Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 11
Aquele andar, um beijo. Um perdão e uma vingança


Notas iniciais do capítulo

Feliiiiz ano novo galeeera. Quero agradecer muitissimo a Pye, pelo comentário maravilhosos e por favoritar a história hahhahaa obrigada! Bom, acho que é isso. Tentem não me matar ao final do capitulo, amém. Espero que gostem :3
— Detoni



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"Tudo tem uma moral se você conseguir simplesmente notar." - Lewis Carroll (Alice no país das maravilhas).

Depois de voltar do hospital eu estava mais tranquila. Eles haviam feito um exame de sangue e como eu estava com Lysandre (a família dele era a dona do hospital) os exames saíram rapidamente. Eu não estava com nenhuma DST, porém os diagnósticos deram positivos para o Boa noite Cinderela. Eles não sabiam se eu havia sofrido algum assédio e mandaram eu procurar um ginecologista.

Agora no intermato eu sou a nova "procurada". Eu não estou brincando, na área dos dormitórios femininos tem uma foto minha (linda obviamente) e embaixo escrito "indesejada". Eu estava banida da zona dos dormitórios e as garotas fizeram um interrogatório com Rosa para tentar descobrirem meu paradeiro.

Por isso vim para o último lugar no mundo que elas iriam pensar em me procurar: o andar da F4. Eu sempre tive vontade de conhecer aqui, e agora eu vou dormir aqui. Claro que se o Castiel me ver aqui ele vai me jogar para as pessoas. Seria como me dar de comida para os cachorros e essa alusão não me agrada nem um pouco. Mas eu nunca tive medo do Castiel e não é agora que eu vou ter.

Começo meu tour pela biblioteca. Haviam diversas lendas sobre ela, e estar nela é fantástico. As paredes eram completamente cobertas por livros e prateleiras se espalhavam por todos os lugares. Como sempre fui uma fã de literatura passo um tempo admirando até ir para o próximo local.

A sala de estudo da F4 têm mais luxo do que meu dormitório e olha que eu amo o dormitório. Quatro mesas grandes, do estilo daquelas de escritório, estão espalhadas estrategicamente de forma que ficassem viradas para um quatro branco. Cada mesa tem uma placa com o nome de cada um dos F4. A mesa de Armin está no canto esquerdo e tem um PSP escondido em um canto. Isso é tão a cara dele. A de Castiel que é logo ao lado têm apenas algumas canetas espalhadas, então não dou atenção.

Continuando meu percurso tenho a mesa de Lysandre. É a mais organizada e em cima têm três blocos de notas e uma foto logo ao lado da placa com seu nome. Na foto tem um senhor e uma senhora muito bonitos. O senhor está com a mão apoiada no ombro de um jovem que eu diria ter 8 anos. Ele sorri para a câmera e segura a mão da moça que está ao lado do senhor enquanto a outra está apoiada no ombro de um senhor já de idade que está com um garotinho que devia ter 5 anos no colo. Me detenho na visão do garotinho de cabelos já grisalhos e olhos que chamariam a atenção de qualquer um. Lysandre era lindo desde pequeno.

Na mesa seguinte um revolver de brinquedo está ao lado do nome de Kenitn. Rio com o pensamente de Kentin apontando-o para o professor durante a aula. Para igualar o luxo das mesas as cadeiras são perfeitas. Todas de couro. Talvez eu venha dormir em uma delas depois do meu tour.

Saio da imensa sala de aula e vou para o laboratório. Haviam alguns esqueletos em uma parede com os nomes de todos os ossos identificados. Haviam quatro mesas gigantes todas com aparelhos que não consigo me recordar os nomes e um computador. Haviam também diversos aquários com os mais bizarros animais. Ok, eu com certeza não vou dormir no laboratório.

Por fim havia uma ultima sala que estava intitulada "sala de artes gerais". Assim que entro minha atenção é levada para um lindo piano de cauda que está em um canto. Essa sala parece bem mais divertida que as outras, com pufes espalhados e pranchetas de apoio pelo chão. Haviam mais instrumentos como violões, guitarras, uma bateria, pandeiros e vários outros. "Lysandre consegue tocar qualquer instrumento que você consegue imaginar", fora algo assim que Rosa dissera no meu primeiro dia aqui.

Vou para a grande janela que está em um canto da sala e observo a lua até que o sono começa a tomar conta de mim. Me arrasto até o pufe mais próximo torcendo para que eu acorde antes de qualquer um chegar aqui.

—_________*****__________

— Isso sim é inesperado. - uma voz me desperta. Claro que com minha sorte e meu sono de pedra eu não ia acordar. Bom, agora aja naturalmente. Armin está me encarando da porta da sala.

— Por favor, não me mate por passar a noite aqui. - resmungo.

— Me dê um bom motivo para não te entregar para o Castiel agora mesmo.- ele diz. - um que compense a linda noticia que eu tive ontem. - ele diz. Me sento no pufe com calma e vejo que o sol ainda está nascendo. Por que ele está aqui tão cedo?

— Você realmente se abalou com a noticia? - pergunto. Nesse momento eu devo estar com o cabelo mega bagunçado e um bafo horrível. Fora que minhas roupas estão amassadas. Pelo menos tenho certeza que o resto do F4 não chegará em pelo menos 3 horas.

— É lógico que me abalei. Pelo amor de Deus, Tessa, por que eu não me abalaria? - ele perguntou.

— Não sei. Talvez como meu amigo você não devesse ter se abalado e vindo ver o que aconteceu, que tal? Me diz, Armin, eu realmente tenho cara dessas prostitutas que saem dando pra qualquer um? - pergunto. Armin estava completamente perdido. E com raiva. Eu podia ver isso em seus olhos enquanto ele me encarava.

— Eu não sei, Tessa! E eu tenho cara de quem se importa? Esse é o problema, por que eu me importo? Eu não deveria me importar, mas eu me importo. Aquelas fotos... eu não sei explicar, ok? Eu senti como se tivesse sido apunhalado, traído. E eu nunca me senti assim e sempre fiz de tudo para evitar me sentir assim!- Armin estava tão frustrado. Ele me encarou e começou a andar em círculos.

— Assim como, Armin? - pergunto tentando manter a calma.

— Eu não sei, Teresa. Por que eu estou frustrado e magoado com você? - ele perguntou.

— Eu não sei também, Armin. Mas eu quem deveria estar. Eu acordei em um hotel após ser drogada com Boa noite Cinderela e fotos com um cara que eu mal conhecia. Acordei com todos pensando que eu sou a maior vadia do universo sendo que eu não conseguia me lembrar de nada e você ainda virou as costas para mim sendo que eu sempre pensei que você fosse um amigo!.- berro. Certo, agora eu estava com raiva. Armin me encara atordoado.

— Você... foi drogada? - ele pergunta.

— Sim, eu fui. E você sabe o que é não saber o que você fez na noite passada? Eu não sei de nada que aconteceu, Armin. Eu não sei se me tocaram, não sei... - as lágrimas estavam ameaçando descer novamente. A medida que eu ia falando eu me levantei de forma que conseguisse encarar Armin. - não sei nem se eu dei meu primeiro beijo.

— Tessa, eu... sinto muito. Olha, não importa o que aconteceu naquela noite, nada vai contar. Nada, me entendeu? Se você transou com aquele cara, se você deu seu primeiro beijo...- Armin diz desesperado se aproximando de mim.

— Pra mim conta, Armin. Principalmente o fato de eu não saber. - eu disse. Armin me encarou e pela primeira vez em nossa conversa ele parou de parecer confuso. Mas o que ele fez a seguir com certeza me deixou confusa.

Armin segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou. Eu fiquei paralisada, sem entender o que estava acontecendo. Eu havia acabado de acordar, provavelmente estava com um bafo e meu uniforme do dia anterior estava horrível. Mas Armin simplesmente me beijou e de certa forma era bom. Seus lábios eram macios e eu cedi a tentação de fechar os olhos. Eu não sabia o que fazer, mas não queria estragar essa sensação boa, seja lá qual fosse. Segurei seus pulso de forma que suas mãos relaxassem a força em meu rosto e agora parecessem mais um carinho. Após alguns segundos ele se afastou.

— Me desculpe por isso. - ele pediu com o rosto ainda próximo do meu.- pode me dar um tapa, eu sei que mereço. Mas pelo menos finja que esse foi seu primeiro beijo e que não aconteceu nada naquela noite. - ele diz. Seus olhos azuis encaram os meus profundamente. - agora vá para o seu dormitório. As pessoas vão acordar daqui a pouco e Castiel irá chegar em breve.

— Armin, eu... - tento dizer. Não sei o que exatamente está passando pela minha mente nesse momento. Uma espécie de gratidão e meu corpo está de certa forma meio mole. Isso é efeito do beijo? Claro, meu primeiro beijo. Apenas balanço a cabeça em negativa como se para afastar o inútil sorriso que está pelejando para surgir em meus lábios e saio correndo para fora da sala sem olhar para trás.

—_________*****__________

Entrei silenciosamente no dormitório com um sorriso que poderia ter feito o gato de Cheshire perder seu lugar. O meu primeiro beijo havia sido completamente diferente do que eu havia imaginado. Sempre pensei que seria com um cara que eu tivesse certeza que me amava e que eu amava. Eu não sei o que passa na cabeça de Armin, sei que é o maior pegador da F4, mas isso não impediu que de certa forma fosse... melhor do que o esperado. Meu primeiro beijo tinha sido perfeito, mesmo que eu estivesse um trapo. Por que eu tinha certeza que apesar de tudo Armin tinha uma grande consideração por mim para por ter feito isso. E nada pareceu tão certo quanto o fato de que meu primeiro beijo havia sido na sala de artes da F4 com o maior pegador da F4. Fora todos os outros fatores externo, claro.

Rosa começou a se remexer na cama e abriu os olhos, mas assim que me viu ela deu um pulo para trás. Ficou parada um tempo me examinando até que se levantou na minha direção e me encarou com cuidado.

— Foi drogada de novo? - ela perguntou. Fiz o possível para ficar séria.

— Não. Por que? - perguntei.

— Se você não tirar esse sorriso do rosto eu vou te dar um soco para ver se você se concentra! Eu não sei nem como vou fazer para te tirar do dormitório! Espera, isso é cheiro de perfume masculino? Quer saber, eu não ligo. Vai ficar pronta agora!. -Rosa berrou e fui correndo para o banheiro.

—_________*****__________

Eu e Rosa decidimos que ela iria primeiro para procurar alguém do nosso time para que pudessem me tirar do meu quarto sem ninguém saber. Fico encarando o teto com a lembrança do que ocorrera a uma hora atrás. Eu realmente tive meu primeiro beijo.

Eu não poderia dizer que eu gostava de Armin. Mas se as coisas ficarem estranhas agora? Não, Teresa. Ele está acostumado a isso. Não é? Droga, e se as pessoas descobrissem? As garotas já estavam loucas por que achavam que o Castiel e o Lysandre gostavam de mim. Se o Armin entrar para esse conceito delas... ferrou.

Alguém bate na porta, provavelmente o aliado que me escoltará para longe desse lugar. Porém quando abro a porta fico paralisada com a visão de Castiel. Ainda em choque bato a porta na cara dele e saio andando. Perfeito, ele veio me atacar pessoalmente.

— Teresa, abra a porta. Eu quero conversar. - ele disse batendo na porta. Suspirei com calma e voltei abrindo a porta de uma voz e vi a surpresa em seu rosto.

— O que você quer? - pergunto.

— An? - ele pergunta desconcertado. Essa cena me é meio familiar.

— Você está na porta do dormitório. Imagino que queira falar comigo.- eu disse. Ele suspirou e me encarou.

— Eu sei que a noticia de ontem era falsa. - ele disse.

— Não me diga. - digo fingindo surpresa.- mais alguma coisa? - perguntei.

— Eu nunca pedi desculpas na minha vida. E não sei como isso funciona. - ele diz.

— Pode começar ficando de joelhos. - eu disse me lembrando da vez em que ele tentou me forçar a pedir desculpas. Porém para minha surpresa, Castiel se ajoelhou na minha frente. As pessoas estavam começando a me encarar e senti meu rosto ficar quente.

— Me desculpa? - Castiel pediu.

—Só levanta, Castiel. E diga "eu estava errado, você estava certa." - digo. Castiel levanta e me encara bravo.

— Mas eu nunca estou errado! Se coloque na minha situação. - ele disse.

— Eu nunca aceitei sair com você pra você se sentir traído dessa forma. - digo dando de ombros. - mas suas desculpas estão aceitas. Agora eu tenho algo muito importante para fazer. - digo e dou a volta em Castiel e correndo pelo campus.

Eu estou rindo quando trombo contra algo duro. Algo não... alguém. Caio no chão e ergo os olhos para Kentin que está de pé como se nada o tivesse atingido. Certo, ele era forte. Bom para ele.

— Descobriu? - pergunto ficando de pé e limpando minha saia que estava suja com folhas.

— Não sei se você vai ficar muito feliz com o que eu tenho. Venha, Lysandre está esperando. - ele diz me oferecendo a mão para que eu pudesse levantar.

Aceito a mão de Kentin e nós vamos pelo familiar caminho em direção a sala da F4. Rosa está sentada em um canto encarando um pacote de biscoito de chocolate (provavelmente obra de Kentin) e Alexy está irritando Lysandre. Sinto meu corpo inteiro gelar quando vejo Armin sentado em um canto concentrado em um jogo, como sempre.

— Agora que estamos todos aqui, eu tenho uma coisa para falar. Armin pelo amor de Deus, você que pediu para ajudar da para pelo menos desligar esse computador antes que eu o quebre? - Kenitn pede. Armin ri e fecha o computador. Seus olhos encontram o meu e ele sorri piscando de forma natural. - obrigada.

— O que você fez ontem? - pergunto me jogando em um dos pufes entre Lysandre e Alexy. Lysandre me encara agradecido e bagunça meu cabelo que já estava bagunçado.

— Eu fui encontrar alguns sócios do meu pai que mechem na área do tráfico de drogas. E obviamente perguntei de recentes compras do Boa noite Cinderela. E houveram três endereçadas para o internato. - Kentin disse.

— E ai? - Rosa perguntou.

— Ah, Rosa. Me da um pouco de biscoito? - peço. Ela arremessa o pacote bem... na minha cara. É como eu digo, delicadeza é para poucos e mira é para muitos. Algo desse estilo.

— A primeira compra foi endereçada para um tal de Loki Grace. Alguém já ouviu falar? - ele pergunta.

— Não. - todos respondemos em coro.

— Isso é algo que eu vou averiguar depois então. Não gosto da idéia de traficantes por aqui. Mas ai fica interessante. O segundo comprador é nossa preciosa Íris Azela. E a terceira para Debrah Shane. Eu suponho que essas duas compras estejam interligadas. - Kentin diz.

— Você está dizendo que a Debrah me drogou? - perguntei chocada.

— Honestamente eu não estou surpreso.- Alexy diz.

— Você tem o recibo, Kentin? - Lysandre perguntou ainda calmo.

— Tenho. - Kentin concordou.

— Entendi. Vamos usar o recibo para rastrear Jade, nós podemos acabar com o futuro profissional dela em qualquer lugar. Manchar o nome dela..- Armin começou.

— Não. - eu disse e todos me encaram surpresos. - A envolvida fui eu, não acham que eu devia fazer algo a respeito? - pergunto.

— Você está bem a ponto de conseguir fazer algo? - Kentin perguntou.

— Vocês eram amigas. - Lysandre completa.

— Apenas me dê o recibo. Eu cuido disso. - digo ficando de pé. Kenitn hesita um pouco mas me entrega o pedaço de papel referente a compra das duas garotas.

—_________*****__________

Eu não sei o que eu vou fazer, mas quero que seja algo do meu mérito próprio. Consigo ver Debrah dentro do refeitório ao lado de Íris. Minha vontade é de dar um tiro em cada uma. Honestamente essa não é uma má idéia. Será que meu pai consegue me livrar de uma prisão dessas?

As pessoas estão me encarando. Claro, o espetáculo de Castiel. Minha manhã está ótima, eu acordei, tive meu primeiro beijo, agi como uma foragida no meu próprio quarto, Castiel Sworis se ajoelhou para me pedir desculpas e agora eu quero matar uma das minhas melhores amigas.

— Tessa? - uma voz feminina me chama. Melody está me encarando aflita. Claro, se Íris e Debrah estão envolvidas Malody também vai estar.

— Você também está envolvida nisso, não esta? - pergunto. Melody balança com a cabeça em negativa.

— Eu estou parcialmente. No incio eu até queria acabar com você, mas então eu lembrei que você salvou o amor da minha vida. Você salvou o Nathaniel, Tessa. Por isso eu não suportei fazer qualquer coisa. E ele não tocou em você. Não precisa se preocupar, foram apenas fotos. - Melody diz.

— Como você sabe se não estava envolvida? - pergunto.

— No início eu estava. Tessa, elas são minhas únicas amigas. Você pode até pedir ao Castiel para expulsa-las, mas não fale com a diretora. Apesar de tudo eu não quero vê-las sofrer.- Melody estava chorando enquanto dizia.

— Eu não vou falar com a diretora. Nem com a policia. Ou abrir um caso. Eu vou dar uma lição nelas eu mesma. Mas te digo para dar um jeito de tirar aquela noticia do blog da patricinha por que se meu pai descobrir ele vai até o inferno para deixar minha imagem limpa, e eu não controlo ele. Agora eu tenho esse assunto para resolver, Melody. Obrigada. - digo.

Sigo caminho até o refeitório e vou com meu melhor sorriso até a mesa de Debrah. Ela arregala os olhos ao me ver, assim como íris. Elas se colocam em pé de uma vez.

— Debrah, me desculpe ter gritado com você aquele dia. Você ainda tentou me trazer para o internato, mas eu não... acho que as memórias estão voltando. - digo. Debrah fica mais tensa.

— Oh, sério, Tessa? E o que você se lembra? -ela perguntou. Com meu melhor sorriso ainda no rosto a encaro.

— Que você é uma vadia que já traiu o Castiel. Que toda escola te odeia ainda mais do que me odeia. Eu me lembrei que você é uma inútil e acho que nunca uma pessoa teve tanta inveja de mim quanto você. Obrigada pelas memórias, Debrah. - digo.

— Você enlouqueceu? - Debrah perguntou.

— Ah sim, eu esqueci. Você quem colocou aquela camisola em mim, não foi? Eu odeio camisolas. - eu digo. Debrah ri.

— Jura? É isso que a grande mulher maravilha tem preparado para sua vingança? - Debrah perguntou.

— Oh não. Sabe uma coisa muito interessante no fato de eu ter sido criada por policiais? Ou do fato da minha mãe ser sempre perseguida? Eu tive que apreender a lutar. O que você acha de Krav Maga? - pergunto. Os olhos de Debrah se arregalam e só nesse momento me dou conta da grande platéia que está nos assistindo.- Certo, sem Krav Maga. Taekwondo então? Ou Judô? - pergunto.

— Você não vai bater em mim. Eu conheço as regras das sociedade de lutas, você será expulsa. - ela disse.

— Oh, mas quando se alcança o último nível de três categorias diferentes você realmente acha que eu vou ligar? Mas você está certa. Sem golpes profissionais então. -digo.

O soco que eu dei na cara de Debrah foi o mais perfeito que eu já dei na minha vida. Seu nariz começou a sangrar na mesma hora e Debrah cambaleou para trás. Agora eu já não estava mais sorrindo a medida que encarava o rastro de sangue que ela estava provocando.

— Se eu te ver nessa escola hoje a tarde eu providenciarei de fazer da sua vida um inferno continuo. Serei seu "F4" particular. Você ganhou um cartão vermelho comigo, Debrah e isso não é bom. - digo.

— Você não é uma deles, transferida. Pare de agir como se fosse e utilizar do titulos deles. - ela disse com nojo na voz.

— Eu não sou uma deles, eu não dou a mínima se eles são a grande F4. Eles são meus amigos e por incrível que pareça eu já acusei essa palavra de não estar no vocabulário de Castiel. Mas essa palavra não está no seu. Por isso pegue a sua cúmplice e suma daqui imediatamente. Ou meus amigos vão dar um jeito em vocês a maneira deles. - digo. Debrah cospe uma poça de sangue ao meu lado antes de sair andando com Íris ao seu lado.

— Sabe, você tem confiança demais na gente.- a voz de Lysandre faz cócegas no meu ouvido quando ele aparece seguido da F4. - e vocês? O show acabou. Nossa estrela precisa descansar e vocês vão para a aula.- ele diz.

As pessoas começam a sumirem e sinto Rosa me abraçar e algo pular em cima de nós fazndo com que perdêssemos o equilíbrio. Nós rimos para Alexy que está no chão ao nosso lado.

— Droga Alexy, eu estou dolorida. - Rosa resmunga.

— Acho que acabamos vitoriosos, certo? - pergunto. Lysandre me estende a mão e Kentin pisca para mim.

— Então nós somos seus amigos? - Castiel pergunta.

— Sabe, Sworis, até que você pode ser legal. E apesar de não reconhecer que estava errado eu te perdoo. - digo.

— Então você vai sair comigo? - ele pergunta. Todos ficam em silêncio nos observando. Armin me encara com o familiar sorriso de lado e da de ombros como se dissesse que não se importa. Mas o único problema é que eu não quero.

— Amigos não saem em sentidos românticos. Eu não vou sair com você. - digo. Castiel ri.

— Esse foi meu segundo fora. O primeiro também foi seu, óbvio. - ele diz. - isso dói, Tessa. Acho que agora você terá que comprar uma cola para colar o meu coração. Mas eu estou aceitando beijos no lugar.

— Essa foi péssima. - digo.

— Jura? Eu tenho melhores então.- ele diz.

— Castiel, só cala a boca.- Lysandre diz e todos começam a rir.

— Você devia desistir, Castiel. Eu vou para o convento. - eu digo.

— Você está brincando. - ele diz chocado. Nego com a cabeça.

— Só que antes, vou para a aula. Vocês deviam fazer a mesma coisa, os pufes da sala de artes são muito confortáveis. Vamos, Alexy, Rosa.- digo acenando para os quatro que me encaram pasmos. Menos Armin que começa a rir de nossa pequena piada interna.

—_________*****__________

Ao fim da aula o lago da escola nunca me pareceu tão agradável. Os familiares passos de uma pessoa me chamam atenção. Armin se senta do meu lado e começa a encarar o lago também.

— Na minha casa também tem um lago. Apesar que eu não sou fã do ar livre, esse fica bem legal no por do sol. - ele diz. Sorrio de lado.

— Obrigada pelo que você fez, mas vou te dizer que foi inútil. No fim, Jade não encostou nem um dedo em mim. - digo.

— Não foi inútil. Não para mim pelo menos. Fazia tempo que não beijava alguém que eu gostavasse, então foi diferente.

— Que você o que? - pergunto meio chocada.

— Eu vou indo Tessa. A gente se vê amanhã. - Armin diz antes de se levantar e ir embora.

Alguém que ele gostasse? Eu vou matar aquele ser. Como ele ousa me deixar mais confusa do que eu já estou? Idiota, idiota.

— Aquele era mesmo o Armin? -Lysandre pergunta aparecendo.

— Por favor, não pergunte. - imploro.

— Ok. Mas você está me devendo um passeio para esquecer dos problemas.- ele diz.

— Lysandre é possível alguém gostar de mim? - pergunto massageando minhas têmporas. Lysandre me encara surpreso com minha pergunta e eu apenas balanço a cabeça em negativa- esquece. Essa pergunta foi estranha. - digo. De repente sinto os braços dele por trás de meus joelhos a medida que ele me começa a me carregar e andar para longe.

— Você está precisando desse passeio mais do que eu pensei.- ele diz ignorando os tapas que dou em seu peito.

— Me coloca no chão. -digo rindo. Ele para na entrada do internato e em encara.

— Por que deveria? Você está gostando. - Lysandre diz me encarando de perto. Seu rosto estava a centímetros do meu e senti todo meu corpo congelar. Ele sorriu de lado.- devemos ir ao shopping? Ouvi dizer que você precisa de um celular.

— Estou te avisando, Parker. Me põe no chão.- digo, mas ainda não consigo evita rir.

— Tudo bem, Teresa Chase. Mas você paga o sorvete. E que história era aquela de convento? - ele pergunta.

— Oh, vou me converter. Tenha mais respeito com uma futura freira. - digo. Lysandre ri e me coloca no chão.

Assim que me vejo em terra firme, saio correndo. Lysandre vem logo atrás.


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Notas finais do capítulo

Podem se revoltar comigo. Aposto que existiam muitas especulações sobre o primeiro beijo da Tessa e acho que frustei muitas pessoas XD Sorry. Em fim, comentem galera. Se quiserem me matar coemntem. Se estiverem felizes comigo, comentem. Se estiverem de mau humos, bom humor, só comentem! Se quiserem recomendar e favoritar nem pensem duas vezes hahahahah até o próximo galera. XOXO
— Detoni