Donos de min escrita por Raquel Viena


Capítulo 12
Prevendo a loucura




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Caminhei para casa de Corinne com a imensa responsabilidade de li contar sobre acidente devo admitir tive de me conter para não chegar com uma expressão vingativa afinal ele não era dela e isso finalmente se esclarecia, mas por outro lado James não era mais de ninguém isso era triste e pérvio para dor tomei fôlego na singela tentativa de não ser grossa com a garota ela estava na porta rodeada por algumas feiticeiras que não perderam a chance de passar seus olhos assustado em cima de min encontraram minha face negra e aura suja.

_Tudo bem Raven? _A pergunta soou implicante debochada.

_Não, nada está bem _A voz saiu áspera todas os rostos se contraíram um intenso arrependimento soprou minha alma.

_Fica calma vai esquecer James rapidinho _ Oque era para ser um consolo ficou mais parecido com algo para ser invejado ainda mais com aquele sorriso ostentado tremi para não estampar minha mão na cara dela.

_Que bom que diz isso, porque agora que ele morreu você também vai esquecê-lo rapidinho.

_Que você tá falando garota?

_Sela ela _ Fabian colocou os cinco dedos no meu ombro chamando minha atenção.

_Selá-la como assim? _ Questionei.

_Olha pra min sua estranha oque você fez com ele cadê o James?_ Esganiçou.

_Realmente não quero repetir _ Baixei o olhar, deprimida pensando em ter de confirmar a hipótese da morte de uma das maiores pessoas da minha vida, todas as outras feiticeiras batiam levemente em suas costas deixando lágrimas rolarem o péssimo clima nostálgico invadiu o ar.

_A culpa e sua _ Meus olhos encontraram o vulto de cabelos curtos e pretos que estavam voando as mãos arqueadas barulhos de raízes sendo arrancadas do chão era alto, árvores tombando tampei os ouvidos tentando diminuir o eco o poder alvo era responsável por tudo isso _ Você eles vivem para te proteger não sei por que mais com certeza deve ser por causa desses poderes estranhos esses olhos de demônio e também por ser quase uma bruxa _ Querendo ou não aquelas palavras me invadiram fique extasiada sem reação toda aquela acusação tinha fundamento e se a culpa fosse realmente minha se eu tivesse conseguido parar Pectro dominar aquele lobisomem monstruoso se tivesse agido, milhares de coisa poderiam ter sido feitas um rojão tomou o céus o estrondoso barulho do relâmpago não me assustou os meus pensamentos faziam isso me deixavam com medo.

_Sele agora _ Escutei o grito masculino desesperado vendo a fúria da natureza.

_Posso matá-la _ Falei alto o vento era de tamanha força que me arrastava os barulhos atrapalhavam a comunicação.

_Ela pode nós matar _Retrucou bastou joguei o cabelo em direção ao vento para que não me atrapalhassem tirando minha concentração segui minuciosamente para frente respirei fundo não querendo ser a causadora de mais uma morte estiquei os braço tentando impedir a expansão do branco cada vez mais a esfera de poder diminuía até ficar do tamanho de um ponto incandescente que se apagou Corinne desmaiou Pectro a pegou no colo antes de topar com o chão temi que a morte a tivesse tomado mais pude sentir o leve suspiro me virei marchei seleto em direção ao grupo de jovens garotos.

_Não queriam que eu contasse sobre a morte dele queriam que selasse ela_ Fabian iria intervir, porém dei progressão a minha fala _ Bem se for assim terminei _ Me apressei para sair e me confinar no meu quarto cheguei em casa peguei as chaves no bolso coloquei na fechadura dando duas voltas para fechar a porta da minha sela subi as escadas tombando para os lados devagar nos degraus entrei no quarto tirando a blusa para colocar uma de mangas clara um short curto de malha cinza me deitei na cama de solteiro esticando os braços que saíram um pouco do colchão admirei a limitada vista do teto não conseguia ficar muito tempo sem fazer nada não aguentava uma determinada posição por uma grande duração mais exclusivamente hoje nesse dia odioso consegui passar horas deitada olhando o nada estava escuro me perdia meus olhos estavam abertos ou fechados? me levantei da janela vi luzes acesas na casa frente a minha algumas pessoas conversando tristes me levantei fui em direção a casa dos garotos todos me olhavam com pena um olhar carregado o qual me deixava ainda pior entrei Tia Nice estava na cozinha sentada na mesa amparada por outras feiticeiras mais velhas, Fabian na escada sozinho escondendo as lágrimas, Ben provavelmente em seu quarto só, William estava deitado sobre o colo de uma garota envolvido por outras, Pectro rodeado de garotos da alcateia em um canto ele e James eram realmente parecidos cumprindo aquele papel de preferido das garotas e garotos ri da cena imaginando os dois se completando.

_Doll _Falou alto William se levantando e me sufocando com seus famintos braços.

_Oi _Respondi tímida.

_Oi _Cumprimentou Pectro no fundo, Fabian não se mexeu minha tia me mandou um beijo com uma das mãos sorri retribuindo todos estavam mal mais mesmo assim unidos.

_Senta aqui _ Me puxou Pectro para um dos sofás vazios acenei para o moreno de olhos verdes na escada o qual me ignorou por completo virou o rosto e subiu as escadas deu para escutar o estrondo da sua porta sendo batida fiquei confusa com medo de ser culpa minha.

_ Fiz alguma coisa?_ Perguntei fungando de preocupação.

_Não claro que não Doll porque você acha que fez _ Riu desengonçado deixando mais evidente à mentira.

_Disfarçou bem maninho _ Zombou William.

_Então oque eu fiz? _ Questionei.

_Não e você ele está abalado todos estamos _ Respondeu da forma de escape mais rápida sem opção li seus pensamentos que rodavam em uma palavra nome para ser bem definido “Rosália”.

_Que culpa tenho se ela resolveu aparecer _ Pensei alto.

_Não creio que leu meus pensamentos está ficando mais forte baixinha _ Ele se levantou também me deixando ali somente Pectro ficou para me acompanhar.

_Afasto todo mundo de min _Resmunguei.

_Não você e responsável por cuidar de todos nós.

_Oque quer dizer com isso?

_Um dia você vai entender.

_Quem sabe _ Suspirei.

_Amanhã o enterro.

_Não quero ir vou para escola _ Interrompi não queria vê-lo dentro de um caixão jogar flores como uma maldita viúva queria ele vivo em minha mente e imaginar por enquanto ele me esperando quando voltar para casa, um beijo de boa noite e coisas simples que sua companhia me davam segurei o choro sabendo que poderia ficar louca a qualquer momento.

_Entendo, então vamos dormir _ Não queria responder nada senti os seus dedos darem choque na minha mão me fazendo sorrir por breves segundos subi com seu auxilio assim que sentiram meu cheiro mais perto todos bateram as portas que estavam abertas me escondi no peito de Pectro soluçando para não chorar entramos no ultimo quarto do corredor ele me pegou no colo como se fossemos casado me colocando na cama foi doloroso passar pelo quarto de James e saber que não tinha ninguém ali queria ter uma adaga em mãos para enfiar em meu peito e tirar essa angustia de min _ Fica aqui daqui a pouco to voltando_ Tirou a franja vertical do meu rosto me dando um beijo na testa carinhoso fechou a porta com cuidado, mas bateu com certeza esmurrou as outras três me levantei para escutar.

_Ficaram loucos _ Nem precisava estar escutando na porta para ouvir, eles gritavam era a voz de Pectro ninguém respondeu _ É para sentirem vergonha mesmo.

_Tenta entender tivemos de abrir mão de muita coisa James acabou de morrer _ Ben berrou me joguei da porta assustada respirei fundo e voltei para ouvir.

_Ela perdeu a família inteira para de reclamar _Retrucou.

_A família inteira não, a irmãzinha dela está bem viva _Fabian denunciou.

_Nem começa com essa coisa de traição sua e da Rosália a Doll não pode entrar no meio disso agora chega não e? Vou voltar para meu quarto _ Me afastei para que ele passa-se_ Tinha impressão de que ouviria tudo.

_Ás vezes não entendo oque vocês dizem.

_Pra que entender esse tanto de homens loucos_ Ri concordando e voltando para cama me deitei Pectro fez o mesmo me apertando usei seu braço como travesseiro_ Dorme anjinho _ Aquele apelido carinhoso era tudo que não precisava me lembrei de James mais agradeci por Pectro, não por substitui o irmão morto mais por me proteger e amar igual.


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