Céu Azul escrita por PerfectIsis


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu prometi não demorar tanto e bla bla bla,mas a preguiça me venceu.Se o texto ficar meio estanho foi porque como eu disse no capitulo anterior eu escrevi esse no bloco de notas.Aproveitem o capítulo.
Kisses -A



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Sai rapidamente da piscina ignorando até o roupão que estava na espreguiçadeira eu não ia ficar ali ouvindo aquela mulher, a mãe da Isis , insinuar as coisas que o Jl e a filhinha dela fizeram.
–Du- era o Lucas-espera aí.
Eu não ia esperar nem voltar, então continuei
–Foge mesmo - aquela mulher gritava feito uma louca- Não escuta a verdade que dói menos.
Que raiva.
Sai logo dali e fui até o meu quarto, abri a mala e peguei meu macacão curto e a primeira camiseta que vi pela frente.
Entrei no banheiro e me troquei. Sequei meu cabelo e acabei molhando o espelho, meu reflexo era diferente de alguns meses atrás, eu tinha mais peito que o normal e uma leve barriga.
Eu tinha que me concentrar em sair dali sem ninguém ver, eu não queria encontrar ninguém no meu caminho para ter que responder perguntas cretinas e ter que ouvir nem a respiração da aquela mulher.
Mas eu ainda tinha que parar na cozinha e pegar qualquer coisa pra comer.
Sai logo do quarto e fui andando em direção a cozinha tentando não fazer barulho nem chamar a atenção. Mas sem querer esbarrei em uma mesa de vidro no corredor perto da escada, as coisas que estavam nela caíram no chão e entre elas a chave do carro do Lucas. Coloquei tudo de volta de qualquer jeito na mesa, mas peguei a chave e a guardei no meu bolso. Desci as escadas correndo e entrei na cozinha. Lá pequei um pote com algo que deveria ser a sobremesa do almoço.
Não resisti e sentei ali mesmo para comer o doce branco, mousse de limão.
Estava muito bom.
–Então a senhorita está aí !
Que susto, o João me encarava na porta da cozinha. O ignorei e continuei comendo meu doce. Mas ele não parava de me encarar.
–Quer?-disse me fazendo de desentendida e esticando a colher com uns restos do pote de mousse , eu já havia o devorado quase inteiro.
–Não- respondeu sério - Não pense que eu vou cair no seu joguinho.
–Pois bem-respondi colocando o pote dentro da pia. -Pode falar.
Ele se sentou no outro banco e começou .
–Se você acredita em uma palavra do que aquela mulher falou- ele suspirou- Quem é você ?
–Eu não acreditei- respondi- Só me irritei.
Ele deu a entender que estava aliviado. E se aproximou e me roubou um beijo.
–A Isis tinha razão-começou ele-A mãe dela era louca e você é esquentada.
Pensei em colocar a culpa nos hormônios da gravidez mas simplesmente saiu.
–A mãe daquela garota entra aqui, insinua um milhão de coisas que os "pombinhos" fizeram juntos na minha cara.-retruquei-E a princesa da torre tá certa que eu eu sou esquentada.
Ele ficou pasmo , talvez eu fosse mesmo esquentada. Mas logo sorriu de novo e disse.
–Nunca vi mais marrenta.
Bufei saindo dali batendo o pé como uma criança de cinco anos quando a mãe nega doce, como meu filho um dia virá a fazer daqui a alguns anos. Meu filho. Esse emaranhado de células de três meses dentro da minha barriga. Me peguei chorando mas logo enchuguei minhas lágrimas, talvez essa história de hormônios e tals seja mesmo verdade. Em tempos anteriores eu teria simplesmente ido embora sem olhar para trás. Mas agora olha como estou.
Segui até o carro . Lá dentro foi inevitável chorar. E eu não entendia o por que.
Olhando pela janela eu conseguia ver o Lucas se aproximando do carro então o liguei e sai dali o mais rápido que pude.
Comecei a pensar pra onde ir agora, poderia simplesmente ir até o Rio de Janeiro, mas acho que já seria birra minha demais, voltar para casa dos meus pais, por uma crise de ciúmes e uma briga tosca.
Segui até mais perto um pouco do centro da cidade e comecei a rodar em círculos pelas mesmas ruas. Eu poderia ficar fazendo isso até a hora que sentisse vontade de ir para a casa e ouvir o Jl me chamar de marrenta e tals. Ou ir até algum lugar da cidade.
Eu já havia cansado de olhar para as mesmas ruas , as mesmas casas , enfim.
Lembrei que perto da delegacia tinha uma loja legalzinha, que vendia produtos para cabelos tingidos. Aquilo era ideal eu iria conseguir passar o tempo que eu precisava olhando algum produto daqueles que só o cheiro te faz querer comprar no mínimo dez. Nossa pensando assim parece que eu sou daquelas que morrem se passar um dia sem lavar o cabelo com seis shampoos diferentes. Mas enfim eu iria lá olhar até querer voltar. O que provavelmente iria demorar meio milênio pra acontecer.
Segui por mais algumas quadras até que notei que estava sem minha carteira, não daria pra comprar nada nem uma garrafa de água, mas eu não iria voltar só pra pega-la apesar de ser uma boa desculpa pra voltar e sair logo após sem dar explicações ou ouvir sermão. Tinha hora que no sermão o Lucas era pior que meus velhos ele só não me chingava até eu ir embora e o deixar falando sozinho.
Cheguei na rua e logo estacionei a alguns metros da loja.
Desci do carro e fui andando até lá .No meio do caminho tinha um cara que cheirava a Maconha ,eu me lembrava muito bem do cheiro de quando eu tive que resgatar o leke das quebradas quando ele tinha fumado um baseado.
Passei tentando não encarar. Aparentemente estava tudo certo, talvez ele estava tão alucinado pela droga que nem tenha me visto passar. Tomara, não me entenda mau mas é que...sei lá.
Cheguei na loja, ela tinha um cheiro ótimo.
–Posso ajudar?
–Só tô dando uma olhada enquanto eu espero meu namorado vir me buscar.
–Fica a vontade qualquer coisa meu nome é Odete
–Obrigada Odete.
Foi a primeira mentira que eu fui capaz de inventar pra sair de lá sem comprar nada.
Depois de algum tempo eu já havia decorado cada canto dos três andares da loja.
Já era a hora de ir e encarar o leke. O céu já estava quase totalmente escuro.
Tentei sair dali de fininho mas aquela mesma vendedora se aproximou.
–É,parece que eu levei um bolo.-eu disse-Obrigada.
Sai logo dali e fui até o outro lado da rua.
Comecei a lembrar do dia em que o Jl foi preso por roubar o carro do José Pedro. E eu fiquei esperando o Comendador tirar ele de lá.
Senti aquele mesmo cheiro de erva de novo, mas olhei para trás e o cara não estava lá,nem no lugar de antes.
Alguém me agarrou e tampou minha boca.
–Se você cooperar vai ser tudo mais fácil - Era aquele cara que eu tinha visto-Gracinha-Ele ria de uma forma maliciosa -Eu vi você passar por mim e entrar na loja, então eu te esperei.-Ele continuou- Você demorou-Ele não parava de falar e agora estava com a cara mais maliciosa que nunca- Mas o que vamos fazer vai valer a espera.
Eu tinha que sair dos braços daquele sujeito. Então chutei sua canela esquerda.
Ele me soltou e gritou de dor, mas antes de eu conseguir correr me agarrou novamente, agora quebrando o botão direito do meu macacão e rasgando minha camiseta.
–Você vai pagar por isso, delicia de ruivinha.
–Por favor não- Eu implorei já chorando-Meu namorado é rico e eu sei que ele paga o quanto que você quiser pra você me deixar ir.
–Em primeiro lugar é o SENHOR- retrucou ele-E em segundo não a dinheiro que pague o prazer que eu irei sentir com você, vadia.
–Tire suas patas nojentas dela
A voz era do Lucas, mas como ele me achou.Ouvi um barulho de pedra batendo em algo . Logo depois o cara caiu desmaiado no chão


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e se puder deixar sua opinião na caixa de comentários eu ia ficar bastante feliz.



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