Please don't ever go away. escrita por Fangirl
Notas iniciais do capítulo
' A tempestade inesperada."UHUL O PRIMEIRO!Cara eu sei que o texto ta bugado mas foi feito com amorzinho,ou falta dele.anywayENJOOY =D
– Foi muito bom ter vindo. - disse ele saindo do abraço.
– Também acho.Bem acho que aqui que eu fico.
– É.
– E você não.
– Sempre objetiva baixinha.
– Cale a boca e vá embora logo garoto. - respondi sorrindo e cruzando os braços.
Ele hesitou.
Enfiou mais o gorro na cabeça,voltou suas mãos para os bolsos do jeans e olhou seu vans escuro por um tempo.
Eu não achei tão estranho,quer dizer,ele é um garoto. Convivo com garotos a tempo bastante para entender que o normal deles é ser estranho,e quando não são tem alguma coisa errada. Que você não vai descobrir até que eles te contem,ou seja nunca.
– Eu não posso ir GreenBay.
– Por que não Alton?
– Porque eu gosto de você.
Ele era assim.
Desde sempre imprevisível, irresponsável, sem prestar conta a ninguém e dono do próprio nariz. E gostava de mim.
Imprevisível como uma chuva de verão. Quando você vê já é tarde demais.
– Como assim?
– Eu gosto de você.- ele dizia isso como se pedisse uma pizza grande de calabresa e quatro queijos.
Poucas palavras,pensei.Tantos significados.
Quer dizer já dissemos isso um para o outro antes. Com quatro anos na piscina de plástico no verão. Quando o outro estava se sentindo mal,então diziam que gostavam tanto do outro que iam pedir uma pizza grande e deixar que ele pagasse. Quando precisavam de alguma coisa.
Nunca com esse olhar que ele estava dando.
E o tempo nublado estava contribuindo para que eu entrasse mais em pânico,abrindo uma brechinha nas nuvem para o sol passar e,é claro, bater no garoto.
– Por que cara?
– Me faço essa pergunta há anos.
Me afastei dele.
Três meses. Ele teve três meses pra me dizer isso e esperou até agora uma hora antes de embarcar para muitos quilômetros de distância.
De mim, a garota que ele gostava.
Que gostava dele também, mas não iria admitir tão fácil.
– E o que espera agora?Hã?Que seus pais vão entender que você não pode voltar pra casa porque está muito apaixonado por mim?
– Na verdade eu não usaria o termo apaixonado...
– Ótimo porque seria muito estranho. Eu tinha uma missão apenas: trazer você até o aeroporto, me despedir e estar em casa até o jantar. Por que você sempre complica as coisas Christian?
– Por que isso é complicado?
– Porque eu gosto de você também idiota.
Silêncio.
E tudo que te resta a fazer é aproveitar a chuva.
– Melissa, - meu Deus ele usou meu nome,pensei.Melhor correr.Mas ele segurou minhas mãos. - Eu gosto de você.
– Eu também gosto de você Chris.
Ele sorriu.
Por um momento ele era o nerd esquisito da quinta série que colecionava cartões de Pokemon.
Sentamos nas cadeiras de plástico.
– Então somos duas pessoas que se gostam. - digo.
– É.
– Mas que não podem ficar juntas.
– Não.
– E o que vamos fazer?
– Bem , eu tenho que pegar um avião em meia hora. - responde ele brincando com meus dedos da mão.
– Por que tudo tinha que ser tão complicado?
– Eu não sei. Não sei mesmo. - suspirou. Me encostei em seu ombro observando as pessoas andando, arrastando suas malas por aí, falando ao telefone,mandando mensagem todas sem aproveitar a vista que o aeroporto proporcionava.
– Eu digo o que vamos fazer. - disse me levantando. - Temos meia hora aqui, vamos aproveitar.
– Vamos lá.
Então saímos correndo pelo lugar de mãos dadas.
Passamos pela livraria, experimentamos as coisas da lojinha, compramos chocolates no café, ficamos apostando corrida na escada rolante e por fim sentamos na frente do vidro que dava para a pista de decolagem comendo o que compramos.
– Quanto tempo temos?- perguntei.
– Dez minutos.
– O que mais podemos fazer?
– Eu estou bem aqui. - respondeu passando o braço por meus ombros me trazendo mais perto. Seu peito era quente e seu colete fofinho sob a camisa de flanela azul escura. Eu amava aquela camisa.
Uma voz logo ecoou pelo local anunciando o voo.
– O seu.- murmurei.
– Espero que não.
– Mas você precisa ir.
– Wow GreenBay se for assim aí que eu vou. - brincou. Virei seu rosto para mim.
– Escuta aqui garoto eu não quero que você vá mas se não for vai se ferrar. E eu não sei o que eu vou gostar menos, então teremos que descobrir.
Ele sorriu. Me senti como um cubo de açúcar na chuva, derretendo.
– Adoro você brava.
– O que?
– Vamos lá bravinha.
– Eu não sou brava! - gritei enquanto ele me puxava pela mão.
– Não,claro que não.- respondeu rindo.
Quando chegamos perto do portão senti minhas pernas virando gelatina. Ele sentiu isso e apertou mais minha mão. Paramos.
– Ei vai ficar tudo bem. - disse.
– Eu sei.
– Sério.- a voz feminina anunciou a última chamada para o voo. - Eu vou voltar.
– Bom mesmo.
Ele apertou mais minhas mãos juntas e as beijou.
– Te vejo em breve. - deu uma batidinha de leve em meu queixo e foi até o balcão.
Foi como uma tempestade enorme. De uma hora pra outra ela cai e destrói tudo ao seu caminho.
Quase cai no chão com a força que ele me atingiu ao voltar correndo e me abraçar.
Senti seu peito subindo e descendo, senti o cheiro de seu cabelo, o senti na minha pele. Uma mão em meus cabelos e outra nas costas me trazendo mais perto.
– Não me espere acordada. - disse ao me soltar.
– Quem vai estar aqui pra me obrigar?
Sorrimos.
E foi como se tivesse uma pausa na chuva para se criar um arco-íris.
– Seria muito clichê se eu te beijasse agora? - perguntei.
– Bastante. - dei ombros. Sempre gostei de clichês.
Não sei como não arrastaram ele pra dentro do avião mas ele foi. Não sem antes gritar que iria voltar com a voz do Exterminador do Futuro e imitar o som de armas sendo disparadas.
Eu amo aquele cara.
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Comenta ai o que achou,ou favorita sei l.Coma biscoitos,compre presentes de natal e veja series.Byye =D