Snow Flower escrita por Mrs Chappy, HoshinoForea


Capítulo 7
Fitas Vermelhas


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal!
De novo com um novo capítulo, este não será tão negativo como o anterior eheh.
Sei que ficou curtinho mas espero que gostem;)

Desfrutem da leitura*



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P.O.V Toushirou On

 

— Como não conseguiu proteger Karin que esteve ao seu lado, Toushirou!?- Mantive-me calmo. O Kurosaki estava certo. Ele confiou-a em mim, e não fui capaz de fazer absolutamente nada.

— Irei encontra-la, Kurosaki. Dou a minha palavra de capitão. – Minha promessa pareceu surpreende-lo. Nem eu percebi na verdade, mas acabei por igualizar a importância de Karin ao posto pelo qual tanto trabalhei. Não, foi até mais.

— Não o culpe Ichigo. Tenho a certeza que o Shiro fez tudo o que podia.

Encarei o meu antigo taicho, e agradeci com um simples sorriso. A irmã gêmea de Karin, permaneceu minutos inconsolável, o Kurosaki ficou extremamente irritado e frustrado. Mas Isshin-sensei foi o único que manteve a calma. Não me apanhou desprevenido sua atitude. Contudo estava com um mau pressentimento. Nestes momentos delicados, para levantar o ânimo, ele tinha indiretas indesejáveis, ou provocativas. Estava a notar a ausência delas, coisa que me preocupava.

— Masaki-chan, proteja nossa filhinha até o namorado conseguir salvá-la! Ainda iremos ter muitos netinhos! A Karin e o Shiro-Shiro são uma combinação tão…

Maldito! Eu sabia!

— Ah! Karin-chan vai casar!

— Cale-se velho pervertido! Isso não é coisa que se diga! E a Karin não está namorando com um cara que está morto e que é muito mais velho que ela…! Estou certo, não estou Toushirou? – A aura maligna do Kurosaki me fez estremecer, quase corei me denunciando ao recordar do beijo entre mim e Karin. Ou melhor, o quase beijo.

— Não seja ridículo Kurosaki.

Ergui-me rápido demais do sofá da sala, poderiam suspeitar. Porém acho que ninguém prestou atenção nesse detalhe, talvez Isshin-sensei. Se bem que ele parecia já saber de tudo. Como um homem tão desligado conseguia detetar tudo!? Ele sempre foi misterioso.

— Ei, Toushirou…

— Droga. Já disse que é "Hitsugaya-Taicho". O que quer?

Estranhei o olhar dos três para mim. Mais propriamente para algo ligeiramente abaixo de meu corpo. Meu ex taicho não disfarçou o largo sorriso em seu rosto, e automaticamente minha coluna gelou com inúmeras possibilidades. Segui o olhar fulminante de Kurosaki Ichigo, até meus pés, percebendo o objecto que caíra de meus bolsos.

Maldição! As fitas vermelhas da Karin!

Num único movimento, peguei nelas e escondi de novo no local de origem. Estava disposto a ignorar toda aquela situação, e continuar a andar até à saída, só que alguém me segurou com força no ombro, me proibindo de seguir meu trajeto.

— Toushirou… Quer me explicar o que está fazendo com as fitas da minha irmã, seu anão de jardim!?

 

P.O.V Toushirou Off


Karin prestava atenção no hollow que a vigiava. Ele encontrava-se em plena refeição. Acabando de alimentar-se com os requisitos de almas que ainda persistia nos corpos dos shinigamis acorrentados. Obrigava seu estômago a manter-se firme, apesar de senti-lo revirar sempre que o monstro lambia seus lábios procurando algum sabor ainda contido neles.

Numa tentativa fracassada de ignorar o que ocorria a centímetros de si, oportunamente se depara com uma lâmina perdida entre os vários destroços. Quase imperceptível, disfarçada pela poeira. Muito próxima do sítio onde estava acorrentada. Certamente, um pedaço quebrado da lâmina de uma das zanpakutous. Desviou novamente seu olhar para o hollow e ele mantinha-se ocupado e entretido com sua refeição. Evitando parecer suspeita, ela abaixa-se, apanhando o objeto cortante.

Empunhou a lâmina, cortando seus pulsos, assistindo o sangue manchar sua pele alva. Remexeu freneticamente as mãos, conseguindo utilizar seu próprio sangue para conseguir deslizar as mãos pelas algemas, aproveitando que estas eram ligeiramente grandes para si. Extremamente silenciosa e prudente, sem deixar os nervos a denunciarem, a Kurosaki escapou pela porta entreaberta sem ser notada pelo monstro.

Apesar de manter-se calma e tentar evitar com um enorme esforço não ficar ansiosa, não conteve-se a correr pelo passadiço. Sempre evitando que seus passos acelerados ecoassem alto demais. A sorte sorrira à morena, uma vez que ela era a única habitante daquela mansão, ou melhor, uma dos três. Isso permitiu que ela passasse despercebida, provavelmente Hakai também estaria numa sala mais distante e por isso não esbarrara com ele.

Ao cruzar por pequenas janelas no alto edifício notou que deveria ser noite pela fraca luminosidade. Suspeitou dos corredores longos e alvos, que criavam a ilusão de que ela não saíra do mesmo lugar todo aquele tempo, mas ela ignorou esse pormenor quando encontrou uma porta que a levaria directamente para o exterior.

Ficou radiante quando suas mãos por fim empurraram a ombreira, porém sua felicidade foi precária. Assim que avistou concretamente todo o ambiente que a circulava. Atónica, compreendeu que não estava no seu mundo.

Como suspeitava, era noite. Porém o céu era estranho, estava imóvel, e sem brilho algum. A própria lua era opaca; uma mísera figuração. Sentia os grãos de areia frios entre seus dedos, mas não havia vento que os levasse até ela. 

— Um deserto… Para onde será que aquele desgraçado me trouxe?

Karin estremeceu com a simples ideia de aquele deserto não ter fim. Não compreendia a origem daquela teoria, talvez fosse o sexto sentido que Yuzu tanto propagava.

Com cautela, caminhava aleatoriamente, afastando-se do palácio em ruínas onde fora mantida em cativeiro. Ocasionalmente, olhava sob o ombro, certificando-se que não era seguida pelo ruivo. E num desses momentos, foi descuidada, colocando o pé impropriamente.

O susto de sentir seu corpo cair de repente, fizera esquece-la de gritar.  A queda foi amortecida por algumas rochas, apesar de não ter saído ilesa do incidente, ainda conservava a vida. Grunhiu de dores, quando tentara se levantar. Tivera de forçar o corpo uma dúzia de vezes a mexer-se até finalmente conseguir recompor-se; apesar da ardência dos ferimentos espalhados por todo o corpo.

Como tubarões famintos, o cheiro de sangue da humana, atraíra perdedores. A Kurosaki demorara a entender que não estava sozinha, só compreendeu quando o número de reaitsus se tornara deveras elevado. Ao detectar várias reaitsus, percebeu que eram iguais àquelas que sentia em seu mundo, os monstros com máscaras. Não, na verdade eram piores… muito mais fortes.

Estou com problemas… Como vou fugir deste sítio ferida com um bando de esfomeados a caçarem-me!?

De relance, viu as sombras aproximarem-se de si. Sorriu sarcástica, pensando que não tinha de facto escapatória possível e estava condenada. Seria morta. Apesar que essa ideia não a desagrava por completo, era preferível do que prosseguindo escrava do psicopata do Hakai.

Os olhos ónix fecharam-se, esperando por qualquer golpe que roubasse sua consciência. No entanto, o único que sentiu foi uma ligeira brisa quente quase queimando-a, seguida de gritos horrendos. Entreabriu uma pálpebra, temerosa, enxergando rastos de um brilho esverdeado.

Entre essa luz intensa, uma mulher de sorriso meigo lhe estendeu a mão. Ela possuía uma máscara no topo da cabeça, era uma deles. Então por que a socorrera? Sua alma não deveria estar sendo devorada?

— Não se preocupe, não lhe farei mal.

Karin assentiu, finalmente, aceitando sua generosidade; aumentando o sorriso da desconhecida.

— Como veio parar aqui?

— Etto… fui raptada por Hakai.

— Hakai? Se não me engano esse é o nome daquele novato que se apoderou do palácio de Las Noches.

— "Las Noches"?

— Sim, estamos em Hueco Mundo. O mundo que pertence aos hollows.

— Entendo.

Um lugar sem regras e vigilância. Um bom sítio para um pecador se esconder.

— Como se chama, humana?

— Karin. Kurosaki Karin.

— Kurosaki!?

Em milésimos de segundo, a morena ficou presa num abraço apertado, pressionada pelos seios espalmados em seu rosto. Diversas vezes tentou afastar-se na tentativa de respirar, contudo só quando seu rosto ganhou uma tonalidade azulada a arrancar pareceu entender que ela precisava de oxigénio para manter-se viva.

— Oe!

— Desculpe, fiquei um pouco entusiasmada.

"Um pouco"!? Parece a Rangiku-san...

A mulher portadora de cabelos longos verdes, ria exageradamente feliz. Karin a analisou visualmente, ainda confusa. Coçou a nuca, percebendo pela primeira vez que seus cabelos estavam soltos, reprimiu um gemido de frustração por ter perdido o utensílio que prendia seus cabelos. Eram um incómodo, sempre arranhavam seus olhos ou faziam-na momentaneamente distrair-se pela falta de visão.  

— Vou ajudar você, Karin.

— Quem é você mesmo? O que pretende ao meu ajudar?

— Oh, perdoa meus modos. Nelliel Tu Odelschwanck… sou amiga do Itsugo-kun.

— "Itsugo"…? Por acaso, se refere a Kurosaki Ichigo!?

Ela acenou positivamente com a cabeça animada, talvez por rever um amigo em breve ou por ter conhecido um parente seu. A humana sorriu descontraída, seu irmão era amigo de criaturas estranhas, mas apesar disso Nell também era…

— Você é legal Nell. Não tem problema chamá-la desse jeito? Seu nome é complicado.

— Ie, ie.

As duas riram juntas, simpatizantes uma com a outra. Karin sempre designou os espíritos que enxergava como irritantes, pervertidos e chatos. No entanto, conhecera muitos na qual estimava: Toushirou, Rukia, Renji, até o seu pai e irmão eram um! No entanto, o que ela nunca previu era também poder vir a afeiçoar-se com um daqueles monstros que devoravam humanos. Ironia do destino?

Um estrondo misterioso fizera o piso tremer, e por um instante, a morena ia perdendo o equilíbrio por ter sido apanhada desprevenida.

— O que foi isso? - Ao voltar sua atenção para a arrancar, estremeceu com o olhar autoritário que esta impusera em sua expressão. Como era possível alguém mudar drasticamente de personalidade, em tão pouco tempo!?

— Ele descobriu que você escapou. Vamos embora. – Nelliel abriu uma fenda negra no ar, revelando dentro desta um caminho composto por partículas especiais. 

— Vamos ter com o Ichi-nii?

— Não podemos voltar para o Mundo Real, ele pode nos apanhar. Se ele a raptou é porque pretende algo consigo certo? -acenei- Ele não vai desistir de nos perseguir. Eu posso lutar, mas não sei se consigo proteger você. Precisamos de reforços.

— Então… O que faremos?

— Soul Society.

Sem controlar o desenrolar de sua mente, Karin enxergou a imagem de um capitão albino peculiar, sorrindo boba automaticamente.

Toushirou, nos voltaremos a encontrar… muito em breve.


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Notas finais do capítulo

Me pareceu bem planear a fuga de Karin e ela não ficar em cativeiro muito tempo.. Podia ser meio chato para alguns. E para ser diferente decidi mudar um pouco o rumo da história ^^
A Nell nem era para parecer, mas como Karin é humana não tem como se proteger dos hollows sem ajuda KKK
Nos vemos no próximo mês minna!
Beijinhos, Beijinhos.~



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