Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 23
Altas revelações




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570756/chapter/23

Pov Clary:

–Quer dormir aqui? – convidei quando nos separamos.
–E sua mãe? – perguntou ele confuso.
–Ela não vai descobrir nada. – falei puxando-o até as escadas.
–Hum... Então eu fico. – ele deixou que eu o arrastasse.
Já no meu quarto dava para ver o anoitecer, ainda eram oito horas da noite. Joe se sentou na cama e ficou olhando para a paisagem da janela.
–É tão estranho. Cada dia eu durmo numa casa diferente. – disse ele.
–Eh... Vou pegar o moletom para te emprestar. – falei saindo do quarto e indo para o de minha mãe. Peguei a velha calça de moletom de Harry e outro travesseiro. Era errado eu ficar com Joe sabendo que meu pai era o maior inimigo dele e que ambos queriam matar um ao outro. Essa sensação de errado era o que deixava tudo ainda mais emocionante.
Voltei ao quarto e ele já tinha retirado a regata que usava. Admirei um pouco seus músculos, Joe não era o tipo de cara super sarado, contudo seus abdômen um pouco definido era bem irresistível. Entreguei-lhe a calça de moletom e virei-me para a janela enquanto ele se trocava, pelo reflexo pude ver sua cueca preta e sua bela bunda. Eu ainda vou apertar aquele pedaço de carne. Ele deitou na cama e olhou pro teto. Enquanto eu peguei meu pijama de unicórnios e um lingerie preto. Ta eu sei que não podia acontecer nada entre a gente, desde que eu não quebrasse meu voto, mas quer saber? Tudo que é proibido é melhor e se fosse para acontecer aconteceria.
Vesti tudo no quarto de minha mãe e quando voltei para o meu Joe ainda estava encarando o teto. Fechei as cortinas e também a porta, deu espaço para que eu deitasse a seu lado. Apoiei a cabeça em seu peito enquanto ele alisava meus cabelos. A sensação de ter seu corpo finalmente ali de novo comigo me trazia segurança ou talvez conforto, de que jamais ele se afastaria.
–Então... – comecei diante ao silêncio constrangedor entre nós. – Você fala tanto de seu irmão, poderia me dizer algo a mais?
–O nome dele era Axl, e na verdade meu nome verdadeiro não é Joe. – Uau altas revelações.
–Qual é o seu nome verdadeiro? – perguntei curiosa.
–Kurt.
–Kurt? Tipo Axl e Kurt. Os vocalistas das bandas Gun’s n Roses e Nirvana? - perguntei sorrindo.
–Vamos dizer que meu pai adorava Axl Rose, e minha mãe Kurt Cobain. – acabamos rindo.
–Seu irmão deve que foi tipo assim, o seu herói né? – perguntei.
–Foi meu herói. Meu sonho é ser como ele, mas talvez eu nunca chegue nem a seus pés. Ele morreu por mim, acho que alguém mandou lhe matar por simples prazer de destruir a minha família.
–Quem faria uma coisa dessas? – perguntei então me lembrei “Romenos, a gangue do seu paizinho, e a sua também" alertou minha diabinha interior, senti um arrepio.
–Todos dizem que foi Owen, o líder dos Romenos. Ele... Matou meu pai naquele incêndio no armazém, eu só tinha um ano de idade quando isso aconteceu e meu irmão tinha oito. Deve ter sido péssimo, pois meu pai foi o ídolo dele.
–E ele o seu. – sussurrei.
–Pois é eu cresci ouvindo meu irmão dizer que a justiça estava feita. Que os Romenos tinham acabado, não foi bem assim. Outro cara assumiu a liderança enquanto Kevin era um garotinho. Sabe qual é a idade que um garoto precisa ter para assumir uma gangue?
–Qual?
–Dezesseis anos. E sabe quanto Kevin tem? Dezoito anos. - a afirmação de idade me assustou. Então Kevin havia assumido a gangue há dois anos.
–Quantos anos você tem? – perguntei curiosa.Eu tinha que aproveitar pois esta conversa estava me dando informações muito úteis sobre Joe.
–Dezessete, crescemos juntos e olhe só. O desgraçado está atrás de você, nem parece um de meus melhores amigos mais.
–Joe, eu e Kevin não temos nada. – falei levantando meu olhar para seus olhos azuis. – Se vocês são da gangue inimiga como que ainda são amigos?
–Kevin e eu estamos juntos para matar Owen. Santiago também ajuda, mas ele não faz nada além de ser um fofoqueiro.
–Ele mataria seu próprio pai? – perguntei pensando em toda à tarde que passei com Owen e Kevin. Não isso só podia ser mentira.
–Ele não vai matar Owen, ele só quer a herança e vai tê-la quando o pai morrer. Eu tenho motivos de sobra para matá-lo, ele acabou com meu pai e mandou acabarem com meu irmão. Só não matou a coitada da minha mãe porque ela não tinha nada haver com isso. Respondi o que queria saber?
–Não. Quem é Yara e porque ela veio atrás de você? – falei. Se nós fôssemos começar um namoro eu tinha que saber de tudo e vice-versa.
–Owen lhe deu uma boa quantia em dinheiro para ela me matar enquanto eu dormia, ela não conseguiu. O máximo que fez foi me esfaquear na costela. -ele engoliu em seco- Então me contou tudo e nos separamos. Eu não tenho mais nada com ela...
–A cicatriz. – falei lembrando do corte em sua barriga. – Então Owen quer te matar?
–Sim. – respondeu ele.
–Porque vocês não esquecem tudo e um perdoa o outro? – sugeri. Só de pensar em ver meu pai matar Joe ou vice versa um tremor percorreu meu corpo.
–Não é fácil assim não Krueger. Meu pai era o verdadeiro Joe, ele e Capeline junto com Owen fundaram os Touros. A primeira gangue que a cidade já teve. - disse de uma maneira animada.
–Então Owen já foi Touro?
–Sim. – Joe beijou minha testa. – Por favor, eu não gosto de falar dessas coisas.
–Quando pretende matar Owen? – perguntei cada vez mais curiosa.
–Não sei... O dia que ele estiver na minha frente e eu com uma arma na mão... – sussurrou antes de fechar os olhos.
–Joe... Posso te chamar pelo seu nome verdadeiro?
–Se for só você...
–Boa noite Kurt. – falei e fechei os olhos com o meu corpo colado ao dele.
–Espere... – ele se levantou e pegou algo do bolso de sua calça jeans e me entregou. Era um terço de prata. – Eu estava usando-o quando te conheci.
Coloquei o terço no pescoço e ele sorriu. Inclinou-se sobre mim e me beijou suavemente, retribui o beijo, eu queria muito mais dele, só aquela noite. Briguei com a língua dele em busca de espaço entre nossas bocas e ele ainda fez o favor de morder meus lábios. Doeu, eu como sempre gostei.
–Clary... – sussurrou ele em meu ouvido e tive que sorrir. Ele era muito pesado e ficar em cima de mim não ajudava.
–Kurt...
–Eu posso te perguntar uma coisa?
–Pode.
–Eu posso tirar sua virgindade?
Inclinei-me colando meus lábios em seu ouvido.
–Sim... – sussurrei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, na história original eu deixava essa parte acabar assim, mas se vocês quiserem ( eu sei que querem) eu posto um capítulo bônus, então comentem com a melhor opção que acharem.