All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 38
A Partida.


Notas iniciais do capítulo

Hey, cupcakes. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Bem, boa leitura, espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570583/chapter/38

47

(P.O.V de ninguém)

Depois que Paula desmaiou na praia, Ivan não hesitou em levá-la para a enfermaria. Inara e Jason disseram que podiam levar Blue até o Estábulo. Então, Ivan carregou Paula no colo e a levou até o local, chamando o primeiro filho de Apolo que encontrou.

Sob ordem do filho de Apolo, Ivan deitou Paula em uma maca. O filho de Apolo teve dificuldade em fazer Paula mastigar um pedaço de Ambrósia, pois a garota estava desmaiada, mas, no fim, ela acabou engolindo. Ivan ficou segurando a mão da garota durante todo o processo.

Alguns minutos depois, Beatriz e Percy adentraram a enfermaria. Percy ainda parecia muito fraco, mas já estava conseguindo andar sem a ajuda de Beatriz. Os filhos de Poseidon estavam separados apenas por uma cortina. Beatriz perguntou como Paula estava e Ivan respondeu que, aparentemente, a garota estava bem. Convencida, Beatriz voltou para o lado de Percy.

Ivan estava quase dormindo sentado quando percebeu que Paula estava acordando. O garoto deu um pulo da cadeira onde estava sentado e viu que Paula estava abrindo os olhos. Ele chamou o filho de Apolo e avisou Beatriz. O filho de Apolo achou melhor Beatriz ver a amiga depois, pois não seria bom muita gente ficar em cima de Paula. O filho de Apolo conversou com Paula e saiu de lá dizendo que era para ela descansar um pouco.

–Tem certeza que está bem? – Ivan perguntou, tocando na mão de Paula. A garota sempre achara fofa a preocupação que Ivan tinha com ela – mesmo que, ultimamente, ela não estivesse merecendo.

–Sim, estou bem.

Ivan suspirou, aliviado. O filho de Nêmesis parecia profundamente cansado, as olheiras já estavam visíveis nos olhos claros de Ivan.

(N/A: se não for muito incomodo, coloquem para tocar a música Apologize – Timbaland feat. One Republic)

Paula sabia que não podia esconder mais dele. Ela não queria ter que conversar na enfermaria, mas não podia mais ficar adiando isso. Assim que amanhecesse ela e os outros cinco iriam em partir em uma missão e, por Poseidon!, ela nem poderia voltar viva. Paula tinha que acabar com isso. Tinha que dizer a verdade.

Paula fez um esforço para sentar-se e Ivan a ajudou. Ela abriu os braços na direção dele, convidando-o para um abraço. Sem hesitar, Ivan a abraçou. Paula começara a chorar, Ivan estava fazendo carinho nos cabelos da garota, tentando acalmá-la. Assim que Paula encerrou o abraço, Ivan a encarou.

–Paula, fiz algo errado? Aconteceu algo?

–Você é perfeito demais para mim, Ivan – Paula respondeu. – E eu sou uma idiota que só faz merda.

–Você não é idiota – Ivan passou os dedos pelo rosto da garota. – O que a faz pensar assim?

–Fiz algo injusto com você. E não espero que você me perdoe.

–O que foi? – ele perguntou.

Paula respirou fundo, criando coragem para falar. Por que ele tinha que ser tão gentil com ela? Ele não poderia ser um idiota? As coisas seriam bem mais fáceis.

–Eu e Nico nós... Nós nos beijamos.

Ivan continuou encarando Paula, processando o que havia acabado de escutar. Ele não queria acreditar nos próprios ouvidos. Paula e Nico? Ivan não conseguia imaginar a cena. Ele sempre pensou que Paula odiava o filho de Hades, mas parece que ele estava enganado. Vendo que o garoto não ia falar nada, Paula disse:

–Desculpa. Eu... – ela balançou a cabeça. – Desculpa.

–Quando? Quando isso aconteceu? – Ivan trincou o maxilar.

–Quando ficamos de castigo no sótão – ela sussurrou.

–E foi divertido? – Ivan a encarou. – O que vocês falaram sobre mim? Que eu sou um idiota? Que você nunca gostou de mim de verdade?

–Não – Paula disse, rapidamente. – Nunca falaria isso, Ivan. A única idiota sou eu.

–Você disse! Eu lembro que você disse que não ia acontecer nada lá dentro. Por que você o beijou, Paula? POR QUÊ?

Paula limpou as lágrimas com a costa da mão.

–Eu... Eu não sei.

–Você sempre gostou dele, não é mesmo? Só me usou para tentar esquecê-lo... – Ivan bufou. – É melhor eu ir embora.

–Não – disse Paula. A garota levantou da maca, ignorando a tontura, e tentou tocar em Ivan, mas o garoto segurou os braços dela. – Não quero que tudo termine assim, Ivan. Fui idiota, reconheço. Me desculpa.

Ivan a encarou por longos segundos. A dor era visível em seus olhos.

–Amanhã você vai embora, vai poder ficar com Nico sem que eu atrapalhe. Não irei mais ser um peso-morto para você. Me esquece, Paula, por que eu vou começar a te esquecer.

Ele soltou a garota bruscamente. Virou-se e caminhou para fora da enfermaria. Paula sentou-se na maca e começou a chorar convulsivamente. Por que ela tinha que ser tão idiota? Por que sempre tinha que fazer a coisa errada?

(N/A: podem parar a música. Obrigada.)

Beatriz caminhou até a amiga e a envolveu em um abraço. A filha de Zeus havia escutado toda a conversa, ou melhor, toda a briga e estava se sentindo triste por Paula. Ivan é uma boa pessoa e Beatriz gostava de ver que ele fazia tão bem a Paula.

–Shhh – Beatriz sussurrou, acariciando os cabelos da amiga. – Vai ficar tudo bem, querida.

Paula fungou.

–Quero sair daqui, Beatriz... – Paula disse, entre soluços.

Beatriz entendeu o que a garota queria dizer. A filha de Zeus disse à Percy que voltava logo e acompanhou Paula até o chalé três. Paula estava calada e com um olhar perdido. Beatriz achou melhor não falar nada, já havia acontecido muita coisa com a filha de Poseidon em uma só noite.

Quando chegaram em frente ao chalé, Paula agradeceu à Beatriz. As duas se abraçaram e Paula entrou no chalé. Beatriz suspirou e voltou para a enfermaria. Sentou-se ao lado de um Percy adormecido, ela o observou dormir – e babar – durante alguns minutos, até render-se ao sono também. A garota arrastou a cadeira para perto da maca de Percy, encostou sua cabeça e seu braço na maca e acabou adormecendo também.

[...]

O sol ainda nem tinha nascido quando Paula e Inara encontraram, em seus quartos, uma caixinha. Hesitantemente, as garotas as abriram e se depararam com jóias lá dentro.

Na caixinha de Inara havia dois brincos com pingentes de caveiras negras. A garota os tirou da caixa e, sem querer, os apertou com força de mais nas mãos. Em um movimento rápido, os acessórios transformaram-se em uma espada e um escudo. Inara não sabia se estava maravilhada ou assustada com o fato da espada quase ter decepado sua cabeça. A espada era negra, feita de Ferro Estígio, e o escudo, feito do mesmo material, tinha um elmo, que Inara reconheceu como o Elmo do Terror, gravado bem no meio do escudo. No cabo da espada estava gravado o nome: σοφός. (Tradução: Sofós, que quer dizer Sábia). Inara entendeu o que estava escrito e sorriu.

Na caixinha de Paula havia uma pulseira e um cordão com pingentes de tridente. A garota ficou encarando-os por minutos, sem conseguir entender seu significado. Frustrada, Paula atirou a caixa no chão. Quando os objetos tocoram no chão, rapidamente tomaram sua forma original. Uma espada e um escudo feitos de Bronze Celestial. Paula olhava boquiaberta para os acessórios, sem acreditar que um cordão e uma pulseira poderiam se transformar em duas coisas tão maravilhosas. Assim que Paula pegou o escudo e a espada percebeu que, no escudo, havia a figura de um tridente gravada bem no meio e que, no cabo da espada, havia um nome gravado: πολεμιστής. (Tradução: Polemistís, que quer dizer Guerreira). Paula sorriu quando entendeu o que estava escrito no cabo da espada.

Paula e Inara encontraram-se com Jason e Nico assim que saíram dos chalés. Provavelmente, eles eram os únicos semideuses que estavam acordados tão cedo. Os quatro estava levando uma mochila nas costas. Paula e Inara contaram animadamente à eles o que encontraram em seus quartos. Jason disse que também havia encontrado uma caixinha no quarto de Beatriz, mas que não tinha se atrevido a abrir.

Os quatro caminharam até a enfermaria. Ainda era quatro horas da manhã, e Beatriz e Percy ainda deviam estar dormindo. Paula e Nico estavam muito calados, mal se olhavam. Algo estava errado.

Eles entraram silenciosamente na enfermaria e encontraram Beatriz e Percy dormindo. Inara e Jason os chamaram os sussurros e assim que Percy e Beatriz acordaram sobressaltados, bateram suas cabeças uma na outra. Inara e Jason riram. Paula e Nico continuaram sérios.

Beatriz e Percy olharam feio para os amigos. Jason entregou à Beatriz a caixa que encontrou em seu quarto. Assim que Beatriz abriu a caixa viu duas jóias lá dentro. Ela franziu o cenho.

Dentro da caixa de Beatriz, havia um bracelete e um anel. O bracelete era de couro e tinha um pingente muito bem preso de um raio. O anel era prateado e tinha o formato de um raio. Paula e Inara contaram à Beatriz que também acharam jóias e que elas tinham uma qualidade. Explicaram para Beatriz que ela veria essa “qualidade” se apertasse os dois acessórios com força. E assim Beatriz fez. Um transformou em uma espada e o outro transformou-se em um escudo, ambos feitos de Ouro Imperial. Beatriz olhou admirada para os acesórios, eram lindos. No escudo, havia a figura de uma águia gravada bem no meio. E no cabo da espada havia o seguinte nome gravado: λιακάδα. (Tradução: Liakáda, que quer dizer Luz do Sol). Beatriz sorriu docemente quando entendeu o que estava escrito.

–Precisamos falar com Quíron – disse Nico, depois de muito tempo em silêncio.

Os cinco concordaram. Beatriz fez seus acessórios voltarem ao formato de jóias e saiu da enfermaria junto com Percy e os outros. Beatriz e Percy foram para seus chalés, tomaram um banho, trocaram de roupa, ajeitaram uma mochila e encontraram com os outros assim que saíram do chalé.

Os seis caminharam até a Casa Grande, pensaram em bater na porta, mas não queria fazer barulho, então abriram a porta e entraram. Quíron estava de pé na sala em que Dionísio costumava ficar. O Centauro estava mexendo em alguns livros. Assim que os semideuses entraram, Quíron virou-se para eles.

O Centauro parecia ter envelhecido uns dez anos. Seus cabelos castanhos e a barba estavam grisalhos. Seus olhos estavam escurecidos e cheios e olheiras. Os semideuses preferiram não comentar nada sobre a aparência de Quíron.

–O que trás vocês aqui? – Quíron perguntou. – Vocês já deveriam ter partido, não?!

–Precisamos da sua ajuda – Percy disse.

O Centauro assentiu e mandou os semideuses sentaram. Os seis fizeram o que Quíron mandou e sentaram-se. O Centauro ficou de frente para eles, com os braços cruzados sobre o peito. Os seis trocaram um olhar.

–Quíron, não sabemos por onde começar. Estamos completamente... Perdidos – admitiu Beatriz, parecendo muito frustrada.

–Você não sabe de nada, Quíron? – Paula perguntou. – Talvez... O lugar para onde devemos ir.

–Nem uma ajuda? – perguntou Inara.

Quíron os encarou por longos segundos.

–Antes que eu diga qualquer coisa à vocês, quero falar sobre a noite anterior. Sobre o ataque de cães infernais – ele olhou para Paula. – O que foi aquilo, senhorita Adams?

Nico sentiu uma pontada em seu estômago. Suas mãos começaram a suar e ele estremeceu, mas continuou quieto.

–Sinceramente? Eu não faço a menor ideia – Paula respondeu. – Alguém invocou aqueles cães infernais. E o pior não é isso, o fato é que eles estavam prontos para me matar!

–Não é comum essas coisas acontecerem no acampamento. Prometo que, enquanto vocês estiverem na missão, vou tentar descobrir quem foi o autor daquilo.

Paula assentiu, concordando. Segundos depois, o Centauro suspirou e trotou até uma mesinha que estava no canto da sala. Uma mesa média, feita de carvalho. Ele pegou um pequeno papel que estava ali em cima e voltou para perto dos semideuses.

–Rachel escreveu isso ontem à noite, enquanto vocês estavam no Capture a Bandeira – disse Quíron, estendendo o papel. – Achamos que os Deuses mandaram, através de Rachel, uma ajuda.

Jason esticou a mão e segurou o papel. O filho de Júpite ficou de pé, tentando entender o que estava escrito no papel, mas não conseguiu. Talvez porque estivesse escrito em grego. Jason franziu o cenho diante da sua incapacidade de ler algumas palavras em grego.

Paula estava de pé, atrás de Jason, pulando por cima do ombro do garoto, tentando ver o que estava escrito. Por Jason ser mais alto que ela, a garota não estava conseguindo ver nada. Depois de muito tempo em silêncio, Nico levantou-se.

–Cara, será que dá para você falar o que está escrito aí?

Jason balançou a cabeça, negando.

–Está em grego. Não entendo o grego – admitiu o filho de Júpite.

Paula revirou os olhos e arrancou o papel das mãos de Jason. Ela olhou para o papel por um momento, decifrando o que estava escrito. No folha de papel estava escrito: χοίρους και δαμαλίδες, Νεβάδα. (Tradução: choírous kai damalídes, Neváda, que quer dizer Porcos e Novilhas, Nevada – em inglês significa Hogs & Heifers, NV). Paula sorriu e olhou para os amigos, que agora estavam de pé.

–Então, o que está escrito? – Inara perguntou.

–O que significa NV? É o nome de algum Deus abreviado? – Percy perguntou, pegando o papel da mão de Paula.

O papel passou pela mão dos seis. Paula revirou os olhos com o que o irmão disse. Como ele consegue ser tão tapado?, a garota pensou. Ela puxou o papel da mão de Nico, o que fez com que o filho de Hades fizesse uma careta e revirasse os olhos.

–Santa ignorância, Perseu – Paula disse, erguendo o papel na frente de Percy. – NV significa Nevada. Vamos para a cidade do pecado. Nós vamos para Las Vegas, baby – Paula disse, alto e animadamente.

[...]

Antes de saírem da Casa Grande, Quíron os advertiu que Las Vegas não seria o único lugar para onde eles iriam. Em Las Vegas eles teriam que encontrar apenas um coisa que seria importante durante toda a missão.

Antes que eles conseguissem sair do acampamento. Paula viu Ivan caminhando até eles. A garota ficou confusa, mas logo entendeu o que estaria prestes a acontecer. Antes que Paula conseguisse colocar-se entre Ivan e Nico, o filho de Nêmesis puxou Nico pelo ombro e socou o rosto do garoto.

–QUE PORRA...? TÁ LOUCO? – Nico gritou, cambaleando para trás.

–Isso é pra você aprender a não mexer com o que não é seu, filho da puta! – disse Ivan, voltando a bater em Nico.

–Tá falando da Paula? – Nico encarou Ivan. – ELA NUNCA GOSTOU DE VOCÊ, IDIOTA!

Ivan tentou avançar para cima de Nico, mas Jason o impediu. Percy também impediu que Nico avançasse contra Ivan.

–Vocês enlouqueceram? – Jason perguntou, incrédulo. – Porra, Ivan, tá fazendo o que aqui?

–Você não é homem suficiente para ela, di Angelo – disse Ivan, ignorando Jason. Nico cerrou os punhos e tentou se desvencilhar de Percy, mas Inara o interrompeu.

–Nico! Nico! – disse Inara. A garota estava com as mãos no peito de Nico impedindo-o de continuar a andar. – Cara, já chega! Precisamos ir embora. Agora!

Nico assentiu, mas antes de dar as costas para Ivan, ele disse:

Você que não é homem suficiente para ela, Levine. Se fosse, não teria dado chance à ela de procurar em outro o que poderia ter achado em você. Já era, cara, você a perdeu. Aceita!

E assim, Nico saiu de perto de Inara e Percy. Ivan trocou um olhar com Paula e voltou para o seu chalé. Beatriz, ainda embasbacada com o que tinha acontecido, tirou a mochila do ombro e pegou um kit de primeiros socorros que sempre levava consigo em caso de emergência. Tirou de lá uma gaze e entregou à Nico para que ele pudesse limpar a boca.

Alguns minutos depois, os seis já estavam atravessando a proteção mágica do acampamento. Eles caminharam sorrateiramente pela floresta, tudo estava calmo e silêncio, nenhum monstro à vista. O clima estava estranho entre Paula e Nico, mas eles não estavam comentando nada sobre o acontecimento anterior. Os seis estavam em fila indiana: Inara, Nico, Beatriz, Paula, Jason, Percy. Estavam indo bem até um barulho vindo do final da fila fazê-los sobressaltarem-se.

–Que porra foi isso? – Paula sussurrou nervosamente, olhando para trás.

Eles pararam de caminhar e todas as cabeças voltaram-se para trás. O problema estava bem ali, no fim da fila. Percy havia escorregado. Paula fuzilou o irmão com um olhar.

–Dá pra você fazer um pouco mais de barulho, Perseu? – Paula disse, sarcasticamente. – Quer nos matar, cacete?

–Desculpa, caramba – Percy disse.

Beatriz o ajudou a levantar e eles continuaram a caminhar. Conseguiram chegar à estrada sem nenhum arranhão. Continuaram seguindo caminho pelo acostamento, os carros passavam por eles, mas nenhum parava. Em certo momento, Paula bufou de frustração.

–Já passou uns cinquenta carros e nem um parou para nos dar uma carona. Qual é o problema deles?

–Você daria carona para alguém que não conhece? – perguntou Nico, desviando de um espinho caído no chão.

–Isso não vem ao caso – Paula revirou os olhos. – Não vamos matar ninguém. Eu acho – Paula sorriu, diabolicamente.

Eles andaram mais alguns minutos antes de repararem que o acostamento estava cheio de espinhos. Beatriz pediu para eles pararem, os seis esconderam-se atrás de uma árvore. Beatriz tomou a dianteira na fila e espiou do outro lado da estrada.

O que Beatriz viu a alegrou e aborreceu. Do outro lado da estrada havia um carro abandonado, mas andando ao redor dele, havia uma criatura horrenda. Beatriz reconheceu o monstro, era um Manticore. A cauda cheia de espinhos fez os pelos de Beatriz eriçarem-se. Por que as coisas não podiam ser mais fáceis?

–O que está acontecendo, Beatriz? Você está vendo alguma coisa? – Percy perguntou.

Beatriz virou-se para os amigos, a expressão em seu rosto era uma mistura de pânico e conformação. A filha de Zeus suspirou e sussurrou:

–Tenho uma notícia boa e uma ruim.

–Fala a boa primeiro – disse Inara.

–Tem um carro abandonado do outro lado da estrada – respondeu Beatriz.

–E a ruim? – Jason perguntou.

Beatriz olhou para o meio irmão.

–A ruim é que tem uma Manticore do outro lado da estrada também.

Os cinco gemeram em protesto. Eles não podiam simplesmente chegar em Las Vegas sãos e salvos? Seria tão mais fácil. Paula suspirou e mexeu no pingente de trindente do seu cordão.

–O que vamos fazer? – a garota perguntou. – Ir embora sem sermos vistos ou lutar pelo carro?

–A primeira opção parece mais segura. Eu voto nela – disse Inara.

Todos a encararam. A filha de Hades sabia que ia perder na votação; ela suspirou, conformada. Afinal de contas, o que ela podia fazer? Era cinco contra uma.

–Temos que ser rápidos – disse Nico.

–Sim – concordou Percy. – Paula e eu vamos na frente. Beatriz e Jason vêm logo atrás e Nico e Inara vêm na retaguarda, não sabemos se ele está sozinho. Se tiver mais monstros escondidos, Beatriz e Jason atacam pela direita e Inara e Nico atacam pela esquerda. Pelo amor dos Deuses, não morram!

Todos concordaram. As meninas empunharam suas mais novas espadas e escudos. Os seis posicionaram-se. Saíram de trás da árvore e começaram a chamar a atenção do monstro. Paula bateu sua espada em seu escudo, fazendo o som reverberar. O manticore olhou para eles, as presas à mostra. Mais duas Manticores pularam de trás de uns arbustos. Beatriz arrepiu-se. Rapidamente Jason, Beatriz, Inara e Nico correram para os lados.

O movimento de carros havia parado, o que era bom. Os seis teriam mais espaço para a lutar. O barulho já havia chamado a atenção dos monstros, mas nenhum estava atacando. Talvez fossem medrosos demais – o que não era verdade.

–Todos prontos? – Percy perguntou. Todos assentiram.

–Las Vegas, aí vamos nós – Paula sussurrou.

E então, eles atacaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Bom? Ruim? Comentem, por favor :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All About Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.