Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 27
Matar a saudade?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570756/chapter/27

Pov Joe:


Depois de deixar Clary em casa, percebi novamente o carro preto. Mas de quem seria? Balancei a cabeça, e segui meu rumo. Sei que já passava das nove da noite, eu devia sim uma satisfação para Yara e precisava ver o que ela queria.
Ok. Não adianta mentir para mim mesmo, eu realmente desejava vê-la e isso era uma traição se Clary descobrisse, já que lhe disse que não tínhamos mais nada. E não temos. Parei o carro perto da boate onde Yara me pediu para encontra-la e em seguida mandei uma mensagem de texto para ela, dizendo onde estava e que a esperava.
Depois de exatamente vinte minutos ela apareceu, vestia apenas um sutiã e calcinha azuis que se destacavam debaixo de seu vestido transparente e saltos que a deixavam alta. Bateu na janela e entrou batendo a porta. Evitou olhar para mim.
–Seja rápida. - falei.
–Rápida? - indagou ela. - Desde quando você namora alguém.
–Desde sempre e bom, até agora essa garota não me traiu. - olhei para a frente vendo o movimento da fila em frente a tal boate.
–Vocês estão juntos apenas a um dia. - revirou os olhos. – Já transaram?
–Estamos juntos a mais tempo, de namoro apenas a um dia. E daí? Me chamou para se intrometer na minha vida?
–Foi. – respondeu. Achei que ela fosse desviar ou mudar de assunto, como sempre ela era direta quando queria. – Realmente quero saber.
–Já. – respondi e vi o movimento de sua garganta denunciando-a em engolir em seco.
–Ela é boa?
–Yara não começa... – falei querendo que ela se calasse. Ela virou seu olhar gelado sobre mim.
–Responda. – disse com aquele seu tom de fúria. – É gostosa?
–Ela era virgem... – engoli em seco e mordi os lábios tentando evitar voltar meu olhar sobre Yara. Ela começou a rir e deu uma espécie de murro em suas próprias coxas.
–Que novidade... – disse depois de um longo silêncio. – Não sabia que estava por ai atrás de putas virgens...
–O que exatamente você está pretendendo? Chamou-me aqui para isso? Rir de meu namoro.
–Namoro de um dia! – disse voltando a rir. – Com uma puritana, ela não deve nem ter pagado um boquete para você.
–Yara...
–O quê? Estou mentindo em alguma coisa? Ah... Espere... Você gostou não foi?
–Gostei.
–Apenas ensine-a o que ela deve fazer, porque transar com uma depravada deve ser ruim para cara...
–Yara! – gritei furioso. – Quer parar?
Ela se inclinou sobre mim e senti um frio na barriga quando ela deslizou seus dedos pelo meu umbigo até o cós da calça.
–Ela não sabe fazer nem metade do que eu faço não é Joe? – perguntou enfiando suas mãos dentro de minha calça. –Se você quiser... Eu faço um bem gostoso aqui e agora.
–Não! – afastei sua mão. – Por favor... Diga logo o que você quer...
–Não está obvio? Chamei-te aqui para matarmos a saudade. – respondeu sorrindo e lambendo seus lábios de um jeito provocante.
–Não vamos transar, nem nada do tipo. – respondi. – Eu realmente quero ter algo sério com a garota.
–Aff. – Yara revirou os olhos. – Ok. Quando quiser ficar com alguém que saiba te fazer feliz de verdade, já sabe onde me encontrar.
Ela abriu a porta e saltou para fora me deixando com água na boca. Por Deus, eu tenho que esquecê-la, e tudo o que fizemos. Observei-a enquanto se afastava de volta para a boate, eu realmente precisava esquecê-la, mas numa coisa ela tinha razão. Não era nem um pouco bom transar com uma depravada, ri de meus pensamentos. Talvez eu realmente devesse ensinar a Clary algumas coisas.
Pov Clary:
–Mãe e... Owen? - perguntei trêmula, tonta e com um dos maiores sustos da minha vida.
–Clarice. - minha mãe cruzou os braços. - Eu lhe mandei ficar em casa!
–Eu fui na casa de Anne. - falei ainda com o coração acelerado devido ao susto.
–Mentirosa. - gritou minha mãe de uma maneira que nunca tinha ouvido antes. - Desde quando começou a mentir para mim?
–Clary, você tem que dizer a verdade para nós. - intrometeu-se Owen.
–Cale a boca! - gritou minha mãe apontando o dedo para ele com uma expressão furiosa no rosto. - Ela está assim por sua culpa. Eu lhe disse para ficar longe de mim e de minha filha!
–Eu quero ficar perto de vocês. É meu direito como pai e como... Eu ainda a amo Mary. - Perae, a conversa era sobre mim ou sobre o futuro dos dois?
–Não mude de assunto. - continuou mamãe. - Clary, aonde estava até agora? Sei que não estava na casa de Anne pois ela também não está lá.
–Eu estava com Joe.
–Ah meu Deus. - ela praticamente se descabelou e Owen segurou o riso. Uau, meu pai tinha senso de humor. - Onde foi que errei?
–Quem é Joe? - perguntou ele.
–Um garoto que encontrei na cama com ela hoje de manhã. - droga, porque minha mãe tinha que falar. Porque de repente minha vida estava se tornando emocionante até demais. - Ela quebrou o voto de castidade.
–Ela o quê? - Owen gritou. - Meu Deus, mal conheci minha filhinha e ela já...
–Viu? É isso que você faz, mal se aproximou dela e minha filha já tem os pensamentos trocados. Culpa sua e de seu filho cretino.
–Mãe! - gritei aterrorizada, os dois começariam a discutir por nada. - Eu e Joe estamos namorando.
–A quantos dias? Quando pretendia me contar? - os dois perguntaram ao mesmo tempo e franzi a testa. Até os dois estranharam.
–Desde ontem... Mas não se preocupem ele tem a melhor das intenções. - alertei
–Ah tem... Transar com você foi a primeira. - disse Owen e minha mãe fuzilou-o com o olhar. - Qual é a segunda?
–Pai! - gritei arregalando os olhos. O tremor do frio já estava me deixando sem conseguir falar. Minha mãe olhou de mim para Owen e vice-versa.
–Pai? A quanto tempo você estão se encontrando nas minhas costas? - gritou. - Meses?
–Mãe. Eu to morrendo de frio e, quando vocês não quiserem matá-lo talvez ele venha aqui para conhecê-los. Agora vou dormir.
–Clarice Krueger volte aqui. - já era bem tarde eu estava no final da escada e correndo o mais rápido que eu queria para chegar ao chuveiro e me aquecer.
Depois de um longo banho quente, vesti meu pijama de unicórnios e aproximei-me da escada. O clima lá em baixo já parecia ter esfriado, fiquei quieta para ouvir a conversa dos dois.
–Eu te amo...
–Owen, não minta. Me deixou anos sem notícias.
–Ora... Veja você até hoje usa o anel que lhe dei. Criou nossa filha muito bem, e está com ciúmes porque ela tem um namorado agora.
–Ciúmes? - acho que minha mãe chorava pois ouvi soluços. - Ela sempre foi minha garotinha sabe? Até hoje veste roupas que escolho para ela, até hoje nunca me desobedeceu... Bom, tudo isso antes daquele rapaz.
–Eu como pai devia estar furioso com isso, se ela disse que ele viria aqui nos conhecer é porque está sério. Agora, Clary já me perdoou e você?
–Nunca. Eu não vou permitir esse namoro, tenho medo que ele faça a ela o que você fez comigo. Então agora, que já me ouviu... SAI DA MINHA CASA!
–Está me mandando embora? - Claro só tem você conversando com ela! - Eu quero conhecer esse garoto. E vou.
–Ah vai... Só se for em seu sonho Owen! Quero que saia por aquela porta e nunca mais volte. - continuou gritando minha mãe. Porque ela não deixa de ser dramática?
–Vai me perdoar? – insistiu ele.
–Já disse que não! – ouvi passos e depois o ruído da porta da sala sendo fechada a força. – Clarice!
Corri para meu quarto e enfiei-me na cama fingindo estar em sono profundo, acho que minhas aulas de teatro na escola não foram um sucesso.
–Não finge que está dormindo! – gritou. Abri os olhos e ela estava parada na porta se apoiando no batente. – Eu estou realmente decepcionada com tudo. Inclusive com você...
–Mãe! – sentei-me na cama e limpei a garganta. – Eu ia te contar.
–Ah... O que ia me contar? Que estava se encontrando com seu pai? Que estava namorando com aquele rapaz dos alargadores... Ou que estava se relacionando com o cretino do filho de seu pai com aquela vaca loura. Diga Clary, quando eu ia ficar sabendo? – ela disse tudo tão rápido e de um jeito tão engraçado, segurei o riso se não eu ia acabar apanhando pela primeira vez.
–Eu... Tudo aconteceu rápido tá? – respondi, não para ela e sim para mim mesma. – Eu fui atrás de Owen quando, você me contou tudo e... Bom, a gente começou a se falar nesta semana, eu não sabia que ele viria aqui.
–Ah... – minha mãe abriu as mãos e pensei que fosse se descabelar novamente, ela apenas cerrou os punhos acabando com sua raiva interior. – Eu vou lhe dizer uma coisa Clary, e escute muito bem. – balancei a cabeça afirmando. – Eu deixei seu pai, antes de ele se fingir de morto naquele incêndio. Quando eu achei que ele estava morto, simplesmente tive que recomeçar e foi bom... Maravilhoso. Acha que ser um criminoso durante toda a sua vida ou fazer parte de algo assim seria bom para ele? E para nós duas? Como acha que ia estar agora? Sendo uma criminosa, uma assassina... Eu não queria ver você assim, foi por isso que menti. Agora, quando lhe conto a verdade você vai atrás dele?
Abri a boca para responder, e ela levantou um dedo me calando.
–Tudo bem se quer conhecer seu pai. Eu só não quero encontrá-la morta pelos inimigos dele entendeu? Não quero ver você traficando nem se tornando uma criminosa entendeu? E esse rapaz... Joe... Ele virá aqui falar comigo, se não eu juro Clary, lhe mando morar com sua avó numa cidade no interior da Europa! – gritou fazendo-me engolir em seco. – Agora, eu vou dormir.
–Mãe eu sinto muito...
–Não sente. Se sentisse não teria feito nenhuma merda! Não teria ido procurar Owen por respeito a mim, nem tirado sua virgindade antes do casamento... E se acha que lhe perdoei, está enganada!
Marylin saiu do quarto fechando a porta atrás de si, como minha mãe podia fazer isso comigo? Jogar na minha cara tudo isso... Não foi ela mesma que queria que eu me divertisse? Ok. Procurar Owen foi um erro, Joe não. Ele foi uma das melhores coisas que já me aconteceu até agora, tomara que ele não apareça aqui amanhã se não eu estou ferrada. Meu celular vibrou em cima da mesa de cabeceira, eu havia o esquecido em casa. Peguei-o e vi uma mensagem, era Owen. "Amanhã eu vou jantar com vocês duas. Não conte nada a sua mãe, quero fazer surpresa." Ótimo era o que faltava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hahahahahahahahahaha só vou postar o último do dia com pelo menos... 5 coments.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você é minha droga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.