Lovezone escrita por Evil Maknae


Capítulo 21
Lovezone


Notas iniciais do capítulo

OIE EUE

Pois é, gente, esse capítulo chama-se Lovezone eue

Vão entender o trocadilho no final.

E GENTE, ESSE É UM DOS MELHORES CAPÍTULOS QUE EU JÁ ESCREVI, FRUTA QUE CAIU!

EU EDITEI VÁRIAS VEZES PARA TER CERTEZA DE QUE NÃO HÁ ERROS, MAS SE HOUVER, DESCULPEM....

É de Rachel :3

Boa leitura.



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O que a titia diretora tinha a dizer não era tão ruim assim. Nada era tão ruim comparado com a Debrah.

– Não foi certo fazer o que fizeram. Alguém poderia ter se machucado. Fora a utilização da sala dos professores sem permissão. Vocês têm motivos o bastante para serem expulsas.

Eu estava apenas ouvindo-a e pensando milhões de xingamentos e ofensas para ela. Na minha cabeça ela merecia.

– Srta. Smith! Está prestando atenção?

– Claro.

– Ótimo. Fui clara?

– Foi, diretora. – Dissemos em uníssono.

– Podem se retirar.

Nós saímos de saco cheio da voz da velha. Quem foi o idiota que escolheu ela como diretora?

Espere aí, nós nos safamos dessa? TOMA ESSA! RACHEL VENCE MAIS UMA VEZ. NINGUÉM É PAREO PARA MIM, BITCHES.

Eu não consigo prestar atenção no que não é de meu interesse. Papai me dizia que isso era errado.

Nem sei por que me lembrei dele. Nem sei por que ainda me importo com eles. Estava bem claro que ninguém se ligava pra mim. Se for para ser assim, por que minha mãe me pariu? Não teve necessidade. Aposto que eu sou só mais um peso na vida deles. Fodam-se. Eu estarei bem enquanto estiver longe deles.

Quando eu saí do mundo de minha imaginação estavam todas chamando minha atenção. Ás vezes esse mundo podia ser bem louco.

– Rachel, presta atenção! – Dianne passou a mão na frente de meu rosto. – Ouviu?

– Pra falar a verdade...

– Ah Rachel... – Reviraram os olhos.

– O que foi?

– Você não presta atenção, cara!

– Desculpa, é só repetir.

– A pesquisa...

– Cara, quem é que passa uma pesquisa de artes?

– Estávamos combinando de fazermos juntas.

– É uma boa ideia, mas precisava disso tudo para me dizer só isso?

– É. – Responderam indiferentes.

– Então tá. Onde nos encontramos?

– Na biblioteca. As 15h00min

– Tá certo. Até lá...

__

Ainda faltavam duas horas. Era um sábado. Tédio. Sem sinal de internet. Fui obrigada a fazer algo que não fazia a muito tempo. Cuidar da vaidade.

É que é muito chato, cara. Pintar as unhas. Pra que? Qual é a necessidade? Tenho certeza de que quando um homem olhar para você não vai ser por causa das benditas unhas pintadas.

Eu demorei mais ou menos meia hora. AINDA TINHA TÉDIO.

E então eu resolvi escrever. Escrever sobre minha vida. Eu digitei sobre Stephen. Sobre meus pais. Sobre minha infância boa. Sobre a criança rebelde que eu fui.

É fácil de acreditar que eu batia nos meus colegas na terceira série, né? Eu bato neles até hoje.

Deu tempo de escrever tudo. Tudo mesmo. Até hoje. Eu pulei a parte que eu ataquei Armin na frente da minha mãe. Isso foi insano de minha parte.

Quando eu olhei as horas no canto da tela percebi quanto o tempo passa rápido quando lembramos de coisas boas. ESPERA, O QUE? EU NÃO PENSEI ISSO. NÃO PENSEI EM NADA.

Eu ignorei esse tipo de coisa e fui para a biblioteca. Atrasadas. Ninguém estava lá. Nem a bibliotecária. Mas que desgraça. Ela estava fechada. Eu andei um pouco a procura de vida. A biblioteca era um local bem bonito. Haviam janelas enormes. Estantes cheias de aventuras, romances, suspenses e ficções. Mesas gigantes iluminadas por abajures pequenos e eficientes. Era limpo e confortável. Fazia tempo que eu não me sentia acolhida por um lugar. Eu poderia viver naquele local de ar quente e cadeiras acolchoadas.

– Rachel? O que está fazendo aqui?

– Armin? Eu ia fazer uma pesquisa com as garotas...

– A biblioteca é “fechada” aos sábados. Pensei que soubesse...

– Mas ela está aberta.

– Aberta, mas não dá para fazer nada. Nada sem a bibliotecária.

– Mas elas... Enfim, e você? O que faz aqui?

– Eu estava procurando meu psp...

– Você joga na biblioteca?

– É um local silencioso. Mas é claro.

– Eu posso te ajudar se quiser...

Ele assentiu. Nós procuramos por uns de minutos até eu achar. Ele estava em uma estante. Eu o chamei e entreguei para ele.

– Tchau, eu vou procura-las...

– Tchau.

Eu fui até a porta. ESTAVA TRANCADA.

– Armin... ELA ESTÁ TRANCADA!

– Ela quem?

– MINHA VÓ, ARMIN! É A PORTA, CARA!

– Ela estava aberta até você entrar...

– MAS E AGORA?

– Agora vamos esperar até alguém com uma boa alma resolva abrir.

– COMO VOCÊ ESTÁ CALMO ASSIM?!

– Eu arrombaria a porta, mas você não aprovaria a ideia, então a solução racional é esperar.

– EU VOU PULAR DA JANELA SE DEMORAR MUITO!

– Estamos no quarto andar, Rachel.

– PARE DE SER RACIONAL!

–...

Esperamos alguns minutos até eu entrar em modo tédio enquanto Armin jogava.

– Armiiiiiiiin, eu estou com tédio.

– Acabou a bateria... NÃO PODE SER!

– Armiiiiiiiin, faça alguma coisa...

– Quem pode ter nos trancado aqui?

– Pode ter sido qualquer pessoa... Um zelador, um professor, um aluno...

– Vamos aguardar...

Ficamos olhando um para a cara do outro por um tempo. Ele resolveu puxar assunto.

– Quem vai ser o próximo alvo de seus planos?

– Talvez seja você... – Ele se sentou ao meu lado na frente de uma janela enorme.

– Eu não faço par com ninguém... Nem gosto de ninguém.

– Harriet também não fazia ideia que gostava de Lysandre.

– Está dizendo que eu posso gostar de alguém e não saber?

– Não sei. Eu também poderia. Sentimentos são confusos. – Eu disse, apesar de ser bem claro de quem eu gostava.

– Eu prefiro não saber...

– Por quê?

– Eu poderia levar um fora. Eu poderia ter os sentimentos estilhaçados. Essa pessoa é bipolar.

– A garota que gosta?

– Sim. Ela é complicada.

Eu já estava pronta para saber quem era. Eu não sou complicada. Nem bipolar... Certo? Não era eu.

– Pode me dizer quem é? Talvez eu consiga fazer um plano para você. – Forcei um sorriso.

– Nem Alexy sabe...

– Não quer minha ajuda? – Desafiei.

– Acho que não dá para ajudar...

– Caralho, Armin, fala logo.

– Não vou falar nada. – Ele mostrou a língua.

– Me dê dicas então. Eu conheço?

– Sim. Você a conhece. Eu não. Ela é uma pessoa difícil de conversar. Agitada, barraqueira, doida, insana...

– Você a ama ou a odeia, cara?

– Só conheço esse lado dela. Mas também há o lado que quer ajudar as amigas, com um jeito maluco de fazer isso. A facilidade com que resolve as coisas. O jeito vingativo. A dureza. Ela também é linda. – Ele olhou para mim, corando.

– Diga a primeira letra do nome.

– Não. Vai ficar fácil. Acho que a mãe dela não gosta de mim. Acho que nem ela gosta de mim. Existe alguém que gosta realmente de mim?

Eu pensei “mas é claro, seu tonto”, mas eu disse:

– Se me disser quem é talvez eu saiba.

– É. Talvez.

Mesmo não sendo eu, estaria pronta para ajuda-lo.

– Ela... – Ele fez uma pausa, corando violentamente – Ela é você.

EITA CARALHA. EU COMECEI A TREMER. FIQUEI SEM PALAVRAS. ELE ME ACHAVA TUDO ISSO? EU NÃO SEI SE BATIA NELE OU SE ABRAÇAVA.

– Oi? Está falando sério?

Ele não disse nada. Apenas olhou para mim e depois para a paisagem lá fora.

– Seu idiota. Quem disse que eu não gosto de você?

Ele voltou a olhar para mim chocado.

– Sim. Como amigo. Não é? Friendzone?

– Não. Lovezone.

Ambos ficamos sem palavras e reações. Não sabíamos o que fazer. Ele ficou apenas olhando para mim. Olhando fixamente para mim.

E então nos beijamos. E pode ter certeza, dessa vez não foi por pirraça.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO, ESTÃO PIRADOS?
PORQUE EU ESTOU PAKAS. (O(

Obrigada por ler, jovens, até o próximo :3