Rapunzel olhava José fazendo suas manobras na água e sorria. Era bom estar viva. Era bom sentir o vento no rosto e os cabelos, que voltaram a crescer, porém castanhos, balançarem.

Era realmente muito bom estar viva.

Enquanto José voltava da água ela iluminava-se com o sorriso encantador do seu marido. Ele sentou-se ao seu lado na areia.

–Você está estonteante hoje – ele diz e Rapunzel cora. – Você é sempre linda, você sabe disso.

Ele a abraçou por trás e beijou sua bochecha.

–Obrigada por tudo. Acho que não conseguiria passar por isso tudo sem você – ela diz, olhando para o sol iluminando as ondas perfeitas do Havaí.

–E eu não viveria sem você.

Eles ficaram assim por um minuto, observando as suas vidas passarem e os envolverem com as lembranças. Já havia passado por muita coisa. E isso é que amar verdadeiramente alguém. Apesar das dificuldades, continuarem unidos.

–Acho que tenho planos para essa noite. Faz um tempo que não passeamos pela nossa praia à noite – José diz sorrindo.

–Eu adoraria.

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As noites nas praias do Havaí eram incrivelmente iluminadas. A lua parecia ter uma luz sem igual e as estrelas pareciam milhões de pontos brilhantes iluminando os corações apaixonados.

Rapunzel e José andavam de mãos dadas pela praia. Os pés descalços sendo molhados pelas ondas e com os sapatos nas mãos.

Abraçados como se não tivesse amanhã.

José olhava para sua amada. Os olhos fechados e expressão sorridente. Rosto iluminado e banhado de estrelas. Como desejara naqueles momentos tristes e difíceis ver esse sorriso novamente.

Seus cabelos batiam nos ombros agora, porém castanhos. Os olhos verdes continuavam sendo seus. E ele sentia-se a pessoa mais sortuda no mundo por amá-la.

E ela sentia-se a pessoa mais segura, mais amada e mais feliz de todo o mundo. Pela primeira vez ela sentia-se verdadeiramente livre.

–Isso sim é o que posso chamar de liberdade – ela soltou e abriu os olhos.

–Eu serei obrigado a concordar com você senhorita Corona.

Ela soltou uma gargalhada e eles pararam de andar. Ela encarava os olhos dele. Tão alegres e tão iluminados. Como quando ela se apaixonara por ele.

–Acredito que vou ser feliz para sempre – ela diz.

–E eu viverei contigo. Nessa felicidade.

Quando se aproximaram e se beijaram foi como se tudo desmoronasse. Foi como estarem numa verdadeira máquina do tempo. Que limpou as tristezas e deixou as alegrias ganharem forças.

Foi como curar as mágoas. Foi como sentir-se nas nuvens. Foi como terem se beijado pela primeira vez.

Quando se separaram, eles abraçaram-se e sorriram.

–Eu te amo muito – Rapunzel disse em seu ouvido.

–Eu te amo mais – ele respondeu.

–Eu te amo muito mais.

E quando ele a pegou no colo e correu com ela para a água eles sabiam que eles eram o único casal na praia que se divertiam à noite nas águas do Havaí.

*****

Mérida e Wasabi conheceram-se em uma daquelas milhares de Convenções Vikings que fizeram questão de participar. Eles eram simplesmente apaixonados pela aquela civilização antiga que simplesmente sumiu.

Mas aquela não seria uma convenção qualquer...

Mérida que havia prometido que nunca se apaixonaria por ninguém. Que nunca iria namorar sério. Que nunca permitiria se enganar com pares de olhos enganadores dos homens... Bom, acho que ela deixou-se render aos olhos cor de mel brilhantes, sorridentes e aventureiros de Wasabi.

–Certo estou em um dilema – Wasabi tira Mérida de seus pensamentos.

Eles estavam sentados na Praça Central de Sortland. Observando as crianças na neve. Mérida retornou a sua atenção a Wasabi.

–O que ? – ela disse ainda meio nos seus pensamentos.

–Estou em um dilema. Tentando descobrir no que essa sua cabecinha – ele apontou para sua testa. – Está pensando. – ela sorriu.

–Estava pensando na gente na realidade. Em como eu recusava-me a me apaixonar. Que isso era bobagem.

–Sorte minha que você mudou de ideia então – ele diz sorridente.

–Sorte minha também.

Ela colocou seus pés em cima do banco e deitou sua cabeça no ombro dele.

–Agora eu me acho uma menina boba querendo viver um amor tão forte que eu possa recordar para sempre.

–Isso não faz de você uma menina boba. Isso faz de você uma pessoa esperançosa. Corajosa. E para mim você é a pessoa mais forte de todas.

–Obrigada – ela virou-se para encarar seus olhos.

–Eu espero ser o seu amor que recorde para sempre.

–Eu tenho certeza que será – ela diz sorridente.

Ela o beijou com intensidade. Os flocos de neve caiam ao redor deles. Mas nada importava. Era apenas neve. Deixando a atmosfera mais do que perfeita. Mas do que magnífica.

Quando eles se separaram, Wasabi sorriu. Ele puxou sua mão e começou a correr.

–Vem Mérida – ele gritou.

–Wasabi! Espera! – ela disse.

Havia algo louco nisso tudo. Ela corria e sorria com essa loucura toda. Ela amava essa sensação. De que não havia nada para impedi-la de ser feliz.

Não havia sua Faculdade trazendo milhões de problemas para ela com um professor inconveniente. Muito menos sentimentos contraditórios dentro dela dizendo para tomar cuidado com o amor.

Era claro como a água. O céu é azul. E Mérida ama Wasabi. E ousamos dizer que Wasabi ama ainda mais Mérida.

Eles tinham 20 anos. Não era a hora de se enganar ou se perguntar se era o certo se entregar. Todos deveriam ter um amor para recordar. Apaixonar-se a primeira vista.

Todos deveriam ser felizes.

Wasabi a levou até o pequeno píer do rio congelado. Nenhum barco usava aquele píer, até porque o rio vivia congelado.

Eles se sentaram com os pés quase tocando a água, ou melhor, o gelo. Acontece que era a hora do sol se pôr.

Mérida olhava as cores. Azul, vermelho, laranja, amarelo. Todas colorindo os seus olhos maravilhados. Vidrados na vista. Nunca ninguém havia lhe dado esse presente.

Nunca havia reparado nessas simples coisas. O amor não estava estragando-a. Estava modificando-a. Para melhor.

–É incrível – ela deixou escapar. Ela já estava em pé, querendo tocar tais cores.

–É incrível sim. E ver seus olhos brilhando é ainda mais lindo – ele diz abraçando-a por trás.

–São os seus olhos – ela diz ficando com as bochechas da cor do pôr do sol. E dos seus cabelos também.

–Eu te amo de verdade – ele diz sorrindo com a cabeça em seu ombro.

O sol deu lugar à lua. O mundo era perfeito por um momento.

–E eu amo você de verdade – ela respondeu.

E virou-se para beijar o seu moreno de olhos doces como mel.