Santana

E aqui estou parada de frente a pessoa que eu mais amo e me despedindo mais uma vez dela, seu olhar segue baixo, seu sorriso um pouco apagado, tendo assim o silencio entre nós.

–Já sinto sua falta antes mesmo de você parti.- logo senti seu abraço, era forte, um porto seguro.- Só não me deixa mais.

–Eu volto, não vou te deixar, sempre estarei com você eu prometo.- depositei um beijo em sua testa de forma carinhosa.- Eu te amo muito minha pequena!

–Eu te amo muito mais minha princesa.- ao dizer aquilo escondeu o rosto no meu pescoço e me abraçou mais forte.

–Santana precisamos ir logo.- Emily gritava sem paciência.

–Melhor você ir, tchau meu amor, se cuida.- Rachel me deu um rápido selinho e logo se afasto.

–Fica bem.- abaixei a cabeça pensativa, não tenho tanta certeza se ela ficara bem.

Caminhei em direção ao carro e enquanto colocava o sinto observava uma Rachel sair correndo, sem duvidas aquilo partiu meu coração, respirei fundo e olhei para tela do meu celular onde possuía uma foto de nós duas, e logo sorri.

–Vamos senhorita impaciente.

–Sem dramas ok? Essa despedida de vocês que não acabava mais, porque não disse a ela que você não voltara mais?

–Porque eu vou voltar! E é por ela, por favor menos Emily! Ela é minha namorada, a garota pela qual foi a única que me apaixonei e amo muito e sinceramente faça o favor de engolir essa inveja que você tem dela ok? Ela é única, somos eu e ela, nunca vai existir eu e você mesmo que você queira!

–É o que veremos Santana Lopez, ela não passa de uma garotinha para você, com o tempo você irá perceber isso, e reconhecera que eu sou mulher o bastante para você.- Emily sorriu irónica me tirando um suspiro de raiva.- Boa viajem minha latina.

–Não sei aonde tem sua ai, mais mesmo assim obrigada, podemos ir agora?

–Se você me dar um beijo?

–Sonha Emily.- comecei a rir.- Quer beijar minha mão ou o chão?

–Que falta de carinho Santana!- Emily revirou os olhos e acelerou.

–Você não viu nada ainda.- e assim partimos para casa.

Rachel

Sai correndo pra casa, não estava me sentindo muito bem e com isso corri direto pro banheiro e acabei colocando tudo para fora, um forte enjoo me perturbava, e de novo tudo pra fora, e de novo, de novo. Me levantei meio zonza e em seguida me apoiei na pia, escovei os dentes e decidi me deitar um pouco, mas antes tomei um banho e me arrumei. Depois de alguns minutos adormeci.

–Pequena, acorda ta tudo bem?

–Ah Dany? Eu passei mal hoje a tarde, estou um pouco enjoada mais to melhor, o que faz aqui?

–Seus pais viajaram e pediram que eu ficasse aqui com você, isso é ótimo não é?

–É sim, tirando que amanha tem aula.- dei um meio sorriso.

–Já tomou remédio? Comeu?

–Eu almocei com a Santana e tomei sorvete, só isso.

–Vamos na cozinha? Dai você toma remédio enquanto preparamos algo pra gente comer.

–Não estou com fome, mais fecho.- sorri e logo abracei ela.- Sabia que não vivo sem você?

–E nem eu sem você criança!

–Criança não.- dei um tapa em sua perna.

–Criança sim!- começamos a rir.

Dany preparou algo para comermos e depois que acabamos limpamos tudo e subimos para meu quarto e ficamos deitas ouvindo musica e conversando.

–Dany?

–Sim.

–Acha que a Santana vai voltar?

–Tenho certeza que sim pequena, agora vamos dormi porque amanha temos aula.

–Ta bom, eu te amo !

–Também te amo minha irmãzinha.

Santana

Cheguei em casa e tudo estava quieto, estranhei aquilo mais continuei caminhando para dentro, na sala meu pai bebia como sempre, as luzes apagadas e aquele cheiro horrível de bêbado dele.

–O policial veio aqui!

–E o que eu tenho a ver com isso?

–Ele estava te procurando sua vadia, andou dizendo coisas que não devia a ele?

–Dizer o que a ele? Não estava aqui, impossível eu ter dito algo, porque esta com medo?

–Acha realmente que quem precisa ter medo aqui sou eu?- ele se levantou vindo em minha direção. Droga, pensei comigo.

–Não papai, eu não acho nada.

–Você sabe que falta pouco pra mim te matar ne? Vai ser a mais dolorosa possível, me faça o favor? Vai cuidar da sua mãe porque tivemos um belo dia juntos e ela esta bem cansada, deve estar na cama ainda.

Subi correndo sem pensar em nada, entrei no quarto fechando a porta rapidamente, e ao me virar havia sangue na cama, minha mãe estava deitada olhando pro nada, apenas um lençol tampava seu corpo nu e cheio de hematomas.

–Mamãe ele abuso de você?- me sentei ao seu lado e comecei a chorar, o desespero me tomou conta.

–Você precisa fugir minha filha, aqui não é mais seguro.

–Preciso cuidar de você, vem aqui vou te dar um banho e quero que você fique no meu quarto hoje.- tentei levanta-la mais era impossível, estava fraca, as marcas da violência sofrida a deixaram dessa forma.

–Esta doendo muito Santana, esquece, não consigo me mexer!

–Viu eu avisei, é isso que você chama de amor? Como consegue amar um monstro desse?

–Tudo se tornou medo, minha vida acabo minha filha, já a sua esta só começando e se continuar aqui ele vai te matar.

–Eu já volto!

–O que vai fazer?

–O que já deveria ter feito faz tempo.

–Santana!!