Skyll - A Era dos Portais escrita por White Tapioca


Capítulo 3
Capítulo 3 - Eu enlouqueci?


Notas iniciais do capítulo

Yooo tapiocas -q-q

A mãe tapioca aki chegou com mais um capítulo divastico pra vocês! Quem vai leeer? "EEEEEEU"

Ficou grandão... Tipo: 6 páginas do Word. Então acho melhor vocês gostarem, porque não escrevi tudo isso á toa não u-u

Ta parei, boa-leitura



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Minha cabeça girou 360 graus enquanto eu via algo parecido com galáxias, cheios de pontos brilhantes em meio a tons de azul e roxo.

Minha cabeça para de girar e percebo que me encontro em um lugar completamente diferente. Como ainda estou tonta não consigo analisar o local com clareza, apenas algumas coisas. Parece uma espécie de salão redondo com paredes brancas e colunas douradas. O chão é revestido por um piso colorido que parece formar alguma imagem. E á minha frente tem uma porta arredondada dourada com uma maçaneta de brilhantes.

Sinto uma ânsia de vômito incontrolável quando me sinto menos tonta. Dobro o corpo segurando a barriga.

–A-andrew-Minha voz sai engasgada.

Andrew olha para mim e percebe que estou prestes a arruinar aquele piso brilhante multicolor.

–Ei, Cassie, já vai passar-ele fala tentando me acalmar. Não, não ia, eu tenho certeza que não.

De repente vejo um anão ruivo, isso mesmo, um anão se aproximar de nós com um chapéu na cabeça. Meus olhos brilham ao ver o chapéu. Quando o pequenino chega perto o bastante me agacho, agarro seu chapéu e coloco tudo para fora. Ouço Andrew dar altas gargalhadas enquanto o anão me estapeia horrorizado.

–Meu chapéu! -ele diz com sua voz carrancuda-Argh, sua...!

Me levanto aliviada e vejo Andrew segurando o riso. Fuzilo ele com o olhar e ele vira o rosto na outra direção para disfarçar.

O anão dá meia volta e sai pela porta dourada carregando seu chapéu recheado.

–Isso foi demais! -Andrew fala logo depois do anão fechar a porta.

–Demais?! -digo esbravejando- Eu acabo de colocar as tripas pra fora e você acha isso legal?

–Ok, ok. Me desculpe, mas vai dizer que não foi engraçado?

Não posso evitar uma enorme gargalhada. Andrew para de conter o riso e ri junto comigo. De repente me lembro que acabamos de nos teleportar para uma lugar totalmente diferente.

–Espere- falo séria-Andrew, como viemos parar neste lugar? Melhor, o que é este lugar?

Andrew olha para as paredes do salão e solta um suspiro.

–Achei que já estava na hora de te contar.

Sentamos no chão e ele começa a contar:

–Sabe aquela coisa brilhante que você viu? -faço que sim com a cabeça- Era um portal.

–Um... Portal? -falo cautelosamente como se a palavra fosse explodir ao sair da minha boca.

–Sim. Você já deve ter visto algum na televisão, mas é um pouco diferente. Esses portais podem nos transportar para diversos lugares, ou até dimensões. Eles são invocados por Skyll’s. Skyll’s são pessoas que usam técnicas das galáxias para invocar esses portais e invocar outras coisas também. Eu sei que parece loucura, mas...

–Sim, isso é uma loucura-digo distante.

Andrew me olha confuso. Não deve entender a minha reação. Até porque nem eu mesma entendo.

–Olha Andrew-digo- Eu sei que você acabou de me teletransportar com esses portais estranhos, mas é difícil de acreditar numa coisa dessas e...

–Cassie, você tem que acreditar em mim! -ele diz me olhando nos olhos.

Também olho em seus olhos. Ficamos nos encarando, trocando olhares, como se estivéssemos fazendo uma guerra silenciosa.

–Só preciso de um tempo pra pensar-digo ainda o encarando- Só isso...

–Mas Cassie... -ele tenta falar.

Só isso, Andrew-interrompo-o.

–Está bem-ele diz tristonho.

Fecho os olhos e sinto uma mão no meu ombro. Quando abro os olhos novamente estou sozinha em frente ao meu edifício. Olho para trás com esperanças de encontrar Andrew, mas só vejo os arbustos da calçada do outro lado da rua.

Checo as horas. É 10 horas da manhã ainda. Não posso voltar á escola á essa hora, então entro no edifício. Pego o elevador e entro no meu apartamento.

Minha mãe, felizmente, estava trabalhando. Lembro do que ela disse “Volto ás 19 horas”, ela não teria que saber sobre a minha pequena “fuga”. Sinto-me uma criminosa fugindo da escola e chegando em casa no meio do que deveria ser uma entediante aula de física.

Jogo minha mochila no sofá e caio ao lado dela soltando um grande suspiro. Ainda não sabia o que pensar de tudo aquilo que acontecera.

Penso em Andrew. Eu agi feito uma idiota com ele. Andrew só queria me mostrar aquele mundo mágico e eu simplesmente pedi que me tirasse dali, como se tudo fosse besteira. Mas ele também teria que me entender, era muita coisa estranha para processar.

Me levanto do sofá pegando minha mochila e vou para meu quarto. Como sempre estava uma bagunça. Ignorei a pilha de livros na cama deixando minha mochila se juntar ao clubinho da bagunça. Pego meu celular e coloco para tocar o álbum de Gabrielle Aplin, uma cantora não muito conhecida mas que admiro muito. Conecto meus fones de ouvido e deixo o volume no último. Mergulho naquele mundo da música capaz de me fazer esquecer de tudo.

Assim como eu amo música, também amo pintar quadros. Visto uma jardineira velha manchada que uso para pintar e pego uma tela. Junto alguns potinhos de tinta que havia ainda. Vermelho, preto, azul e verde. Comecei a pintar já com o que queria em mente.

=*=

Admiro minha nova tela. Uma menina de costas sentada sobre a grama olhando para o céu com um balão vermelho na mão.

Do mesmo modo que eu amo pintar, eu amo interpretar minhas obras. E aquela tela me representava no momento. O céu era a imensidão de coisas para serem descobertas que me aguardavam. A grama era minha vida me mantendo com os pés no chão. A menina era, obviamente, eu. E o balão... Eu tenho que admitir: era Andrew, querendo me mostrar os mistérios do céu, porém dependo de minha atitude para isso.

Odiava a mim mesma por pensar que preciso sempre tomar uma atitude para que tudo corra bem. Por sempre admitir que estou errada rápido demais. Mas eu sou assim, não posso mudar o que sou.

Penduro meu quadro na parede e tomo um banho para tirar as manchas de tinta. Assim que visto uma roupa meu celular toca. E Chris. Provavelmente querendo saber onde eu me meti.

–Alô¿ -falo atendendo o telefone.

–Cassie! Onde você se meteu menina? -ela diz. Na mosca- Você sumiu!

–Ahn... Eu... -penso em algo para falar-Passei mal e vim para casa-minto. Ela não acreditaria se eu falasse a verdade mesmo.

–Você não sabe mentir-Chris diz com voz acusatória.

Nem acreditaria se eu mentisse.

–Mas é verdade! -digo tentando convencê-la.

–Então me diz: Tava com o quê?

Penso um pouco.

–Enxaqueca

Ela fica em silêncio por um segundo.

–Ok, você está salva. Por enquanto!

Dou uma risada. Logo em seguida ouço uma buzina e alguém a chamando.

–Tenho que ir Cassie, meu pai tá buzinando feito louco em frente á escola me fazendo passar o maior mico!

–Ok, tchau-digo rindo.

–Beijinhos! -ela desliga.

Guardo meu celular no bolso.

Dou um pulo assustada ao ouvir algo bater na minha janela. Olho e não vejo nada. Me aproximo e olho para a rua. Não acredito no que vejo: Andrew jogando pedrinhas na minha janela. Sério isso?

Coloco a cabeça para fora.

–Posso ir aí? -ele grita da rua.

O que ele está fazendo aqui? Reviro os olhos.

–Anda logo antes que eu mude de ideia-grito de volta.

Ele sorri e corre para a entrada. Minutos depois ouço a campainha. Abro a porta evitando sorrir. Ele não ficou chateado com minha reação...

–Olá-ele diz sorrindo ao me ver.

Não consigo evitar um sorriso.

–Oi

Seu cabelo está molhado e ele usa uma blusa preta lisa, calça jeans preta e um all-star também preto usado.

–Achei que ia jogar água em mim pela janela-ele diz.

–Achei que ia aparecer logo na porta e não jogar pedrinhas na minha janela.

Ele ri.

–Entra.

=*=

Estamos sentados no sofá e Andrew parece estar decidindo o que falar.

–Você deve achar que sou louco-ele diz.

–Sim, você é completamente louco-falo sorrindo- Mas deixe-me lhe contar um segredo: as melhores pessoas são as loucas.

–Você precisa ver menos Alice no País das Maravilhas-ele resmunga.

–Ei, é uma boa frase! -digo rindo.

–Tá bom... -ele esfrega as mãos- Mas não vim falar de filme, madame. Aquilo tudo que aconteceu hoje... Eu não devia ter te mostrado assim tão rápido, mas é que...

–Não devia? -interrompo-o- O que o faz pensar isso? Eu achei tudo tão... Incrível! Claro que fiquei chocada, afinal antes tudo era apenas imaginação, histórias, mitos... Mas eu amei!

Surpreendo a mim mesma dizendo tudo isso. Mas é a verdade, não me sentia nem um pouco arrependida de ter visto tudo aquilo.

Andrew me encara incrédulo. Provavelmente pensando em como sou maluca e sem noção.

–Você... Não está surtando? -ele diz.

–Não.

–Mas isso é... perfeito! -Andrew diz animado-Eu sabia que você era diferente!

–Você quer dizer louca certo?

Nós dois damos uma risada.

–Também- ele diz.

Andrew levanta e me puxa do sofá.

–Você vem comigo? -ele diz.

–Onde? -digo fitando-o. Ele acaba de descobrir que eu não estou surtando e quer que eu vá com ele pra sabe se lá Deus onde?

–Você verá.

Meus olhos brilham ao ver uma oportunidade de ver aquilo tudo novamente.

–Sim! -digo animada.

Andrew vai até a janela da sala que dá para a rua e pega na minha mão.

–Espera-falo antes que ele pule me arrastando-Minha mãe... Ela chega daqui á algumas horas. Vai me matar se eu não estiver em casa.

–É mesmo-Andrew solta minha mão- Não podemos ir agora.

Penso em uma hora para nos encontrarmos.

–Meia-noite, na escola-digo rapidamente.

–Mas... No meio da noite?-ele diz levantando uma sobrancelha. -Sua mãe não vai perceber?

–Acredite, ela dorme feito uma pedra. -digo rindo.

Ele pensa um pouco no assunto.

–Ok, meia-noite em ponto, na escola.

–Tá-digo animada.

Ele vai até a porta e se despede.

–Até-ele diz.

–Até.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se sim comente, se não apenas olhe! (ta parei)

Até mais tapiocas (sim, eu vou chamar vocês de tapiocas, pq vcs são meus fãs -q)