Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor


Capítulo 12
À Nossa Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Trago aqui o capítulo fresquinho pra vocês. Seus comentários me ajudaram um pouco com aquele lance então me dediquei mais a esse capítulo. Aproveitem.



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– Vicki? O que você tá fazendo aqui? - perguntou Pedro, confuso.

– Ué, já disse. Eu moro aqui. Moro aqui desde que me mudei de São Paulo. Coincidência, né?

– Ô... ótima.

– Pê, essa caixa aqui é mais pesada. Cê me aju... que que essa vagabunda tá fazendo aqui? - perguntou Karina, já preparando-se pra avançar nela.

– Calma, meu amor. Esquece que ela existe. Vem, vamos continuar a mudança da NOSSA casa. - disse o guitarrista, acalmando a lutadora esquentada.

– Pedro Ramos, pode ir me explicando o que aquela piranha tá fazendo aqui! - gritou K, quando seu namorado a empurrou pra dentro de casa.

– Você não vai gostar se eu te falar.

– Não interessa. Vamos, fala!

– Aparentemente, ela é a nossa vizinha.

– O quê?! - gritou a lutadora, fazendo de tudo para atravessar o portal mas tendo Pedro segurando seu corpo.

– Esquentadinha, você não vai lá. Esquece essa garota e vamos continuar a mudança.

– Pedro, como é que você po...

– Então vamos fazer assim: trazemos todas as caixas e móveis pra cá e aí podemos conversar o quanto você quiser sobre ela, ok?

– Tá, tá certo.

Com a ajuda que recebiam, não foi muito difícil de trazer o que sobrava e em cinco minutos todas as caixas estavam lá e os entregadores seguiram seu rumo. Cada um sentou em uma caixa e, finalmente, começaram a conversar sobre o que aconteceu.

– Pedro, me diz exatamente o que aconteceu. - pediu Karina.

– K, não foi nada demais. Eu tava trazendo uma das nossas caixas e ouvi uma voz que reconheci. Quando eu virei, vi a Vicki. Só isso.

– O que ela falou contigo?

– Ah, esquece isso.

– Pedro, você escolhe. Ou ei arrebento ela, arrebento você ou arrebento os dois juntos.

– Tem a opção "não arrebentar o Pedro e encher ele de amor e carinho pra todo o sempre"?

– Tem. No céu, que é pra onde vou te mandar se não me disser. Fala!

– Tá, tá bom, K. Ela disse "Nossa, meu novo vizinho é um gato". Aí me virei e vi ela. Só.

– Ah, mas eu vou acabar com essa menina. - disse Karina, já se levantando.

– Não vai acabar com ninguém. Você vai ficar aqui comigo e me ajudar a arrumar a casa, ou você prefere dormir no chão?

Reconhecendo que o namorado estava certo, a lutadora acalmou-se um pouco. Ajudou-o a levantar e o casal foi ao que seria o quarto deles, junto do que viria a se tornar a cama. Como nenhum dos dois possuí paciência para ler o manual de instruções, o serviço demorou a sair. Quando finalmente encaixaram o colchão e ficaram cara-a-cara com uma cama nova em folha, jogaram-se, exaustos, para poder desfrutar do leito recém-adquirido.

– Preparado pra toda noite dormir cheirando meus cabelos, guitarrista? - perguntou Karina, com um jeito provocativo no olhar.

– Só se você tiver preparada pra sempre ter que dividir o banheiro comigo. - respondeu Pedro.

– Eca, que nojo, Pê.

– Ué, são fatos da vida. Mais cedo ou mais tarde vai acontecer.

– Vem que ainda falta montar bastante coisa.

A partir dali, decidiram só arrumar as coisas que seriam realmente essenciais. Colocaram, sem muitas dificuldades, a geladeira na cozinha e guardaram um local especial para o microondas. Aquilo ainda seria muito usado. A preguiça falou mais alto e o casal decidiu deixar o fogão para outra hora. Viveriam de comida congelada e entrega até terem disposição para fazer mais coisas. Com a cozinha quase toda montada, resolveram deixar o resto para outro dia e aproveitaram para desempacotar as caixas que continham roupas. Quando acharam que a arrumação havia sido o suficiente, deitaram-se na cama e ali ficaram, apenas curtindo a presença um do outro, vez ou outra se beijando.

– Sabia que eu te amo? - perguntou Pedro, acariciando os cabelos loiros da garota.

– Sabia que tô com fome? - respondeu a lutadora, com um sorriso travesso no rosto.

– Se depender de mim cê vai morrer de fome enquanto não falar.

– Pê, você sabe que não sou melosa. Você sabe que sim, então pra que o drama? - perguntou K, subindo por cima do corpo do rapaz e sentando em sua barriga.

– Eu gosto de saber, ué. Algum problema com isso?

– Mas cê é chato, hein. - disse a loira, aproximando-se do ouvido dele e sussurrando, enquanto preparava o bote para sua orelha. - Te amo, meu maluco.

– Mas que coisa linda. Merece recompensa.

– Qual? Comida?

– Ia dizer essa, mas mudei de ideia. Que que cê acha de... cosquinha! - disse Pedro, atacando a garota com cócegas.

– Ai, Pê, para, para, por favor.

– Quem é o melhor namorado do mundo?

– Você, você, agora para.

– Ok. Deixa eu te dar seu verdadeiro prêmio. - disse o guitarrista, puxando Karina para um beijo.

Logo depois do beijo, Pedro finalmente decidiu pedir comida. Ligou para a pizzaria onde geralmente pediam e pediu uma metade aliche e metade calabresa. Enquanto aguardavam a chegada da pizza, engajaram-se em uma sessão de amassos de tirar o fôlego. Cada vez mais iam perdendo as amarras, até que ouviram o som da campainha.

– K, atende você? Já pedi ela.

– Tá, tá, tô indo. - disse a garota, enquanto colocava seu short que havia voado no meio da confusão.

Quando abriu a porta, no entanto, Karina não encontrou um entregador. A garota encontrou, na sua frente, Vicki, trajando apenas uma blusa simples de pijama e uma calcinha.

– Ah, será que você podia chamar o Cabeludinho? Queria tirar uma dúvida com ele sobre a Ribalta, sabe? - perguntou a cantora.

– Primeiro de tudo, garota, você não tem que querer nada, ouviu? E outra, vaza da minha frente agora ou eu acabo com a sua raça. Hoje foi um dia cansativo, foi um dia estressante e eu quero guardar o que me sobrou de energia pra aproveitar com o meu namorado e não batendo na minha nova vizinha piriguete, sacou? Agora você vai voltar pra sua casa e eu vou voltar pro meu quarto, estamos entendidas? Passar bem. - disse a garota, fechando a porta na cara de Vicki.

No meio do caminho para o quarto, enquanto dava passos pesados no chão, ouviu a porta mais uma vez ser batida. Voltou à toda para lá e gritou um sonoro:

– O que que eu te falei, sua lambisgóia?!

– Hã... aqui que pediram a pizza? - perguntou o entregador, confuso.

– Ah... desculpa. É, foi aqui sim. Pera, deixa eu pegar o dinheiro.

Depois de pagá-lo, pegou o refrigerante e a pizza e levou-os ao quarto.

– K, que gritaria foi aquela? - perguntou Pedro, assustado.

– Não foi nada. Vai lá na cozinha, na caixa de louça e pega os pratos e copos.

– Podexá.

O guitarrista levantou-se num pulo e, alguns segundos depois voltou trazendo dois pratos e, para a surpresa de Karina, taças e champanhe.

– Pra que que é isso aí? - indagou a lutadora.

– Sei que pizza e champanhe não combinam muito, mas isso aqui é pra comemorar. - disse o rapaz enchendo as taças e a oferecendo uma. - À nossa felicidade, Esquentadinha.

– À nossa felicidade, meu guitarrista. - disse Karina, brindando junto do namorado.

O resto da noite foi bem tranquila, com os dois conversando, bebendo e aproveitando a pizza. Quando conferiram as horas, já passava da meia-noite.

– Pê, tenho que dormir. Tem a facul amanhã. - disse K, beijando o garoto.

– Tá, tá bom. Deixa só eu jogar essa caixa fora e eu já venho.

Enquanto Pedro ia jogar fora o lixo, a mente de K mais uma vez a fez pensar em Vicki e o ódio tomou conta dela novamente. Porém, quando o guitarrista voltou, um sorriso abriu-se em seu rosto e o abraçou, preparando-se para dormir. Pedro a tomou nos braços e os dois deitaram de conchinha na cama. O rapaz acariciava os cabelos da loira e cheirava o doce perfume que ela usava, até que disse:

– Te amo, Esquentadinha.

Ao não obter resposta, percebeu que a garota estava dormindo, o que o fez sorrir e aconchegou-se no corpo dela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me esforcei pra agradar vocês. Queria saber, do pessoal que leu os resumos, que que vocês acham que vai rolar no acampamento? Vamos para as perguntas.

Bruuh: qual o motivo da tua depressão?

Bom, isso é uma questão mais pessoal, mas acho que não tem problema dizer aqui. Quem sabe vocês não viram minhas analistas por um dia? Bom,meus pais são separados e, por causa disso, eu nunca tive uma relação muito próxima do meu pai. Por causa de certos acontecimentos, tivemos uma discussão onde ele falou coisas horríveis pra mim e que me afetaram muito. A partir daí, eu comecei a ficar mal. Não vi ele durante uns 3 meses, fiquei com dificuldades em comer e não me sentia confortável fora do meu quarto. Todo dia algum pensamento sobre o quanto minha vida estava uma bosta me afetava. Ao longo do tempo, eu melhorei mas antes de ontem, quando cheguei a me encontrar com ele, ele acabou bebendo demais e a situação se repetiu. Foi isso.

juuh perinatica: Eu li num site que o namoro perina vai acabar nas próximas semanas,e verdade?

Ju, aí não sei porque não sou um autor da novela, mas talvez, logo a K descubra sobre o segredo. Eu já dei minha opinião sobre o que poderia acontecer caso ela saiba sobre.



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