2 Temporada Julie e os Fantasmas escrita por Kari Carol


Capítulo 18
Voltando a Normalidade!


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste!
Boa Leitura!



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Eduardo a levou a força para a cama e ficou por cima. Continuou a beijar e fazer caricias. Quando ele estava despindo Julie, aparece Pietra, Martin, Felix, alguns policiais e principalmente Daniel.

– O que está acontecendo aqui?! – questiona Daniel furioso.

Todos estavam em choque com a cena, principalmente Daniel e não foi atoa que sua raiva contra Eduardo ia crescendo a cada segundo que passava ao ver, seu maior inimigo com sua amada.

– Sai de cima dela AGORA! – ordena o loiro.

Eduardo estava sem reação, não imaginava que seria pego interagindo com Julie ou com qualquer outra pessoa viva.

– Eu... e-eu... posso explicar... – dizia Eduardo nervoso com a situação.

– Explicar o que? – diz um dos policiais. – Explicar o quanto é baixo ao ponto de não honrar seu cargo na Polícia Espectral... Você vem conosco, rapazinho.

Dois dos três policiais que estavam ali, tiraram Eduardo de cima de Julie, no mesmo instante, a garota saiu de cima da cama e correu para os braços de Daniel. Os dois dão um forte abraço e ele diz:

– Ele te machucou?

– Não deu tempo, graças a Deus. – ela responde um pouco mais calma.

Como Julie já não usava sua blusa, por conta de Eduardo tê-la tirado, Daniel retirou seu paletó e deu para que a garota vestisse. A peça de roupa ficou grande em Julie, mas foi o suficiente para deixar Julie menos constrangida na presença de tantos homens.

Depois que Julie se vestiu, ela timidamente deu um selinho em Daniel, o qual não suportou e transformou o singelo selinho em um beijo não muito intenso, mas que demostrava amor.

– Bem, agora é isso... tenho a sensação de missão cumprida, sabem... – comenta Pietra.

– Sua desgraçada! – grita Eduardo para Pietra, ele avança para cima da mesma e os policiais o seguram mais forte. – Tomará que passe a eternidade no inferno!

– Igualmente. – ela sorri cínica.

– E vocês. Me soltem! – diz Eduardo fazendo movimentos bruscos com o corpo. – Sei que cometi um erro... e vou pagar por isso, mas não preciso ser humilhado ao ponto de ser carregado por vocês.

– A primeira gracinha e vamos te algemar. – adverte um dos policiais.

Eduardo tem seus braços soltos e se aproxima lentamente de Julie. A garota fica assustada novamente, Daniel a abraça por trás e Eduardo diz:

– Estávamos em um momento tão bom... – ele sorri maldoso. – Pena que esses otários nos atrapalharam. Poxa, você tinha terminado com o seus dois namoradinhos e íamos ficar juntos... seria um prazer ter tido você como minha. – ele ainda sorria.

– Sai de perto de mim, nojento! – diz Julie. – Fiz isso a contragosto, jamais chegaria nem perto de você.

– Que pena, não sabe o que perdeu... eu até que gostava de você. – Eduardo complementa.

– Se gostasse dela, nunca, jamais... faria algo contra a vontade dela, Eduardo. Ai está a prova de que você não tem um pingo de consciência e muito menos sentimentos. – responde Daniel. – Eu sou um exemplo disso... fui grosso, ignorante e tudo que possa imaginar, mas o meu amor pela Julie me fez ver como isso é ridículo.

– Que você é um ridículo, todos nós sabemos. – diz Eduardo dando uma risada de deboche. – E marcou muita bobeira deixando uma delícia dessas escapar. – Eduardo se aproxima ainda mais de Julie.

Os policiais já se preparam caso Eduardo tente fazer algo e Daniel abraça a garota com mais força, a mesma estava imóvel e não conseguia dizer sequer uma palavra.

– Tchau gatinha... – Eduardo diz tocando levemente o rosto de Julie. – Foi um prazer imenso ter te beijado, te abraçado... enfim, ter ficado com você.

– Ah mais é muita cara de pau mesmo. – resmunga Daniel que ia para cima de Eduardo, mas que Martin o segura e os policias afastam Eduardo. – Por que não some daqui logo, hein?! Não acha que trouxe problemas demais?! – ele diz com uma voz forte.

– Daniel... se acalma ai... – comenta Martin.

– Vamos! Chega de papo. – os policiais somem instantaneamente com Eduardo, o que causou um alivio imediato em todos.

– Bem galera... vou indo nessa. Tchau meninos, tchau... Felix. – diz Pietra e ela fala a última parte timidamente.

– Tchau. - todos dizem, menos Felix.

– Tchau Pietra. – fala Felix com um sorriso para a moça que também sorri retribuindo.

Ela some e Julie respira fundo, ela adorou saber que sua tortura chegara ao fim. A garota vira-se de frente a Daniel e o abraça dizendo:

– Ainda não acredito que você voltou. – algumas lagrimas de alegria escoriam de seus olhos.

– Também não consigo acreditar... estava louco de saudades suas. – responde Daniel.

Julie ergue o rosto e os dois fixam o olhar, lentamente eles iam se aproximando para um beijo. Porém, Martin os atrapalha:

– Sei que o casalzinho tá louco para dar os “pegas” diários, recompensar os dias que ficaram longe um do outro e tal, mas... pelo amor de Deus, né? Ninguém merece assistir a isso.

Julie se afasta corada e Daniel comenta virando-se ao amigo, mas ele ainda abraçava Julie:

– O Martin... você não ia ver a Débora, não é?

– Não, mas vou depois procurar ela... por que? O que vai aprontar na minha ausência Sr. Rivera? – diz Martin malicioso.

Felix ri do que Martin diz e Julie não consegue disfarçar o riso também, ela diz:

– Por que julgar o Dan, Martin? – diz Julie. – Eu não achei graça... – ela sorri.- Tá, achei sim, mas... por que iria procurar a Débora? Será que é porque... – Julie foi interrompida por Martin.

– Não começa, mas admito que gosto dela. – ele responde. – E falando em gostar e essas coisas... me admira o Felix não ter saído daqui... né Felix?

– Mas por que vocês tem que me meter no meio dessas conversas de vocês, hein? – ele comenta. – Na verdade... acabei de lembrar que... é... eu esqueci uma coisa lá na Polícia Espectral.

– Esqueceu algo? – questiona Martin. - Ou será que não foi alguém? – ele sorri. – Tadinha da Pietra... ela deve estar só lá, coitadinha da sua namorada.

– Pera ai... Felix, você tá namorando?! – questiona Julie se afastando um pouco de Daniel. – Não creio! Tenho que espalhar essa novidade! – ela diz eufórica.

– Contar pra quem, Julie? – pergunta Felix. – No máximo vai dizer a Bia. Outra que ninguém acreditaria que fantasmas existem e que muito menos namoram.

– É, tem razão... – ela finge decepção.

– Não, não... as pessoas não se surpreenderiam com o fato de fantasmas existirem e tal... se surpreenderiam com o fato de o FELIX estar namorando. – Martin diz com deboche.

Julie ri e Daniel não é diferente.

– O Martin? Você é besta assim sempre ou só quando quer? – pergunta Felix cruzando os braços.

– Só quando quero te irritar. – responde Martin rindo.

– Ou seja, sempre. – comenta Daniel.

Desta vez os quatro riem e Martin diz:

– Enfim, estou saindo. Vou atrás da Débora, tchau pra quem fica. – ele some.

– Também vou indo nessa... – comenta Felix. – Não vou querer ficar de vela, certo? – ele sorri e também some.

Assim que Daniel e Julie ficam a sós, ela diz:

– Bom, se me der licença, vou tomar um banho. Parece que sinto o cheiro do Eduardo em mim, eca!

– Tá, vai lá. – comenta Daniel. – Mas não demora, estou com saudade de você.

– Tá bom. – ela sorri e depois de pegar um troca de roupa, vai ao banheiro.

Enquanto isso na Polícia Espectral, Pietra andava pelos corredores animada. Ainda não caia sua ficha, não conseguia acreditar que conseguiu fazer o queria ter feito a anos e que, finalmente tinha encontrado um rapaz que que lhe retribuísse o mesmo sentimento.

Ela caminhava distraída, até que Débora a para:

– Você? Você não aquela moça que sempre ia na cela dos meninos... do Martin, do... – Pietra a interrompe.

– Sou, por que?

– É que fui lá agora e estava tudo vazio. Os policiais não souberam me dizer nada.

– Ah sim, eles foram liberados já. Se procurar eles, vai encontra-los em qualquer praça ou bar, sei lá.

– Ok, obrigada. – Débora sorri.

Pietra segue seu caminho até a sala onde neste instante, provavelmente Eduardo e Demétrius estariam sendo julgados.

E foi dito e feito, andou poucos minutos e chegou a sala de grandes portas de madeira. Entrou disfarçadamente e se sentou bem na frente, estava amando ver pai e filho presos.

– Vocês desonraram o nosso trabalho, nossa existência, nossa... enfim, uma prisão perpetua seria mínimo para vocês dois. – diz o juiz.

– Mas Seu Juiz... – Eduardo foi interrompido.

– Calado, vocês dois são uma vergonha para nossa sociedade espectral. – diz o Juiz.

Pietra sorriu e viu que seus esforços valeram a pena. Mas seus pensamentos não estavam somente nisso, também se residiam em Felix e ela imaginava o que ele estava fazendo.

Ela simplesmente se levanta no meio do julgamento e Demétrius a nota.

– Ei, o que faz aqui? Por que não cansa de ver minhas desgraças, hein? – ele diz.

– Estou pouco me importando com suas atitudes estupidas, Demétrius. – ela responde e todos da sala a dão atenção, inclusive o juiz. – Como era submissa a você, sempre tive que te acobertar de coisas estranhas, de fastas em reuniões e conversas misteriosas. Mas acabou. Vou finalmente trabalhar em paz.

Ela se retira com a consciência limpa e tudo que queria era encontrar Felix.

Enquanto isso, Débora estava sem rumo. Caminhava nas ruas do mundo espectral sem um destino certo e nasce um sorriso em sua face ao dar de cara com Martin do outro lado da rua.

– Débora! – ele a vê e a chama.

– Martin!. – ela também o chama.

Os dois caminha depressa até o outro e se abraçam.

– Que bom que saiu de lá. - ela comenta.

– Já eu considero “bom” o fato de te rever. – ele diz e ambos sorriem. O resultado de tais palavras foi um beijo, não muito intenso, mas que demonstrava amor entre os dois.

Enquanto isso, Daniel esperava Julie retornar do banheiro sentado na cama da mesma. De vez em quando, nascia um sorriso bobo na face de Daniel, ele se recordava das diversas vezes que a última coisa que queria era ver era Julie. Hoje, não “vive” se não a ver.

– Como o destino é irônico... – ele diz a si mesmo.

– Falando sozinho, é? – pergunta Julie entrando no quarto. Ela usava um vestido lilás bem clarinho e estava com os cabelos soltos. – Demorei, né? Desculpa.

– Tem nada não, eu fiquei pensando em você e nem me toquei que você demorou. – ele sorri para ela.

Ela se senta ao lado de Daniel e encosta a cabeça nos ombros dele, o mesmo acaricia levemente os cabelos de Julie e diz:

– Não gostei nadinha de ver aquele animal perto de você... principalmente àquela hora que cheguei aqui. – ele falava um pouco irritado.

– Calma, já foi... ele tá preso agora. – ela ergue a cabeça e o encara.

– Saiba que não aprovei isso. Desde o começo, não aceitei que você fizesse uma coisas dessas, mas como todos ficavam enchendo o saco e dizendo que era até mesmo pro seu bem... cedi.

– Um... mas que pessoa ciumenta, não? – ela sorri.

– Falando em ciúmes... é verdade que terminou com o creti... digo, Nicolas?

– Pode dizer cretino a vontade, afinal é o que ele é... terminei mesmo, ele me traiu com a Thalita, ele é um tonto mesmo. – Daniel gosta de ouvir isso e não esconde o sorriso. – Mas também... fiquei sabendo que um certo “alguém” andou assombrando ele. Por acaso você sabe que é, Daniel? – ela se faz de desentendida.

– Pode até ficar brava comigo, mas saiba que fiz pelo seu bem... desde aquela época eu gostava de você.

– Tá vendo... eu disse que é ciumento.

– Bem, não sei se já fiz isso ou não, mas... acho que está na hora.

– Do que tá falando? – ela pergunta.

– Julie, quer namorar comigo? – ele segura as mãos dela. - Mas é um namoro sério, de verdade...

– Claro que quero! – ela responde animada e sorrindo.

Desta vez, eles se aproximam para um beijo e antes dos lábios se tocarem, ele diz:

– Te amo.

– Eu te amo mais.

Como desta vez não tinha ninguém para interromper tal momento, o beijo aconteceu de forma calma, mas aos poucos ganhou mais intensidade. Pararam um pouco para Julie respirar e em segundos já estavam em outro beijo, como estavam a sós, não se importaram e deixaram-se levar pelo calor do momento.

O beijo ficava cada vez mais intenso e agradável para ambos. Daniel a abraçava cada vez mais forte e a trazia para mais perto de si, tanto que ela já estava quase em seu colo. Ela o abraçava pelo pescoço e a saudade ia diminuindo lentamente, ambos se sentiam realizados e isso só deixava o momento mais especial.

Mas enquanto todas essas emoções ocorriam, Felix estava à procura de Pietra, queria realmente ter a certeza de que aquele beijo não era um simples beijo. Ele foi até a Polícia Espectral e não a encontrou, alguns policias disseram que ela havia saído há alguns minutos e não sabiam para onde ela havia ido.

Ele então decide caminhar pelos bairros próximos com a esperança de rever a morena que o encantava. Caminhou alguns minutos e viu uma moça muito parecida com Pietra, estava certo de que era ela e foi até lá:

– Oi, é... – ele diz, mas ao notar que não era Pietra, fica nervoso. – Desculpa, achei que fosse outra pessoa. – ele diz e se afasta.

Ao se virar, vê uma moça, que desta vez era idêntica a Pietra e era pelo simples fato de ser ela mesma.

– Demorou... onde estava? – ela pergunta.

– Te procurando. – ele responde.

– Vamos dar uma volta?

– Vamos.

Os dois caminham e conversam por horas sobre assuntos aleatórios. Já eram quase seis da tarde e ela diz:

– Bem, tenho que ir pra casa. Faço o turno da noite, lembra?

– Havia até me esquecido que você ainda trabalha lá. – responde ele.

– Pois é... – ela estava sem saber o que fazer e ele não era diferente. – Bem, vou indo...

– Espera. – ela o olha nos olhos. - Eu queria saber uma coisa...

– O que?

– Aquilo que aconteceu na parte da tarde... sabe quando... é...

– Fala do beijo?

– Isso, desculpa... nem sei direito se você gosta de mim e fui logo fazendo algo sem pensar e... – Pietra o calou de uma forma agradável para ambos, ela mesma tomou coragem e o beijou.

Ambos eram tímidos, mas neste momento, Felix esqueceu sua timidez e se entregou ao sentimento, assim como Pietra. Ele a abraçou pela cintura e o beijo foi se tornando cada vez mais intenso.

Em resumo, todos estavam felizes e satisfeitos com o companheiro ao lado. Sabiam que poderiam contar com esta pessoa e acima de tudo, sabiam que amavam e que estavam sendo amados.


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