Na entrevista para um emprego de meio período:

— Então senhorita... Ruby. Acha que consegue fazer o trabalho?

— Eu... — Travou nervosa. — Não! — Saiu correndo deixando o homem perplexo.

—... Será meu bigode? Fico com cara de pedófilo? — Perguntou-se deprimido.


No Coffe House:

— Você fugiu do homem? — Maya indagou a Ruby. — Como assim fugiu do homem? Como vai arrumar a droga de um emprego assim, criatura?

— Mas é que... Ele perguntou... E eu fiquei pressionada...

— PRESSIONADA? Foi só uma pergunta! Foi a primeira delas! Você era a única a ser entrevistada! E a única tarefa a se fazer no emprego é organizar as coisas, nem conversar com pessoas você iria! Como, pois digo?! — Maya expôs forçando um exagero. — Como não conseguiu o emprego? — Bateu na mesa.

— Eu não sou um cavalo igual a você, Maya! — Ruby choramingou.

— Não me chame de cavalo!

— Verdade, cavalos têm mais sentimentos do que ela. Mesmo um cavalo sabe controlar a agressividade na cavalgada. — Lola confirmou, em tom de malícia como sempre. — Mas qual é Ruby, por que temer um bigode?

— Não temo bigodes.

— Homens sem bigodes parecem mais frágeis, já os com bigodes, mais agressivos. — Lola pegou seu bloco.

— Juro que ela está pensando em outro tipo de “bigode”. — Maya expressou depreciativa. — Ruby, você tem que parar de agir como se todo homem quisesse engolir você.

— Engolir o que, quem? — Jake indagou eufórico surgindo do nada ao lado da mesa delas. — E-e-eu faço.


Na educação física:

— Nada melhor que garotas de legging. — Jake pervertidamente comentou.

— Nada melhor? Decididamente, é virgem. — Alfie anunciou.

— O-o que? Não sou virgem. — Jake afirmou.

— Se a melhor coisa que você viu é garota com calças justas na escola, você é angustiantemente virgem.

— Não sou virgem. — Jake teimou.

— Vocês só têm esse tipo de assunto estúpido? — Noah perguntou.

— Não sou virgem. — Jake teimou mais uma vez.

— Somos adolescentes Noah, o normal é ter assuntos estúpidos. É saudável ser estúpido. — Alfie afirmou destemido.

— Não sou virgem. — Jake não desistiu.

— Errado, deveríamos falar sobre futebol, jogos de vídeo game, namoradas e etc.

— Não sou virgem.

— CALA BOCA Jake ou tiro seu cabaço na unha! — Alfie gritou.

— Isso foi meio gay. — Noah disse.

— Não. Não sou gay. — Alfie afirmou.

— Não sou virgem. — Jake continuou.

Noah foi embora.


No quarto de Noah:

— Desista, não vai achar. — Noah falou para Jake. — Não tenho pornôs.

— Quem disse que procuro revistas de sacanagem? Noah, meu amigo, eu nunca sequer pensaria que você tem uma.

Noah se sentiu ofendido.

— O que procura então?

— Fotos de Ruby. Você deve ter uma em algum lugar. — Jake afirmou bagunçando tudo.

— Claro que não tenho!

— Não achei na privada. — De repente Alfie apareceu no quarto. — Perguntei para os pais dele e nem sabiam que ele estava apaixonado.

— Você o que?

— FILHO! — A mãe dele apareceu correndo. — Quando começou? E as alianças? E os beijos? E as passada de mão? E... E... E...

— Camisinhas! — O pai dele apareceu tacando camisinha na cara de todo mundo. Tinha caixa delas consigo. — Tem um monte filhão, use tudo! Use!

— Não use não, se ferre as camisinhas, quero ser vovó... — A mãe dele gritou. — EU VOU SER VOVÓ.

— Parem com essa droga!

Alfie aproveitou da confusão e foi até a cozinha pegar alguma comida.

— Estamos à procura de uma foto de Ruby. Ele deve ter uma! — Jake afirmou arrumando os óculos no rosto... Eram os óculos antigos de Noah.

— Devolve isso! — Ele tomou os óculos de volta.

— Fotos? — A mãe dele excitou. — Vamos papai! DESMANTELE esse quarto e ache a foto!

— É para já querida! — O pai de Noah e Jake estavam prontos para virar o armário de ponta cabeça quando Noah deixou o quarto querendo morrer.


Na casa de Noah:

— Aah... — Noah saiu do quarto e expirou um ar de canseira. Do quarto ao lado, saiu seu irmão menor. — Olá Leo.

— Que bagunça irritante. — Leo reclamou. Tinha dez vezes menos ânimo e expressões que Noah. — Ah, é, eu achei isso hoje no quintal. — Leo mostrou uma foto de Ruby para Noah. — Deve ter voado pela sua janela.

— AH!!! EU NÃO PERDI!! — Noah pegou a foto como se ela fosse um animal querido de estimação que havia se perdido e agora retornou.

Leo fitou atentamente o irmão.

— Por isso demora tanto no banheiro? Pervertido. — E voltou para o quarto batendo a porta.

— O que? Não, espera! — Noah se desesperou em tentar consertar o mal entendido.

Nunca faria sacanagens pensando em sua pura amada.


Na cozinha da casa de Noah:

— Não tem sorvete? Que casa de pobre miserável. — Alfie reclamou e se contentou com o bolo.


Na casa de Maya:

— Não tem homem? Que casinha de gente miserável. — Lola reclamou e foi embora deixando as amigas com cara de retardadas para trás.


Na casa de Maya 2:

— Então Ruby, o que fará quanto ao Noah? — Maya perguntou e Ruby quase se engasgou com o suco.

— U-u... O... É... Hm?

— Noah.

— O-o-o-o-o que tem ele?

— Você se apaixonou por ele.

— Haha... C-claro que nada disso. — Ruby foi para debaixo da mesa e se encolheu.

Maya agachou para olhar para ela.

— Você precisa falar com ele, inútil.

— Nada disso.

— Tudo bem, eu falo.

— Não ouse! — Ruby se agitou e bateu a cabeça na mesa.

— Ora, ora, parece que posso usar esse poder para te ameaçar!

— Não... Isso... Você... Eu... É... Eu... Deixo você ficar com minhas calcinhas!

— POR QUE EU IRIA QUERER?! — Maya se irritou.


No parque:

— E você Maya, quando vai arrumar um namorado? — Lola indagou.

— Não preciso de homens.

— Você é um cavalo, precisa deixar alguém montar em você.

— Uma ova!

— Verdade Maya, por que você não sai com ninguém? — Ruby insistiu na pergunta.

— Porque não gosto, não quero e não preciso.

— Então, talvez o corcel esteja a querer uma dama? — Lola afirmou com olhar malicioso e beliscando a bunda de Maya.

— Saí de mim, depravada dos infernos.

— Ui, que garota agressiva. — Lola começou a se aproximar e Maya a se afastar.

— Nem tente!

— Você é tão sexy Maya, seus cabelos dourados me molham. — Lola começou a aumentar a velocidade e de repente ela estava correndo atrás de Maya. — Vem cá, vou te fazer feliz! Podemos usar cuecas e fingir que somos homens!


No parque 2:

— Ora, olá Jake. — Se encontraram com Jake que estava observando uma árvore. Havia um garotinho a alguns metros sentado.

— O que está fazendo aí? — Ruby indagou.

— Jogaram a mochila do garoto na árvore. Mas não dá para subir e eu não alcanço o galho. — Jake tentou pular, mas faltou um meio metro para alcançar. — Ei, Maya, vem aqui.

— Hm? Eu? — Ela hesitante e contrariada foi. Ela ficou bem embaixo de onde estava a mochila e olhou para cima. — É melhor você não me derrubar... O-O QUÊ?!

Jake não tentou levantar ela.

Subiu nela.

— Aguenta aí, garota. — Jake passou as pernas por cima dos ombrinhos da garota e ela foi dobrando as perninhas e abaixando tremula.

— Olha, estão montando nela mesmo! — Lola afirmou.

De repente Maya deu um urro e se ergueu com o desgraçado nos ombros.

— Que demônio de força é essa?

POFT!

Jake bateu de nariz no galho.

Os dois caíram. A mochila escorregou e caiu na cara de Maya.

Jake a pegou e levou para garotinho.

— Aqui, sua mochila.

— Hm? — O garoto estranhou. — Não é minha. — Deu de ombros, se levantou e foi embora.

— Oh... — Jake exclamou.

— VOCÊ NEM PERGUNTOU, IMBECIL! — Maya chutou-lhe entre as pernas.


Na entrevista para emprego de meio período, o retorno:

— Me desculpe por ter fugido, senhor. — Ruby pediu. Para o vento. Ainda não teve coragem de abrir a porta do estabelecimento e entrar. Estava treinando.

Respirou fundo e foi.

Viu o homem do bigode de cueca.

Tinha ‘bigode’ pelo corpo todo.

— Ah... — O homem exclamou.

Ruby saiu correndo.

— Certo, eu não tenho motivos para reclamar quando for preso. — O homem afirmou deprimido. Esqueceu de trancar a loja antes de trocar de roupa.


No Coffe House:

— Você fugiu de novo! — Gritou Maya.

— Achei que era o bicho papão de cueca!!

— Eu quero conhecer esse sujeito!!! — Lola brilhou os olhos.

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Nome: Ruby

Aparência: Cabelo castanho e olhos castanhos. Às vezes usa madeixas coloridas.

Gosta de: Coisas fofas ou bonitinhas.

Não gosta de: Coisas assustadoras e trabalhos manuais.

Resposta para a pergunta “Você está andando no deserto e vê uma tartaruga virada de barriga para cima, o que faz?”: Que bonitinha! Eu faria cócegas!

Devaneio: Abraçar Noah.