O amor de um Deus é uma mortal escrita por Ella Poetry


Capítulo 4
Como eu conheci o seu pai




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_tive meus motivos para isso. – disse sua mãe

_será que hoje é o dia em que irá me contar alguma coisa? – perguntou Bárbara hoje é o dia em que eu te contarei tudo – disse ela – está na hora de você saber.

_saber o que?

_se lembra de quando eu te levei naquela praça que tem no centro, onde tinha uma estatua com os três maiores deuses gregos e você começou a se interessar por mitologia grega?

_sim, sei tudo sobre mitologia grega.

_tudo?

_sim, tudo!

_qual é o nome do deus do mundo inferior e dos mortos?

_e o que isso tem a ver com meu pai?

_me diga como chama.

_Hades, se chama Hades.

_eis o seu pai.

_o nome do meu pai é Hades? Igual ao deus? Que maneiro!

_não filha, seu pai é Hades, o Deus do mundo inferior e dos mortos. O deus mais lindo e o melhor de todos os deuses.

_a senhora só pode está brincando! Deuses gregos não existem, são mitos como o papai Noel e o coelho da páscoa!

_eu sei que parece loucura, mais você já vai entender tudo.

Eles pararam em um encostamento no alto da cidade e desceram do carro.

_senta aqui filha – falou sua mãe – irei te contar uma história.

E assim, Bárbara sentou-se ao lado de sua mãe e ficou esperando. A lua estava cheia e o céu estrelado. Sua mãe olhava distraidamente para o horizonte, mas não como as pessoas costumam olhar fitando o céu, ela admirava o horizonte fitando o chão, o que ela achou muito estranho.

_a senhora ia me contar uma historia lembra? – perguntou Bárbara

_sim, é verdade – disse sua mãe – você irá achar que é invenção, pouco provavelmente irá acreditar, mas...

Dizia quando bárbara interrompeu-a:

_só conte a historia, ok.

_essa história começa quando eu estava saindo de uma festa que havia acontecido em uma fazenda a poucas horas da cidade. Eu não tinha bebido nada alcoólico então voltei para casa de moto. A estrada estava muito escura, exceto pelo farol da minha moto. No meio da estrada havia um buraco enorme que eu tinha certeza que não estava lá quando eu fui para a festa mais cedo – contou a mãe, fazendo uma pausa e suspirando.

_você caiu de moto? E aonde meu pai entra? Continua logo! – pediu a menina ansiosa.

_calma, me deixa contar – disse a mãe – onde eu estava?

_tinha um buraco no meio da estrada e...?

_sim, sim. Como a estrada estava escura eu não tinha visto e como esperado eu cai. Fiquei desacordada não sei quanto tempo, só sei que quando acordei eu estava em um celeiro cheio de feno e havia ali um cachorro bem grande. Também havia um homem vestido de preto, desde as botas até um chapéu estranho que ele usava muito parecido com um elmo. Ele olhou para mim e falou:

_você deveria ter mais cuidado andando a noite, uma moça bonita como você pode ser atacada.

Eu fiquei muito assustada, principalmente porque ele tinha um sorriso irônico na cara. Tomei coragem e perguntei:

_quem é você? O que quer de mim?

_vamos uma pergunta de cada vez. Quem eu sou? Meu nome é Hades. O que eu quero com você? Absolutamente nada.

_como assim? Por que me trouxe aqui?

_eu vi uma mulher bonita caída no meio da estrada, não seria muito ético deixa-la lá desmaiada. Trouxe você aqui por ser o lugar mais perto. Estava só esperando você acordar.

De pouco em pouco em pouco, aquele homem estranho foi ganhando a minha confiança. Comecei a notar que ele não era assim tão estranho. Era divertido, gentil, simpático e parecia sempre saber dizer a coisa certa. E eu fui me apaixonando por ele.

_acho que você deve estar querendo ir embora, já prendi você aqui tempo demais. – disse ele

_obrigada novamente – disse a ele pegando minha moto

Quando saímos do celeiro o sol já estava nascendo, ficamos observando em silêncio até que ele disse:

_Apolo, sempre pontual.

_como disse – perguntei intrigada

_Apolo, sabe o sol.

_você quer dizer Apolo o deus grego antigo que representa o sol?

_eu o chamo mais de sobrinho.

_mas ele não existe.

_como ousas? É como dizer que EU não existo também.

_claro que você existe, o que não existe é essa história de deuses gregos e tudo mais...

_tola mortal. Eu sou Hades, deus do submundo e dos mortos.

_e eu sou o coelhinho da páscoa. – falei não acreditando em nada do que ele disse e então ele falou:

_vou te provar.

Nessa hora seus olhos ficaram vermelhos e suas mãos envoltas em um brilho dourado, ele tocou na minha simples fan125 e a transformou em uma Harley Davidson preta.

_sobe ai – ele disse

_como você fez isso? – perguntei

_apenas suba e curta o passeio.

Subi naquela moto incrível e viajamos em uma velocidade tão grande que fiquei surpresa em nenhuma viatura nos parar no caminho. Chegamos a uma casa muito grande, também preta.

_que lugar é esse – perguntei

_você faz perguntas demais. Entra aí.

E assim eu entrei naquela estranha e sombria casa.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo vocês lerão a conclusão da história de como Úrsula conheceu o pai de Bárbara. Não percam