2 Temporada Julie e os Fantasmas escrita por Kari Carol


Capítulo 6
Entre Dois Amores.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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– Vamos Julie! Diz logo! Você Vai ficar com esse encrenqueiro? – diz Raul aos berros.

– Olha aqui meu senhor! Eu não te ofendi em nenhum minuto então para de falar coisas a meu respeito!- diz Nicolas gritando.

– Gente para com isso! Pelo amor de Deus!- diz Julie entrando no meio.

– Eu não vou deixar você namorar um cara que irá te trazer problemas!- Diz Raul friamente, fuzilando Nicolas com o olhar.

– Você não pode controlar os sentimentos de sua filha! – diz Nicolas se aproximando- Você pode mandar nela, mas não no que ela sente por mim!!!

–Então Julie diz logo: é verdade que você esta apaixonada por esse panaca? – Diz Raul olhando seriamente para Julie.

Julie olha para o lado e vê Nicolas esperando o sim, ela vira a cabeça e vê Daniel cabisbaixo. Daniel ao perceber que Julie a olhava, ergue a cabeça e diz:

– Não me importo com sua resposta! Faça o que o seu coração mandar! Eu só quero ver você feliz!

Daniel sai andando em direção à edícula. Julie pensava nas palavras de Daniel, quando é interrompido pela voz grossa e nervosa de seu pai:

– Vamos Julie, diga logo!

Julie não sabe o que fazer e sai correndo em prantos para seu quarto.

Raul olha friamente para Nicolas e diz:

– Pronto! Você já tem a sua resposta! Agora some da minha casa e da vida da minha filha!!!

Nicolas sai e Raul bate a porta.

Raul sobe as escadas e vai ver Julie:

– Julie! Posso entrar!

– Me deixe sozinha! – diz Julie embargado no choro

– Julie eu não quis te pressionar!

– Não quis?! Há, conta outra pai! Você ofendeu meu namorado e ainda me obrigou a escolher ele ou você!

– Então por que você não respondeu a pergunta?

– Sai daqui pai! Eu não que falar com ninguém!

Raul desses as escadas e resolve sair com Pedrinho para distrair.

Enquanto isso, Daniel estava sentado no sofá da edícula esperando Martin e Felix. Depois de um tempo os dois surgem dando risada. Daniel se levanta e fica de frente para eles e diz:

– Onde vocês estavam?

– Passeando? – Diz Felix.

– E nem me chamaram? – diz Daniel.

Martin se senta encima do amplificador de som e diz:

– Foi a Débora quem nos convidou! E como nós sabíamos que você não gosta dela, e você anda muito ocupado com a Julie, nós pensamos em não te chamar.

– É! Isso é verdade! – diz Felix.

– Mas eu gostaria de sair!

– Ai Daniel! Você vive com a Julie, pra que você vai querer sair com a Debora?- diz Martin.

– Porque eu queria sair, passear!

– Daniel você está parecendo uma criança mimada!- diz Felix.

Daniel some. Felix e Martin acham estranho a atitude de Daniel, mas resolvem esquecer aquilo. Eles se deitam e pegam no sono.

Daniel vai até o quarto de Julie. Julie estava deitada com a barriga para baixo e com a cabeço virada para o lado contrario da porta, por isso não viu Daniel entrar.

Daniel senta na beirada da cama, do lado em que a Julie não estava vendo-o e diz calmamente:

– Oi!

– Oi!- responde Julie sem virar a cabeça, ainda com voz de choro.

– Como você esta?

– Eu não sei! Eu não sei o que fazer da minha vida!- Então o choro veio mais forte. – Porque a vida tem escolhas tão complicadas?

Daniel começou a passar a mão em seu cabelo e se inclinou e disse em seu ouvido:

– Julie! Por mais que eu te ame, eu não posso te ver sofrer. Eu não quero que passe a sua vida tendo que esconder que tinha um “namorado” fantasma! Se o Nicolas te faz feliz, eu vou aceitar!

Julie vira o rosto, Daniel enxuga suas lagrimas. Julie diz:

– Acontece que eu te amo! Mas também sinto algo pelo Nicolas!

– Julie! Não tome nenhuma decisão nesse estado que você esta! Se acalme e ai sim faça sua escolha!

– Obrigada! Você é o único que me compreende!

Julie se aproxima de Daniel e os dois começam a se beijar. Foi um beijo intenso e logo Julie perde o folego. Eles param para Julie respirar e ela diz:

– O Nicolas tem o jeito dele de me deixar feliz, mas jamais vai ter um beijo tão perfeito quanto o seu!

Os dois voltam a se beijar. Daniel puxa Julie para mais perto de si. Eles param novamente. Eles se deitam e Julie deita encima do braço de Daniel. Daniel da um beijo em seu pescoço e outro no canto da boca, Julie acariciou o rosto de Daniel e os dois trocaram olhares. Eles ficaram alguns minutos só conversando através de olhares, então Daniel da um selinho em Julie e diz:

– Você precisa descansar! – Ele da um beijo em sua testa.

Julie encosta a cabeça no peito de Daniel e pega no sono.

Quando Julie acorda, seu pai já havia chegado e já eram por volta das 06h00min da tarde.

Julie se levanta e Daniel vai atrás. Os dois dessem as escadas separados, por causa da presença de seu pai.

Raul e Julie se olham, mas nenhum dos dois diz nada. Ela vai para a sala assistir TV com Pedrinho. Daniel volta para a edícula.

Daniel entra na edícula, senta-se no sofá e segura a cabeça com as duas mãos. Felix e Martin estavam mexendo em alguns discos da estante, o silencio reinava no recinto, ate que Felix o quebra:

– Então vai ser isso, Daniel? Vai ficar emburrado porque não te chamamos para sair aquela hora?

– Não tem nada a ver. Só achei que vocês iam me chamar, afinal são meus amigos, ou não? – responde Daniel com um pouco de ignorância.

– Ai ô! – exclama Martin. – Vai começar!

– Gente, por favor! – diz Daniel. – Simplesmente quero que vocês entendam que não é porque estou com a Julie, que eu e ela estamos colados.

– Então se tivéssemos te chamado, você iria? – pergunta Felix.

– Não. Eu odeio a Débora! – responde Daniel.

– Mas... ah! Eu não te entendo Daniel! – comenta Felix com uma cara de indignação.

– Gente por favor, não vamos começar uma discussão de novo, não é? – diz Martin, tentando acalmar os dois.

– Cala boca, Martin! – responde Felix e Daniel juntos.

– Ignorantes. – retruca Martin.

Enquanto isso, Julie assistia à um filme com Pedrinho, Raul chama os dois para jantar:

– A janta tá na mesa.

– Não estou com fome. – diz Julie sem tirar os olhos da tevê.

– Precisa comer, filha.

– Não quero. – ela responde friamente.

– Pedrinho, vai indo pra cozinha por favor e, Julie faz favor. diz Raul.

– Pelo amor de Deus! – exclama Julie. – É difícil entender? Eu, não, estou, com, fome! Será que tenho que desenhar!

Julie sai irritada em direção a edícula, seu pai fica sem reação, ele entende que ela estava ainda brava pelo que havia acontecido na parte da tarde e ao mesmo tempo, não gostou da atitude de Julie. Raul e Pedrinho sentam à mesa e jantam sem dizer nenhuma palavra.

Na edícula, Julie entra e encontra os três fantasmas em uma discussão, ela não entendia o motivo da discussão. Ela tentava faze-los parar com aquilo, mas ninguém a notava.

– Chega! – ela grita e por um minuto, ela pensa que até sue pai teria a ouvido.

Os três param instantaneamente, a olham surpresos e ela pergunta:

– O que tá acontecendo aqui?

– Foram eles que começaram! – diz os três apontando um para o outro.

– Calma, calma. – ela comenta. – Um de cada vez.

– Quem começou foi o Daniel, fico todo “estressadinho’ só porque eu e o Martin não chamamos ele pra sair junto com a Débora. – responde Felix.

– A questão não é essa, o fato é que... – Daniel foi interrompido.

– É sim, para de tentar querer sair com a razão. Foi você que... – Martin falava, mas foi interrompido por Felix.

– Martin tem razão. Esse seu orgulho tá atrapalhando a nossa amizade e ainda por cima, a banda.

Nisso a discussão recomeça e Julie também entra no meio, para claro, defender Daniel. De repente, Raul abre a porta e antes que Julie perceba a presença do pai, ela diz:

– Mas será o Benedito! Será que dá para entender que eu e ele estamos juntos? Eu não vou continuar nessa situação ridícula! Eu estou apaixonada por ele e vou defende-lo!

Julie finalmente percebe a presença do pai e ele diz:

– Só dava para ouvir seus gritos do lado de fora. O que tá acontecendo?

E antes que Julie responda, ele continua:

– Mas também, não precisa responder se quiser, aposto que estava extravasando e quando viu que eu estava entrando, já foi logo dizendo o que queria ter dito quando te perguntei se realmente gostava daquele garoto.

– É... é.. é, isso mesmo. Estou gostando do Nicolas. – ela responde, mentia, mas tinha uma pitadinha de verdade.

– É você realmente não é mais uma menininha. Não posso controlar seus sentimentos e espero, que você esteja certa da sua decisão. – responde Raul, ele da um beijo na testa de Julie e sai.

– O que o Nicolas tem a ver com a nossa discussão? – questiona Martin.

– Nada a ver, mas ele, indiretamente claro, salvou minha vida. – Julie responde. – Mas voltando ao assunto, saibam que a discussão de vocês é ridícula. O Daniel quer simplesmente ser tratado como antes de começarmos a namorar. Entendem?

– Mas Julie, ele nunca aceitaria sair com a gente, sendo que tem você como companhia, ainda mais se a Débora estiver junto. – diz Felix.

– Mas será possível, ele simplesmente quer continuar saindo com vocês dois, como eu também vou continuar saindo com a Bia e com o Valtinho. Nos dois pensamos igual, não queremos que nosso namoro atrapalhe as amizades. – Julie diz se aproximando de Daniel e ele a abraça por trás.

– É isso que estou querendo dizer! – exclama Felix. – Vocês dois não podem passar cinco minutos sem se abrasar e ainda dizem que querem que o namoro não atrapalhe a amizade. Mas saiba que é complicado, ficar a cada cinco minutos, dando de cara com abrasinhos e beijinhos. – Felix some.

– Não é por nada não, mas ele tem razão. – comenta Martin e some em seguida.

– Tá vendo, esse foi o motivo de toda discussão. – diz Daniel virando Julie de frente para si.

– Nossa, o fato de eu te amar causa conflito entre os meninos! Acho que eles tão com ciúmes, você não dá mais atenção a eles. – ela diz sorrindo.

– Claro, só tenho olhos pra você. – responde Daniel dando um selinho demorado em Julie.

Passasse três dias, é quinta-feira, o dia em que Julie retornaria para as aulas após a suspenção. Ela sentia falta de Bia e das suas novidades, saudade de ser irritada por Thalita e de outras diversas coisas.

Julie acorda bem cedo, se troca, toma café e de cara, percebe que essa quinta-feira seria bem longa e não terminaria tão cedo. Suspeitava que algo iria acontecer.


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