Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 6
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Espero não ter matado ninguém do coração com a demora queria ter postado antes, mas tive certa dificuldade com este capítulo e eu realmente espero que gostem.
Boa leitura.



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Os primeiros dias de treino foram os piores, as dores musculares as marcas roxas em seu corpo, passou a trabalhar mais com camisas de manga comprida não queria aparecer na empresa e alguém lhe perguntar se havia sido espancada. Quando se aproximou outro fim de semana e outra sexta feira estava prestes a se acabar juntamente com seu expediente um homem muito bem apresentável adentrou a sala de Felicity naquele momento tirando seus pensamentos de suas anotações.

– Parabéns Srta. Smoak.

– Obrigada, mas meu aniversário não é hoje. – A loira desviou rapidamente seu olhar do monitor.

– É pelo namoro. – Ele piscou singelamente fazendo Felicity ficar completamente desconcertada.

– As notícias já estão correndo assim?

– Capa da revista de fofoca mais bem vendida. – Felicity debruçou-se sobre a mesa, não queria muita repercussão sobre o assunto fazia apenas uma semana. – Estou brincando, mas saiu na página de fofocas do jornal local.

– Ninguém lê esse jornal. – Ela se queixou, sentindo-se um pouco mais a vontade.

– Não mesmo somente eu e a população de Starling City. E também algumas cidades da região. – Ele soltou uma gargalhada quando a loira já se levantava pegando suas coisas pelo caminho. – Já está indo?

– Sim, já está tarde Ray passei do meu horário e Oliver já me ligou dizendo que está me esperando exatamente 45 minutos atrás.

– Que pena pensei que poderíamos falar sobre o projeto ATOM.

– Não faça essa cara, estou cansada Ray e realmente quero chegar em casa e pedir Oliver para me fazer uma massagem ele definitivamente está acabando comigo.

Ray ergueu uma de suas sobrancelhas e somente com aquela expressão dele sobre si ela percebeu que havia soltado mais uma de suas pérolas.

– Não era bem isso que eu queria dizer, está bem esquece. – Ela voltou a andar sentindo seu rosto ainda queimar de vergonha.

– Vocês estão morando juntos.

– Não.

– Eu não perguntei Srta. Smoak eu fiz uma constatação. – Ele riu mais uma vez quando viu Felicity parar na sua frente com uma expressão completamente raivosa. – Eu ainda tinha esperanças de conseguir ficar com você, mas acho que vou preferir sua amizade, ninguém mandou dormir no ponto não é mesmo?

Ambos sorriram Felicity sentia-se bem ao lado de Palmer, assim como se sentia bem ao lado de Barry, seriam grandes amigos no futuro, apenas isso. Talvez se tivessem aprofundado em um relacionamento não daria muito certo, não seria duradouro, eles se cansariam da presença um do outro.

– Vá para casa Ray, o projeto está praticamente pronto, te ajudo segunda nem que seja depois do expediente, mas... – Ela levantou seu dedo indicador para que o homem não começasse a falar novamente. – Vou deixar bem claro que Oliver não vai gostar nada disso.

– Irei correr o risco. – Ele disse indo no sentindo de seu escritório.

– Aonde você vai?

– Me divertir mais um pouco.

– Você é humano Palmer?

– Talvez. – Ele respondeu e antes do elevador fechar a porta ainda teve tempo de piscar para Felicity que ainda sim conhecendo o chefe que tinha ficou envergonhada. Quando chegou à portaria encontrou com Oliver olhando para os prédios ao redor sabia que ele estava atento vigiando para ter certeza de que nada estava acontecendo por ali.

Quando ele ouviu os barulhos do salto dela baterem contra o chão teve que se virar para apreciá-la, era como se fosse o ritual do Queen, adorava vê-la caminhando em sua direção com aquele sorriso no rosto, contando os segundos para estarem perto um do outro. Oliver não percebia, mas um largo sorriso estampava seu rosto, da maneira como ele nunca, jamais imaginou que uma mulher faria isso com ele, era involuntário surgia quando pensava nela, ou a via caminhar em sua direção, ou quando simplesmente sentia o perfume doce de Felicity pelo local.

– Como foi o trabalho? – Ele a beijou rapidamente passando sua mão pela fina cintura da mulher.

– Foi bem. Muito trabalho para o nosso amigo encapuzado?

– Alguns roubos, comércios ilegais de armas, nada de extrema importância. – Ela sabia o que aquilo queria dizer, nada de notícias das pessoas que mais estavam lhe roubando o sono, mas não acreditava que eles sumiriam tão facilmente assim, uma hora ou outra eles apareceriam.

– Vamos para onde?

– É hora de seu treinamento Felicity ou acha que eu ando esquecendo isso?

– Pensei que teria pelo menos um dia de folga.

– Eles não estão tirando dia de folga. – Oliver disse de forma rancorosa e ao mesmo tempo Felicity pôde sentir o medo em sua voz.

***

– Felicity contraia o abdômen e flexione os joelhos, aí está o segredo de um belo soco e não na velocidade em que você bate em alguém.

– Está bem e se eu não quiser bater no Roy?

– Ele não é o Roy é um vilão, está tentando lhe seqüestrar, te fazer de prisioneira, bata nele.

– Eu não consigo, tenho medo de machucar vocês. – Ela parou de falar quando Roy começou a rir achando graça no que Felicity havia dito. – O que?

– Você não pode me machucar Felicity.

Apenas um soco em sua bochecha e em seguida uma joelhada no abdômen do rapaz bastou para que ele se jogasse no chão. Diggle e Oliver riam juntamente enquanto Felicity fechava os olhos tentando se desculpar consigo mesma antes de fazer isso com o Roy.

– Me desculpe.

– Felicity não se pede desculpas a um vilão. – Oliver disse em meio aos risos.

– Ela tem potencial. – Diggle disse enquanto caminhava até ela entregando uma toalha e sua garrafa de água. – Você já sabe se defender Felicity apenas tem medo de usar as técnicas conosco.

– Vocês são meus amigos e eu não gosto de bater em ninguém.

– Amor olha está tudo bem, já estamos acostumados apanhar, levar tiros, facadas e flechadas. - Todos os três se entreolharam e o encararam abismados não acreditando no que haviam ouvido da boca do próprio Oliver Queen. – O que?

– Você chamou a Felicity de amor. – Diggle disse sério. – Roy pega os kit de primeiros socorros. – Diggle brincou arrastando o homem em direção a maca. Felicity manteve aquele seu sorriso no rosto, um sorriso todo especial, cheio de alegria. Estava feliz por aquilo apesar de não ter estranhado nem um pouco, parece que conhece Oliver há muito tempo, até mesmo mais que os meninos.

No lugar das risadas e brincadeiras agora a aflição tomava conta do local. Felicity correu até os computadores para ver o que estava acontecendo, o alarme havia soado e mostrava uma imagem via satélite, ela conseguia sentir o medo tomando conta de si, sabia que uma hora ou outra eles acabariam aparecendo.

– Onde eles estão? – Roy perguntou.

– Central City. – A loira respondeu, sua voz era um sussurro.

– Vou ligar para o Barry, temos que capturá-los.

– Você irá até Central? – Perguntou Diggle tentando se preparar para a jornada.

– Acho que... – Oliver parou e olhou para Felicity, ela ficaria sozinha ali, teria que ir e levar Diggle, ele tinha mais experiência em combate do que Roy, porém, caso algo desse errado Roy e Lyla tomariam conta de Felicity e ele confiava nos amigos, mas queria garantir a proteção dela por conta própria. – Eu não sei.

– Oliver sei que está sendo difícil e que Felicity precisa de você, mas para esse pesadelo todo acabar precisamos acabar com eles e até agora essa foi a única pista que tivemos.

– Você tem razão, tem como você ligar para Lyla e pedir que ela fique aqui junto com Roy?

– Claro, vou pedir reforços da A.R.G.U.S. acho que a Amanda está nos devendo uns favores. – Diggle disse discando, Felicity já se encontrava ao telefone conversando com Caitlin passando as coordenadas pelo computador enquanto Oliver dizia a Roy que achava melhor que ele ficasse.

– Ouvi alguém dizer a palavra reforços? – A vigilante vestida de couro preto e uma peruca loira disse enquanto adentrava o local. Laurel estava de volta a Starling após um período de quatro meses de aperfeiçoamento em luta de espadas, ela queria expandir seus conhecimentos.

– Laurel? Não disse que voltaria depois de seis ou sete meses? – Oliver perguntou surpreso.

– Eu ficaria, mas soube que vocês estavam encrencados.

– Nem olhem para mim. – Roy levantou os braços em sinal de inocência.

– Fui eu Oliver. – Diggle se manifestou. – Se você não percebeu estamos em meio de uma guerra e o lado que ganha é o que tiver mais cartas sobre a mesa. – Diggle conferia se sua arma estava carregada enquanto dizia sem olhar a momento algum para o amigo, evitando um daqueles sermões telepáticos que somente Oliver era capaz de fazer. – E nem adianta dar aqueles seus sermões de que daria conta sozinho, não estamos falando de uma simples vítima, estamos falando da proteção da Felicity, a nossa Felicity.

– Eu ia dizer apenas um obrigado.

– Melhor assim. – Diggle observou o homem vestindo a camisa do capuz. – Por nada. Chegou em total sigilo Laurel?

– Você deixou claro quando disse que queria que eu fosse uma carta na manga.

– Ótimo. Está tudo pronto Oliver, Lyla já está a caminho e disse que o Helicóptero da A.R.G.U.S. nos espera, temos que ir agora.

Oliver olhou para Felicity, mas não iria sem uma despedida aproximou-se da cadeira dela e ela prontamente se levantou abraçando o mesmo fortemente. Ela temia que algo acontecesse com Oliver todos os dias, seu medo de perdê-lo a aflição quando ele não lhe respondia pelo comunicador, aquilo tudo fazia parte de amar alguém aquele sentimento de medo da perda, de aflição.

– Estarei de volta quando menos esperar.

– Tome cuidado, por favor. – Ela não conseguia esconder, sua voz trêmula lhe entregou, o choro estava preso em sua garganta e não demoraria muito para escapar.

– Você irá me guiar esqueceu? Nunca estive mais seguro. – Ele beijou a testa da mulher em seguida seus lábios, um beijo nada rápido e enfim partiu.

***

Logo após a ligação de Felicity, Barry se preparou aos pedidos de cuidado da mesma, ela disse com todas as letras do que ambos eram capazes e ela conhecia muito bem cada um deles, Caitlin juntamente ao lado de Cisco guiavam o Flash em busca dos super vilões, Felicity se manteve na linha com eles e pelo comunicador com Oliver o tempo todo.

Viu quando Barry parou por poucos segundos em frente a uma câmera e logo receber a notícia de que o galpão estava vazio. Aquilo parecia errado, havia algo de errado, eles estavam se escondendo tinha certeza que não havia visto ninguém sair dali.

Viu quando Oliver e Diggle juntamente com alguns agentes da A.R.G.U.S. entraram no local, lá dentro ela não conseguia mais ver o que estava acontecendo apenas às vozes e os barulhos reproduzidos pelo comunicador eram a sua única forma de saber o que acontecia do lado de dentro.

– Está tudo quieto aqui Felicity, tem certeza que é aqui mesmo?

Oliver argumentou vendo ao longe Barry lhe acenar, logo em meio à outra pilha de caixa estava Diggle com sua arma preparada para quando fosse pego de surpresa.

– A sua amada Felicity está certa Oliver Queen. – A voz de Slade ecoou pelo galpão, Oliver olhou em todos os cantos não conseguindo avistá-lo de modo algum. O silêncio fazia com que todos ficassem ainda mais apreensivos.

O mesmo foi quebrado com um barulho que mais parecia com uma arma laser sendo disparada três vezes. Oliver se abaixou olhou para sua frente e viu a porta do galpão que antes estava fechada agora aberta sinalizou para Diggle e os agentes para que fossem juntamente com ele quando atravessou a porta foi surpreendido por um homem, não qualquer homem, mas Slade. Ambos estavam no chão agora. Slade deferia socos no rosto e no abdômen do homem.

“- Oliver.” – Ele ouviu a voz de Felicity pelo comunicador, sabia que agora ela poderia estar assistindo tudo aquilo.

Diggle tentou se aproximar atirar certeiramente em Slade de preferência em sua cabeça para ter certeza que ele morreria ali, mas Leonard foi mais rápido apontando para ele e mais três agentes a sua preciosa arma.

– Coloquem suas armas no chão. – Leonard disse sendo obedecido.

Parecia que aquilo estava acabado, Diggle pediu para que aquilo fosse mentira que não houvessem caído na emboscada de Slade, mas sim havia, ele estava bem ali a sua frente brigando com seu amigo violentamente e ele não conseguia fazer nada. Sabia que Felicity deveria estar assistindo tudo àquilo com lágrimas nos olhos naquele momento, sabia que Lyla também deveria estar lá o assistindo ser entregue para o caminho da morte.

***

No S.T.A.R. Lab Caitlin não agüentava de apreensão, queria poder, conseguir ao menos ajudá-los, mas se os melhores de combate estavam derrotados o que restaria para eles? Cisco tentava a todo custo entrar em contato com Barry, seu localizador ainda piscava no local, porém ele não respondia no comunicador.

– Vamos lá Barry responda. – Cisco insistiu e ouviu uma pequena interferência.

– Eles me pegaram Cisco. – O sussurro foi ouvido, foi à voz de Barry. – Capitão Frio. – Bastou aquilo, eles sabiam que Barry estava realmente em apuros, Capitão frio havia a muito custo conseguido, em uma de suas três tentativas, atingir uma pequena parte do pé do Flash, ele perdeu sua agilidade, caiu sobre a grama alta e em um piscar de olhos seu abdômen estava congelado, Leonard tirou os óculos apreciou a cena, mas não pôde terminar o que tinha que fazer, ouviu os gritos, barulho de briga e com medo de Slade colocar tudo a perder correu para ajudá-lo.

As luzes se apagaram meros 10 segundos e bastou para que ouvisse um aparelho celular se espatifar contra a parede sendo assim cortada a comunicação entre os heróis de Starling e de Central. Quando as luzes voltaram lá estava Carrie Cutter.

– Estou dentro querido, faça seu trabalho. – Ela disse para alguém em seu comunicador e logo os computadores começaram a surtar, seus comandos não respondiam aos pedidos. – Se eu fosse você ficava quietinho em sua cadeira de rodas Dr. – Cupido atirou uma de suas flechas na mão de Wells certeiramente antes que ele conseguisse apontar a arma para si.

Ela apontou outra flecha para a cabeça de Caitlin e exigiu que Cisco amarrasse Wells, sucessivamente Caitlin e em seguida ela lidaria com ele e assim foi feito.

– Como são todos lindos quietos, assim não atrapalham o trabalho magnífico que tive de planejar desde o começo, mas agora vim pegar o ultimo ingrediente mais importante para a minha receita e ninguém mais pode me impedir.

“- A cela foi destrancada Senhora.” – Ela ouviu a voz máscula soar de seu comunicador e sorriu caminhou até onde se encontrava a cela do Prisma. Hoje seria o começo de um grande dia, a liberação de Bivolo, o início do pesadelo da querida e tão desejada Felicity. O homem olhou estranhamente para a mulher a sua frente, mas pela vestimenta e por sua cara sorridente e tranqüila apostou que não seria nenhuma vigilante querendo salvar o dia, mas sim uma das suas.

– Acho que minha sentença acabou.

– Somente se estiver disposto a cometer alguns crimes ao meu lado.

– Acho que posso conviver com isso, é um plano demorado?

– Se estiver com pressa posso colocar outro em seu lugar, mas acho que essa prisão demorará mais para acabar do que meu plano.

– Você sempre tem os melhores argumentos ruivinha?

– Sempre.

Ela sorriu enquanto caminhavam lado a lado. Passando pelos prisioneiros e saindo indo em direção ao ponto de encontro, quando não agüentou mais esperar Slade decidiu que deveria partir, já havia se contentado, de seu jeito, que ele havia falhado com o plano, mas quando ligou o carro foi surpreendida quando ele apareceu em meio às árvores da beira da estrada.

– Pensei que havia estragado o plano.

– Você deveria saber que gosto de apreciar minhas obras de arte.

– Acho que criamos confusão com alguma instituição, congelei alguns homens por diversão, espero que não tenha problema.

– Devem ser agentes da A.R.G.U.S. não há problema algum. – Ela olhou pelo retrovisor buscando a imagem de Slade. – Fez o trabalho como combinado? Deixou-o extremamente machucado?

– O que você me pede com jeitinho que eu não faça?

Ambos sorriram sorrisos maliciosos, sorrisos vitoriosos. Estavam os quatro juntos reunidos, não faltava mais nada a não ser seguir com o plano. Fazer o que está planejado e seguir as metas de desempenho, não demoraria muito para as visitinhas se tornarem mais constantes e os pesadelos serem mais freqüentes na vida de certo casal, agora o tempo seria cronometrado para se tornar o seu melhor aliado nessa jornada. Era apenas poucos passos e o topo lhe esperava ela tiraria a segurança da população de Starling City, derrubaria o herói que eles idolatravam com clamor, tiraria a vida de alguém inocente para fazer tudo valer à pena. Nada era empecilho no caminho de Carrie, apenas situações que ela conseguiria lidar com um arco e uma flecha.


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Notas finais do capítulo

Já peço desculpas se houver algum erro gramatical, tentei dar uma revisada, mas foi quase impossível, ando uma pilha de nervos com o tal do PCC do curso, então espero que entendam.
Bjos e comentem eu adoro o comentário de vocês!



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