Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 8
Quando o Amor Fala Mais Alto


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem e eu devo dizer que estou adorando o retorno de vocês acho cada comentário maravilhoso, vocês são as melhores leitoras. Obrigada!



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Naquele momento, no começo de um fim de semana ensolarado a equipe do arqueiro e Barry Allen estavam reunidos juntamente com Amanda Waller e suas propostas de planejamento para uma melhor captura dos vilões que escaparam sobre seus cuidados. Ela esbravejou e pestanejou quando suas propostas não eram aceitas abertamente pela equipe. Barry mantinha sua mão carinhosamente sobre o ombro de Felicity que se sentia completamente serena ao toque de seu amigo. Por outro lado Oliver enciumado com aquele ato observava sempre se contendo para não avançar em Barry ali mesmo.

Quando, enfim, obtiveram uma proposta plausível a reunião se deu por encerrada. Waller entregaria o comando do Esquadrão Suicida para o time do arqueiro deixando a responsabilidade nas mãos de Oliver.

Quando a reunião foi encerrada Oliver puxou Felicity para o canto enquanto todos saiam da sala. Ele olhou no fundo daqueles olhos azuis profundos e não viu esperanças depositadas ali, estava preocupado, ela estava silenciosa demais e alguma bomba ela escondia por trás disso, assim como naquele dia em que ela estava tendo a mesma reação enquanto portava o segredo de sua mãe sobre Thea.

– O que está havendo? – Oliver segurou a mão dela que agora estava um pouco fria. – Quando você fica em silêncio assim alguma coisa de ruim está por vir.

– Só não tenho o que dizer.

– Essa não é você Felicity.

– E se não der certo? O que vamos fazer se eles conseguirem me pegar hoje mesmo? Ou amanhã? O que eu vou fazer se eles apenas quiserem se vingar de você? Eu não vou suportar te perder de novo.

– Você não vai me perder. Eu sempre volto pra você.

– Eu só estou cansada.

– Você está fazendo rodeios, não é somente isso que tem para falar. – Oliver a segurou pelos ombros quando ela tentou sair do local, fez com que ela olhasse em seus olhos e aquilo a fez estremecer, odiava não conseguir mentir.

– Não me odeie por isso Oliver, mas eu sinto muito eu não posso dizer.

– Eu jamais conseguiria te odiar. – Ele a abraçou e depositou um beijo no alto de sua testa. Ela soltou um suspiro pesado enquanto sentiu Oliver respirou de modo completamente incomodativo.

– Me desculpe.

– Já estou acostumado. – Ele sorriu deixando a loira mais confortável. – Vamos o pessoal deve estar nos esperando.

Ambos caminharam de mãos dadas até a sala de espera em que quase todos se encontravam Laurel e Roy haviam ido para o covil Lyla estava observando um novo caso da A.R.G.U.S. restaram apenas Diggle e Barry que estava se preparando para a partida apenas queria se despedir de sua amiga.

– Você vai ficar bem. – Ele se aproximou e olhou para Oliver que mantinha uma feição um tanto quanto irritada. – Posso? – Ele perguntou gesticulando um abraço, Felicity tentava ao máximo não dar importância as crises de ciúmes de Oliver, achava até engraçado às vezes.

– Claro. – Ela o abraçou e ele ainda no susto correspondeu ao ato. – Nos vemos por aí.

– É só me chamar, em um segundo estarei ao seu lado. – Ele sorriu largamente para ela que também mantinha um sorriso ingênuo em seu rosto. Bastou Barry olhar para o rosto de Oliver que ele sentiu um incômodo em sua garganta, acabou engasgando e não sabia explicar com o que. Felicity lançou um olhar repreensivo para Oliver que apenas desviou seu olhar.

– Obrigada.

– Tome cuidado, me avise se o tempo fechar por aqui. – Ela sorriu um sorriso sem vida e observou ele sair pela porta e logo em seguida um rápido borrão sumir.

***

Mais tarde Felicity treinava junto com Diggle enquanto Roy e Oliver detinham bandidos, traficantes de droga. Pelo menos outro vilão não estava aprontando na cidade juntamente com Carrie e Slade tendo assim, toda a atenção máximo atraídas para eles.

– Você está indo super bem Felicity. – Diggle parou por um instante para beber um pouco de água oferecendo Felicity um pouco. – Logo pode estar lutando melhor do que Oliver. – Ele brincou arrancando um sorriso carinhoso da mulher. Diggle nunca viu na imagem de Felicity uma mulher assustada, amedrontada. Sempre a via como uma garota alegre e comunicativa, sentia-se como um irmão meramente super protetor e até mesmo brigava com Oliver, seu amigo, devido aos deslizes que ele cometia com ela.

Depois de 3 anos e de muita coisa acontecer viu a esperança sumir dos olhos de Felicity apenas uma vez, quando Oliver foi dado como morto. Viu ela sentir medo apenas uma vez quando sua mãe corria perigo. Agora ele via o esforço que ela fazia para que a escuridão não tomasse conta de si. Ela temia que algo acontecesse, estava a todo momento em frente daqueles monitores esperando um rastro e quando o mínimo deles surgia ela ficava tensa nervosa.

– Hey Barbie quer conversar? – Ele perguntou sorrindo para ela enquanto ela olhava para os computadores pela milésima vez.

– Não tenho assuntos legais Diggle. – Ela sorriu.

– Não este tipo de conversa. – Ela olhou seriamente para ele e suspirou, ele esperou que ela argumentasse, ela embaralhou em suas palavras, gaguejou até.

– Eu ainda estou bem, não vem acontecendo nada e apenas estou tentando evitar que aconteça. Não quero que seja tarde demais e depois pensar que eu poderia ter conseguido evitar isso Diggle.

– Isso nunca vai ser culpa sua.

– Eu estou falhando de novo. Perdendo o foco no que eu mais sei fazer de melhor.

– Eles sabem se esconder bem, são vilões, não estamos falando de bandidos comuns.

– Eu tenho medo de perdê-lo, de perder vocês. – Ela olhou para ele buscando por ajuda, Diggle levantou-se para ir até ela para abraçá-la foi quando avistou Oliver ouvindo a conversa no topo da escada. Ele beijou a bochecha de Felicity que suspirou pesadamente mais uma vez antes de notar a presença de Oliver e Roy no ambiente.

Ainda sim conhecendo Felicity ele ficava ainda mais impressionado com ela, com suas atitudes e seus pensamentos, ele era um herói passou cinco anos desaparecido aprendendo outros idiomas e outros tipos de defesa corporal e mesmo assim ela se preocupava com ele. Ela sempre o colocou em primeiro lugar, colocou Diggle e Roy, a vida de todos e por ultimo pensava nela mesma. E neste momento ele teve certeza que havia encontrado a mulher de sua vida, não que ele tivesse dúvidas, mas ele era reservado quando o assunto era Felicity, ela era diferente das outras tinha algo mais, um carisma a mais e aquilo poderia ser seu diferencial, porém não era. Ela era corajosa, extremamente corajosa a ponto de se sacrificar por aqueles que ela mais ama.

***

Diggle e Roy voltaram para casa mais cedo, Oliver queria poder ter momentos a sós com Felicity. Ele no momento ensinava algumas técnicas de alto defesa e quando pararam para descansar ele pegou seu arco e a aljava e com o dedo indicador acenou para que a loira se aproximasse, com o olhar meio desconfiado Felicity caminhou até ele.

– Disse para os meninos irem embora mais cedo para não correrem risco de levarem uma flechada? – Oliver riu, aquilo havia virado rotina quando se estava ao lado dela. – Estou falando sério eu não sei nem como pegar essa coisa.

– Você sabe sim e eu irei lhe ajudar.

– É arriscado você levar uma flecha de brinde. – Ela disse brincando com seus dedos nervosamente.

– Vou correr este risco. – Ele disse puxando ela para mais perto colando o corpo dela ao seu e fazendo assim ela suspirar um pouco tensa. – Relaxe Felicity.

– Impossível com você tão perto assim. – Ela disse baixo somente para ele. – E ainda sem camisa. – Ela olhava fixo para frente enquanto sentia a mão de Oliver percorrer por seu braço.

– Concentre-se na mira, imagine algo de ruim. – Ele dizia enquanto corrigia a postura da mulher que se mantinha tensa a cada toque dele. – Agora solte quando eu disser está bem?

– Sim. – Ela manteve seu corpo na posição indicada e Oliver contou até três e quando ele indicou a flexa tomou o seu percurso, não exatamente o desejado, mas foi melhor do que os pensamentos de Felicity conseguiam imaginar que seriam.

– Pelo menos ainda estou vivo. – Ele brincou pegando seus equipamentos e depositando eles sobre a mesa, olhou para seu relógio no pulso e constatou que já passava da hora de irem. – Acho melhor nós irmos para casa.

– Estava esperando ansiosamente para que dissesse isso. Vou pegar minhas coisas.

No primeiro passo que ela deu Oliver a puxou pelo braço para beijá-la, um beijo avassalador no qual Felicity nem imaginava que um dia chegaria a ganhar ainda mais quando se falava de Oliver Queen. Ela pensava que estava sonhando quando sentia seu toque, seu cheiro.

***

– Amor, acho que esqueci a chave no covil. – Ele disse batendo a mão levemente sobre o bolso de sua calça Felicity revirou os olhos não podendo acreditar na situação.

– Como você sobreviveu em uma ilha Sr. Esquecidinho?

– Eu tinha que lembrar apenas de lutar.

Quando adentraram Felicity paralisou pelo caminho a musica suave os buquês de flores espalhados pela casa, três caixas de presentes sobre o sofá e mais a frente um coral de surpresa foi anunciado. Felicity havia decidido que não comemoraria seu aniversário aquele ano, porém havia algumas pessoas que se importavam com isso.

– Feliz aniversário amor. – Oliver a girou para que ela ficasse de frente para si e depois depositar um rápido beijo em seus lábios, ela ainda estava anestesiada com a situação do momento, todos estavam presentes, Diggle, Lyla, a pequena sara nos braços de Laurel, Roy e até mesmo Thea que por sinal estava com um largo sorriso no rosto.

– Eu não sabia que você beijava suas “amigas” Ollie. – Thea implicou visto que ela era a única que ainda não sabia da grande novidade. Felicity cruzou os braços e olhou seriamente para Oliver esperando por alguma resposta e por mais que ela estivesse brincando ele achou que aquele ato fosse verdadeiro.

– Muito obrigado Speed. – Ele disse com os olhos raivosos sobre Thea. – Na verdade eu não fiz da forma correta e estava esperando para oficializar a nossa relação.

Neste momento ele segurava a mão de Felicity de forma tão suave e ela sentia que se pudesse derreteria como aqueles desenhos infantis quando um personagem estava completamente apaixonado.

– Eu... Pode não parecer, mas estou meio sem jeito, mas Felicity você aceita ser a namorada deste pobre e humilde ex-milionário?

Ela sorriu com a brincadeira e involuntariamente e todos ali também.

– Wow de todas as situações mais platônicas que eu pensei nunca imaginei que seria assim.

– Foi muito ruim?

– Não, foi perfeito. – Ela segurou o rosto dele entre suas mãos e selou seus lábios ao dele. A platéia cheia de amigos aplaudiram enquanto Diggle e Roy iniciavam um coro de “aleluia” apenas para deixar o casal sem graça e conseguiram isso e um par de almofadas na cabeça de cada um jogadas por Oliver.

– Vamos tomar um banho e voltamos. – Oliver acompanhou Felicity até o quarto e assustou quando viu suas coisas no quarto dela ela pediu desculpas com aquele seu jeito meigo apenas com o olhar e ele sorriu, sorria demais de algum tempo para cá e estava adorando, pois a dona daqueles sorrisos estava ali.

– Oliver não precisava disso tudo.

– É apena um jantar e você merece isso e muito mais.

– Obrigada. – Ela o abraçou e ele não se conteve a manteve por perto por tempo demais até se lembrar que havia visitas esperando. Ele esperou que ela terminasse o banho para poder tomar o seu. Felicity escolheu um vestido em um tom azul rodado a partir de sua cintura era perfeito aos olhos de Oliver. O cabelo dela estava solto e um pouco úmido e quando ambos estavam prontos voltaram para a sala para conversarem com os convidados.

Oliver ficou em pé ao lado da poltrona onde Felicity sentou. O papo sobre algumas coisas engraçadas estava agradável conversaram sobre algumas gracinhas de Sara e Felicity até mesmo brincou com ela enquanto a garotinha estava em seus braços.

– Então Felicity como conheceu meu irmão?

– No trabalho,trabalhava no departamento de T.I.

– Nos esbarramos nos corredores da empresa do papai e... – Ele olhou para ela apaixonadamente. – Eu acho que foi amor a primeira vista só que eu nunca quis perceber isso.

– Bem sua cara Ollie. – Thea disse não conseguindo quebrar a troca de olhares que ocorria entre os pombinhos. – Felicity você é um amor e pode ter certeza que se Ollie aprontar com você ele irá sofrer com as conseqüências.

– Com certeza ele irá sofrer. – Diggle disse seriamente e recebendo o apoio de Roy, Lyla e até mesmo Laurel.

– Isso agora é um complô? Speed pensei que você fosse minha irmã.

– Eu te amo maninho.

– Vamos jantar crianças? – Lyla anunciou levantando-se quando o temporizador soou.

***

– Hoje foi muito agradável. – Ela voltou a se sentar no sofá desta vez de pijama e Oliver sem camisa, ela passou suas pernas sobre as pernas do homem enquanto ele terminava sua taça de vinho. – Obrigada.

– Datas como esta devem ser celebradas, ainda mais quando é seu aniversário.

As mãos dele puxaram-na pela cintura para mais perto, o beijo se intensificava ainda mais, o recinto parecia estar ficando quente, as respirações ofegantes e apenas se afastaram quando o ar faltou, Felicity encostou sua testa na dele e ainda com os olhos fechados pensou bem no caminho que aquilo seguiria.

– Você me faz sentir aquela adolescente boba que eu era.

– Isso é bom ou ruim?

– Eu era rebelde e às vezes inconseqüente.

– Adoro jovens inconseqüentes. – Ele arrancou um sorriso do rosto dela mantendo o seu presente em seus lábios por pouco tempo até os beijos se tornarem mais constantes.

Quando o clima esquentou um pouco mais Oliver a ergueu e caminhou até o seu quarto a deitando na cama com cuidado. Aquele momento seria inesquecível para ambos, ali começava intensamente a história amorosa de ambos. Logo Felicity que um tempo pensou que seu amor platônico por Oliver Queen morreria com ela sem progresso algum, que eles não trocariam nem mesmo a formalidade de chamar um ao outro por apelidos carinhosos e carícias. Agora eles davam vida ao amor que sentiam um pelo outro tornando-se um só.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem aqui não se esqueçam e para o próximo capítulo as coisas começam a esquentar e quando digo esquentar não é a relação dos pombinhos. Espero que tenham gostado, bjos! Até o próximo capítulo.



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