Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 18
A Ascensão do Arqueiro Verde


Notas iniciais do capítulo

Acabou... Desfrutem do ultimo capítulo e nos vemos nas notas finais. Espero que gostem.



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Logo na manhã Oliver acordou com um suave afagar em sua cabeça, a mão lhe tocava suavemente os cabelos até que ele se demonstrou alerta. Não pôde evitar o sorriso quando viu aqueles olhos azuis novamente, ele parecia uma criança abobalhada com seu presente de natal e como ele adorava aquilo.

– Bom dia. – Ele disse acariciando a bochecha dela, onde havia alguns hematomas.

– Bom dia. – A voz dela saiu como um sopro um verdadeiro sussurro. Eles se perderam por um tempo na profundeza dos olhos do outro o sorriso estampava o rosto de ambos.

– Ficaremos bem agora, o pesadelo acabou. – Oliver disse enquanto brincava com uma mecha do cabelo dela.

– Slade sobreviveu? – Feicity tinha em seu tom de voz embargado algo que deixou Oliver em dúvida de seus sentimentos, ele não sabia se ela estava implorando para que Slade esteja morto ou se ela implorava para que ele dissesse que não, ele entendia aquilo a primeira vez que matou um homem foi cruel não somente para o homem, mas para si também.

– Não. – Sua voz era seca quase ríspida.

– Eu não consigo acreditar que matei alguém. – Ela se manifestou incrédula, se lembrando aos poucos da noite de pânico que passaram juntos, lembrou o quanto fria e calculista ela estava agindo, lembrou de como Oliver lhe olhava preocupado e que aquilo era devido à falta de vida em seu olhar, ela se tornou uma assassina.

– Felicity, olha para mim. – Ele segurou firme a mão da esposa enquanto ela muito relutante olhou para ele. – Há coisas nessa vida que deverão ser feitas e outras que fazemos por impulso. Cada uma delas tem subcategorias nas quais diferem as boas das ruins e naquele momento você não tinha escolha, estávamos caminhando para a guilhotina, eu entendo sua reação quando isso aconteceu comigo eu não me perdoei, me considerei um monstro durante tempos até que tive que fazer de novo e de novo e percebi que em certos momentos, devemos tomar decisões erradas para podermos ver o dia de amanhã.

– A tão dita lei da sobrevivência. – Seus olhos se encontravam marejados.

– As coisas se tornam melhores quando se têm alguém ao seu lado, pessoas que amamos. – Ele beijou a mão dela e ali voltou a depositar a aliança. – Diggle me entregou isto ontem antes de ir embora, acho que pertence a você.

– O que vamos fazer agora?

– Bem, que tal tirarmos umas férias em Havaí ou aproveitarmos o sol de Miami? – Ele sorriu se perguntando quando havia se permitido voltar a ser aquele homem apaixonado e bem humorado que tanto havia ficado para trás.

– Estou falando sério Sr. Queen. – Ela sorriu.

– Você tem que se recuperar, vamos devagar está bem? E logo depois você volta a pensar em seu trabalho com Ray, no seu turno extra no covil, em suas noites comigo e em nosso casamento, por enquanto apenas descanse.

– Casamento?

– Sim casamento Srta. Smoak. – Ele piscou para ela confidente em seu largo sorriso havia paz, tranqüilidade, felicidade. Agora sim poderia iniciar a nova fase de sua vida e, enfim se permitir ser feliz ao lado de Felicity.

Sua mãe apareceu para visitá-la, mas seu chefe não a liberou por muito tempo, então logo voltaria para casa, ficou feliz ao saber sobre o noivado e extremamente preocupada com esta onda de atentado com a filha chegando a questionar se a mesma não havia se envolvido com pessoas barra pesadas. Oliver prometeu a Donna que cuidaria bem de sua filha desta vez e ela prometeu que se mais alguma coisa a acontecesse viria preparada para lhe bater com sua bolsa.

Quando Felicity recebeu alta não podia pensar que estranharia entrar em seu apartamento, estava tudo do mesmo jeito quando ela saiu, exceto pelo vidro de seu quarto que já havia sido trocado e sua roupa de cama estava arrumada. Ambos desejavam um banho, ambos desejavam dormir apesar de ainda ser dia, mas o cansaço do hospital ainda caia sobre ambos.

As noites de Felicity nunca foram mais tranqüilas os pesadelos com o rosto de Slade caindo morto perto de si era atormentador, as torturas de Carrie que lhe deixaram suas cicatrizes. Ela acordava toda madrugada com Oliver a observando e segurando sua mão, os primeiros dias foram os mais difíceis, mas os pesadelos lhe tiravam o sono, lhe deixava tensa, mas ela mantinha sua luz, não deixou de ser a mesma Felicity de sempre.

Hora e outra ela ia para o covil ver os meninos, contrariando a vontade de Oliver de que ela ficasse descansando. Quando ela estava recuperada voltou com seu trabalho juntamente com os vigilantes, eles a receberam como em uma festa, ela fazia falta para todos eles.

– Finalmente não agüentava mais ouvir a voz do Diggle me guiando pelos lugares errados. – Roy se aproximou abraçando a mulher aquela relação de amizade que mantinham tinha laços muito fortes.

– Eu errei o caminho uma única vez e você vai lembrar disso pelo resto da vida?

– Claro. – Roy deu de ombros sorrindo para a loira quando se distanciaram.

– Eu sei como se sente Dig. – Felicity brincou com a situação se lembrando de uma de suas antigas discussões com Oliver. – Mas eu recebi pedidos de desculpa depois. – Ela o abraçou sorrindo.

– E também um de casamento, afinal as brigas valeram a pena não é mesmo? – Diggle sorriu olhando para Oliver enquanto abraçava a loira. – Como está se sentindo?

– Nunca sei quando você está perguntando do meu bem estar físico ou mental, mas acho que estou ficando bem em ambos, obrigada.

– Bem vinda de volta. – Dig beijou a testa dela e Felicity sorriu adorava aquele clima de harmonia que existia entre eles. Ela abraçou Lyla e em seguida Laurel.

– É bom te ver por aqui, é estranho não ter uma companhia feminina. – Laurel disse em meio a um sorriso.

– Prometo que não vou mais te deixar na mão. – Ambas riram confidentes. – Obrigada, todos vocês por nos ajudarem.

– Faríamos qualquer coisa por vocês. – Roy se prontificou dizendo aquilo que havia no coração de todos ali presentes. Mais tarde Diggle se aproximou e permaneceu silenciosamente ao lado de Oliver que meio intrigado com a presença do amigo e já sabendo o que ele queria com aquilo o questionou.

– Você sabe que isso me irrita? – Ele largou a flecha e olhou para o amigo que sorriu largamente.

– Essa também é minha intenção. – Ele colocou sua mão sobre o ombro do amigo. – Agora me responda. Doeu? – Oliver arqueou a sobrancelha questionando sobre a pergunta vaga de Dig e bastou o homem olhar na direção onde uma certa loira estava sentada conversando animadamente com os amigos para que Oliver entendesse.

– Um pouco. – Ele riu. – O perigo sempre vai se fazer presente Dig, você estava certo e sim você me avisou, mas eu não estava preparado para sentir.

– Mas você amadureceu Oliver quando viu que poderia perder a pessoa que você ama.

– Ela não é somente a mulher que eu amo Dig. – Oliver desviou por alguns segundos seu olhar em direção a ela, que ajeitava seus cabelos soltos agora em um rabo de cavalo perfeitamente bem feito. – Foi ela que me tirou da escuridão, ela é minha luz, a minha paz e eu devo protegê-la para não perder isso, você entende?

– E como meu amigo. E como. – Diggle suspirou e olhou para Lyla por meros segundos, em seu olhar havia admiração, orgulho, amor, assim como os olhos de Oliver que brilhavam toda vez que ouvia o nome dela ser pronunciado, quando a via chegar no covil, quando podia segurar sua mão e ver aquele sorriso que ele tanto sonhava.

– Oliver? – Felicity o chamou tirando de seu transe particular, ela estava em frente do computador e Roy já caminhava com sua roupa de Arsenal para se trocar. – Nossa folga terminou.

– Certo. – Ele pressionou seus lábios com força antes de correr até sua aljava e suas vestimentas de vigilante, a ação estava retornando novamente desta vez o time estava completo. – O que está acontecendo na cidade desta vez?

– Uma onde de agressões, dois mortos, seus corpo encontrados em lugares distintos.

– Parece que alguém está com raiva hoje. – Diggle concluiu. – Vão precisar de mim?

– Pelo o que consegui das informações da polícia são dói homens de idade entre 28 e 35 anos e um deles usa truques de mágica? – Felicity olhou abismada para o relatório. – Têm o codinome de...

– Trapaceiro e Flautista, disse para Cisco que era ridículo, mas ele achou legal assim. – Barry estava parado na frente de Felicity que ao notar sua presença soltou um grito e pulou de sua cadeira atraindo a atenção de todos os presentes e exclusivamente de Oliver. – Oi. – Ele sorriu em seguida.

– Vou ter um ataque qualquer dia desses. – Ela se queixou ao sentir seu coração extremamente acelerado. Ele sentiu o olhar furioso de Oliver sobre si e se encolheu.

– Me desculpe, não posso perder esses vilões. Vocês podem me dar uma mãozinha?

– Então é melhor se apressarem se não quiserem confusão com a polícia. - A loira se prontificou a dizer. Quando eles estavam prontos se caminharam para a saída e somente Oliver voltou beijando de surpresa Felicity. – Por favor, se cuida.

– Não vou me permitir morrer justamente agora que eu consegui a garota. – Ele sorriu confidente e então voltou seu foco para a missão.

***

– James Jessie e Hartley Rathaway vocês falharam com esta cidade.

– Não somente com esta cidade Arqueiro, seu amigo velocista pode lhe dizer sobre isto.

Hartley tirou sua flauta de dentro de sua jaqueta e Arsenal levantou seu arco estaria preparado para o que viesse, quando o homem assoprou um barulho sônico foi emitido quebrando a vidraça de proteção de uma loja, mas os homens permaneceram-se de pé enquanto Barry carregava um sorriso vitorioso em seus lábios.

James não perdeu tempo e utilizou de seus brinquedinhos para fazer uma grande distração, bombas de fumaças causaram o seu efeito, enquanto flechas foram disparadas.

“- Barry, eles estão fugindo pelo beco dos fundos de carro.” – Felicity o alertou e logo o velocista caminhou ao lado de um carro sem perdê-los de vista. Ele deu duas batidinhas na janela e sinalizou para que eles abaixassem o vidro.

– Qual é pessoal nos conhecemos há mais tempo, abaixem o vidro e vamos conversar. – Ele gritava para que ambos pudessem escutar. Logo James sacou uma arma do porta luva e desviou seu olhar um segundo da pista para que pudesse acertar o Flash porém ele não corria mais juntamente com o carro.

“- À direita, eles estão se aproximando em 25 metros.” – Felicity indicou um pouco apreensiva como se estivesse em uma daqueles filmes de perseguição policial, mas na verdade ela estava.

– Esqueci de dizer, os convites chegaram. – Oliver se manifestou acelerando um pouco mais.

“- Oliver isso não é hora.”

– Eu sou multifuncional. – Ela conseguiu sentir seu sorriso quando ele disse isso. – Quando vamos entregá-los?

“- 5 metros, Oliver... Você me deixa aflita, está querendo ficar sem noiva antes do casamento?”

– Vocês poderiam conversar sobre isso depois. – Interferiu Roy ultrapassando Oliver com sua moto, passando na frente do carro dos vilões a poucos metros de distância e logo Oliver apareceu mantendo-se um pouco mais distante.

Roy fechou o veículo forçando o homem virar o carro e pisar com tudo no freio, James ainda furioso tentaria arrancar o carro por cima dos vigilantes se fosse necessário, porém o inicio de seu ato foi interrompido e ele nem mesmo percebeu quando estava algemado em uma cadeira dentro da delegacia.

***

Alguns meses depois...

– Sra. Queen, o Sr. Queen está lhe esperando em sua sala.

– Oh, obrigada. – Ela agradeceu ao rapaz e caminhou até sua sala com os papeis da reunião que teria logo mais com os investidores. – Sr. Diggle. – Ela cumprimentou Diggle formalmente mesmo assim sem conseguir conter o seu sorriso quando via o sorriso do homem quando avistava o casal juntos na empresa.

– Sra. Queen, bela tarde não é mesmo? – Ele abriu a porta da sala para que ela entrasse e em seguida também entrou.

– Não são assuntos da empresa não é? – Felicity segurou seu copo de café largando os papeis sobre a mesa quando desconfiou.

– Obviamente eu não estaria aqui dentro. – Diggle se manifestou.

– Thea está com um pouco de dificuldade de rastrear Dr. Arthur Light. – Ela caminhou até seu computador pessoal e começou a digitar freneticamente invadindo o sistema do covil. – E como Ray está?

– Bem, tiraram-no do coma induzido. – Ela não tirou o olhar do monitor até conseguir encontrar o homem através do programa de rastreamento facial. Há semanas atrás Palmer Technologies sofreu um atentado, uma explosão terrível derrubou quase metade da estrutura do prédio, ninguém sabe dizer como Palmer sobreviveu, mas o time do Arqueiro tinha como missão agora capturar o cientista conhecido como Doutor Luz e colocá-lo devidamente atrás das grades.

– Você está bem com isso?

– Estou bem.

– Não minta para mim Felicity.

– E lá vamos nós. – Diggle tirou um chiclete de seu casaco observando os dois até encontrar o melhor momento para intervir.

– Oliver temos uma reunião com os investidores para a novo fornecimento de energia para cidade será que você pode deixar a vida pessoal para um pouquinho mais tarde?

– Eu fico me perguntando como consegui a vaga de vice-presidente. – Oliver se levantou ajeitando a gravata.

– Porque você é o marido da presidente. – Diggle brincou mantendo sua seriedade. – E porque as mulheres detestam ver o marido trabalhando em uma boate.

– Era a parte administrativa dela.

– Você também trabalha com a parte administrativa daqui. – Felicity disse séria enquanto saia da sala e Diggle arqueou a sobrancelha vitorioso lembrando-se do dia em que Felicity flagrou uma garota bêbada dando em cima do Oliver enquanto o mesmo tentava educadamente se esquivar.

– Ela estava com ciúmes.

– Um conselho, depois que casamos elas detestam dois tipos de empregos do marido, onde eles estão em meio a muitas mulheres ou quando eles se tornam babacas suicidas durante a noite. – Oliver sorriu e tão logo ficou sério.

– Você tem medo de flechas?

– Nenhum pouco. – Ele tornou a ficar sério. – Devo ir até a sala de reuniões Sr. Queen?

– Sempre por perto se esqueceu Sr. Diggle?

– Claro que não Sr. – Diggle sorriu ao relembrar certos momentos do grupo.

O tempo que se foi seguindo servia para fortalecer o relacionamento do casal, continuariam brigando, isso era certo, poderia passar anos, décadas que nada mudaria a não ser o amor que sentiam um pelo o outro que aumentava a cada dia mais. A diferença entre eles era muito grande, porém Oliver queria ter uma vida como Oliver Queen sem deixar seu “eu” Arqueiro de lado e Felicity não via problemas naquilo a não ser quando ele misturava as duas vidas que ambos tinham.

Com o tempo também vieram novos amigos, com isso novos inimigos também apareceram. Felicity continuou sendo treinada e com os meses que se passou ela já conseguia se defender melhor, agora faltava apenas Oliver trabalhar a ansiedade de sua mulher que tirava todo o foco dela em questão de perigo. Ele sentiu um alívio imenso quando ouviu da boca dela que ela jamais iria para rua como eles, seu mundo era ali nos computadores sendo vigilante no que tinha de melhor. Com isso ela conquistou seus próprios inimigos e como Oliver ficava irado com aquilo, mas era a vida deles agora, nenhum mais teria sossego ou tranqüilidade, ele tinha medo de trazê-la para perto por causa da vida que levava e acabou fazendo com que ela entrasse para aquilo também. Tão logo ela também teria seu codinome, seria questão de tempo de acordo com Cisco, ele só estava pensando em um que combinasse bem e fosse digno que Felicity carregasse pelo resto de sua vida como vigilante ao lado de seu marido, Oliver Queen. Ao lado de seu companheiro, Arqueiro Verde.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram e ficaram marcados, para mim, nos 18 capítulos. Gostei da experiência de escrever sobre heróis, mas admito, é complicado. Mas espero de coração ter alcançado a expectativa de vocês e me desculpem pelo final eu sou péssima para escrever finais, eu nunca sei terminar uma história por isso demorei para postar. Bjos e muito obrigada, mais uma vez.



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