Vagalumes Cegos escrita por Puck


Capítulo 8
Segue por aí


Notas iniciais do capítulo

Err. Ok. Deixa eu me explicar: eu comecei a escrever esse capítulo há exatamente quatro horas atrás. Zero inspiração. Zero ideias do que fazer. E eu tenho que ir viajar daqui a pouco. Eu queria mesmo fazer um capítulo maior com a visão do Akashi sobre o que aconteceu no final do capítulo anterior, com mais esclarecimentos sobre tudo, maaaas, não deu tempo! iuahiauhiuahi

Me perdoem! y_y

Então, aqui está o capítulo costumeiro de encheção de linguiça, com os Milagres fazendo pontinha, só pra eu dizer que cumpri a minha promessa de que o capítulo sairia em janeiro ainda iauhaiuhi

Espero que gostem, apesar de tudo ♥



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— Akashi, catch!

Dando uma corridinha de costas, Akashi olha para cima para visualizar a bola e acaba franzindo a testa porque: 1) ela está caindo e oscilando no ar ao invés de cair reto e 2) porque o sol está cegando seus olhos. Não são problemas de verdade, mas, pela velocidade com que a bola cai depois de ter sido atingida por um taco de alumínio, parece que doeria bastante caso ela caísse na sua cabeça. Então Akashi estrategicamente não fica embaixo dela, e estende a mão um pouco para a direita. Quando ele abaixa o braço com a bola salva dentro da luva de baseball, Kise começa a rir.

— Aominecchi, que rebatida fraca!

— Cala a boca! A Satsuki que não sabe arremessar!

— Não a culpe pelos seus erros'nanodayo.

— Dê ouvidos ao Midorin, Dai-chan!

Aomine revirou os olhos e fez aquele típico “nhé nhé nhé”, dispensando os comentários. Akashi sorriu consigo mesmo. Agora ele percebia o quanto sentiu saudade disso, de matar tempo com as pessoas que ele gostava, que eram família. Nem todos estão ali, mas ainda sim, esse parece ser um dos melhores momentos do ano. Talvez, até, dos dois últimos, levando em conta o que o terceiro ano deles na Teikō foi. É meio como se, finalmente, as coisas estivessem nos lugares certos.

Tentando não franzir a testa, Akashi recua o braço e arremessa para Momoi.

— Você viu o Nijimuracchi ontem? — Kise perguntou, assim, do nada, girando uma das muletas e fazendo espirais no chão de terra. Akashi olhou para ele de relance.

— Nos encontramos, sim — Ele fica olhando enquanto Midorima joga a bola para Aomine, que enfim rebate ela com um pouco mais de habilidade. Midorima mesmo se encarrega de pegá-la. — Ele está morando aqui?

— Yep. Pelo que entendi, o pai dele melhorou e quis voltar pra cá. Ele é vizinho do Midorimacchi.

— Hah? Eu não sabia dessa.

— Você não dialoga com as pessoas, Dai-chan, não me admira — Momoi alfinetou, negando com a cabeça como quem desaprova. Aomine fez uma careta de deboche. Akashi arremessou a bola para ele outra vez. — Mas então, Midorin, você conheceu a família dele?

— Sim. Os pais dele são gentis e educados, a mãe está montando um restaurante. E tenho minhas dúvidas quanto aquele irmão dele.

— Mesmo? E o que que ele te fez? — Diga-se de passagem, Aomine não parecia realmente interessado. A bola que ele rebateu caiu no chão perto de Kise.

— Acho que ele está dando em cima da minha irmã.

Akashi teve que franzir a testa, levantando o braço acima da cabeça para pegar a bola que lhe fora arremessada.

— Sua irmã não tem seis anos, Shintaro?

— Sete, incompletos.

— E quantos anos o irmão do Nijimuracchi tem'ssu?

— Oito.

Agora, Aomine parecia um pouco puto.

Como você pode ter um pé atrás com uma criança, seu demente?!

— O garoto é cheio de band-aids! Aposto que vai ser um arruaceiro! Minha irmã não pode cair nas graças de um garoto assim. Ela é uma princesa!

— Meu Deus — Kise estava mesmo tentando não rir.

— Cara, isso não tá certo — Aomine, também.

Momoi abafou um riso.

— Ele não tem uma irmã, também, Midorin?

— Tem. Ela me passa mais confiança. Acho que iremos nos dar bem. O único problema foi que ela me perguntou se eu fazia parte da Geração dos Milagres, e me pediu para conseguir um autógrafo do Kise. Eu lhe disse que ela pode fazer coisa melhor da vida dela.

— Ouch, Midorimacchi! Que cruel! Isso não é jeito de se falar com pessoas machucadas!

Demorou alguns segundos para Akashi perceber que estava sorrindo.

De novo.

Cerca de uma hora atrás, quando Momoi e Kise apareceram no hotel em que ele estava e o convidaram para tomarem café da manhã juntos (salvando-o da situação tenebrosa em que se encontrava — não se preocupem, já já tocaremos no assunto), ele sentiu uma pontadinha de ansiedade. Oras, era a primeira vez em muito tempo que eles iriam fazer algo juntos. Akashi se apressara para fora do hotel, e seguira Kise e Momoi pela quadra até entrarem em um cafezinho simpático com mesas na varanda de madeira sob um toldo azul, onde Aomine e Midorima esperavam quase babando de fome em suas camisetas.

E então eles conversaram. Bastante, até, enquanto dividiam pães com manteiga, cubinhos de queijo e uma garrafa térmica de café bem quentinho. Eles falaram e falaram sobre basquete, sobre os play-offs da NBA, sobre a Copa do Mundo, sobre planos para a faculdade. Momoi relembrou os bons momentos da Teikō Chūgakkō, e conforme Aomine, Akashi e Midorima entravam no clima, Kise até ficava sabendo de algumas histórias que até então ele não sabia, como da vez em que Nijimura e Haizaki brigaram e o soco que Haizaki teoricamente estava mirando em Nijimura foi parar na boca de Midorima, ou daquela vez em que Aomine e Kuroko foram obrigados a participarem da sinfonia de flautas da escola — um desastre total. E Akashi acabou falando de quando Haizaki planejou pegar um dos pockys de Murasakibara e teve a mão mordida, e que quando Shuuzou chegou no ginásio, quis levar o garoto para o pronto-socorro achando que ele tinha sido mordido por um cachorro. Midorima também contou sobre quando alguns garotos do clube de teatro pediram para Akashi cuidar das luzes em uma peça, e tudo estava indo muito bem até a hora de simular um arco-íris com as tais luzes — e aí Akashi tentou, e a energia da escola inteira caiu; oito da noite de um sábado, e a Teikō estava imersa na mais completa escuridão.

É o tipo de coisa que você sente falta depois de um tempo, ele pensou.

— Akashi. Você está fora do ar — A voz de Midorima lhe informou. Ele piscou algumas vezes, e focou a visão a tempo de pegar a bola.

— Agora que você disse — Aomine estreitou os olhos. — Tem alguma coisa te incomodando?

— Verdade. É a segunda vez que você faz isso, Akashicchi. O que foi?

Akashi teve que rir baixinho. Ele ficava feliz mesmo em saber que eles se importavam.

— Eu estou bem. Não há nada que vocês precisem se preocupar.

— É por que faz tempo que não jogamos juntos? — Momoi perguntou, com os olhos gentis, brilhantes, e um sorriso afetuoso como sempre. — Você está preocupado com o que nós pensamos sobre você? Sobre como a gente se sente?

— Isso também — Admitiu, arremessando para Midorima. Ser sincero (na maioria das vezes) não mata ninguém, não é verdade? — Mas não se incomodem com isso.

— Ow, ow. Não esquece que nós somos amigos, Akashicchi — Ryouta quase não estava sorrindo, mas a expressão dele era sutil e compreensiva. — Não é um incômodo'ssu. De onde você tirou que se importar com você é um incômodo? É óbvio que se pudermos, vamos te ajudar, Akashicchi.

— O Kise está certo — Midorima jogou uma bola mais rápida para Momoi. Ela pulou para pegar e arremessou direto para Aomine. Mais uma vez, ele rebateu e Akashi já estava esperando por ela. — Você sabe que nós não culpamos você por nada, não sabe? Nós o conhecemos antes de tudo aquilo, e nos preocupamos. Não fique escondendo isso para você mesmo.

Ué. Ele tinha a sensação que já teve uma conversa parecida. Tipo, algumas horas atrás.

Com os lábios pressionados juntos, Akashi encara a bola na luva por um tempo.

— A gente pode compartilhar nossos problemas também, se te deixar menos desconfortável — Kise sugeriu. — Né?

— Un — Aomine fez uma careta. — Isso é totalmente estúpido, Kise.

— Não é não, Aominecchi! Se não soubermos o que tem de errado com o Akashicchi, nós não vamos poder ajudar! E acho que se não ajudarmos, ele não vai parar de fazer essa cara.

Akashi franziu a testa.

— Que cara?

— Essa que você está fazendo agora'nanodayo — Midorima escondeu o rosto por alguns segundos ao ajeitar os óculos. Espera, aquilo era um sorriso?

— Eu acho que o Ki-chan teve uma boa ideia — Momoi, sutilmente, interrompeu seja lá o que Akashi planejava dizer. — Deixa a gente te ajudar, Akashi-kun!

— Isso aí — Aomine girou o taco. — É pra isso que amigos e ex-colegas de time servem, huh?

Akashi franziu a testa ainda mais.

— Eu não sei se você está sendo sarcástico ou não, honestamente.


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Notas finais do capítulo

Bom. Hehe. Só quero dizer que esse capítulo não foi completamente inútil! E ele vai continuar! E eu juro que as coisas vão começar a andar pra frente! aiuhaiuahi

Ah, e me avisem se acharem alguns erros (de continuidade, gramática, qualquer um desses), já que não deu tempo de revisar! =C

Então~ vejo vocês nos comentários? *cutuca* Hn, hn?