Cafajeste escrita por Sasha Deo Niey


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! História nova de uma inspiração do nada!
Espero que gostem.
Comentem para saber se devo continuar!
Beijos!



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Não aguento mais ver essa menina chorando! O que esses caras têm? Mel?

Bom, acho que fui muito apressada. Deixem-me explicar: é a milésima vez que eu vejo a minha melhor amiga, Kate, chorando por um idiota que quebrou seu coração. Eu odeio vê-la chorando, mas parece que ela faz de propósito, às vezes.

Sempre escolhe o mesmo tipo de cara, aquele que só de olhar a gente já sabe que é problema. Agora, me respondam: Por que insistir na porcaria do erro? Eu também não sei queridos leitores, não sei nem porque alguém acreditaria que eles iriam querer uma relação séria. Agora sobra pra mim, tenho que consolar essa menina que de vez em quando bate uma vontade de dar uma chinelada na cara, mas que eu amo.

—Beeeth, eu sou tão estúpida, ele disse que nós namoraríamos, que seríamos felizes – diz Kate chorosa comendo litros de sorvete. Magras desgraçadas que nunca engordam – Eu não sei por que eu não te ouço, tenho o dedo podre para escolher homens – completa chorando mais ainda. Abraço-a mesmo não sendo muito fã de contato físico, há exceções para melhor amiga.

— Katie, respire. Não vale a pena chorar por esse mala. Você é muita areia para o caminhãozinho dele – É, eu sou uma futura psicóloga que não sabe consolar direito nem a própria amiga. Mas, juro que com desconhecidos eu sou melhor. Além disso, eu conheço bem demais a Kate. Ela precisa de um tratamento de choque uma vez ou outra.

— Bethii, ele é tão lindo e eu achei que eu finalmente ia ter um cara decente para namo... – ela própria se interrompe enfiando mais uma colherada de sorvete de chocolate na boca. Bufo internamente.

Hoje, eu não estou com paciência. Ela me acordou as 5:30 da manhã de um domingo pedindo que eu viesse para sua casa correndo. Tive que levantar a essa hora da madrugada da minha bela cama e ainda correr. Isso é maldade. Aliás, já são 14:00. Essa fossa tem que acabar. Ultrapassou os limites, chega.

—Kate Anne Smith, ACABOU ESSA PALHAÇADA – grito tão alto que até o gato dela, Sr. Bigodes,dá um pulo – Eu estou cansada de ver você chorando por esses imbecis que só causam sofrimento. Você vai levantar agora dessa cama, jogar esse pote de sorvete fora e vamos sair para fazer compras. Eu deixo até você me fazer de boneca – parece que eu falei as palavrinhas mágicas. Levantou em dois segundos cantarolando e indo em direção ao banheiro para tomar um banho. Merda.

Kate sempre quer me fazer de boneca para ficar brincando de vestir e maquiar, já que segundo ela eu não me cuido. Pff,como se eu tivesse tempo para isso.

Bem, sei que vocês devem achar essa minha amizade com a Katie meio estranha. É mesmo. Conheço a menina desde o jardim de infância e sempre fomos amigas inseparáveis. O bizarro é que ela é uma patricinha que adora baladas, loira de olhos azuis e uma altura que eu invejo: 1,75m, parece uma modelo. Enquanto euzinha, sou uma nerd sem graça com meus cabelos castanhos e olhos verde-cinzentos por baixo dos meus lindos e queridos óculos. As pessoas dizem que eu sou meio esquentadinha, mas eu acho isso uma grande calúnia. Além disso, cheguei nos 1,55m com muito sofrimento. Logo, nós somos uma mistura que era destinada a dar errada, mas acabou dando certo. Ela é fútil, mas nem tanto e eu que sempre a protejo, já que ela é meio ingênua e sempre cai na lábia de idiotas.

Acho que fiquei um bom tempo entre os meus pensamentos, pois Kate acabou de sair do banheiro. O inferno, quer dizer, shopping, me aguarda!

Nunca mais venho ao inferno com essa patricinha loira. Já entramos em diversas lojas de roupas e ela me fez levar um vestido, ou um short, uma blusa. Não podemos entrar em uma loja e logo sou obrigada a ir em direção aos provadores com montanhas de roupa. Ela compra tudo isso, como se eu fosse usar. Até parece. Acho que esqueci de mencionar que o pai dela é milionário e mima a filha por não ter muito tempo para ela.

— Essa é a última loja, ok Beth? Não sei como você não pode gostar desse paraíso. Além disso, é linda e fica usando essas roupas largas horrorosas. Credo – falava ela, depois de eu reclamar tanto. Enquanto ela tagarelava, eu experimentava um vestido azul colado. Eu nunca iria usar isso, mas era obrigada a mostrar para aquela diaba loira – Depois dessa loja, vamos comprar lentes de contato e arrumar os cabelos e essas suas unhas horríveis. Uau! Com certeza vamos levar esse! – exclamou batendo palminhas quando me viu com aquele vestido diabólico.

— É incrível como seu humor muda rápido, Anne – falei sorrindo sarcástica e a chamando pelo segundo nome, que ela odiava. Você seria um ótimo objeto de estudo até para os melhores psicólogos, quem sabe algum consegue entender o que passa por essa cabeça.

— Não me chame assim! Ai amiga, sabe como é, né? Percebi que esses idiotas com quem eu fico não valem nada – sempre falava isso, mas depois de um tempo eu sempre estava em um sábado ou domingo de manhã a consolando. – Falando em objeto de estudo, já sabe o que vai fazer para o seu tcc? – perguntou enquanto se dirigia ao caixa para pagar mais um dos vestidos que ficariam no fundo do meu armário para nunca serem usados. E por que ela paga? Simples, eu suo demais para ganhar meu dinheiro como secretária de um psicólogo e também só esse vestido, já é meu salário do mês.

— Ainda não sei. Parece que todas as ideias que eu tenho não são boas o bastante! – respondi me referindo ao trabalho – Até parece que você não vai mais ficar com os cafajestes. Nunca entendi o que aqueles idiotas. Já te disse para dar uma chance ao David – David Carter é o meu melhor amigo e sempre foi apaixonado pela Kate. Ele é superfofo e bonito. Acho que só o meu amigo era capaz de domar essa loira.

— Credo, Beth. Já disse que ele é o seu tipo, não o meu. – respondeu com uma careta. Ele é o meu tipo, mas é meu amigo e nunca senti atração por ele.

— O seu tipo é o cara que não presta, Kate. Deveria dar sim uma chance ao David. Nunca entendi como as pessoas do mesmo gênero que eu conseguem se apaixonar por homens que só querem usar as mulheres. É tão óbvio só de observar o comportamento quais são as intenções deles! – Exclamei enquanto andávamos em direção a ótica, quando uma ideia me veio a cabeça que até parei de andar – Eureka! É isso, Kate. Meu trabalho vai ser o estudo do comportamento dos cafajestes!

Agora, eu só precisa achar um cafajeste que me ajude com o meu trabalho.


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