Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 50
Um pouco do passado


Notas iniciais do capítulo

Bem, a pedido de uma leitora super fodastica eu fiz este capítulo e também porque eu, tinha em mente mostrar a vocês um pouco da personalidade e carácter de Axl ( o irmão do Joe/Kurt) que nunca apareceu pelo motivo óbvio sua morte. E o mais legal é que é um capítulo de lembranças do Kevin, e para quem não ta lembrada ele morou junto com Joe/Kurt na infância. Bem, sem bla bla bla. Vamos lá.



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Participação especial, Kevin:
Scottsdale, alguns anos atrás.

Acordei com um balde de água em meu rosto, esfreguei os olhos enquanto meu corpo tremia devido ao contato da água gelada em minha pele quente. Ao levantar meu olhar para verificar quem seria o autor da brincadeira, Axl sorriu descaradamente para mim. Suspirei.
–Bom dia narigudo! – exclamou cinicamente. – Já que acordou de banho tomado, levanta essa bunda magricela agora, temos coisas a fazer.
–Peça a Kurt. – resmunguei me sentando. A água escorria pelos meus fios negros, Axl manteve sua expressão.
–Não... Ele merece dormir, agora você seu merda, não!
–Não manda em mim. – cuspi furioso. Apesar de estar tremendo de frio eu não ia deixar o caminho tão fácil para si.
–Não mando? – sua mão agarrou meus cabelos puxando meu rosto para perto de seu, os malditos olhos azuis me fitavam furiosamente. – Eu mandei você levantar, e você vai seu merda! Ou prefere receber uns vinte chutes no saco?
Gemi assim que soltou meus cabelos.
–Estou lá embaixo te esperando, se demorar cinco minutos para se arrumar boneca... Eu volto e te levo na base da pancada. – deixou o quarto rindo. Fitei fixamente meu reflexo no espelho de frente a cama, era apenas um garoto de dez anos que sofria nas mãos daquele idiota.
Para Kurt, Axl era um herói de histórias em quadrinhos, para mim era o diabo disfarçado de gente. Não sabia o real motivo para ele insistir em me fazer sofrer, mas que a minha infância ao seu lado foi dolorosa, eu sei que foi. Levantei-me com dificuldade e tirei a única camisa que usava, sequei-me com a mesma e depois vesti uma calça jeans e uma regata.
Ao pisar na cozinha da casa de mãezona, Axl tomava uma garrafa de cerveja e ao seu lado Jimmy e Carter também. Os olhares deles foram para mim, parecia que eu havia encolhido de tamanho.
–Narigudo! – exclamou Carter sorrindo. – Que bom que está acordado.
–Seu filho da puta. – disse Jimmy soltando fumaça pela boca. Ele fumava tantos baseados num dia, que seus neurônios estavam acabando. – Venha cá.
Encolhi-me, eu tinha medo de todos eles. Principalmente de Axl, ele descontava seu ódio por Owen em mim e fazia questão de jogar na minha cara isso.
–Ele mandou você vir aqui porra! – gritou Axl balançando a garrafa de cerveja em mãos. Caminhei a passos lentos até a mesa. –Boa menina. Agora boneca, vá até a geladeira e traga outra cerveja para mim.
Fiz o que foi mandando, as conseqüências de desobediência seriam piores do que a própria humilhação que eu passava. Entreguei a ele, outra garrafa. Abriu-a e tomou quase tudo em apenas um gole.
–Ouça narigudo, você quer ser um gangster não quer? – perguntou Carter. O garoto tinha tantas espinhas no rosto, que sua pele era cheia de buracos e secreções de pus. Todos na mesa vestiam vermelho e preto, menos eu. Era obrigado a vestir as cores Romenas.
–Responda caralho! – gritou Axl me fitando furiosa. Odiava seus malditos olhos azuis e da maneira que sempre caçoavam de mim.
–Sim. – sussurrei olhando para meus próprios pés.
–Vamos te dar a chance de provar que pode ser um. – disse Jimmy. Fez questão de soltar à fumaça daquele maldito baseado em meu rosto.
–Vou te dar uma Uzi com apenas cinco balas. – começou Axl. Levantei meu olhar para si carregado de ódio, ele retribuiu. – Tu vai ter que acertar todas no centro do alvo, aquele mesmo alvo que você e meu irmão ficam brincando lá no sobrado. Se errar uma bala, vai ser castigado.
–Se acertar todas. Terá o nosso respeito. – completou Jimmy.
–E vamos parar de fazer você ser a nossa putinha. – disse Carter. O pensamento fez toda a comida em meus estomago querer sair pela boca. – Você topa narigudo?
–Topo. – confirmei olhando diretamente para Axl. Era a minha chance de provar que era melhor que aquele desgraçado. – Agora mesmo.
–Carter tire o carro da garagem. – Axl jogou a chave do Torino para ele. – Nos espere na frente da casa.
–Agora mesmo. – o moreno cheio de espinhas deixou a cozinha. Todos os olhares foram para mim.
–Narigudo? – chamou Jimmy. Tive que olhar para si.
–Não me chame assim, meu nome é Kevin. – falei seriamente. O loiro meio gorducho começou a rir de uma maneira irritante para qualquer tímpano.
–Veja só Axl, a boneca quer ser chamada de Kevin. – zombou.
–Você não merece nada seu filho da puta. – disse Axl me encarando. – Eu ainda não sei por que minha mãe prometeu que cuidaria de um bastardo como tu.
–Mãezona tem bom coração. – comentou Jimmy ainda com uma cara de deboche. – Até com os menos favorecidos.
–Eu sou mais rico do que vocês dois juntos. – falei. Estava abusando de minha sorte, logo levaria um tapa ou até um soco de um deles. Nada veio.
–Eu não sei, mas pode escrever o que te digo agora boneca: Quando se tornar líder dos Romenos, eu vou fazer questão de matar você! – disse o loiro calmamente. Diferente de Kurt, Axl tinha puxado os traços da mãe apenas na aparência por que de caráter ele não tinha nem metade do que Isabelle tinha. – Pouco me importo se são mais ricos ou pobres do que os Touros. Não somos uma gangue, somos uma família.
–De filhos da puta. – sussurrei. Uma voou contra a minha bochecha, abaixei sentindo o lado esquerdo de meu rosto queimar.
–Repete mais alto se for homem, boneca... – disse Axl friamente.
–Uns filhos da puta. – falei levantando meu olhar para si.
–Meninos cheguei! – gritou mãezona da sala. Ouvimos o ruído de a fechadura ser destrancada. – Por que Carter está saindo com o Torino?
–Você teve sorte seu bastardo. – retrucou Axl ainda me fitando. Retribui seu olhar.
Isabelle entrou na cozinha carregando algumas sacolas.
–Oi Jimmy. – se aproximou e beijou a testa do gorducho e a de Axl. Quando se aproximou de mim, sorriu e depositou um beijo em minha testa também. – Trouxe um presente para você!
–Para mim? – perguntei incrédulo.
–É natal, fiz compras para todos. – a loira sorriu, retribui o gesto. – Onde está Kurt?
–Dormindo. – disse Axl tentando disfarçar seu ódio por mim. Ele só me humilhava quando mãezona estava fora. – Mãe, eu vou sair com Kevin.
–Por quê? – perguntou desconfiada. – É natal, dia de comemorar com a família.
–Vamos arrumar o sobrado para a ceia de natal. – mentiu Jimmy. Na verdade eram as confiáveis que faziam isso. – Colocar os enfeites, separar os presentes debaixo da arvore, esconder as armas e coisas perigosas.
–Entendo. – mãezona bagunçou alguns fios de meu cabelo. – Tomou banho, querido?
–Sim. – falei a olhando. A mulher sorriu.
–Está bem, podem ir. Mas, eu farei a lasanha! – disse se afastando até a bancada e deixando as sacolas por cima da mesma. – Kurt não vai?
–Eu já disse, ele está dormindo. – disse Axl se levantando. – Até mais tarde mãe.
–Tchau meninos. Kevin pegue um casaco, está frio lá fora. – aconselhou Isabelle.
–Sim senhora. – falei voltando ao quarto e pegando meu casaco azul. Desci as escadas e ao passar pela cozinha, ela já estava sozinha. – Mãezona... – chamei.
Virou-se sorrindo.
–Pelo menos você me obedece nesta casa. – disse.
–Eu não quero ir com Axl. – sussurrei. Apesar de tudo se eu contasse a ela tudo o que sofria, seria pior.
–Por quê? Ele e Kurt gostam tanto de você querido. – Kurt até podia gostar de mim, nisso eu acreditava agora em Axl, jamais.
–Nada. – deixei mais uma vez a oportunidade passar. – Até depois.
–Voltem para almoçar. – gritou assim que pisei na sala.
–Voltaremos! – gritei de volta saindo da casa.
Ao entrar no Torino, os olhares foram para mim. Carter dirigia e ao seu lado Axl estava inclinado cheirando cocaína. Disso, ninguém sabia muito menos Kurt ele jamais imaginaria que seu irmão querido era um viciado. Ao meu lado no banco traseiro, estava Jimmy ainda fumando aquele baseado.
–Não falou nada para ela, falou? – perguntou Carter me fitando pelo retrovisor. Neguei com a cabeça. – Então vamos.
O caminho por mais estranho que seja, foi em silencio. Nenhum deles falou nada, cada um ficou usando sua droga em paz e Carter dirigiu calmamente até o sobrado Touro. Ao chegar, tive que descer do carro e rezar para que tudo desse certo.
–Sabe boneca... – começou Axl se aproximando de mim e subindo a escadaria para dentro do sobrado. Caminhei a sua frente. – Kurt confia em você, eu não.
–Eu também não confio em você. – retruquei. Caminhamos para o quintal dos fundos, alguns Touros lutavam entre si e outros treinavam do lado esquerdo do terreno. Foi para lá que caminhei.
–Vazem seus putos. – cuspiu Axl me empurrando e mandando nos dois garotos que estavam prontos para atirar no alvo pendurado no galho de uma arvore. – O alvo está novo?
–Nenhuma bala. – respondeu um deles.
–Ótimo, vocês dois vazem daqui. – esfregou o nariz com o dedo e fungou. – A boneca vai tentar.
Os dois olharam para mim e começaram a rir.
–Axl, ele é uma criança. – disse um deles.
–Se ele quiser ser um homem tem que começar assim, não acha? – retrucou Axl encolhendo os ombros, sua voz estava rouca. – Mandei vocês vazarem.
–O chefe que manda. – ambos passaram por mim. O loiro sacou a Uzi de sua cintura e me entregou.
–Tem cinco balas. – começou me fitando. – Não vele tentar me matar okay? – sorriu descaradamente, devia ser algum efeito da droga. – Por que, o terreno está cheio de Touros então, não sairia vivo daqui.
–Entendo. – falei analisando a arma. Ao contrario do que Axl pensava, eu e Kurt sempre íamos ali treinar nossas miras escondidos. – Posso começar?
–À vontade. – deu um passo para o lado esticando suas mãos na direção do alvo.
Separei minhas pernas e virei meu corpo para o lado. Certifiquei-me que estava seguro ao chão, e que minha mão não falharia quando a arma tremesse devido ao tiro, um erro e o cabo da Uzi acertariam meu ombro com força ou meu próprio olho.
Mirei para o ponto vermelho, bem pequeno no centro do alvo.
–Vai narigudo. – gritou alguém. Odiava esse apelido, apesar de meu nariz ser grande.
Apertei o gatilho e a arma deu uma espécie de “tranco” para trás batendo seu cabo contra o meu ouvido esquerdo. Doeu, mas continuei imóvel.
–Jimmy, certifica! – gritou Axl atrás de mim. O gorducho correu, e quando o fazia, suas banhas pulavam junto com seu movimento era engraçado. Ele foi até o alvo e fez um sinal positivo com a mão, se afastou para que eu tentasse pela segunda vez. – Continua boneca.
Mais dois tiros seguidos. Novamente o gordo foi ver se as balas tinham atingido o centro. Mais uma vez eu consegui.
–Você tem mais duas chances. – avisou Carter. Percebi que alguns garotos estavam ao nosso redor observando a cena, poderia ser minha vitória ou minha derrota.
Mais um tiro, desta vez o cabo se chocou novamente contra meu ouvido. Quase fiquei surdo, mas mantive minha postura ereta, as pernas fixas ao chão.
–Acertou. – disse o gorducho analisando o alvo.
–Ótimo. – Axl se aproximou e senti sua mão tocar meu ombro, colou seus lábios em meu ouvido. – Ouça boneca, estoure os miolos do gordo. Se o fizer, terá o que sempre quis respeito.
Estremeci como ele podia ser tão frio? Jimmy era seu primo e ele o queria morto? Continuei com a mira fixa ao alvo, o gorducho estava do lado olhando para o ponto vermelho no centro.
–Por que eu? – perguntei. Axl riu.
–Eu já disse boneca, faça-o e prove a mim que tem a capacidade e a frieza de um Romeno. – se afastou em seguida. Meus dedos tremularam por cima do gatilho.
Mirei para a cabeça do gorducho, mordi os lábios e atirei. A bala passou de raspão pela orelha do mesmo, Jimmy se virou furioso com a mão sobre a orelha e seu olhar carregado foi sobre mim.
–Sua putinha! – gritou caminhando em minha direção.
–Não fuja se não será pior. – disse Axl atrás de mim. – Eu mandei fazer uma coisa, decidiu fazer outra por quê?
–Eu não quero ser como vocês. – cuspi soltando a arma no chão. Esperei o gorducho se aproximar e senti um de seus pés contra a minha barriga. Bati as costas contra o chão e gemi de dor.
–Seu filho de uma puta! – gritou Jimmy me encarando. – Eu vou bater tanto em você, que vai se arrepender.
–Ele podia ter acertado no alvo e ganho o premio. – disse Carter. – Mas escolheu nos desafiar.
O quê? Eu havia obedecido Axl e isso me ferrou. Ele sabia que eu não tinha a capacidade muito menos à frieza para matar alguém, mesmo minha mira sendo ótima.
–Por que não dá a Kevin, o castigo que ele merece? – perguntou Axl me encarando e sorrindo. – Ser uma putinha.
–Não... – gemi olhando-os.
–Agora mesmo. – o gordo se inclinou enfiando suas mãos nos meus cabelos e me puxando para cima. Eu sempre fui magro e talvez isso tenha atrapalhado a minha vida. Praticamente fui arrastado apenas pelos cabelos, minhas pernas arrastando no chão. – Sua puta, vou te dar o que merece.
–Não! – gritei tentando fazer sua mão soltar meus cabelos. De nada adiantaria, eu era fraco tinha apenas dez anos de idade.
Jimmy entrou na casa ainda me segurando, meus pés bateram contra o piso e aquilo doeu. Fui arrastado até a sala onde me jogou contra a mesa de centro.
–Ah... Sua puta. – cuspiu. Naquela casa todos usavam drogas e não seria diferente. Só faziam merdas. Ele começou a desabotoar seu cinto.
–Não. – gemi tentando me levantar. Meu corpo doía e seria impossível.
–É uma pena que eu tenha que fazer uma viadagem dessas, mas você merece. – continuou falando. Axl apareceu e sorriu para mim.
–Uau. – disse fechando a divisória da sala para o corredor. – Estamos sozinhos agora. – caminhou até as janelas e puxou as cortinas negras deixando o ambiente escuro.
As mãos de Jimmy agarraram meu braço, me virando de costas sobre a mesa de centro.
–Não... – gemi chorando.
–Veja Axl à putinha está chorando. – zombou o gordo maconheiro.
–Vaza Jimmy. Eu cuido da boneca. – disse Axl caminhando até mim.
–Não... – continuei suplicando. – Eu faço o que quiser menos isso.
–Ah... Eu mandei você atirar naquele alvo. E o que fez? Atirou no Jimmy, porra isso não! – gritou Axl.
Jimmy riu e deixou à sala, a porta foi trancada assim que saiu.
–Eu vou me vingar seu puto. – cuspi. O loiro riu, senti seu corpo atrás de mim.
–Não antes de eu me divertir. – agarrou meus cabelos puxando minha cabeça para trás. Fez questão de colar seus nojentos lábios no meu ouvido esquerdo. – Boneca... – chocou minha testa contra a madeira da mesa.
Uma forte enxaqueca preencheu minha cabeça. As lágrimas escorriam por minha bochecha.
–Ah... – gemi sentindo que aquele seria o meu fim. – Me mate de uma vez.
–Assim a brincadeira perderia a graça. – começou a abrir os botões de sua calça. Suas mãos agarraram o cós de meus jeans e estremeci. – Vou mostrar a você, o que acontece quando uma bonequinha vai para a cadeia.
–Não... – meus braços tentaram se soltar chocou seu quadril contra o meu.
–Não adianta gritar boneca, ninguém vai te ouvir. – abaixou meus jeans. O tecido caiu sobre meus joelhos.
{...}
Caminhei com dificuldade até o garoto de azul e branco sentado sobre o capo de um sedã. Quando me viu o garoto confirmou com a cabeça e retribuí. Era o gesto Romeno para confirmar sua participação na gangue.
–Oi Fred. – sussurrei roucamente. Ele me fitou boquiaberto.
–O que houve? – perguntou franzindo a testa. Eu ainda soluçava, e chorava discretamente.
–Eu... – comecei a gaguejar. – Pre... Pre... Preciso ver o, o Harry.
–Claro, eu te levo. Foram os Touros que fizeram isso? Olhe para seu rosto mano... – ele negou com a cabeça. – Desgraçados, filhos de uma puta!
Assenti com a cabeça ainda soluçando. Minhas pernas tremiam e a dor em todo o meu corpo, inclusive nas partes intimas era insuportável. Cambaleei e tive a certeza que cairia no chão, a mão de Fred me segurou.
–Vamos falar com Harry... – sussurrei olhando para si. – Montar um plano e matar... Matar... Axl Slater. – cuspi o nome com nojo e repulsa.
–Você é um de nós, não merece sofrer. – ele me ajudou a entrar no carro. Fechou a porta e entrou pelo banco do motorista. – Ouça, Harry está meio ocupado no momento. Não quer que eu e os caras façamos alguma coisa?
Concordei com a cabeça, eu havia gritado tanto que mal tinha voz.
–Vamos acabar com os Touros, começando por Axl. – sussurrei secando as lágrimas com as costas da mão.


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Notas finais do capítulo

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