O dia terminou para Nerissa, mas não para Nina... Após a aula ela foi até o parque que fica perto de sua escola se divertir um pouco, de começo ia com colegas dela, mas todas desmarcaram bem no dia. Isso deixou ela solitária e triste, sentada em um banco qualquer do parque comendo algodão doce. Até que...

– Nina? Oi! – Disse Mariane avistando Nina de longe.

– O-Olá Sen- Quer dizer! Mariane! (Quase chamei ela de senpai!) – Disse Nina se levantando e indo cumprimentar a amiga de sua irmã.

– O que está fazendo aqui? Está sozinha? – Disse Mariane olhando pro banco e vendo que só Nina estava nele.

– É... Minhas amigas não puderam vir, ai eu fiquei sozinha mesmo. – Disse Nina fazendo uma expressão triste.

– Nossa! Que chato... Mas não se preocupe que você não vai mais estar sozinha, vamos lá na Montanha Russa! – Disse Mariane puxando Nina até o brinquedo mesmo sem a garota ter respondido a proposta.

Quando chegaram foi tudo muito rápido, Mariane pagou os ingressos e as duas entraram e sentaram nos primeiros lugares do brinquedo (Onde dá mais medo para Nina, mas Mariane não sabia disso... Ela meio que adora uma adrenalina.) Poucos minutos depois lá já estava cheio de pessoas, algumas com medo, outras não. O som dos trilhos com o início da “diversão” fez Nina simplesmente estremecer.

– (Eu estou com tanto medo... Vou ser a primeira a ver isso caindo lá de cima... Meu Deus! Não posso parecer uma medrosa na frente da Senpai!) – Pensou Nina.

– Estamos quase lá! – Disse Mariane animada levantando os braços.

– S-Sim... – Disse Nina já gaguejando.

– Huh? Está com medo...? – Disse Mariane abaixando os braços e ficando preocupada.

– C-Claro que n- Aaaaaaah!!! – Gritou Nina sem perceber que já estava pra decida rápida.

A viajem foi bastante agitada, muitos gritos e até uma pessoa acabou vomitando... Mas estava bem atrás, então não afetou as meninas. Nina ficou apavorada, gritando desesperadamente, e embora Mariane estivesse um pouco preocupada, acabou dando muita risada da situação da sua amiguinha. Quando terminou Nina saiu cambaleando e Mariane saiu com vontade até de ir mais uma vez... (Garota agitada!)

– Acho que eu nunca mais vou nesse brinquedo... – Disse Nina se sentando em outro banco.

– Você é uma gata assustada! He-He! Eu adoro ir nesse brinquedo, mas me desculpe se foi demais pra você, não queria te deixar mau... – Disse Mariane se sentando ao lado da garota.

– Não, tudo bem... Eu não sou sempre assim ok?! – Disse Nina tentando esconder sua vergonha por ser “meio” medrosa.

– Não precisa ficar assim por causa disso, eu gosto de pessoas assim! O medo não é um problema, é algo que faz de você ser essa coisinha fofa que você é! – Disse Mariane colocando a mão no ombro da garota e dando um doce sorriso.

– O-Obrigada Mari-Senpai! – Disse Nina sem perceber o "Senpai" por causa da alegria e conforto que estava sentindo.

– (Senpai? Que legal!) He-He! – Mariane soltou uma risadinha contagiante.

Esse dia foi especial para as duas, um dia comum em um parque onde sentiram as coisas ficarem diferentes. Mariane se sentiu como uma irmã mais velha para Nina (Embora ela já ter uma...) E Nina sentiu uma animação por ter conseguido conquistar a amizade de uma pessoa que ela a muito tempo queria poder se aproximar.

Isso começou quando ela tinha 7 anos, sua irmã mais velha havia levado Mariane para sua casa afim de fazer um trabalho de artes. Enquanto Nerissa foi ao mercado comprar algumas tintas, Mariane avistou Nina se escondendo atrás da porta da cozinha, e então ela viu que ela tinha machucado o braço por ter apertado um gato e ele acabou lhe arranhando.

Nina sempre teve vergonha de dizer as pessoas como se sentia, por mais que adore fazer amigos, e sempre aparente estar confortável com eles, normalmente ela tem coisas que não consegue dizer para as pessoas. Por isso estava se escondendo. Mas Mariane é a única pessoa que fez com que ela pudesse se sentir à vontade, além de ela ter ajudado a curar seu ferimento.

– Será que ela também me considera muito? – Disse Nina para si mesma enquanto voltava para casa.

Um pouco mais longe dali...

– (Na próxima vez vou levar ela na Casa do Terror! Aposto que ela vai gostar!) He-He! – Pensou Mariane.