Radioactive. escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Obrigado à todos que estão comentando!
Os comentários me fazem continuar a história!
Espero que gostem desse capítulo, que não é muito curto e nem muito longo.
;)
Desde que saímos estamos vagando pela superfície. Às vezes, James não consegue respirar direito e temos que parar, trocar o cilindro e ficar parados por um tempo, enquanto ele se acostuma novamente com o oxigênio.
– Você está bem?
– Não. Cansado.
– Daqui a pouco a gente para de novo.
– Para você é fácil falar, não?
– Vamos começar com isso de novo?
– Claro que não. Não culpo você.
– Vamos parar.
– É bom mesmo, quase não consigo mais respirar.
– Porquê não disse antes?
Sentamos no meio do que outrora foi uma rua de Washington.
– Estou com fome. – Ele disse, quase sem fôlego.
– Eu também. – Começo a mexer na mochila, procurando alguma comida. – Droga.
– O que foi?
– A comida acabou.
– O quê? Vamos ter que voltar, Kiara.
– Eu não quero voltar.
– Eles devem estar procurando por mim. Vou voltar e pegar comida.
– Isso é suicídio.
– E o que eu estou fazendo aqui? Com poucos meios de respirar? Suicídio.
– Eu não te obriguei a vir, se é o que está insinuando.
– Não estou insinuando nada.
– Vai buscar comida.
– Se eu não voltar...
– Você morreu e significa que eu também vou morrer em breve. – Digo ironicamente, enquanto James volta pelo caminho que fizemos.
_ _ _
Passo as mãos pelo rosto e cabelos. Não devia ter falado com James daquele jeito e isso resultou em quê? Meu único amigo está indo buscar comida em um lugar em que sabe que se o pegarem, ele está morto. É como se ele assinasse seu atestado de óbito.
Ouço um barulho e me assusto. Não o identifico. Sorrateiramente, preparo meu arco e flecha. Rezando para não ser um daqueles malditos robôs. Uma cabeça aparece por sobre o pedaço de escombro que me escondo. Me assusto, mas não consigo disparar a flecha. A figura sorri, tampando a luz do sol. Por alguns momentos, enxergo tudo escuro.
– Abaixe o arco, Kiara.
– Como me conhece?
– Sabemos tudo a seu respeito.
– Sabemos? – Pergunto, abaixando o arco e me levantando.
– Meu nome é Tyler Harrington. E acho melhor vir comigo antes que Campbell volte com os outros cientistas.
– James voltará com comida.
Tyler ri alto, mas logo para.
– Acha mesmo, uma simples coincidência, você e Campbell estarem na mesma base? Ele está com eles, está com escutas e sabem cada passo que dão. Eles sabem que James está voltando e ele trará cientistas até aqui.
– Não acredito em você.
– Então terá que ser do jeito difícil?
– Como assim...?
Sinto uma pancada na cabeça, tudo escurece e eu caio.
_ _ _
Acordo em um quarto vermelho. Há portas de vidro. Toda a mobília é de vidro. Ao lado de minha cama, há um vaso de vidro com rosas negras de vidro. Não sei onde estou. As portas de vidro se abrem e uma mulher loira de mechas coloridas entra.
– Como está se sentindo, Kiara. – Sua voz é tranquila e ela traz à mão alguma coisa com cheiro de hambúrguer.
– Bem... Eu acho.
– Desculpe pela cabeça. Você não tinha indícios de que aceitaria tudo aquilo de bom grado.
– Está tudo bem.
Sem perceber, encaro o pacote que a mulher traz.
– Tome, é para você. – Ela me entrega o pacote, está quente. Ao abrir, vejo que meu palpite estava certo. Um hambúrguer.
– Obrigado. Faz anos que não vejo um hambúrguer.
– A propósito, sou Estella e vou te acompanhar enquanto se recupera da contusão na cabeça.
– Obrigado. – Respondo, ainda com um pedaço de hambúrguer na boca.
_ _ _
– Ela estava aqui! Eu juro! – Gritava James, enraivecido.
– Mas ela não está! – Gritou o homem alto que estava com uma arma apontada para James. Ele atirou em James.
– Para que isso, G?
– Ele nunca mais vai andar e nunca mais vai ver a queridinha dele. Vamos.
Dois homens carregaram James de qualquer jeito e eles voltaram à Base.
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