All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 43
Chegando à Hierápolis, Turquia.


Notas iniciais do capítulo

YEY! Desculpem a demora para atualizar ;-;, tive alguns problemas como: falta de inspiração e escola. Mas, estou aqui (doente T.T) para postar um novo capítulo nessa fanfic diva u.u
Boa leitura, cupcakes :3



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57

(P.O.V de ninguém)

Paula, Nico, Inara, Jason e Beatriz não sabiam o que era pior: aguentar as crises de vômito de Percy ou cuidar para que o jatinho não caísse. A causa do problema foi descoberta minutos depois da turbulência ter começado. O problema era simples: vários venti resolveram atacar o jatinho. E os semideuses estavam pensando a mesma coisa: estavam ferrados – bem, o único que não estava pensando em alguma coisa era Percy, pois estava ocupado demais correndo até o banheiro.

— O que está acontecendo? — foi o que Beatriz perguntou assim que a turbulência começou.

Venti — respondera Jason. — Estão nos atacando. Droga.

Anemoi Thuellai — dissera Inara, atraindo olhares confusos dos outros. — É o termo grego, gente.

Depois disso as coisas ficaram bem complicadas. Os semideuses estavam entrando em pânico enquanto os venti — ou como Inara prefere dizer: Anemoi Thuellai — estavam tentando destruir o avião.

Sem nenhuma alternativa, Beatriz e Jason desembainharam suas espadas e olharam para o grupo. Percy saiu do banheiro, o garoto parecia meio verde, e juntou-se aos demais.

— Nós vamos ter que subir — Beatriz apontou para o teto do avião.

— Com "nós" — Nico fez aspas no ar. — você quer dizer quem?

— Eu e Jason — Beatriz respondeu. Nico suspirou aliviado. Inara abriu a boca para protestar, mas a filha de Zeus não deixou que continuasse. — Nico, Paula, vão para a sala do piloto e cuidem da direção. Inara fique aqui e cuide para que nenhum venti entre e... Bem, cuide do Percy também.

Inara fez uma careta assim que olhou para o filho de Poseidon. O garoto parecia prestes a desmaiar. Ela e Nico não estavam diferentes, por serem filhos de Hades preferiam estar em terra do que no ar, mas não demonstravam.

Os semideuses foram para seus postos. Paula e Nico foram aos troncos e barrancos pelo corredor do jatinho até a sala do piloto. Inara empurrou Percy para a primeira poltrona que encontrou e lhe entregou uma vasilha para que pudesse vomitar. A filha de Hades sacou sua espada e sussurrou algo no ouvido de Jason antes de sentar-se ao lado de Percy. Beatriz depositou um beijo na bochecha de Percy e seguiu Jason.

[...]

A saída de emergência do jatinho foi aberta por Jason. Inara e Percy seguraram-se nas poltronas como se suas vidas dependessem disso — e realmente dependiam. Beatriz e Jason foram sugados para fora do jatinho. Se não fosse por seus poderes de voou estariam em queda livre agora mesmo.

Do lado de fora, as coisas estavam, no minimo, difíceis. Uma tempestade haviam se formado, a chuva açoitava o rosto da filha de Zeus e do filho de Júpiter. Jason fechou a porta, mantendo os outros seguros dentro do jatinho. Redemoinhos estavam formando-se, pareciam tentáculos. Beatriz estremeceu, mas manteve-se firme.

Os dois agarraram-se a asa do avião e observaram os venti fazendo a maior bagunça ao redor do jatinho. Paula e Nico deviam estar conseguindo se entender na cabine do piloto, pois o avião ainda não tinha caído. Estava sendo difícil para os semideuses equilibrarem-se na asa do avião, pois estavam segurando suas espadas, mas conseguiram subir até o teto.

Beatriz e Jason trocaram um olhar. Assim que eles conseguiram se manter de pé, uma nuvem em forma de funil materializou-se na frente deles. Pareciam garotos, mas o corpo era dissolvido em fumaça, os olhos pareciam faíscas elétricas no meio de uma tempestade e eles tinham asas! Eram rapazes espectrais com asas de fumaça e olhos que tremeluziam como raios.

Os dois semideuses deram um passo para trás, empunhando suas espadas. O venti aproximou-se, parecia estar divertindo-se com toda aquela situação.

— Filhos do Deus do céu. Um Romano e um Grego — o sorriso do venti tornou-se visível, frio e perverso. — Meu senhor irá me dar uma grande recompensa pela morte de vocês.

— Vai ter que nos pegar primeiro, seu idiota — disse Beatriz, sem paciência.

— Ah, minha querida — o venti zombou de Beatriz. —, isso será fácil.

Outros dois garotos espectrais aproximaram-se, materializando-se na frente dos semideuses. O Venti 1 balançou o pulso de fumaça, fazendo Jason e Beatriz voarem para trás. Era difícil, para os semideuses, concentrarem-se em seus poderes. Eles conseguiam respirar em ar rarefeito, mas estava complicado.

Com a ajuda de Jason, Beatriz levantou-se. A garota estava atordoada, mas estava cansada de brincar. Pelos Deuses! Ela é filha de Zeus! Pode acabar com esses venti com o dedo mindinho.

— Isso não foi legal — a filha de Zeus disse. — Nossa vez.

Ela e Jason atacaram. Teria sido fácil se os garotos espectrais não estivessem empunhando uma espada. O Venti 1 havia dissolvido-se em fumaça, voltando para a tempestade e deixando Venti 2 e 3 para Beatriz e Jason cuidarem.

As espadas atravessaram os espíritos de tempestade e os dois dissolveram-se. Porém, mais rapazes espectrais estavam aproximando-se do jatinho, materializando-se na frente de Jason e Beatriz. Eles estavam prontos para atacar, mas as coisas saíram do controle.

O jatinho começou a cair, os venti estavam conseguindo o que queriam. A porta da saída de emergência estava aberta e Inara estava em queda livre, gritando a plenos pulmões.

— Beatriz — Jason chamou a garota. Beatriz olhou par ele, seus cabelos estavam golpeando seu rosto com força por causa do vento. — Vou ter que ajudá-la. Você tem que entrar, vá para a cabine do piloto.

Beatriz assentiu. Em um movimento rápido ela atravessou sua espada em mais dois venti e cuidadosamente voltou para dentro do jatinho. Lá dentro a cena era péssima. Percy estava de pé, parecia mais enjoado que o normal, mas estava lutando contra alguns venti que se materializavam por ali. Paula e Nico estavam ao lado do filho de Poseidon. A calça jeans de Nico estava queimada e uma mecha do cabelo de Paula estava chamuscada. As poltronas do avião estavam queimadas e destruídas.

— Vá para a cabine! — gritou Paula para Beatriz. — Nós damos conta disso.

E foi o que Beatriz fez. A garota correu para a cabine, mas foi impedida por um venti, que ela reconheceu sendo o mesmo que materializou-se para ela e Jason primeiro.

— Acho que não, mocinha — disse ele.

Beatriz semicerrou os olhos, ela estava pronta para atacar, mas jogada novamente para com um dos golpes do espírito da tempestade. Ela caiu sentada em uma poltrona que estava em pedaços. Mas que porra estava acontecendo com ela? Ela é uma filha de Zeus e estava deixando-se vencer por um espírito de tempestade? Beatriz colocou a cabeça para funcionar, ela podia controlá-los.

A garota levantou-se, olhando diretamente para o venti. O garoto espectral parecia estar se divertindo as custas de Beatriz, o que a enfureceu ainda mais.

— Eu já estou cansando disso — disse Beatriz, com a voz carregada de poder. Poderia confundi-la com uma filha de Afrodite, porém era apenas mais uma das dádivas de ser filha de Zeus. — A partir de agora, você irá me obedecer! — o venti retesou-se. Os olhos de Beatriz faiscavam. — Você e seus amiguinhos vão se mandar daqui, entendeu? — o venti balançou a cabeça de fumaça, concordando. Ele não parecia em transe, mas estava morrendo de medo. — Diga para o seu senhor que ele e todos os outros que estão do lado dele se meteram com os semideuses errados!

Beatriz empunhou a espada, ameaçadoramente, e o venti dissolveu-se em fumaça voltando para a tempestade que se formava lá fora. Beatriz respirou fundo, a voz de Paula a fez se mexer.

— Rápido, Beatriz!

A garota correu para dentro da cabine e sentou-se na poltrona do piloto. Estava tudo certo até que Bum!, uma turbina estava pegando fogo. O jatinho deu uma guinada para o lado, fazendo os semideuses que estavam lutando contra os venti desequilibrarem-se. Beatriz entrou em pânico. Ela não era filha de Hefesto e não poderia concertar a turbina.

Ela saiu correndo da cabine. Beatriz ainda não tinha percebido que a noite caíra. Jason ainda não tinha voltado com Inara. A garota estava com vontade de arrancar os cabelos de nervoso. Porém, precisava pensar. E ela teve uma ideia, mas precisaria da ajuda de Jason.

[...]

Bum!, a outra turbina estava em chamas. Foi a vez de Paula desesperar-se. Os venti estavam recuando, um por um. A filha de Poseidon não sabia como Beatriz havia conseguido isso, mas estava feliz. Bem, feliz em partes, pois agora eles estavam caindo, e caindo rápido. Os venti tinham ido embora, mas tinham deixado um presentinho de despedida.

Paula olhou para Beatriz, a garota estava perto da porta de saída de emergência, ela estava segurando-se para que não fosse sugada para fora. Nico e Percy estavam agarrados às poltronas. Então, ela percebeu que era a única que não segurava em nada. Paula teria sido sugada para fora, se Beatriz não a tivesse parado no meio do caminho. Ela abriu um sorriso amigável para a garota.

Jason e Inara voltaram, o garoto jogou Inara dentro do jatinho e assustou-se ao ver o quão perto do chão eles estavam. A queda não seria nem um pouco bonita. Inara parecia um pouco verde, mas se estava com vontade de vomitar, conseguiu se controlar.

— Nós vamos morrer — disse Nico.

— Não, não vamos — Beatriz disse, olhando para Paula. A filha de Poseidon entendeu o que aquele olhar queria dizer.

— É o seguinte negada — Paula virou-se para os amigos. — Nós vamos pular — Percy, Nico e Inara abriram a boca para protestar, mas Paula os impediu. — É o único jeito. Beatriz e Jason vão amortecer a nossa queda, mas não vão impedir. Estamos caindo na direção de algumas piscinas termais, eu e Percy vamos dar um jeito nessa parte. Todos prontos?

— Ótimo — murmurou Nico. — Se não morrermos em queda livre, vamos morrer queimados.

— Cala a boca e dá a mão para a Beatriz — disse Paula para o filho de Hades.

Eles pegaram suas mochilas e colocaram de frente para a saída, lutando contra o vento. Jason estava segurando Paula e Inara enquanto Beatriz segurava Percy e Nico. A filha de Poseidon contou até três e eles soltaram-se das poltronas.

[...]

— NÓS VAMOS MORREEEER! — o grito de Percy e Nico pôde ser ouvido assim que eles pularam.

Inara e Paula estavam encolhidas perto de Jason, não conseguiam mover um músculo se quer. Porém, Percy e Nico estavam agitados, mexendo-se como se fossem realmente morrer. Beatriz estava tendo um pouco de dificuldade com eles.

O impacto do avião com o chão fez um barulho estrondoso. Uma fumaça em forma de cogumelo subiu aos céus e o avião mergulhou em chamas. Beatriz virou o rosto, horrorizada ao imaginar que aquele seria o fim deles se não tivessem pulado.

Os semideuses ajeitaram-se, ficando de peito para baixo, com as mãos e pés abertos. Percy segurou na mão de Jason e Inara segurou na mão de Beatriz. Eles formaram um circulo, apenas esperando o momento de separarem-se de novo.

Eles perceberam que haviam chegado em na Turquia. O céu estava escuro, ainda não havia nenhum resquício do sol. Deviam ser duas horas da manhã.

— Vamos nos separar — anunciou Paula. — Percy, você já sabe o que fazer.

O filho de Poseidon assentiu e foi a vez dele de segurar Beatriz e Nico. Paula trocou de lugar com Jason, segurando o garoto e Inara. O vapor da água já estava açoitando o rosto dos semideuses, fazendo os seus olhos lacrimejarem. E então, eles caíram na água.

Se Percy e Paula não tivessem sido rápidos, fazendo uma bolha de ar, eles teriam queimado-se. Os filhos de Poseidon levaram todos para a superfície e, de um por um, eles foram saindo da água. Beatriz jogou-se no chão e Percy jogou-se ao seu lado. O garoto ainda parecia prestes a vomitar, mas estava mais aliviado por estar em terra.

— Aquilo que você fez com o venti foi bem legal — Percy comentou. Beatriz sentiu o rosto corar.

— Só estava tentando ajudar.

— Você foi demais — Percy depositou um beijo na bochecha de Beatriz e a ajudou a levantar.

Os semideuses juntaram-se, tentando pensar em um plano. Estavam agradecendo mentalmente por não ter nenhum turista vagando por ali.

— O que vamos fazer agora? — perguntou Inara.

— Vejam — Jason apontou para um placa. O Portal do Inferno, lugar para onde estavam indo, não estava muito longe. Quinze minutos de carro.

— Mais um táxi? — Paula sorriu, lembrando-se do taxista de Las Vagas.

Eles caminharam juntos até a estrada e conseguiram pegar rapidamente o táxi. Disseram o local para onde estavam indo e o motorista fez uma careta.

— Vocês são turistas? — o homem perguntou.

— Sim — Nico disse, rapidamente.

— Tomem cuidado. O local está repleto de dióxido de carbono. Acho bom comprarem algumas máscaras.

O taxista deu partida e os semideuses ficaram apreciando a vista pelas janelas. O que os semideuses mais queriam era poder descansar. Deitar a cabeça no travesseiro e dormir, sem ter que se preocupar com um monstro ou coisa parecida. Nunca deram tanto valor ao acampamento – no caso de Jason, dos dois acampamentos.

Eles não chegaram em quinze minutos lá, pois o trânsito estava um caos. Depois que pagaram o homem e desceram do táxi, perceberam que não havia nenhum turista por ali. Porém, havia semideuses perambulando por lá. Os seis trocaram um olhar.

Dois semideuses estavam na frente da entrada, um Romano e um Grego, eles estavam usando máscaras contra gás, empunhavam uma lança e uma espada. Ao lado deles tinham duas estátuas, uma do Cérbero e a outra de uma serpente. Os seis agacharam-se atrás de uma pedra. As coisas não seriam fáceis.

— Como vamos entrar? — perguntou Beatriz.

— Eu e a Inara vamos sozinhos — disse Nico.

— Como assim? — Paula tentou sussurrar, mas não conseguiu. — Vocês vão morrer.

— Não se preocupe, Paula — Nico piscou para ela. — Eu tenho um plano.

Mesmo contrariada, Paula assentiu. Nico explicou à eles como seria o plano. Explicou detalhadamente, resumindo tudo para que não perdessem muito tempo. Depois de alguns segundos, todos foram concordando.

— Não morram — disse Paula.

Nico estava rezando para que seu plano desse certo, se não colocaria tudo a perder.

Inara estava seguindo Nico, os dois, sorrateiramente, com suas blusas tapando suas narinas, subiram em cima do Portal do Inferno, que parecia uma caverna feita de pedra. Não tinha nenhum semideus por ali, o que foi bom. Os dois deitaram, de peito para baixo, e observaram os semideuses que estavam na entrada.

— O que vamos fazer? — perguntou Inara. — Você explicou o que os outros iam fazer, mas e quanto a nós dois?

— Ainda sabe brincar com sombras? — Nico perguntou, abrindo um sorriso sombrio.


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Notas finais do capítulo

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