Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 38
Querem matar meu pai




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Pov Clary:


–Oi querida. - respondeu ele confuso. Levei meu olhar para minha mãe e Owen.
–Vocês estão bem? - perguntei e ambos concordaram.
–Clary. Largue a arma. - disse Joe. Sorri e fiz o que ele pediu. Passei por ele rebolando e sentei -me na mesa ao lado de minha mãe.
–Vamos jantar como uma família? - perguntei. Atrás de Joe o resto dos garotos que me acompanhavam mostraram suas belas armas. Deixei o revólver na mesa e coloquei os pés sobre a mesma. - Aliás Joe. Sente-se.
Ele confuso e cercado de Romenos, obedeceu se sentando a minha frente.
–Clary... O que está fazendo? - perguntou minha mãe confusa.
–Garçom! - chamei e o mesmo chegou em seguida. Estava assustado, sorri cinicamente para Joe. - Vamos querer o prato da casa. Quatro e uma boa dose de vinho italiano.
O garçom saiu com o pedido e o silêncio reinou. Todos esperavam eu pronunciar o que estava acontecendo. Dois garotos da gangue que me acompanhavam entraram apontando armas atrás de Santiago e Yara. Os dois foram unidos a reunião.
–Sentem-se. - falei diante ao olhar de todos. Eu nunca havia visto Yara, deduzi que fosse ela pela roupa de vadia que usava. Os dois sentaram-se ao lado de Joe. - Agora todo mundo entrega sua arma para meu amigo ali de bandana azul.
O garoto, chamado Henrique pegou as armas dos três. E a minha também. Joe pensou que era esperto para chegar ali e matar meu pai, ele não contava com minha astúcia ( dizia o grande Chapolin Colorado) passei o dia reunindo toda a gangue Romena e treinando tiro ao alvo. Eu não era ótima, aprendi pelo menos a acertar o ombro, braço, perna de qualquer cara. Todos os que estavam no restaurante incluindo o cozinheiro eram Romenos. Joe, não sabia disso.
–Não estou entendendo nada. - disse meu pai.
–É simples. - falei endireitando-me na cadeira. - Esses três, Joe, Santiago e... - olhei com desprezo para a vadia. - Yara vieram até aqui para te matar. Eu sabia disso desde o início do plano, contudo ninguém aqui na sala pensou que eu... Clarice Krueger, a inocente garotinha que todos viam por aí. Fosse reunir a minha gangue e acabar com o plano.
–Estou orgulhoso. - disse Owen sorrindo e minha mãe o fuzilou com um olhar de raiva. - Digo...
–Clarice. - ela disse cortando-o. - Estou decepcionada e ao mesmo agradecida. - ela dirigiu-se para Joe. - Nunca pensei que você rapaz viria me matar.
–Eu não ia mata-la. - se defendeu Joe. - Apenas Owen.
–Pois é pai, como você vê está sendo muito amado por todos aqui. - falei sarcástica.
–Eu falei que não queria que você entrasse no mundo de seu pai. - minha mãe afundou o rosto em suas mãos. - Olha o que virou, uma cínica gângster.
–É de sangue mãe. - respondi. - É o seguinte... Ninguém aqui vai matar ninguém. - tirei um papel de meu bolso e o estiquei na mesa, na frente deles. - Owen, e Santiago respectivos donos das duas gangues vão assinar este acordo de paz. - o vinho chegou e o garçom serviu a todos. Dispensei a comida quando ele sussurrou se eu ainda a queria.
–Eu não sou dono dos Touros. Não ainda. - sussurrou ele.
–Claro é um covarde. - disse um dos meus caras ( gostei deles quero carregá-los comigo para sempre agora). Os outros de azul e branco riram.
–Calem a boca. - reprendi. Ambos abaixaram a cabeça. - Kevin está agora matando seu pai num clube de stripper.
–Mentira. - cuspiu Santiago. - Kevin estava aqui antes de você aparecer.
–Ah... Se duvida vamos esperar ele aparecer com a cabeça de Capeline. A ideia de matá-lo foi dele não minha. - avisei bebendo meu vinho. Eles me olhavam como "O poderoso chefão" a diferença era que eu representava o sexo feminino. - Assinem logo o papel e então tudo acaba.
–Principalmente nosso relacionamento. - Joe dirigiu seu olhar azul para mim. - Não acredito que me traiu pelas costas.
–Eu não traí ninguém. Estou salvando a sua vida e a de meu pai. - respondi dando de ombros. Joguei duas canetas de tinta preta na mesa. - Andem.
–Eu não vou assinar nada antes de ler. - disse Santiago deslizando sua mãos para o papel. Todas as metralhadoras daquela sala apontavam para sua cabeça.
–Eu vou resumir para você o que tem ai. É um acordo de paz feito por um advogado que arranjei, na verdade eu ameacei o coitado com uma arma. Tudo isso durante este dia inteiro, acordar cedo as vezes é bom sabiam? - pigarreio interrompendo minha declaração. Bebo um pouco de vinho antes de continuar. - Os Touros e os Romenos serão apenas uma gangue depois de assinarem esse papel.
–O quê? - todos arregalaram os olhos. Principalmente Santiago. - Se fizer isso, vamos entrar numa guerra entre gangues.
–Ah não se preocupem. - falei totalmente calma. - As confiáveis de todos os Touros estão agora batendo um papinho num porão sujo e desprezível de um dos meus Romenos. Não é Henrique?
–Sim senhora. - assentiu o garoto. Eu não queria nem precisava guardar nomes, o dele sim. Sentia que podia confiar nele.
–Se os Touros não aceitarem a rendição e não se juntarem aos Romenos, que além de bonitos são mais elegantes e ricos. As confiáveis morrem. - falei e um tremor passou pelo meu corpo. Eu me sentia uma bruxa, era necessário. Eu sabia que no fundo todos se renderiam e ninguém precisaria morrer. - Então Santiago?
–Anne está lá? - perguntou curioso.
–Você sabe que não. Eu não mataria minha melhor amiga. - falei.
–Você é estupida. - cuspiu Yara e pela primeira vez a olhei com um ódio profundo.
–Ok eu assino. - Santiago começou a deixar sua assinatura sob o papel. Depois passou-o para Owen que também assinou.
–Aliás Yara eu não te mato porque ninguém... Até você sua vadia, merece morrer. Se não... Eu já teria o feito.
–Tente. - provocou ela.
–Parem. - disse Owen. - Agora somos todos apenas uma gangue.
–Você não disse que tinha abandonado isso? - minha mãe o fitou. - Owen... Mentiu para mim?
–Calem a boca. - gritei confusa com todas aquelas conversas paralelas. - Agora somos apenas uma gangue. - peguei o papel e o guardei de volta em meu bolso. - E já temos um líder.
Todos os olhares foram para mim, até Joe que estava evitando-me.
–Quem? - perguntou Owen. Minha mãe revirou os olhos.
–Eu. - falei apontando para mim mesma. - A nova líder.
Mais uma vez a surpresa ganhou todos os rostos dali. Eu estava sorrindo em meu interior, por fora continuei com a expressão de seriedade.
–Ninguém obedece uma mulher. - debochou Joe.
–Você me obedece. - falei. - E todos aqui também. Como minha primeira decisão... Owen pegue a minha mãe e sumam. Para o fim do mundo.
–O que... - ela sussurrou assustada.
–Vocês ouviram. Se ficarem aqui, Joe vai tentar matar Owen de novo. Independente de gangue ou acordo. As portas do fundo estão abertas e o carro pronto. - terminei e respirei profundamente.
Os dois se levantaram, minha mãe me abraçou e me beijou na testa, sussurrou" Não morra" e foi com meu pai para onde eles quisessem ir. Voltei meu olhar para os três ainda sentados, tive que me levantar.
–Algum problema? - perguntei.
–Você se tornou uma das melhores gangster que já vi, em apenas um dia. Passou a perna em todo mundo. - disse Santiago com aquela sua sinceridade de sempre.
–Obrigada. - agradeci sorrindo. - Yara?
–Eu não vou puxar seu saco vadia. - cuspiu ela. Revirei os olhos.
–Henrique, eu avisei uma e duas vezes. - acenei com a mão. - Vai lá e mata essa vaca.
–E a sua tese de "ninguém merece morrer" ? - Questionou-me Joe.
–Você prefere essa puta ou eu? - perguntei furiosa.
–Você me traiu, na verdade as duas me traíram então não sei... Dá um empate. - disse ele olhando para baixo.
–Vou deixá-la viva por pena. - sussurrei. - Agora... Vamos rapazes, temos ordens para os Touros.
Saí sendo seguida por todos os Romenos. Joe nos seguiu gritando e me xingando de traíra. Eu fui traíra, ninguém morreu então ta tudo certo!
Subi na minha moto e parei para acender um cigarro. As estrelas já pontavam no céu.
–Henrique, só solte as confiáveis depois que eu conversar com os Touros. - avisei. Ele assentiu e chamou os outros. - Outra coisa, vão para o sobrado dos Touros e me esperem, se eles resistirem, mostra a fotinho das mulheres de todos eles trancadas num porão.
Antes de me deixar, entregou o pequeno revólver que carreguei o dia inteiro e junto com os trinta garotos que estavam ali, se dividiram e deixaram o restaurante em seis carros. Tanto faz a marca ou nome deles. Joe, Yara e Santiago saíram do restaurante sem as armas. Joe fez questão de se aproximar de mim e de minha moto.
–Precisamos conversar. - disse ele. Soltei a fumaça franzindo os lábios de uma maneira sensual.
–Claro, querido. - sorri satisfeita.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos os comentários. Aliás... Vocês só comentam quando algo emocionante acontece? Kkkkkk Eu ia deixá-los sem capítulos até semana que vem, mas ai percebi que seria tortura demais e que tem gente imaginando diversos finais não muito felizes. Passando pra dizer que logo logo, postarei uma nova história. É sobre dois irmãos que se apaixonam pela irmãzinha mais nova kkkkkk vai ser nesse mesmo estilo ( altas tretas) só que terá bastante política e questões como a ignorância, ganância e a busca pela aparência perfeita. Começarei a escrever daqui a pouco, estou terminando os últimos capítulos desta história. Comentem o que acham... Queridos e queridas muahaha