Bem-vindo a nova era {Hiatus} escrita por G Aqui, Temperana


Capítulo 2
Reencontros.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, nós queremos agradecer muito pelos comentários do Prólogo, foi bem inspirador e ficamos muito felizes, realente, muito obrigada.

Bec e Temp



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Senhores passageiros, aqui quem fala é o Comandante. Informo que dentro de instantes estaremos aterrissando no Aeroporto Nacional de Sortland. Permaneçam sentados e os cintos devidamente colocados.

Dizia o piloto do avião. Aquele avião que deixava Astrid a cada minuto mais próximo do seu amor. Do seu Soluço.

Havia sido um ano difícil. Longe de todos que conhecia. Perto apenas dos novos amigos. Ou melhor, das duas novas amigas, as irmãs Elsa e Anna, que fizeram o curso de Floricultura e Botânica com ela em Nova York.

Tripulação, preparar para o aterrizagem.

A sensação de estar no chão novamente. De estar em seu lar novamente. Seu pedacinho de terras molhadas e geladas. Eram 10 horas da manhã. O voo havia adiantado, portanto Soluço ainda estaria em casa.

Enquanto aguardava para pegar suas malas, ligou para ele e aguardou escutar o doce som da sua voz no outro lado da linha.

Alô?

–Soluço?

Astrid? Você já chegou?

–Sim, o voo adiantou um pouco. Você já pode vim me buscar ou eu vou ter que esperar mais para te ver?

Soluço riu do outro lado da linha e imaginou-a com as mãos na cintura.

Não senhorita, estou saindo da casa do Jack e já vou te buscar. Pode esperar um pouco? O aeroporto é bem perto daqui da casa dele, como você sabe.

–Obrigado pelo senhorita. Claro que sim, estou na área de desembarque.

Okay.

Astrid arrastou a sua mala pelo chão do aeroporto e sentou-se em uma das cadeiras de espera dos familiares dos viajantes. Seus pais estariam trabalhando agora e também não sabiam que estava chegando naquele dia.

Só restava esperar.

****

Soluço despediu-se de Jack e desceu as escadas do apartamento do amigo. Com o coração acelerado. Um ano no exército. Um ano longe dos cabelos loiros e olhos azuis de sua namorada.

Mas a espera havia finalmente acabado, finalmente ele teria sua namorada de volta a seus braços.

Ligou o seu carro. A cidade estava começando com o pé direito o outono. Ou o que chamavam de outono. Apenas um aumento de cerca de 10ºC na temperatura. De -4ºC para 4ºC...

Avistou o Aeroporto e não deixou de sorrir. Será que um ano havia modificado muito a sua loirinha? Na última foto que vira dela, não mudara muita coisa. Nem sua voz. Nem sua doçura. Nem a sua força...

Estacionou no Aeroporto e desceu correndo as escadas em direção à área de desembarque. Em meio às malas e pessoas encontrou Astrid sentada em uma das cadeiras destinadas à espera dos passageiros.

Ela ainda não havia visto ele. Ele foi por trás das cadeiras e parou atrás dela. Colocou suas mãos em seus olhos, vendando o mar azul da jovem Hofferson.

Ela colocou suas mãos por cima da dele. Macias e carinhosas. Sorria como há muito tempo não sorriu.

–Adivinha quem é? – ele perguntou.

–Eu tenho várias opções e nomes. Pode ser muitas pessoas sabia? Mas acho que é um certo Senhor Strondus.

Ele sorriu e beijou a bochecha dela, abraçando por trás.

–Acertou milady.

Ela levantou-se sorrindo e lhe deu um abraço bem apertado, aconchegando-se nele. Como se ele pudesse levar embora os 365 dias que ficou longe dele. Longe do seu sorriso. Longe do seu perfume. E ele aconchegou-se nos cabelos de Astrid Hofferson, o seu sonho de várias noites no acampamento do exército. A sua razão de viver.

–Não devíamos fazer isso mais. Nunca mais – ele disse com os olhos fechados, acariciando os cabelos dela. – Eu não posso ficar tanto tempo longe de você assim.

Ela suspirou.

–Faremos um acordo: nunca mais iremos para longe do outro. Em troca, você pode me beijar - eles riram.

–Eu gostei desse acordo – Soluço disse.

Eles então se beijaram. Um beijo que pode curar as distâncias. A saudade. Tudo. Não importava mais nada. Eles estavam ali juntos.

Era isso o que importava.

****

Soluço estacionou em uma praça, próxima a casa dos pais de Astrid. A famosa praça do Lago que Nunca Derrete.

Enquanto andavam pelas ruas e Astrid matava a saudade de sua cidade, Soluço apenas sorria. Sorria por estarem andando de mãos dadas. Sorria por ela estava ali. Sorria por que sentia que tinha que sorrir. Coisa de apaixonados...

–Havia esquecido como a nossa cidade era encantadora debaixo dessa neve toda – ela disse.

–Depende do seu ponto de vista – ele disse. – Se você está sozinho é apenas um cantinho congelado do mundo. Mas se, por exemplo, eu estou com você, é o melhor lugar para se estar.

Ela sorriu e colocou o seu braço direito por trás das costas dele. Ele fez o mesmo com o seu braço esquerdo. Andavam mais perto, mais unidos. Não estava muito frio. Mas quem se importava?

–Pelo menos ficaremos juntos na Competição Mundial de Motos – ela disse.

–Eu concordo. Espero que ganhemos esse ano o primeiro lugar – ele disse. Ela sorriu. – Quem sabe?

Falavam como se nunca tivessem falado sobre esse ano que havia passado. Não faltavam detalhes. Era um jeito de matar a saudade, sentados na beira do píer do Lago Congelado, uma atração turística da cidade, um lago que pelo frio estava o ano todo congelado.

–Fico feliz que tenha conseguido terminar a sua faculdade de Engenharia. Era o que você mais queria, não é verdade?

–É claro, era o que eu mais queria estudar. Entender. Desde quando eu era pequeno gostava de imaginar coisas para construir. De casas a robôs – ele riu, acompanhado por ela. – Mas creio que agora poderei fazer isso. Você devia ver os meus olhos nas aulas, brilhavam – ela riu.

–Eu realmente deveria estar lá para ver – ela provocou.

–E eu também estou feliz por você ter terminado o seu curso de Floricultura e Botânica.

–Eu também. É incrível, saber sobre tantas plantas e flores. Cada uma é especial e me apaixonei por todas.

–Mas você deve ter uma flor que mais gosta. Qual é?- ela pensou um pouco.

–Prímulas Brancas – respondeu em um sorriso. - As flores da felicidade.

–Vou guardar na memória – ele disse e sorriu, com as sobrancelhas arqueadas. – Mas agora vamos a sua casa. Seus pais vão ficar muito felizes quando virem você.

–Estou com saudades deles também. Vamos lá.

Então eles foram para casa dos pais da Astrid, os simpáticos Hoffersons, Elizabeth e Andrew. Eles abriram a porta e viram a Astrid sorridente. Abraçaram-na tão fortemente, como se nunca mais fossem larga-la.

–Não falou nada para gente filha? A gente teria ido busca-la no Aeroporto – falou Elizabeth.

–Era uma surpresa mãe. Além disso, o Soluço foi me buscar no Aeroporto, não se preocupe.

–Você janta conosco hoje, certo Soluço? – perguntou Andrew.

–Será um prazer.

Eles jantaram e se divertiram naquela noite como sempre faziam quando estavam juntos. Todos os quatro. Como há muito tempo não haviam se divertido. Afinal um ano de distância é muito tempo.

O Soluço dormiu na casa da Astrid mesmo, pois era muito tarde para voltar para casa. As noites em Sortland, por ser um estado muito frio, eram mais escuras do que as de outros lugares.

Os dois mataram a saudade um do outro. O Soluço com seu lado romântico e a Astrid com o seu lado doce. E a maior felicidade dos dois eram acordar abraçados, após a fria noite de Sortland.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado, até o próximo capítulo.
Um beijo, Bec e Temp



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