. - ela cantarola malicioamente me fazendo virar um pimentão. Droga, como ela sabia? - vocês tem que vir me visitar na Inglaterra. - ela diz.

— Você tem que vir mais, Maud. - Rosa diz.

— Dessa vez vocês duas devem ir. Vão amar Londres. Teresa, não se sinta presa ao Lysandre, ok? - ela diz.

— O que? - pergunto. - ele é meu namorado.

— Eu sei, mas... não ache que só por que sua primeira vez foi com ele vocês vão ficar juntos para sempre. Coisas vem, coisas vão. - ela diz.

— Tomarei cuidado com isso, Maud. Tenha uma boa viagem. - digo.

— A gente se vê. - ela diz e pega a mala.

Dessa forma, os herdeiros foram embora. E com a ajuda deles, a F4 ficou mais forte do que nunca.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAHHHH COOORREEEEE TIAAAA DETONIIII, PARTIU QUARTINHO DO PÂNICO. Ta, o motivo que eu pedi que vocês lessem as notas finais na realidade é para que ocorra uma votação justa. Como eu disse no inicio do capitulo são três opções de peças de teatro: Romeu e Julieta, As Brumas de Avalon e chapeuzinho vermelho. Como leitoras divas que eu sei que vocês são, peço que comentem votando qual peça eles devem encenar nos próximos capitulos. Agora sim, #partiuquartodopanico. Quem quiser recomentar e seguir o exemplo da recomendação diva da Mr Mayu, por favor, não hesite. Se quiser me matar... o quarto do pânico é bem protegido. Espero seus comentários!
XOXO
— Detoni