Kiba guia todos até um espaço a céu aberto. Longe das folhagens largas das árvores altas. Ali, o sol abençoa a cabeça de todos. Sakura e Naruto depositam as mochilas na grama e respiram profundamente.

— Água! - a Haruno para os olhos brilhantes sobre o líquido calmo na beira do acampamento do Inuzuka:

— preciso me lavar. Todos nós precisamos.

A passagem de água estreita da em um rio, mas antes ela passa por um caminho subterrâneo de uma montanha avistada ao longe. Kiba explicou para a rosada depois de ela perguntá-lo. Akamaru corre e rola pelas águas rasas. Após se divertir, ele bebe a água. Quando retorna para perto dos outros, o animal se sacode, derramando uma chuva sobre a galera. Todos riem com exceção do Uchiha que fecha a cara enquanto se seca. O Inuzuka entra em uma barraca e após minutos ele sai segurando uma panela tampada. Ele a deposita em cima de um tronco preparado para ser usado como mesa.

— Tenho peixe assado e algumas frutas. - O Inuzuka os serve: 

— aproveitem.

— Itadakimasu!!! - Naruto corre para se servir, mas é impedido pela Haruno. 

— Primeiro vá se vestir. - Sakura busca olhar carinhosa para o Inuzuka:

— Kiba-san, pode dar a roupa que prometeu?

— Claro! - o Inuzuka volta à barraca e após pouco tempo entrega ao Uzumaki um short e uma corda fina:

— ficará grande em você. Mas veja, basta prender com a corda em torno da cintura.

— Tá valendo! - Naruto usa o short ali mesmo. Amarrando com a corda para a roupa não escorregar. 

O Uzumaki se sente uma vareta dentro da roupa compridona e larga. Kiba pede licença para desfazer a barraca. Estando o Inuzuka de viagem, ele precisa mudar o lugar de acampamento a cada dia. As crianças sentam ao redor do tronco-mesa e Akamaru se deita atrás das meninas. Elvis bica a cabeça do cão, mas Akamaru não liga. 

— Está delicioso. - Sakura come a primeira porção de peixe e decide ajudar Hinata:

— vou tirar as espinhas pra você.

—Arigato Sakura-chan. 

— Cócóooocooo.

— Ha. Só um momento Hina-chan. -Sakura vai tirar da mochila um saco:

— só sobrou um pouco de milho. Elvis. Você comeu quase tudo no caminhão. 

— Esse bicho é um problema. Por que não deixa com o Inuzuka? Ele se dá bem com os animais.

O Uchiha sugere de braços cruzados. Sendo o único sentado de costas para a refeição oferecida por Kiba. Sakura o pergunta curiosa:

— Não quer se alimentar Sasuke? Não deve ter comido nada ontem não é?

— Não gosto de peixe. - O Uchiha mente e pensativo está confuso de o porquê se incomodar:

— “Merda. Por que estou me irritando?”

Sakura joga uma maçã na cabeça do moreno quem quase lacrimeja pela dor. Ele massageia a parte posterior do crânio. 

— ESTÁ DOIDA?! – Sasuke esbraveja com a rosada.

— Irg... - Naruto prende a risada. Adora vê-los brigando. Aguarda que surja outro beijo acidental. O loiro está sentado ao lado de Hinata e a ajuda a comer o peixe sem espinhas:

— Hina-chan não se preocupe com eles.

A Hyuuga assente. 

— Você é quem está errado! - Sakura grita:

— fique preocupada com você e agora não quer comer? Por que traz problemas?

Sasuke sente o coração quase saltar através do pescoço. Tem a impressão dos orbes verdes lacrimejarem. Imediatamente Sakura ruma em direção à passagem de água.

— Cócóooo!

Elvis para de comer o milho. Ele abre as asas na direção do Uchiha e fica cacarejando de forma agressiva. Akamaru rosna para o menino Uchiha. 

— Os animais te odeiam. - Naruto deduz ao amigo, mas sem a intenção de brincar, pois nota o momento triste a fincar-se entre eles.

— Sakura-chan.

Hinata sussurra estendendo a mão pequena pra frente, abrindo e fechando os dedos. Naruto abaixa delicadamente o braço da Hyuuga.

— Ela não está perto de nós. - O loiro avisa à menina Hyuuga e depois busca olhar para o Uchiha:

— Sasuke. É melhor falar com ela.

O Uzumaki não está sério. Apenas calmo. Sasuke vermelho assente. Pega a maçã, em vez de ir até a Haruno, foi se isolar não longe dali. Kiba desconhece o que se passa, pois tudo aconteceu quando desfazia a barraca. Ao ver Sakura e Sasuke se distanciarem em direções diferentes, o Inuzuka pergunta às duas crianças que ficaram: 

— Está tudo bem?

— Sim. - Naruto respondeu:

— só que os dois se gostam, mas ainda não aceitaram e vivem brigando. - Naruto abraça Hinata pelo ombro:

— ainda bem que não somos assim. Não é? Fadinha?

— Na-Naruto-kun. - Vermelha, ela fica com um sorrisinho. 

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Sakura sentada na grama de pés descalços mergulhados na região rasa preenchida pelas águas calmas. Havia lavado as pernas e os braços. Não está em uma região para se banhar completamente. Uma pena. Todo mundo anseia por um banho. A rosada molha o pescoço. Os cabelos rosados estão úmidos. Sasuke senta ao lado dela. Um pequeno espaço entre eles. Ele também encara as águas. Ele se desculpa:

— Foi mal.

A Haruno se sente melhor em ouvi-lo. Mas ela não demonstra. 

— Não entendo você Uchiha. Veio com a gente por conta própria. Não me venha dizer que é só para provar que é um riquinho que aguenta uma aventura na floresta.

— Não. Vim com vocês porque não queria fugir sozinho. Vocês-

Sasuke trava. E luta para pôr pra fora. Ele respira fundo e larga com ira: 

— quis ser amigo de vocês!!!

— Você admite como se fosse uma ofensa. Uchiha. 

— Estou fazendo o possível. Você não colabora. Haruno. Eu sempre fiquei sozinho. Eu me senti estranho em interagir com vocês. Por isso eu quis conhecê-los. 

A Haruno cora violentamente. Nenhum dos dois se fita durante a conversa. Eles prendem a atenção nas águas cintilantes pela luz solar.

— Obrigada. Por ser sincero.

O Uchiha busca mudar de assunto:

— Haruno. Não confie no Inuzuka.

— Por que não? - ela vira o rosto para olhá-lo.

Ele também a fita diretamente. 

— Não podemos dizer o motivo de estarmos aqui. Ele pode nos devolver para nossos responsáveis. Meu irmão publicou uma foto minha de identidade. Seus pais também já devem ter alertado às autoridades. E a família de Hinata? Não sabemos se já espalharam fotos dela. E Naruto? ele está fugindo desde quando?

— Mas Kiba-san deve estar afastado da cidade há algum tempo. Ainda não deve ter ouvido falar da gente. Pois pelo visto ele está acampando na floresta por vários dias.

Sasuke se levanta:

— Para nossa segurança vamos mentir. 

A Haruno compreende a preocupação do Uchiha. Ela também não quer correr o risco de estragar os planos. Ela o pergunta:

— O que vai dizer?

— Já tenho uma mentira planejada. –Sasuke estende a mão:

— você vem?

A Haruno sorrir e segura a mão dele. Ele a levanta. Os dois desconhecem o porquê, mas voltam de mãos dadas para perto dos outros.

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Itachi dirige atormentado, pois Mebuki Haruno conta sobre a doença da filha. Conforme ele ouve palavra por palavra do estado de Sakura, é mais difícil para ele acreditar que uma criança tão bonita e de aparência sadia ocultava uma grave condição. Ele se lembra de vê-la uma vez. Os orbes verdes intensos tão expressivos! A mente dele vagueia e ele passa a dirigir automaticamente. Não escutando a voz da senhora Haruno. Itachi se pergunta se Sasuke a conheceu. Ele sumiu para não almoçar com os vizinhos e ela também. Sentado no banco de trás, Kizashi Haruno não para de olhar pela janela. Procurando por um vulto rosa.

— É possível que ela tenha lido sobre Tsunade. Uma médica famosa que está fazendo uma pesquisa na cidade de Suna. - Conclui Mebuki que só então notou não ter sido escutada:

— Itachi-san?

O Uchiha pisca em um ritmo anormal. Despertando-se. Ele a olha rapidamente:

— Perdão. 

— Está tudo bem. - Mebuki sorrir. Calma. E mantém o olhar na estrada:

— uma menina tão linda, com câncer. Ela foi a primeira aceitar melhor a condição dela. 

Itachi engole a seco. Apesar do tom calmo da senhora Haruno, ele imagina o quanto de dor há por trás da fala dela.

— Ela é uma menina madura. - O olhar de Kizashi segue procurando a filha pela janela, mas agora ele se prende à conversa:

— Sakura decidiu estudar em casa. Ela também arruma o quarto e varre a casa. - Ele limpa uma lágrima que desliza até ao lado do queixo.

As mãos de Itachi apertam o volante com mais força. 

— Ela é contra a nossa decisão de vender o campo. - Mebuki compartilha - Desde então, nossa relação se tornou mais complicada.

Inicia uma luta para não cair em prantos. Sempre que a noção bate, de que a filha fugiu de casa e agora corre grande perigo, o coração de mãe beira ao desmanche. 

— Aquele é o posto de pesagem onde encontraram seu irmão?!! - Kizashi encara a janela da frente e se impulsiona, ficando entre a esposa e o Uchiha. Ele apoia as mãos nos encostos dos assentos de Itachi e Mebuki. 

— É sim. Eu vou parar aqui e pedir informações. 

O Uchiha confirma, enquanto estaciona. Ele se alivia por não escutar mais sobre a Haruno. Não sabe como consolar o casal. Kotetsu e Izumo continuam no posto, dentro do caminhão. Os dois dormem respectivamente no banco de motorista e de ajudante. Kizashi corre, ultrapassando Itachi. O senhor Haruno bate na porta do caminhão. Vendo que os homens não acordam, Kizashi passa a desferir fortes murros. Mebuki e Itachi observam ao redor e avistam um carro da polícia que está vazio. Perdendo a paciência, Itachi corre até o senhor Haruno e o ajuda a tentar acordar os dois adormecidos. Como o barulho se torna maior, Izumo e Kotetsu aos poucos despertam. O vidro da janela ao lado do assento do motorista é abaixado. Após bocejar, Kotetsu pergunta: 

— Você é o pai do menino? — a semelhança entre os dois é gritante. 

— Não. Sou irmão dele. — Itachi responde e percebe que o caminhoneiro vai abrir a porta. O Uchiha recua para trás, saltando junto com Kizashi. 

— Não pudemos abandonar o posto ontem. Alguns itens de carga foram quebrados. Seu irmão entrou escondido no nosso caminhão. — Izumo informou, saindo do caminhão. 

— Isso eu já sei. Quero saber para qual direção ele fugiu. 

Kotetsu pensa um momento antes de apontar: 

— Naquela direção. 

— Não viu ninguém mais com ele? Uma menina de cabelos rosados? - Mebuki interroga. 

— Menina? Não. 

— A única companhia dele era um galo. - Izumo informa:

— o que é estranho, pois o resultado da pesagem de carga indicava que tinha mais peso que o corpo do menino possui. Só podia estar na companhia de alguém, não pensamos nisso ontem direito. 

Kotetsu após refletir concorda com o companheiro. Devia ter chegado nessa conclusão antes. 

— Querida. Só pode ser o Elvis. — Kizashi aperta a mão dela e ela sorrir. 

— Elvis? - Itachi pronuncia o nome. Desconhecedor. 

— É o galo que nossa filha adora. - Kizashi explica e fica mudando o olhar de Kotetsu para Izumo e vice e versa:

— para que direção ela foi?!!!

— Só vimos o garoto Uchiha. Se a filha de vocês estava no caminhão, ela fugiu enquanto fomos distraídos pelo menino. - Kotetsu responde e Izumo os avisa: 

— O policial Guenma mais cedo organizou um grupo de busca. Não demorará em encontrarem essas crianças. - Ele rir antes de comentar:

— elas não vão longe. Por quanto tempo acham que ficarão na floresta sem um adulto por perto?

Itachi também pensa assim, mas acha melhor não subestimar a determinação de duas crianças que querem fugir a qualquer custo. Afinal, a menina Haruno sabe que não tem muito tempo de vida e por isso não deve se importar de correr risco. E Sasuke? Itachi nunca imaginou que ele se meteria em uma fuga dessas. Para um menino que prefere ficar no conforto do quarto, meter-se no mato, é uma mudança imensa. Que mais surpresa o irmão mais novo revelará?

— O que estamos esperando? - o Uchiha pergunta ao casal Haruno:

— vamos procurá-los!!! Se eles se meteram pra dentro da floresta, nós também vamos!!!

CONTINUA