Batman vs Arrow escrita por Matheus Morais


Capítulo 1
Gotham em terror




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A noite já dominava as ruas de Gotham no céu nebuloso a lua mal aparecia, alguns pombos passavam assustados, desamparados voando o mais alto e o mais rápido que podiam para o longe, para longe daqueles tiros que ecoavam entre as ruas, uma mulher tentando conter o choro do seu bebe. Uma van preta queimando pneu em uma tremenda fuga da policia. Tiros ecoavam em cada beco que os carros passavam arrastando qualquer coisa que viesse pela frente

–Stormshadow está na escuta, responda Stormshadow – O radio do helicóptero da policia chamando pela terceira vez o carro da policia que estava em perseguição para um aviso breve.

–Stormshadow na escuta, o que foi Delta Charlie? – uma voz um pouco rouca respondeu, soltando o botão do radio esperando uma resposta.

–A perseguição esta sendo levada para uma área com grande atividade de civis. – um bip suou avisando que o piloto do helicóptero havia soltado o botão.

–Qual área? – Gordon quis saber roçando a mão na Magnum.44 que estava em sua coxa.

Um bip ecoou avisando que algo seria falado.

–Estádio de Gotham. – e outro Bip tocou encerrando a conversa.

–Malditos sejam vocês por terem feito eu perder o jogo – James Gordon sussurrou para si mesmo. Deu uma fungada tentando tirar o pelo do bigode que estava incomodando seu nariz.

Agarrou a Magnum.44 que estava em sua coxa. Rodopio a manivela que estava na porta abrindo completamente a janela, e jogando seu corpo para fora com a arma em punhos.

Sentiu a ventania passar por seu corpo, o jogando para trás. A arma levantada tentando mirar no pneu do carro, o vento batia em seu óculos protegendo seus olhos do forte vento de um carro a 80km/h que via contra ele. Por um momento Gordon sorriu para si mesmo pensando “e eu sempre reclamando da minha visão e de ter que usar esse óculos”, mas logo o pensamento fugiu de sua cabeça ele precisava se concentrar, se ele não tomasse uma atitude contra aqueles bandidos algo pior iria acontecer as pessoas de sua cidade.

Aquele velha sensação de estomago revirado veio a tona, a adrenalina em suas veias já estavam fazendo efeito, Gordon sorriu lembrando das inúmeras vezes que tinha aquela sensação, em momentos de guerra ou até mesmo de perseguições em que participou.

–Faz alguma coisa com essa arma Gordon, ou terei que eu mesmo atirar enquanto você disfruta o vento batendo no seu bigode – o parceiro de Gordon gritou furioso. Enquanto virava bruscamente o volante desviando no ultimo segundo de um buraco que apareceu na estrada.

Gordon se agarrou na porta com aquela virada brusca, sentiu um enorme arrepio subir pela sua coluna pelo susto que levou com o tranco do carro que quase o jogou para fora. Sussurrou em um tom quase inaudível “Flash a próxima vez que você fizer isso eu vou virar minha arma na sua cabeça”.

Gordon ergueu a arma novamente se reestabelecendo na janela. Ele respirava devagar com a arma apontada para van, um homem também estava para fora da van atirando errando os tiros que dava. Gordon podia jurar que sentia os tiros passando pelo seu lado, acertando o metal do carro e ricocheteando, as balas indo longe acertando um civil inocente que tentava se esconder atrás de um enorme muro de concreto, mas foi lento de mais e uma bala acertou sua coxa. Um urro de dor foi ouvido e deixou as pessoas ainda mais apavoradas.

Gordon ajeitou sua arma mirando diretamente no pneu, todos os anos de treinamento com uma arma o ajudariam naquele momento, sua respiração lenta e controlada o ajudaria a mirar e se concentrar no alvo, no caso, o pneu da van. James Gordon deu uma respirada bem forte deu outra olhada e atirou a bala saltou da arma em uma direção já programada e estudada. A bala atravessou a borracha do pneu ricocheteando no metal, e um grande estouro foi ouvido junto com faíscas.

O piloto de fuga da van levou um susto com aquele estouro que ouviu bem perto dele e virou com uma enorme força para o lado oposto de que o pneu havia estourado, fazendo a van derrapar, e capotar varias e varias vezes parando em cima de um Honda CV-R preto, encostado na frente de um bar. Quando os homens do bar ouviram o barulho saíram todos amontoados bêbados alguns talvez até drogados, olhando para aquele carro em cima do outro.

O dono do Honda saiu com as mãos na cabeça, mandando para o inferno os desgraçados que estavam dentro daquela van capotada.

Um homem praticamente caiu da van com uma AK-47 em mãos. Levantou atirando afastando as pessoas que se aproximavam dos carros. Depois outro caiu. E mais outro. E mais um. Ao todo eram quatro homens fortemente armados, com algumas sacolas de dinheiro do banco que haviam acabado de assaltar.

Steven o dono do Honda era um homem gordo com uma musculatura bem forte, sua barba enorme mal cuidada, o cabelo continha umas mechas grisalhas estava na casa dos 40. Tinha bebido um pouco de Vodka aqui, cerveja ali. Estava um pouco fora do normal, e ainda desamparado pela destruição do carro que ele havia acabado de comprar.

Steven se aproximou do homem que estava com uma AK-47, Steven foi bem sorrateiro para um bêbado e deu um susto no homem junto com um potente cruzado de direito no rosto do bandido. O homem foi jogado longe no chão, Steven se virou com uma baba escorrendo em sua boca entre as barbas até o queixo e com os punhos ainda levantados, xingando o bandido.

–Você destruiu meu carro, seu puto. Agora vou destruir você. – Steven deu uma cambaleada até o bandido caído, e nem percebeu o homem alto que estava do lado do carro observando com uma pistola 9mm em mãos. – Eu vou matar você – Steven falou com firmeza.

Um tiro ecoou, seguido de um grunhido de dor.

Steven estava caído com as mãos nas costelas, tentando conter o sangue que saia constantemente do buraco do tiro. Todos os outros bandidos o observavam com um sorriso maligno em seus rostos, todo mundo sabia qual seria o destino daquele velho.

...

James Gordon já berrava em seu radio pedindo uma equipe medica e reforços no seu carro, Flash estava com sua arma levantada atrás do capô do carro observando a cena com atenção do lado dele mais uma viatura com dois policiais ainda mais atentos enquanto Gordon gritava por reforços.

...

Steven continuou ajoelhado, quando viu o vulto do homem com AK-47 se levantando com a arma, e apontando em sua cabeça.

–Velho tolo – o homem indagou com um tom de desgosto e fúria por Steven – Deveria ter continuado no bar.

Os bandidos observavam a cena e em poucos segundos voltavam os olhos para os carros da policia parados gritando para o homem da AK-47 –cujo nome era Barton – não continuar com aquilo.

Barton continuou rindo de Steven.

–Eu que vou matar você agora – Steven voltou os olhos para os olhos negros de Barton que gargalhava de sua cara e viu algo se movimentar atrás dele algo obscuro que poucos conseguem ver, algo ou alguém que faz qualquer um se tremer ao se deparar com ele.

–O que esta rindo velho - Barton indagou ainda mais furioso. – Agora você vai morrer – Barton puxou a trava da arma, olhou para Steven riu. E quando estava preste a atirar um tipo de Boomerang de fibra de carbono endurecido, no formato de um morcego. Atravessando o cano pressurizado que a bala iria passar para ser solta e atravessar Steven.

Barton tremeu nas bases apertou o gatilho dezenas de vezes tentando atirar e só se ouvia um gatilho seco sem nada para atirar. Barton lançou um grito de dor quando outro boomerang em formato de morcego atravessar sua mão, a prendendo no cabo de madeira que ficava no gatilho.

Todos os outros bandidos que estavam concentrados nos movimentos que os policiais podiam dar, se voltaram com os olhares assustados para o grito que Barton havia dado.

Se viraram tarde demais.

Um apagão surgiu onde os bandidos estavam, e foi tomando a rua inteira. Casas e comércios que estavam perto foram se apagando, as sirenes das policias se desligaram os faróis apagaram. Postes apagaram, toda rua se apagou.

...

Gordon sorriu para si mesmo com um sorriso maldoso. “Agora vocês desejaram não terem nascido” ele pensou sabendo o que iria acontecer. Todos os outros policiais abaixaram as armas, já sabiam quem era e sabiam também que ele podia cuidar daquilo sozinho.

...

Os bandidos estavam assustados apontando suas armas para o nada, para a escuridão que estava a sua frente. O medo já tomava conta de seus corpos, os gemidos de dor que de Barton suavam como sussurros assustadores naquela situação.

–O que é isso? – o mais novo de uns 18 anos falou com sua mini-uzi apontada para cima olhando para todos os lados procurando algo que ele mal sabia o que era.

–Isso, isso é o Batman! – o mais velho que se chamava Jonas falou com uma voz tremula, ele sempre era o mais confiante do grupo, pela sua idade e experiência. Mais agora parecia uma criança assustada depois de ter visto um filme de terror.

–Se tivermos sorte saímos presos daqui – Jonas terminou engolindo em seco.

Então algo passou planando sobre suas cabeças, ouvia se algo passando. Os bandidos assustados começaram a atirar para cima sem nenhum lugar certo, atirando cegamente na escuridão.

Depois se ouviu o grito abafado de um bandido, e o que parecia que ele estava sendo levado para algum lugar acima deles.

–Ele esta aqui – Barton gritou, e uma onda de tiros saiu em seguida, não se importavam em matar Barton ou Steven se ao menos acertassem esse tal de Batman. Um grito ecoou, mas os tiros não pararam e quando cessaram ainda nada se via, só se sentia o cheiro de asfalto queimado, e de sangue.

Malcom – o rapaz de 18 anos – tentou correr cegamente na escuridão atirando para cima, quando algo o agarrou pela perna e o puxou para cima, só se via os tiros no ar subindo rapidamente como um elevador.

Jonas se virou erguendo o rifle que carregava para a escuridão olhava de cima a baixo, da esquerda a direita procurando algo. “Agora é minha vez” pensou ele, começou a atirar cegamente gritando insultos ao Batman.

–Onde você esta covarde? – Jonas gritou abrindo os braços tentando gesticular o quando o Batman era insignificante para ele. – Você se esconde na escuridão, porque tem medo de me enfrentar. Apareça Batcuzão!

Jonas deu mais um tiro para cima e continuou:

–Onde você está? – ele gritou novamente. E se ouviu um estalo vindo de todos os lados, Jonas se virou para o lugar que ele ouviu os estalos procurando algo na escuridão. As luzes se ligaram novamente, como se fosse num passe de magica, a rua toda estava iluminada.

O homem que tinha levado seus amigos cujo nome era Batman não estava em lugar nenhum, Jonas pensou "consegui despistar aquele cuzão".

–Onde você está Bat? – Replicou com ironia, se certificando de que o Batman realmente tinha ido embora.

Jonas olhou as pessoas que se acumulavam atrás dos carros da policia ao longe, olhando para o bandido solitário que soltava insultos ao vigilante. Que de alguma forma havia sumido quando as luzes voltaram

–Aqui – Jonas sentiu um arrepio subir pela coluna com aquela voz grossa sombria com um tom de raiva que pairava dela. Jonas se voltou para os carros que estavam um em cima do outro e viu um homem surgir das sombras, ele parecia estar misturadas com ela. O homem tinha uma mascara negra com duas pontas que passavam da cabeça parecia formar duas orelhas pontudas, a mascara cobria boa parte do rosto menos a boca, uma armadura negra de fibras de Kevlar, uma capa em suas costas conforme o vento batia ela ia voava dando um tom estranhamente sombrio. E no peito havia algo negro desenhado no formato de um Morcego, algo que causava arrepios, um cinto amarelo com pequenos recipientes em todos os lugares.

Jonas soltou um suspiro de medo, e antes mesmo que ele pudesse mirar naquele homem, Batman saltou dando um chute no ombro de Jonas fazendo o cambalear e jogar o rifle no chão. Jonas soltou um grunhido de dor, e desceu a mão para a bainha que guardava uma faca militar dele. A faca pareceu saltar para a mão, e em um movimento rápido ele atacou a figura preta que se movimentava na frente dele.

Jonas não foi rápido o suficiente, Batman interceptou a facada segurando mão de Jonas e dando um potente soco na barriga de Jonas e com a mesma mão deu um gancho jogando o homem ao chão.

Jonas sentiu que a mão do Batman sobre a mão que segurava a faca havia afrouxado, e tentou no chão dar uma facada na perna do Batman. Mas as técnicas de ninjutsu de Batman foram mais rápidas, e ele pisou na mão de Jonas a quebrando em duas partes. Jonas deu um urro de dor e desistiu de tentar qualquer coisa contra Batman.

James Gordon olhava ao longe com um sorriso no rosto, tudo saia da forma que ele esperava passou a mão no bigode, com um sorriso no rosto. Fazia tempo que James não tinha nenhuma ação em sua vida, “desde que o Batman apareceu ele quer resolver tudo e não me deixa trabalhar” ele sorriu para si mesmo. James estava satisfeito, ele estava velho e não aguentava mais aquela vida de ação, era muito bom ter alguém confiável que poderia continuar a ação quando ele se aposentasse.

Mas ainda assim restava um pouco de ação que ele tinha que concluir. A um tempo atrás James descobriu ações de um Esquadrão comandado por uma agencia secreta do governo para libertar o Coringa, o plano foi bem sucedido e o Coringa acabou matando 15 pessoas, mas antes que pudesse matar mais o Batman interveio derrubando o palhaço“Sorte que temos o nosso peso pesado” Gordon murmurou para si mesmo, um pouco depois Gordon soube de um mercenário contratado pela mesma agencia para derrubar cinco executivos da Wayne Enterprise, o Batman não conseguiu localizar o atirador “mas isso não significa que ele não esteja procurando”. Isso foi a quase quatro meses, mas James queria entender porque o governo permitiu isso. James contatou umas pessoas de dentro do governo que era conhecidos deles, e todos disseram para ele esquecer isso, que era assunto secreto e que ele poderia morrer por isso, “pro inferno com essas coisas secretas, pessoas morreram na minha cidade por culpa do governo e quero descobrir o por que” ele pensou para si mesmo.

Então Gordon sentiu algo atravessando suas costas queimando tudo que estava em seu caminho carne, musculo, osso tudo. Um cheiro de sangue com carne queimada subiu e Gordon caiu no chão sem forças para fazer nada.

Um homem o agarrou com uma roupa negra e de mascara, Gordon demorou um pouco, mas reconheceu a figura era o Batman carregando ele, agarrou o pescoço sentindo a armadura de Kevlar, aproximou da ponta da mascara e falou como um ultimo esforço.

–Esqua... – Ele tentou falar mais Batman interrompeu.

–Quieto Comissário – Batman falou secamente.

–Esquadrão-suicida – Gordon falou vendo a escuridão chegar a seus olhos, e o dominando. Até que ele caiu morto nos braços de Batman que estava o colocando na ambulância e se voltando para os prédios procurando um atirador.

“Vou ter uma conversa com a Waller” Batman pensou sombrio, lembrando das ultimas palavras de Gordon sussurradas em seu ouvido.

Sentiu uma estranha sensação que não sentia a anos, um desejo descontrolado de vingança.

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